Farrapos

Foto de Cecília Santos

BONECA DE PANO

BONECA DE PANO
#
#
#
Esquecida num canto.
Sou uma boneca de pano.
Faço parte agora dos
brinquedos descartados.
Num torvelinho de dor
e de tristeza.
Vejo meus dias girando.
Girando como um pião
lançado ao chão.
Quantas vezes fui
feliz com você.
Quando me acolhia em seus
braços, e me embalava.
Brincando de mamãe
e filhinha.
Eram tempos de sonhos.
Onde eu me sentia uma
linda boneca.
Era como se eu tivesse
alma, igualzinha à você!
Hoje estou aqui jogada,
sou de panos e retalhos.
E meu coração que eu insisto
que tenho um, está em trapos,
em farrapos.
Meu sofrer é tamanho,
pois não vejo mais a luz do dia.
Dentro desta caixa prenderam
meus sonhos, minhas fantasias.
Estou esquecida por todos,
por você principalmente!
Fui substituída por uma
linda boneca.
Com roupas bonitas, charme
e beleza.
Não sei até quando vou permanecer,
neste lugar medonho, e escuro.
Você não mais me visita.
O tempo se anda, eu não sei, pois
nada vejo aqui dentro.
Mas ainda me resta a esperança.
De você me doar pra outra criança.
Ainda quero me sentir bonita
outra vez.
Quero passear, entre os jardins
floridos e perfumados.
Mesmo sendo uma boneca de pano.
Quero ser amada por alguém...!!!

Direitos reservados*
Cecília-SP/02/2008

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"VIDA DE ARTISTA"

VIDA DE ARTISTA

Nem só de gloria vive João, pois há de se prover o pão.
Numa luta incessante, João não tem tempo o bastante.
Para ser um esportista, nem tão pouco um artista.
Pois aos seus precisa acolher
Com seus parcos vencimentos, sem lamurias ou lamentos.
Aos seus dar o que comer
Nem só de gloria vive João
Não adianta o estrelato, pois é como cidadão comum.
Que João se sente frágil, não importa ser hábil bonito ou ágil.
E é no anonimato, que João sente a realidade.
Pra que tanta vaidade, se os seus não estão amparados.
Sente uma enorme depressão, de um lado a fama e a glória.
Do outro, a fome e a miséria.
Mas que vida tão inglória, não era isso que João queria.
Ao se deparar um dia, com o glamour e a pobreza.
João chorou de tristeza, pois ao representar com alegria.
Esconde no peito a agonia, de aos seus não conseguir amparar.
Na sua alegre fantasia, João sonhou um dia.
Seu personagem trocar.
Ao contrario do que parece
Ele aparenta ser rico feliz e sem problemas
Mas bem sabe que só ele apenas
Tem um prato para comer
João queria ser artista famoso
Ser saudável rico e charmoso
Mas a realidade é sincera
Não mente esconde ou adultera
A condição de qualquer cidadão
Mas João é perseverante, para levar seu sonho adiante.
Trabalha de dia e representa de noite
O teatro lhe realiza, mas a verdade é um açoite.
Oh dura fantasia, ou será realidade.
João é um homem de verdade
Sem ferir sua hombridade, até mulher teve que ser.
Existem Joãos por toda parte
Cada um exercendo a sua arte
Que para realizarem seus sonhos
Amargam tempos medonhos, para seus ideais alcançar.
E neste ir e vir, só nos resta aplaudir.
Pois o show não pode parar.
E João terminou sua parte, realizou sua talentosa arte.
Agora é hora de ir pro barraco, vestir seus humildes farrapos.
E pro trabalho ir se entregar, porque a vida também não pode parar.

Foto de Carmen Vervloet

Desencanto

Desencanto

Num segundo,
O avesso se revela,
O brilho se apaga,
O real aparece.
E se mostra em farrapos
Que veste a dor!
O lamento escapa
Do meu doido coração
Que chora.
E as lágrimas molham
A terra seca
Que se torna pântano!
E engole sua verdadeira
Imagem.
Desencanto!

Carmen Vervloet

Foto de Marta Peres

Farrapos do Coração

Farrapos do coração

Vestindo o que restou dos farrapos,
farrapos de mim do meu coração,
estraçalhado pela dor
vou brincando e tentando sorrir
deste sofrer atroz que aniquila
a alma e me deixa sem chão.

Não sei se consigo pois vivo
ao léu tentando apanhar
o pouco que restou nas franjas dos
ventos, sofro, morro aos poucos...

Já não há mais a esperança no amanhã
pois só tenho noite e nem mais o crepúsculo
ou a força d'aurora me é permitido,
meu céu não tem estrelas
e nem esperança no coração.

Marta Peres

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"VIDA DE ARTISTA"

VIDA DE ARTISTA

Nem só de gloria vive João, pois há de se prover o pão.
Numa luta incessante, João não tem tempo o bastante.
Para ser um desportista, nem tão pouco um artista.
Pois aos seus precisa acolher
Com seus parcos vencimentos, sem lamurias ou lamentos.
Aos seus dar o que comer
Nem só de gloria vive João
Não adianta o estrelato, pois é como cidadão comum.
Que João se sente frágil, não importa ser hábil bonito ou ágil.
E é no anonimato, que João sente a realidade.
Pra que tanta vaidade, se os seus não estão amparados.
Sente uma enorme depressão, de um lado a fama e a glória.
Do outro, a fome e a miséria.
Mas que vida tão inglória, não era isso que João queria.
Ao se deparar um dia, com o glamour e a pobreza.
João chorou de tristeza, pois ao representar com alegria.
Esconde no peito a agonia, de aos seus não conseguir amparar.
Na sua alegre fantasia, João sonhou um dia.
Seu personagem trocar.
Ao contrario do que parece
Ele aparenta ser rico feliz e sem problemas
Mas bem sabe que só ele apenas
Tem um prato para comer
João queria ser artista famoso
Ser saudável rico e charmoso
Mas a realidade é sincera
Não mente esconde ou adultera
A condição de qualquer cidadão
Mas João é perseverante, para levar seu sonho adiante.
Trabalha de dia e representa de noite
O teatro lhe realiza, mas a verdade é um açoite.
Oh dura fantasia, ou será realidade.
João é um homem de verdade
Sem ferir sua hombridade, até mulher teve que ser.
Existem Jogos por toda parte
Cada um exercendo a sua arte
Que para realizarem seus sonhos
Amargam tempos medonhos, para seus ideais alcançar.
E neste ir e vir, só nos resta aplaudir.
Pois o show não pode parar.
E João terminou sua parte, realizou sua talentosa arte.
Agora é hora de ir pro barraco, vestir seus humildes farrapos.
E pro trabalho ir se entregar, porque a vida também não pode parar.

Foto de Marta Peres

Saudade de uma Vida

Lá fora o vento sopra forte
desperto,sei que são outonais,
sinto tremenda nostalgia
uma dor imensa sofro por ti,
sei que não verei jamais!

Não consegui trazer-te à minha essência,
Rompo histórias ásperas, vazias,
Estou cercada de lamentos, tristes ais,
ando aos farrapos alhures, noite e dia!

Tantas feridas estão abertas,
malgrado a luta que as lavrou
sob mentiras e verdades
deixaste-me a herança da tua ausência!

Hoje entrego-me a cultivar saudades
dos tempos que sei não irão voltar
perdi parte de uma vida
onde estão meus ancestrais?
Marta Peres

Foto de Marta Peres

Farrapos do Coração

Vestindo o que restou dos farrapos,
farrapos de mim do meu coração,
estraçalhado pela dor
vou brincando e tentando sorrir
deste sofrer atroz que aniquila
a alma e me deixa sem chão.

Não sei se consigo pois vivo
ao léu tentando apanhar
o pouco que restou nas franjas dos
ventos, sofro, morro aos poucos...

Já não há mais a esperança no amanhã
pois só tenho noite e nem mais o crepúsculo
ou a força d'aurora me é permitido,
meu céu não tem estrelas
e nem esperança no coração.

Marta Peres

Foto de THOMASOBNETO

Sentimentos da Alma

Sentimentos

Voa pensamento voa!
Deslize pelas sendas dos bosques,
Buscas em um leito solitário...
Uma alma jaz mortificada, em sonhos!

Olhos que se escondem, turbilhões de lágrimas.
Choradas ao frio vento, soluços e sofrimentos!
Momentos que são lenços de despedidas mal acenados...
Fazem rotas indecisas, farrapos de coração apaixonado!

Braços que se alongam em buscas, do nada.
Bocas que beijam o vazio desta vaga existência...
Atributos de loucura a uma frágil alma desiludida!

Alfombras de rosas que não desabrocham,
Luas que não desejam sol, ou noites de estrelas!
Vida que se apagou como uma chama, no candeeiro!

THOMAZ BARONE NETO.

Foto de M.Veríssimo

Criança

Crianças nas ruas, de fome atacadas,
no mundo inteiro em vão padecem...
nas imagens soltas que não se esquecem,
farrapos nus de guerras provocadas.

Crianças perdidas para a morte levadas,
nas carnes sofrendo o que outros tecem,
porque a morte necessita e os homens enriquecem
e tu menino, sem esperança num canto te acabas.

Tua dor fechada, atingiu-me...e chorei...!
Teu grito calado, no meu peito senti
e por ser criança como tu, procurar-te tentei...

para te encontrar a mim próprio menti...
porque embora não te visse, contigo brinquei
e os sonhos que não tiveste, tive eu por ti.

Foto de pedacinhos de mim poemas

Desilusão

A desilusão é um cálice de fel
que transborda queimando a ilusão
escorre e faz poça no coração
afogando a nossa satisfação.

No ápice do desgosto, remôo
Rumino e trago o seu gosto amargo
Rejeitando, ponho-me em choro
Sinto-me mártir perante os algozes.

Em farrapos contemplo-me
Vejo-me com olhos invertidos
De uma alma pelo avesso
Sem chão, sem ar, sem brio.

Sinto-me frágil como criatura
Decadente, descontente...
Quem dera poder trocar minha pele
Como fazem as serpentes.

Célia Torres

Páginas

Subscrever Farrapos

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma