Fogo

Foto de RonanCardoso

Fogo, Língua e Flor

E-BOOK GRATUITO HOJE !!!!!!!
Olá! Boa noite. Peço licença poética, [:

Gosta de conhecer novos escritores e poesias? Fogo, Língua e Flor é uma reunião de poemas sobre o amor e a natureza (e alguns eróticos). É um e-book de visual simples, rs (fiz para ser um presente e não sou lá muito bom com isso de capa, todavia... Nas poesias é que o verdadeiro valor é encontrado). Hoje o e-book está custando R$ 0,00... Isso mesmo, você pode baixar de graça (não estará assim por muito tempo). Convido o grupo a conhecer meu trabalho, são apenas alguns cliques para baixar por este link (abaixo).

Quando falamos de amor, de que falamos? Do fascínio que sentimos diante do poder que outra pessoa nos pode ter? De um exercício espiritual para a sublimação dos atributos da alma? Quantas formas tem o amor? Este livro não responde a estas questões, mas delas se serve. Encontrar correspondência no amor pode ser a chave para a plena vivência das potencialidades espirituais humanas, ou uma forma divertida de assim brincar: brincar com palavras, brincar com o destino, com coisa séria, tecer ocasos para os vestir... Vestido do aroma de sua musa, este poeta encontra a Floresta Celestial, mãe do mundo, fonte de poesia cristalina. Neste espaço místico de um pensamento, de um batimento cardíaco e toda a jornada sanguínea que somos, dividimos nossas experiências para compor um quadro maior: este momento no universo. Aqui é descrita parte da alegria da peça escritora e escritura da Natureza do mundo que sou, graças a um encontro de almas profundamente rico em amor.

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Sem mais, desde já agradeço, e deixo abreijos. Bons ventos!
Ronan Cardoso

Foto de ArielFF

Ao desgraçado diabo da guerra

Faz-me um favor
Senhor
E morre pro outro lado
Que aqui tá ocupado

Vai embora, vai, se manda
Se larga em outra banda
Que aqui não há espaço
Pra tu encostar teu braço

Vê se vai, muquirana
Deixa essa criança
Que tá precisando de comer
Pra vê se torna a crescer

Dá no pé
Seu mané
Que aqui não é poço
Pra tu vim espalhar teu mofo

Vai logo seu demonio
Que a gente ta de olho
Que tu quer é botar a mão
Onde a gente bota o coração

Vê se recolhe a tua desgraça
E some pra outra praça
Que aqui a gente faz gosto
É de só ver o bem-disposto

Levanta e leva tua safadeza
Que a gente não quer mais pobreza
Vê se corre, encardido
Que aqui tu é mal-querido

Recolhe teu fogo brilhante
E leva tambem teu estrondo e estouro
Pára de atormentar
Deixa de nos ser um estorvo

Junta tambem teu preconceito
Pois nessa terra mora outro conceito
E para de levar a vida
De quem não contraiu contigo dìvida

Deixa aqui nossas crianças
Que elas ainda tem esperanças
Larga deles que nem tem idade
Pra saber o que é maldade

E esquece o ódio pelo nosso Deus
Que ele não é dos teus
Que roubam as casas e as vidas
E que corrompem nossas meninas

Foto de Costa e Abrantes

Latina

Latina

Ah! Minha latina
De uma cor que eu não gostava
Estava vestida
A cor era roxo,
Contudo, era com ela que me impressionara
Consolava-se com um objeto análogo a um pênis
Deixava-me mui quente
E era só de olhar
Ver, persistir e anelar
"Oh! Baby"
Ela dizia,
Ela gemia
Gozo da cor do leite,
Dela emanava
Era surreal
Não parava
O vento soprava
Exauria-se em contato com o fogo,
Com a chama que dela vinha
O clitóris era o seu ponto mais aquecido
Queimei-me só de imaginar
Com a boca estimular!

Foto de Costa e Abrantes

Mais

Mais

Mais uma vez
Quem dar uma dar três
Com muito ou pouco espaço
Em pé, de quatro ou frango assado

Tudo em ti é farto
O mundo entre as pernas
Fogo e paixão dos assanhados

Quando cansar eu paro
Mas se quiseres mais
Fique em cima e faça o seu trabalho

Foto de Arnault L. D.

Pedras da Lua

O amor, mesmo consumido
jamais torna-se em nada.
Ele muda o jeito sentido,
torna-se encanto de fada...

Doce a amargar a boca
e aos olhos úmidos brotar,
feito em tristeza; a concha oca
de ser, porém, não mais estar.

O amor está aonde ecoa,
o meu, está em mim, quiçá...
Em não sei está, se escoa,
nalgum lugar do tempo há.

Juntos no oculto, sob a lua,
ouço um eco assim dizer,
palavras doces da voz sua,
antes de tê-la e me esquecer.

Assim, espreito tal um voyer.
Vultos sentir qual foi sentindo,
com olhos da alma mister
reve-la fora ao mundo infindo

No intáctil ainda se ama...
Rir lágrimas secas, velho jogo.
No frio carvão, sopro chama,
logo se inflama e luz o fogo.

Ainda estou em mim guardado,
preservado onde fora aquém.
Tempo, ruas, vez fossilizado,
nas pedras que a memória tem.

Foto de ltslima

Ritmo.

Escondes o mêdo,
o caminho está traçado
onde o céu se abrirá,
as chamas invadem,
desagua em prantos
como pingos da chuva.

Da boca sai fogo,
de perfumes tornados
passáros rondam
espreitando o silêncio.

Caminhos tortuosos,
em tapetes cinzas
é parte da trama,
onde o sanguê congela.

Música,
dedilha ão sol,
escaldante frio,
desfilam...
em ritmo lento
até chegarem
a seu alento!

Foto de P.H.Rodrigues

Vira Lata

E quando a palavra já não guia
o fogo não aquece
o tempo para

Lá se vai toda a energia
o recipiente padece
o espirito escapa

Ladra mais um vira-lata
por um simples e velho osso
em um simples e esquecido corpo
pra sentir um simples e monótono gosto

Que lhe transborda em baba
em memórias
de uma vida, e histórias
em tudo, em nada.

Foto de Paulo Gondim

Remorso

REMORSO
Paulo Gondim

Sabe-se lá por onde andas
Já que se apagou a chama
Que no peito se fazia em fogo
É sentido já o fim do jogo
Foi em vão me dizer que me ama
Diante de tantas inverdades
As poucas possibilidades
Já se esgotam. É chegado o fim.

Mas foi sempre assim
A dura e triste realidade
Que foram meus dias contigo
À sombra do medo e do perigo
Faltou amor. Faltou coragem
Melancólico fim dessa viagem

Mas não te esqueço, é tudo real
Como não me esqueces, é igual
Apenas jogastes fora o que foi belo
E agora por caminho paralelo
Eu ainda busco te ver
Da mesma forma que tentas te esconder
Mas não consegues. Finges.
E haverás de purgar a tua culpa
No remorso que ora te atinges.

Foto de luzJr

Primavera

Primavera

Paciência companheiros, a primavera está bem próxima
Se prestásseis atenção, podeis sentir a flagrância da vitória.
Não se preocupem, pois se refrescarão no lago do sucesso
E a luz do sol refletirá o suor de tua face de tal forma que parecereis forjados com ouro e fogo.

Acalmai os vossos corações que batem como tambores de guerra;
pois o fogo do verão já se exauriu;
o frio mortal do inverno não prosperou;
continuastes a prosseguir para aqui chegar.

Decidistes vir para cá e lutar
viestes sozinho; mas aqui se tornastes milhares
A dor e as alegrias foram compartilhadas
Fizestes um só corpo e alma.

Mas, lembrem companheiros:
A primavera ainda não chegou...
Não baixeis vossas armas e continuais juntos
esta batalha está quase em fim.

Foto de lua-verde

Saudade....

Chegou a hora de dizer adeus, definitivamente, a este cantinho... Que carinho especial eu tenho por ele. Aqui entrei há 5 anos atrás, numa das fases mais difíceis da minha vida, após a morte do meu querido pai. Nunca imaginei o que iria viver neste espaço. Aqui reencontrei pessoas que já tinha por perdidas... Aqui amei muito, sorri, sofri, chorei... Conheci corações como o meu que me ajudaram, com as suas palavras, a ultrapassar momentos menos felizes. Fiz amigos e amores que levarei para sempre no meu coração, na minha alma sonhadora...
Deixo aqui o meu último poema que representa muito do que sou e do que aqui vivi. Perto ou longe, que a vida vos sorria a todos vós, queridos poetas que, como eu, têm uma maneira diferente de sentir este Mundo... Que a nossa "Lua" continue "Verde"....Sejam muito felizes!

Saudade

A minha saudade tem cor e cheiro
Tem sonho, momento, pele de criança
É vida a pulsar numa lágrima de lembrança
Uma bola de sabão num carrossel de pujança

A minha saudade tem voz, melodia
Embalo de velhinho, num coração a nascer
Uma história contada, tecida nos nós da vida
Um berço debruado no sorriso do amanhecer

A minha saudade tem o mel da descoberta
O primeiro beijo nas asas de um sonho menino
Um toque, um perfume, um corpo tão puro
Duas almas a dançar num poema a dó maior

A minha saudade tem o toque de dois ventres
Duas fontes de cristal a quebrar o entardecer
Lágrimas limpas em lagos de ternura
Brincadeiras sem sentido num mundo por medida

A minha saudade lembra ondas de cetim
Uma ilha, um porto, seguro num olhar
Ternura, magia, no último acreditar
De quem tem fé num mundo por inventar

A minha saudade é um rio preso nos teus olhos
Um furacão que se rende, um tumulto de sentidos
Uma dor que massaja num desalento da alma
Num sabor a fogo dos sonhos incumpridos

Lua-Verde

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