Estou ficando cansado de viver
Gostaria de ser algo diferente, sentir algo diferente
Queria poder provar do amor, ser amado, ser completado
Queria sentir a luz, ser queimado por ela
Queria poder voar, como uma fênix após a morte, queimando minha aura sombria
Queria poder mergulhar em uma mente, e ir o mais fundo possível, descobrir todos os medos, todos os segredos
Mas só há sombras ao meu redor, sombras de coisas que já se foram e das que continuam a me atormentar
Só há espaço para um reinado neste coração agora podre
E nele, a escuridão é a rainha, com todo o seu esplendor pútrido, tendo a solidão como “bobo da corte” e a bela face da morte como carrasco
Leve-me ao céu e ao inferno, e lhe direi onde existem as mais belas flores e os mais lindos campos
Mostre-me anjos e demônios, e lhe direi onde habita a verdade mais pura e violentamente traiçoeira
Me dê um coração de presente, faça-me ser capaz de amar de novo
Mostre-me um novo mundo e dele farei ameaçador com a mais linda e transparente ternura
Faça-me viver de novo, me toque, me abrace, me beije, me machuque
Pegue um cálice e encha com meu sangue, mostre-me que ainda vivo, que ainda posso fazer você feliz...
Faça com que de minha alma brote uma rosa, e que seus espinhos rasguem toda minha carne
Leve-me a beira do mais profundo abismo, e jogue-me da mais alta das montanhas
Deixe-me descobrir o que é a vida, ou simplesmente ser tocado pela morte...
Hoje, ao acordar,
fiz juras de não pensar em você
Que hoje, apenas hoje,
eu me libertaria dessa saudade
E não deixaria cair uma só lagrima
Trazendo de volta o riso em meus lábios...
Jurei que não ouviria se quer uma canção
que me lembrasse você...
E na rua, não veria mais teus olhos
em outros olhos;
Hoje, jurei me libertar de você.
Mas antes do sol do meio-dia chegar
Minhas juras foram quebradas...
Porque amar você está além do meu querer...
Amar você é um veneno,
outrora tão doce, meu corpo contaminou
E novamente, a lágrima veio...
E trouxe de volta tua face diante de mim
Teus olhos me perseguindo por toda parte
E na rua, vejo teu rosto em cada rosto...
Mas não ouvi uma única música,
mas ecoa em mim a mesma canção
do nosso primeiro encontro.
E hoje, percebi
que não posso me libertar de você.
Estou de volta...
ao meu reino encantado,
na relva molhada,
da chuva fina,
que trás na umidade do dia,
rotina, dor e tristeza.
Vem de encontro a minha solidão,
no ar a beleza,
que adorna a tristeza,
contraste profundo,
coração moribundo,
destino traçado,
vidas que cruzaram
na alma,
na mente,
sem ser presente.
Viveu no passado,
um mundo acordado,
que embalado no sono,
foi só abandono.
Meus olhos se perdem,
na imensidão do verde,
que como moldura,
reproduz tua face,
traduz teu riso,
tua forma mágica,
de existir.
Não é sombra opaca,
nem é vulto do destino,
é teu corpo traçado,
no peito tatuado,
que habita o sonho meu,
que é muito mais forte que eu.
O poeta encanta escrevendo amor.
O pintor encanta, pintando amor.
O poeta e o pintor não têm diferença.
Cada um segue sua crença.
Acreditando em sua obra, mostrando
Em seus requisitos o que lhe é bonito.
Ambos fazem poesia, pintando e recitando..
O poeta escreve pintando a vida.
O pintor pinta fazendo poesia.
O poeta pinta seus sonhos.
O pintor cria sonhos aos olhos.
Na tela o pintor joga suas tintas
Para fazer de seus desenhos
O mundo mais colorido atraído.
Uma bela poesia saída do pincel.
No papel o poeta junta suas letras
Fazenda do poema e poesia.
Uma forma das pessoas
Viverem um pouco de fantasia.
O poeta e o pintor têm a mesma intenção
Em seus trabalhos jogar a poesia no coração.
O pintor ao deslizar o pincel,
Faz da poesia uma grande aquarela.
O poeta com seu escrever,
Faz de seu poema a tela mais linda de se ver!
Imagine agora, poeta e pintor,
Colocando em nosso mundo,
Um pouco de fantasia e cor.
Na tela ou na poesia!
Ambos passam a magia.
Ambos precisam de inspiração.
Ambos atingem a visão e o coração
Do leitor e do apreciador
Ambos são poetas...! ( Anna Carolina )
2ª Poesia: VENHA ME ESCULPIR
Venha esculpir meu corpo
Que pede o calor de tuas mãos.
Esculpir minhas curvas que te
Amolecem de paixão,
Tocam-te a visão.
Batidas aceleram seu coração
Venha me esculpir..
Com sede de seus desejos.
Com vontade dos seus beijos.
Venha esculpir meu corpo
Ser meu artesão,
Fazer carinho com tuas mãos.
Uma bela escultura
Fazer a obra com doçura
Com seu atrevimento.
Torneando-me corpo e alma.
Venha esculpir minha pele
Deixar aveludada e macia.
Delineando cada parte
Porque sou sua arte.
Arte prazerosa
Cheia de detalhes
Serei sua escultura, mas chocante
Não desprenderá seus olhos de mim
Em nenhum instante.
Já que teve o dom de me
Esculpir atreva-se
Agora me possuir...
Com certeza irei saber retribuir....
Sou sua arte viva!
(Anna Carolina Márcia.S. Martins).
3ª Poesia: IMAGEM DA FLOR
O poeta tem a imagem acondicionada
Há muito tempo em sua mente e coração
E sempre a guarda d’uma forma apaixonada
Deixando-a eclodir em momentos de paixão,
Como faço agora quando penso em ti amada
E quero pintá-la com a arte da emoção,
Mas antes encontrar a forma desejada,
Pois é de ti própria que vem a inspiração.
Vejo-te então na tela toda esquadrinhada
Tua face, olhos e boca em sobreposição,
Então vou escolhendo desde a cor rosada
Até o azul do céu e sob o som d’uma canção
Desenho-te como uma rosa avermelhada
Acondicionada na palma de minha mão.
Enviado por Júnior Bossa em Dom, 24/08/2008 - 21:48
Quando surgiu aquela face serena
Segui seus olhos e desbravei-a por inteira
Trocamos sentimentos, vivemos uma vida.
Num breve olhar... Num fim de tarde...
Sua voz, tão vital a sua arte.
Indagava-me por dentro.
Tantos porquês prendiam-me
Sua seca lagrima seu talento elevava.
Estávamos a sós em meio a tantos
Frases absorvia eu através do olhar
E nesse precoce amor verdadeiro
Límpida, ela insiste em emergir em meus sonhos.
[que nunca deveriam acabar]
.
.
.
.
Em meio ao barulho da multidão há paz,
Límpida e aconchegante de um olhar fugaz.
A noite enluarada trouxe a mim o paraíso,
Uma brisa ululante me devolveu o juízo.
Ouvi no vento um passado azul-infante,
Que sem piedade me mostrou o diante.
A paz do meu silêncio foi quebrada,
Agora é grito, é força e mais nada.
Assim ouvi o estatelar em uníssono,
Senti o doloroso despertar do sono.
E a alma renovou-se como um corte,
Cheguei buscar dos desejos a morte.
A paz do meu silêncio tornou-se o frio,
Sinto desgastar-me como pedras de rio.
A razão me mostra o solstício logo à frente,
E o final dessa tempestade negra e demente.
E no intenso, breve e claro, sol brilhar,
Farei a luz de o meu próprio dedilhar.
Aqueles sonhos que tornaste escuridão,
Nunca mais em teus amanheceres serão.
Despir-me-ei das inserções de minhas rugas,
Serei cuidadoso ao trepar com sanguessugas.
Para mim não serve mais paixões sem nexo,
Esse total e desvairado entregar-se por sexo.
Farei de minha vida um aprender constante,
Olharei para esse mundo por mais distante.
Claro! Meus sonhos são maiores que o mar,
Indubitavelmente irei descobrir o real amar.
Quanto ao eminente errar quando se flerta,
A dor é menor se for com a cabeça certa.
Reviverei de minha inerte angustia crua,
Terei o inicial sentido de uma alma nua.
Como doce poesia, desenharei novas trilhas,
Serei arrimo de todo amor em minhas filhas.
A paz do meu silêncio é latência dos meus dias,
É o tramitar das vontades açucaradas em alegrias.
Serei novamente o silêncio certo e conciso,
Manterei em minha face o sincero sorriso.
Enfim exaltarei o eu daquele olhar fugaz,
E assim na paz do meu silêncio, terá paz...
O poeta tem a imagem acondicionada
Há muito tempo em sua mente e coração
E sempre a guarda d’uma forma apaixonada
Deixando-a eclodir em momentos de paixão,
Como faço agora quando penso em ti amada
E quero pintá-la com a arte da emoção,
Mas antes encontrar a forma desejada,
Pois é de ti própria que vem a inspiração.
Vejo-te então na tela toda esquadrinhada
Tua face, olhos e boca em sobreposição,
Então vou escolhendo desde a cor rosada
Até o azul do céu e sob o som d’uma canção
Desenho-te como uma rosa avermelhada
Acondicionada na palma de minha mão.
Enviado por von buchman em Sex, 22/08/2008 - 10:33
Tenho passado por momentos na minha vida,
que as vezes nem consigo acreditar.
Muitas vezes não sei se são verdade
ou um verdadeiro sonhar.
As vezes, as lágrimas correm em minha face.
Aí, meu coração aperta e eu fico a imaginar,
se um dia vou poder,
ver você a mim chegar .
Adoro te ver, todos os dias a passar,
mas nunca tive coragem
de junto a ti chegar.
Poder contigo conversar,
poder olhar nos teus olhos,
falar do amor que tenho no meu peito,
que um dia hei de te dar...
Já fiz de tudo pra chamar tua atenção !
Já te mandei flores,
enviei recados ,
fiz até poemas,
mas mesmo assim você não me viu .
Que posso fazer para atrair teu coração ?
Difícil . . .
Mas sei que não é impossível.
Um dia tu vais me olhar
e vais me dar tua atenção!
Quando isto acontecer
vou poder te dizer,
do meu amor,
da minha paixão,
dos meus sonhos e desejos
que estão trancados neste pobre coração.
Infelizmente a rotina continua .
Você passa nem me olha,
Talvez até finja que não me vê
e fico eu a pensar...
Que posso fazer ?
Para chamar sua atenção...
Von Buchman...
.
Eu vejo tu fazeres
O que não devias fazer!
Pois não és tu que desvias
Teu olhar quando te olho?
Pois não és tu que falas
Com todos menos comigo?
Ainda ontem aquela ostra
Dizia «... dói-me tanto a cabeça
ainda nem almocei...»
Tu pronto lhe respondeste
«Então porquê?....bla...bla...»
Só pr`a meter conversa...
Essa ostra é capaz de se abrir
Toda! E até colocar ventoinha
Por debaixo das saias
Prà dar asas a convidar
Entre! Entre
Aninhe-se e esteja à vontade...
A resposta era só uma
«Então vá comer comida
um bitoque ou coisa parecida»
Mas a ostra queria era uma outra comida lambida!
Mas ostras há muitas...
Ainda outro dia a gémea
Ao passar ali bem perto
A um passo de ti
E a dois de mim...
Dá-te um sorriso daqueles
a convidar líbidos...
E tu que fizeste?
Respondente igual ou mais...
Fizeste questão de acentuar
mais e mais com satisfação...
És igual a todos no fundo
Masculino de ostra
És também Ostra
E quem és tu pra criticar
Em tempos e amuar...
Tu que tens o vício no corpo
E na mente quando calha
És pior do que aqueles
Que censuras
Seu Ostra!
Sim eu bem vi e vejo...
És vício e devaneio!
Depois não venhas criticar
Com teu olhar prá parar
Seu Ostra!
Pensas que eu não vejo?!?
....
Muitos Mimos são meus desejos
JoaninhaVoa
Agradeço de todo meu coração ao anjo JoaninhaVoa
pela resposta que me deu no meu poema,
que juntei e fiz este lindo due...
Tenhas meu eterno carinho...
você é uma pessoa mui especial para mim...
ICH LIEBE DICH ...
AS SEMENTES DO MEU PURO AMOR,
SÃO COMO FLOCOS DE NEVE...
ELAS SÃO REGADAS COM AS LÁGRIMAS DO MEU CORAÇÃO,
POR VOCÊ MINHA ETERNA PAIXÃO . . .
Enviado por Sonia Delsin em Ter, 19/08/2008 - 14:22
VINTE ANOS... VINTE
Ele a beijava e Laura pensava. Vinte anos...
Como pesam vinte anos!
O convite para dançar viera inesperadamente naquela tarde.
Os dois a conversar no ponto de ônibus.
A chuva que caía sem piedade.
-- Não me importo com a chuva. Até gosto.
-- Eu também. Notou que não está uma chuva fria?
-- É mesmo. O calor é tanto.
-- Vamos dançar hoje à noite, Laura?
-- Dançar com você?
-- Por que não? Não quer? Não gosta?
-- Adoro.
-- Então...
-- Mas dançar com um jovem?
-- Não vejo problema algum. Você vê?
Por que não aceitar um convite tão tentador?
Os olhos de Fábio a deslizar em seu corpo. Uma diferença grande de idade. Vinte anos. Mas ele vivia afirmando não ver problema algum nisso.
-- Aceito.
-- Nos encontramos lá às vinte horas.
Despedindo-se rapidamente ela falou olhando-o nos olhos:
-- Estarei sem falta. Meu ônibus.
Deram-se um beijo rápido no rosto e Laura entrou no ônibus com a face afogueada. Não era mais uma menina. Cinqüenta anos nas costas. Mas a alma... A esta era de uma menina. E o coração então! Um menino travesso que jamais cresceria em seu peito.
Ia pensando. Colocaria um vestido bem bonito pra encontrar-se com Fábio.
Belo jovem.
Fazia um ano que se conheciam e nunca tiveram uma proximidade tão grande como naquela tarde embaixo da chuva. Os olhos dele correndo em seu corpo.
Os dela buscando aqueles olhos escuros.
Sentia-se tão só ultimamente.
Sim, colocaria um vestido bonito. Capricharia na maquiagem. Se bem que era bonita aos cinqüenta. Muito bonita. O corpo bem cuidado. O rosto bonito.
Quando ele a viu chegando com aquela saia leve e a blusinha rosa elogiou de imediato.
-- Está tão bonita, Laura.
Os dois entraram de mãos dadas na danceteria e subiram a escadinha.
-- Muito melhor lá em cima, não?
-- Sim, é melhor.
Os olhos escuros não despregando dela. Laura gostava daquele olhar quente, mas ao mesmo tempo ficava um pouco apreensiva. Há meses não saia com um homem.
Sentaram-se na última mesa do lado direito.
-- O que vamos pedir?
-- Uma água sem gás.
Quando Fábio buscou sua mão ela estremeceu. A mão tocou seu pulso e subiu de leve pelo antebraço. Subiu mais um pouco e ele a puxou para um abraço.
-- Você é tão bonita.
-- E você tão jovem.
-- Já vem você de novo com esta estória.
-- Está bem, vou tentar esquecer.
Estreitou-a nos braços e buscou seus lábios, depositando um beijo leve.
No peito dela o coração pulava como doido quando ele buscou sua mão delicada e levou-a até seu peito. Precisava entregar-se ao momento. Precisava...
A sensação de estar encostada a ele era boa demais. Um homem a desejá-la. Bonito e jovem.
Quando ele buscou sua boca ela não apresentou resistência alguma. Também estava querendo beijá-lo. Como estava.
Ele quis mais beijos e levou-a até uma das vidraças.
Viam dali a cidade que dormia.
Ele a puxava pra seus braços e Laura podia sentir como estava desejoso dela. Os corpos tão próximos. Aquele contato provocava uma ereção no rapaz. O que não passava desapercebido dela, que também ardia por ele.
Achava errado esta atração que sentia pelo jovem. Já estava de novo a pensar na diferença de idade. Isto era prejudicial e ela sabia. Mas que fazer se tinha filhos da idade dele e não aceitava uma relação com uma diferença tão grande de idade?
Desejava-o.
Sonhei e fiquei sonhando acordada. Tão inocente deste mundo tão revoltado. A vida foi mostrando a sua verdadeira face. Quando criança era possível sonhar e imaginar. Em toda a minha vida eu sonhei uma vida repleta de encantos. Com o passar do tempo a vida se tornou amarga e sem brilho.
Hoje, já adulta, a magia de sonhar se tornou página virada. Como é triste viver sem sonhos. O mundo perdeu a noção de viver, a sua essência de amar. Quem ama, sonha. Quem vive das desilusões, perdeu as esperanças.
Hoje, o meu único desejo é ter um lugar para sonhar. Um refúgio que eu pudesse esquecer das amarguras da vida e esquecer de quem não pode acompanhar a mesma trajetória que a minha. Se eu voltasse a sonhar, talvez voltasse a amar. Talvez acreditasse que podemos amar e ser amados. Oh, vida sem sonhos!
Se meu amor estivesse ao meu lado, sei que estaríamos no lugar certo, à vida seria recheada de sonhos, alegrias e amor. Depois de tanto sofrer um dia declarei: “A vida não é bela. A vida é um constante caminho de espinhos”.
Tudo que eu queria neste momento era um lugar para sonhar. Sonhar que sou feliz! Sonhar que estou nos braços do meu amor. Sonhar que estou repousando num lugar tranquilo; respirando os aromas do campo, sentindo o ar puro da natureza e o frescor de uma cachoeira. Eu só queria um lugar para sonhar as coisas lindas e belas da vida. Onde eu pudesse ser eu mesma, que pudesse gargalhar sem limite, dançar, pular, brincar. Um lugar que eu pudesse ser uma menina serelepe.
Por fim, a idade adulta veio rapidamente e com ela à maturidade, a responsabilidade, as despesas, as preocupações, as obrigações. Eu queria apenas ter um lugar para sonhar. Um lugar que fosse capaz de me fazer acreditar que os sonhos são possíveis. Deixei de imaginar, de fantasiar, de desejar. Sou mais uma cidadã indignada pela corrupção, pela guerra; triste pelas vítimas que sofrem assaltos, roubos, mortes; se não bastasse temos ainda a fome, a falta de moradia, a falta da assistência básica (muitas vezes promessas feitas pelos nossos governantes).
Neste lugar que tanto desejo, quem sabe eu não encontre o meu amor que deixei perdido nesta vida.