Hoje Olho-me ao espelho e vejo uma sombra tua a meu lado
Dou-me conta daquilo que perdi
Aquilo que ja amei e continuo amando
Nao consigo Deixar de te amar...
O meu corpo é o aço
Que so o teu abraço é capaz de derreter
O fogo que so tu es capaz de apagar
A brisa aprezionada no teu suspiro...
Foste o meu primeiro amor
Foste a minha primeira desilusão
Hoje arependo-me de estar longe de ti
Ja mais amarei alguem como te amei a ti...
Se o amor fosse uma bebida
Eu keria beber até ao fim
Apaguar este fogo k sinto dentro do meu coração
Que trespassa o meu peito
Que se vê no brilho do meu olhar...
Que aquece o meu pensamento
Que me deixa cheia de vontade de te abraçar...
De dizer que te amo e desisto de tudo...
Que a minha vida já não faz sentido sem ti...
Se o amor fosse uma bebida
Eu queria esquecer o que a cabeça pensa...
Entregar me sem reservas...
Apertar me em ti e não mais largar
Ganhar asas e voar...
Sentir o teu coração bater ao lado do meu...
As estrelas brilhariam para nos iluminar...
Se não sou cega, nem surda
e inquiro tudo que está à minha volta
também não posso ser muda
e congelar num iceberg minha revolta.
Preciso gritar a dor que me sufoca
e não me deixa ser totalmente feliz
cutucar com poesia os monstros que dominam da toca
e ferem a ferro e fogo deixando profunda cicatriz.
Sangra meu coração vendo crianças esmolando
mãos estendidas nos semáforos das avenidas
e os monstros nosso dinheiro esbanjando
deixando ao descaso tantas e tantas vidas.
São botões de primavera que fenecem no alvorecer
que perdem a cor antes mesmo que a flor se abra
tantos talentos que ao país poderiam enobrecer
perdidos nos vícios nas ruas e nas calçadas.
Se o amor dessas pessoas é pouco ou insuficiente
e não vêem a precariedade de tanta gente
o povo precisa ser mais astuto e inteligente
e renovar nossos políticos, urgente.
Enviado por poetaromasi em Ter, 05/10/2010 - 00:18
PARA ALÉM DO VENTO…
Rogério Martins Simões
Volúpias em corpos que bailam submersos,
Dispersam, em nós, o sémen da procriação.
São inocentes os nossos dias em tentação;
Anseios da natureza doces como versos…
Mordiscaste a minha boca em provocação...
Desejos inatos, tão diferentes, tão diversos,
Anunciando um tempo novo sem reversos,
Ardendo, como fogo, em adoçada erupção….
E a natureza nos cobriu com vento criador,
Confiando as sementes num acto de amor,
Quando o teu corpo fértil comigo dançava!
Além de nós havia um tempo pouco visível,
Para que recomeçássemos, num cio sensível,
E o teu corpo, com ingénita sedução, bailava…
Aldeia do Meco, 26-10-2007 23:11:43
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)
http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt
POEMA CIGANO
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Sou como o vento livre a voar.
Sou como folha solta, a dançar no ar.
Sou como uma nuvem que corre ligeira.
Trago um doce fascínio em meu olhar.
Sou como a brisa do mar, que chega bem de mansinho.
Sou réstia de sol nascente, sou uma cigana andarilha.
O mundo é a minha morada, faço dela minha alegria.
A relva é a minha cama macia, meu aconchego ao luar.
Acendo a luz das estrelas, salpico de lume o céu.
Sou livre, leve e solta, meu caminho é o coração.
Sou musica, sou canção, sou um violino à tocar.
Sou como fogo na fogueira, sou labaredas inquietas.
Sou alegre, sou festeira, trago a felicidade em meu olhar.
Sou simplesmente, uma cigana a dançar.
Trago mistério escondidos, em meu olhar.
Sou encanto, sou magia, sou pura sedução.
Sou cartomante, sou vidente, sou quase uma feiticeira.
Vejo nas cartas seu destino, seu futuro, posso ler em sua mão.
Seguindo a linha da vida, chego até ao seu coração.
Ser cigana é minha sina, sigo feliz a dançar.
A minha alma é livre, meu doce enlevo é dançar.
Sou encanto, sou magia, sou alma à viajar.
Sou um pedaço de paraíso.
Sou uma cigana à dançar!
O homem mata a esperança do futuro.
Póe fogo no mundo e destrói a vida.
A ganância é a fonte da maldade...
O planeta implora por socorro.
Não tenho mais motivo de ter orgulho.
O Ser-humano esqueceu qual a verdade...
Está chegando a hora de toda despedida.
Eu choro, grito a Deus, e sofro.
Quem sabe, um dia,eu serei feliz.
Quem sabe, o mundo terá a salvação.
Ainda bem que eu não perco a minha fé.
A gente vai e volta em outro corpo...
Há muito tempo o mestre não usa o giz.
Ouça a minha voz e a minha explicação.
Nada passará entre a terra e o céu.
O sangue correrá do chão ao topo.
Quem pensa que a vida é uma só.
Engana-se e não mede as consequêncicas.
Nós temos que salvar o sonho.
Pega a minha mão e vamos juntos...
O fim não é o corpo virar pó.
O reino espiritual é a ciências.
Quem entender assim, não terá pranto.
A vida jamais velará o luto.
Teu corpo é meu cárcere;
Mais do que a expressão linda do estético
Mais do que a conjunção entre a doçura
E o teu irrefragável apetite,
A acepção nua do valor de uma mulher incomum.
Na gestação interminável do desejo que te habita
Sou teu paladino em contínua euforia
Mamulengo ao controle das tuas mãos
Partícipe contumaz dos teus segredos mais íntimos
Mapeados pela congruente prática que me é habitual.
Encontro nos teus densos e aflorados sentidos
O aconchego que personifica tuas especiarias
O fogo que queima madeira de lei
Que liberta o entusiasmo impetuoso do adolescente de outrora
Não só pelo misticismo dos teus olhos rútilos
Mas, sobretudo, pela liberdade que proporcionas à minha libido.
Em reverência à volúpia que por mim se propaga
Faço-me teu legítimo território
Aldeão aninhado num solo de pernas, colo e braços férteis;
Menino de alma pura num palco enlevado
Compartilhando o gosto ímpar das emoções bem resolvidas
Bem amadas e de nascedouro insubmisso;
Universo de mútua e imensurável contemplação
Raro deleite
Peremptória satisfação.
Meu coração tem um sonho antigo
Ter sempre alguém comigo, pertinho de mim
Compartilhar meus segredos, meus medos
Meus sonhos, desejos, tim tim por tim tim
E nos momentos de solidão
Ter alguém pra abraçar, me aquecer
Fazer eterno fogo da paixão
Ter coisas de amor pra cantar, pra dizer
E se amar você for crime
Qual será minha sentença
E se amar você for crime
Qual será a minha pena
E por amar você ser crime
Talvez eu viva pra sempre, Fora da Lei
MAs não vou viver fugindo
Eu me rendo, eu me entrego
Fico presa em teu sorriso
Presa em teu olhar sincero
Deus é meu juiz, essa causa está diante dele
Eu confesso, eu me escondi, e como eu pudi te enanar?
Eu confesso, não é crime
Pois pra Deus nunca foi crime amar
Seu coração
É muito parecido
Tudo a ver comigo, gosta de sonhar
Mas pra você sou seu melhor amiga
E de outra maneira não consegue me olhar
E todo dia, toda hora, em todo lugar
Tão confidentes, tão amigos pra rir ou chorar
E tanta gente, tanta gente já cansou de falar
E lá no fundo eu sabia, mas eu temia acreditar