Em meio a esporádicos momentos
Meu coração bateu de forma diferente
Ritmo desconhecido, descompassado
Não sei se inimigo...
Dessa minha alma tranqüila, calculista, às vezes, até... Impiedosa
Será castigo divino de tamanha rebeldia...
Que se dissimula ao encontro fatal de um verdadeiro amor
Que por tantos anos pediu uma brecha para se instalar...
E tentar me fazer feliz... Por mim ignorado.
Agora me encontro em um desafio que não sei como ultrapassar
Onde estou vendo e começo a não querer conhecer...
Nem sofrer por mim refletida em você...
Essência que já fez muitos capachos do seu ser...
E agora se encontra sem chão...
O que será de um espírito que se via incapacitado ao amor...
Que talvez, mesmo sem querer, foi e é agonia na vida de alguns
E que hoje só pede um pouco de atenção a um espelho seu...
E nenhuma resposta recebe do mesmo.
Foram tão poucas historias contadas...
E tais me fazem entender o porquê é tão ruim sofrer...
No momento em que me vejo na pele de muitos dos apaixonados...
Escravos de migalhas de meu afeto...
Que atual fatídica experiência... Que me fez perceber...
Que tais caminhos mesmo que desviados, confusões, inseguros...
Mas acima de tudo... Vividos...
É que fazem da vida...um eterno aprendizado.
Aprendizado, esse, amargado a cada covardia contada
A cada humilhação sofrida...
Que me fez doutora do desprezo
Que agora será instalado em cada desvio de olhar
Ou telefonema não atendido
E amanha estará, talvez, você aqui nessa mesma situação
Onde não serás mais réu e sim autor
Não serás criminoso e sim refém
De alguém que terá o seu incessível coração
Então entenderá o começo, meio e fim
Dessa, hoje, finita historia de amor.
Tatiane Coelho Bernardes