Festa

Foto de Sirlei Passolongo

Engano

Quando você chegou
Meu coração fez festa
Sonhou dias iluminados
Sorriu tudo que havia desejado

Quando você chegou
Meu coração fez planos
Fantasiou felicidade por anos
Fez me flutuar junto aos anjos

Agora,
Tudo que um dia foi festa
Os sonhos que iluminou
Não se vê nem pela fresta
Os planos que desenhou
Contigo partiu...
e nada mais resta.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Carmen Lúcia

Reminiscências

De repente bateu-me a saudade.
Viajei pelo túnel do tempo e me vi criança.Feliz, esperançosa, risonha, saudável.
Andava por um caminho ladeado de frondosas árvores.Altas, tão altas que alcançavam o céu.Circundavam-nas florinhas de todas as cores, todos os tamanhos, todas as fragrâncias.
O ranger de um carro-de-boi...e a expectativa de um passeio diferente para mim.Sonho realizado!Acomodei-me nele como se fora um carro-de-boi-alado.
Um riacho murmurava lânguidas canções que pareciam apaziguar o gado, que bem pertinho dali, pastava serenamente.Uma cachoeira despencava pelas montanhas, num festival de águas cristalinas, qual grinalda de noiva.
Pássaros, em grande profusão, ornamentavam o pequeno rincão e faziam algazarra; festa para os corações.Pousavam nos galhos e voavam pra todos os lugares, como se brincassem de esconde-esconde.
Quando passava por uma casinha branca de telhado quase grená, eu não resistia.O cheirinho de doce de cidra e de abóbora, anunciado pela fumacinha de uma chaminé, me fazia descer do carro-de-boi e pedir uma porção à doceira, pessoa que sempre me encantava com suas
histórias fantásticas de duendes,fadas e assombrações.Ali eu permanecia, deslumbrada pela magia de seus contos e saciada da vontade de seus deliciosos doces.
Ao soar o sino de uma capelinha de arquitetura rústica, construída no alto de uma colina, eu e todos os que habitavam o lugar, íamos, como em romaria, fazer nossas orações, pedir alento e agradecer a Deus por tudo que nos havia concedido.Eram momentos de graça.Hora da Ave-Maria.
Antes do sol se pôr, um berrante chamava o gado, que obedecia docilmente, parecendo estar cônscio de ter desempenhado sua função diária.E ia descansar lá no estábulo.
À noitinha, da janela de meu quarto, eu me sentia pertinho das estrelas, vendo-as mudar de lugar, chamando a atenção da lua, que sorria de suas traquinagens.
Na varanda, verdejante por samambaias em xaxins, sentados numa namoradeira, meus pais trocavam juras de eterno amor, iluminados pelo prata do luar.
Volto ao hoje.Tais lembranças adocicaram minha alma,apesar da realidade triste que reina no local do lindo rincão.
A tecnologia acabou com tudo, dando lugar à modernidade de fábricas poluentes,barulhos incessantes,pessoas irritadas, subordinadas a horários, regras, burocracias e competições descabidas.A luta desleal pelo poder.
A auto-destruição do homem.

Foto de JGMOREIRA

ENCANTADO

ENCANTADO

A mim tu me pareces mais bela.
Comparo-te à flor que águo
toda manhã ao acordar e abrir a janela.

Não consigo imaginar viver sem ti
É exercício demais para minha dor
Verdade, não consigo imaginar-te sem mim

Essa proeza de viver cada dia
seria impossível sem tua existência
A tua presença do mundo me alivia

Quando contigo ao meu lado, estremeço
O estômago gela, o coração dispara
A boca seca e a Deus, apenas, agradeço.

Agradeço por cada dia vivido ao teu lado
por cada minuto concedido do teu abraço
por todas as noites que velei acordado

admirando tua beleza durante o sono
Pelo jeito de aconchegar-se ao meu corpo
procurando meu calor no teu sonho

Nesses anos, todos as coisas mudaram
Tantos inventos, novidades que são magia
Mas meus olhos de ti nunca se cansaram

Entraste em mim um dia, despretensiosa
Sem que eu quisesse, sem que pretendesses
Desde então nunca mais horas mortas

Todos os dias foram vividos ao frenesi
Meu coração sempre esteve em festa
Eis um dos motivos pelo qual nunca trai

Depois de ti, todas as outras eram pessoas
Os desejos foram moldados para teu deleite
Nunca mais me convenceram de outra coisa

Os nossos anos foram passando, esbeltos
Tudo o que criamos foi tomando rumo
Mas nada do que passou construiu deserto

Nossas mãos, de tanto caminharem unidas
fundiram-se em uma só, que não se desgarra
Os braços, de tantos abraços, são uma só vida

Quando acabarem os passos
quando cerrarem os olhos
permaneceremos no abraço

Em outro lugar, qualquer que seja
estarei debruçado sobre ti, velando
ainda, embevecido pela tua beleza.

Foto de Carmen Lúcia

Esse meu poema...

Esse meu poema...

Corre para os mares,sobe pelos ares,
Se transforma em nuvens,
Em gotas de chuva, só pra te banhar...

Esse meu poema...

Qual poeira cósmica pra te energizar,
Cruza o horizonte,onde o sol se esconde...
Pra te encontrar...

Esse meu poema...

Gira pelo mundo,faz em um segundo
Esse amor profundo em riso transformar...
Pra te encantar...

Esse meu poema...

Rouba do arco íris, as cores marcantes,
Bem insinuantes,festa pros amantes...
Pra te enfeitiçar...

Esse meu poema...

Anda pelas ruas, madrugada e luas
Feito serenata,
Pra te inebriar...

Esse meu poema...

Brilha com as estrelas e junto com elas,
Muda de lugar...
Pra te ver sonhar...

Esse meu poema ...

É mais do que palavras,
É essência...
Traça o meu dilema,te fazer me amar...

Esse meu poema...

Singelo,um flagelo...mas sincero,
Sai do coração...
Pra te emocionar!

Foto de Marta Peres

Frescor da Manhã

A manhã surge lenta e suave,
Há pelo ar uns frêmitos de festa...
Florescem lírios, desabrocham rosas,
E a vida, em tudo, a rir, se mainifesta.

O disco sanguíneo do sol,
escalando pachorrentamente
o horizonte, não chegara ainda
à altura de um cavalo.

O céu, puro e sereno,
é todo inteiro azul
a brisa não acoita
as folhas das árvores
Daqui da janela tudo vejo
e me delicio no frescor
dos seus braços.

Marta Peres

Foto de Marta Peres

Janela Aberta

Meu coração precisa de uma janela aberta
Quero mandar embora minha tristeza
Quero que ela se abra para o mar
Mandarei embora nas ondas da solidão

Não mais quero viver carregada sombras
preciso de luz que alimente minha alma
quero orvalho entrando pela fresta
minha vida quero-a em festa.

Preciso do fulgor das estrelas
da luz da lua, do arco-íris
com cores coloridas
preciso do amor acalentando a vida.
Marta Peres

Foto de Marta Peres

O Circo da Vida

Os últimos avisos foram dados
apressei-me, queria chegar rápido
subir para as arquibancadas
o circo de sonhos,
hoje tem marmelada!

As lembranças avançavam
ora vertiginosas
ora lentamente
e
eu feito criança me encantava!

Vinham todos,
o picadeiro estava cheio,
a noite fria se fazia quente
pelas danças,gritos, risos.

E o circo da vida mostrava toda beleza,
numa iluminação clara,festa glamurosa
onde o palhaço era eu!
Marta Peres.

Foto de Marta Peres

Maio Maria Mãe

Mês consagrado a Maria.
Meu espírito exulta
como um grande espetáculo
de Fé, Amor, em honra à Rainha do Céu.

Flores, com delicadeza
para Maria em sua simplicidade.
Senhora de rara beleza neste
dia vou ofertar.

É dia colorido, alegre,
lembramos Maria,
toda natureza fica em festa
é sua homenagem a Rainha!

Maria Mãe de Jesus e nossa
quero louvar
quero festejar a Esta Mãe
a mais bela das criaturas!
Marta Peres

Foto de Marta Peres

Aurora

Suave melodia é ouvida,
Parece surgir das nuvens
E inundar a Terra...
As sombras da noite vão se dissipando
E anunciando a Aurora!
Brisa suave, macia, orvalho fresco
Pelas Campinas, molham as flores
E as árvores e a relva...
O dia vem surgindo...
Amanhece lentamente,
Magistralmente...
A passarada anuncia em festa
e no terreiro o galo canta, feliz
pelo dia que vem vindo,
tudo se curva ante beleza majestosa
e borboletas dançam parecendo ouvir
toque da suave melodia...
Pessoas sorriem felizes
No vai-vem costumeiro das manhãs
Tudo é festa da natureza homenageando o dia.
Nos jardins as flores se abrem e botões de rosas
Orvalhados chamam atenção
Quando equilibrando na pétala, e na folha,
gota de orvalho balança...
timidamente o sol vem beijar pétala e folha
E a gota dança, feliz pelo dia que chegou...

Marta Peres

Foto de Marta Peres

Na Beira do Tejo

Na Beira do Tejo

A noite desceu, triste e calada, eu aqui na beira do Tejo
Continuo parada, olho o nada e sinto medo...
A noite desceu e longas horas vão caladas, amortalhadas
Em negro véu...

Cá tudo é negro e até meu coração se veste de negro,
Nenhuma chama colorida a enfeitar meu negro céu.
Madrugada já vai alta e eu ali, continuo inerte como morta,
Mas morto está meu coração que se vestiu de noite.

Lá, bem longe, já diviso ourela tinta, e o monte em frente pinta
Todo o seu perfil, é a madrugada que já vem chegando
E a luz se eleva dissipando toda treva, amanhece...
Mas meu olhar continua cheio de névoas...

Posso ver sombras caídas no Tejo e me assusto com embarcação
Que passa, calma e solitária...meus olhos acompanham a nau
E susto e sombra passam ante meu olhar...já nada resta...
Sei que nau em festa vai se afastando, em todo esplendor!

A noite passou...eu sozinha...noite minha...minha dor...
Lá bem longe inda vejo o barco...entendo, tudo acabou...

Marta Peres

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