Face

Foto de Rute Mesquita

Imagem - Inspiração (Nós da vida)

A vida é como um pequeno elástico
na nossa mão.
Quando muito esticado,
torna-se frágil e embaraça-se nas mesmas.
Deixa-nos limitados dentro de um saco de plástico,
abrindo portas à solidão…
Um saco vulgar e num saco antiquado,
ao lado,
encontram-se resmas…
de contas, de preocupações, de desacatos,
mas, vamos manter-nos interditos à realidade?
Ou vamos ‘dar corda aos sapatos’?
Vamos sem presas,
com muita crença em cada movimento,
desembaraçar estes nós.

São nós da vida,
uns de tempo e outros do momento
mas, terão de ser superados.
Sim, exacto como se de um quebra-cabeças
se tratasse.
Que nos compromete com um pensamento,
que obriga uma delicada concentração.
E no fim um fomento,
que nos mete no caminho da solução.
Um caminho que nos testa, que mede a nossa fé,
pesas face às nossas crenças
e que finalmente nos leva àquela sé
e deixa-nos a questionar:
‘o que seria de mim se não acreditasse,
que por mim tenho sempre alguém a olhar?’
É quando vemos a luz incandescente,
que desenlaça todos os nós,
e sentimo-nos crescer.
Passando de uma nascente,
a uma foz.
Agora sabemos como outro alguém
aconselhar.
Nesta viagem aprendemos,
que escolhemos o bem,
basta-nos acreditar.

E assim despimos aquele carregado tejadilho,
de angústia, de solidão, de melancolia,
e até mesmo de loucura.
Pois a felicidade perdura,
e como eu bem dizia:
a fé deve ser o nosso espartilho.

A vida,
é como um pequeno elástico na nossa mão,
um elástico muito brincalhão
e será a sua quebra a única saída?
Depois disto, creio que não.

Foto de raziasantos

Além do Rio Azul.

Quem sabe um dia além do rio azul:
Poderei reencontrá-lo.
Entre as ruas de cristais
Curva-me ei diante de tua face e direi o quanto sinto
Sua falta:
Correremos entre os lírios,
Entre os campos verdes molhados pelo orvalho.

Ali tu me falaras de amor.
Em teus braços esquecerei toda angustia.
Sendo o fim desta triste espera.
Além do Rio Azul onde o sol jamais deixa de brilhar.
Tu me tomaras em teus braços,
Olharas dentro dos meus olhos…
Teus lábios se unirão aos meus
Para que sintas o doce sabor de teus beijos!
Tu ES tão puro sua boca é como favo de mel.
Tens a forças de um guerreiro…
E a beleza do mais nobre cristal.
Ensinou-me á amá-lo.
Mostrou-me o caminho para a felicidade…
Entras-te em minha vida como um raio de luz.
Me fez viajar no firmamento, e sob as
Asa do vento me fez mulher.

Tu meu amado, é inesquecível!
Tua passagem por minha vida foi tão forte…
Mas forte que as águas corrente!
Nosso amor era puro e sincero,
Mesmo assim não resistiu a triste separação.
Há como quero reencontrá-lo Além do Rio Azul!
Para preencher o vazio que sua ausência deixou!

Mas forte que as águas corrente!
Nosso amor era puro e sincero,
Mesmo assim não resistiu a triste separação.
Há como quero reencontrá-lo Além do Rio Azul!
Para preencher o vazio que sua ausência deixou!

Perdoar-nos-emos pela dupla solidão…
Banhar-nos-emos nas puras límpidas águas cristalinas.
Refaremos nossos votos de amor, que consolidado
Livra-nos a da solidão, matara para sempre esta
Saudade que me definha a cada dia sem compaixão.
Nosso amor tão forte!
Mas forte que as águas corrente!
Nosso amor puro e sincero,
Mesmo assim não resistiu a triste separação.
Há como quero reencontrá-lo Além do Rio Azul!
Para preencher o vazio que sua ausência deixou!
Além do Rio Azul, além do rio azul!

Foto de Rute Mesquita

A Cinco Pontas Dos Pés

Sinto que carrego correntes… pesos que se arrastam no chão. Oiço um rugir perseguidor. Um perseguidor tão pontual e assíduo quanto a minha própria sombra. Ainda não sei bem o que se passa à minha volta, ainda está tudo tão turvo… e eu sinto-me carregada de culpa, de arrependimento, de tristeza, de exaustão e de ódio por sentir tudo isto…
As coisas à minha volta estão a começar a compor-se, talvez deva continuar a desabafar…
Estou cansada, de tanto cair, estou cansada de olhar em redor e nada ver… estou farta de ouvir as minhas próprias lamurias, estou farta… neste momento só me apetece ter um tempo para mim. Preciso de travar mais uma guerra dentro de mim, aquela voz destabilizante não pára de querer medir forças comigo. Não me vou deixar vencer e é por isso que preciso deste tempo para mim, para que esta voz não venha como uma onda gigante e me leve este meu castelo que com tanto carinho construi.
De repente, uma súbita mudança surgiu, deixei de ver… mas, transpareci calma… não sei porquê mas, tinha confiança no destino e por isso passei neste primeiro teste, penso.
Sinto os meus cabelos a bailar com o vento. O meu corpo elegeu-se mais ou menos um palmo da superfície e flutua… não sei ao certo se deveria ansiar ou até implorar pelo chão, só sei que não o farei pois sinto-me leve como uma pena que voa aos sopros de brisas suaves. Recorda-me aqueles sonhos em que parece que a minha cama é um teletransporte.
Não vejo… mas, mesmo que visse iria fechar os meus olhos. Começo aos poucos a perceber esta viagem.
Cheira-me a sal, oiço o mar e nem preciso na areia tocar para saber que estou algures numa praia. O som das ondas diz-me que está maré baixa pois rebentam umas atrás das outras arrastando sal e humedecendo os pigmentos de areia que alcança. É como se as ondas beijassem constantemente a areia e a puxassem cada vez mais para si.

- ‘Serão amantes?’, pergunto e ao escutar a minha voz surpreendo-me com a minha pergunta, pois nunca tinha pensado assim.

Os meus pensamentos voltaram e pesam por isso, a gravidade actua novamente e pousa-me naquela areia. Acontece num processo tão lento que sinto que comecei por tocar a areia e agora entranho-me na mesma como se neste momento fizesse parte desta.
A minha visão, continua ausente mas, vejo um clarão de tons que vai desde a gama dos amarelos até aos laranjas mais avermelhados que me faz perceber que um calor se afoga naquele mar, dando lugar a uma outra gama de cores, cores que vão desde os violetas mais azulados aos verdes mais acastanhados. Julgo que seja o pôr-do-sol e que daqui por uns minutos se dê o erguer da lua.
E mais uma vez me surpreendo com o meu raciocínio, nunca tinha visto as coisas desta maneira tão sensível. Talvez por ter tido sempre a visão da ‘realidade’ facilitada e por isso nunca tivesse dado valor, penso.
Nisto, o mar agora beija os meus pés, como se me convidasse para entrar… mas, vou aguardar sentada de joelhos encostados ao peito e com os meus braços sobre os mesmos, pois uma brisa fria em breve virá arrepiar-me.
A lua já se ergueu, as cores que ‘vejo’ mudaram como, tão bem pensei que fosse acontecer. Um arrepio percorre a minha espinha, aquele arrepio por que já esperava mas, que não deixou de distorcer o meu corpo e fazer levantar todos os meus pêlos.
Os meus cabelos, agora mais que nunca parecem sem direcção, uns atravessam-se à frente minha face.

-‘Tenho que me mover, senão irei congelar’, disse para mim. E sentei-me de uma forma mais descontraída enquanto mexia na areia.
Imaginava a minha mão como uma ampulheta que com imensos grãos na minha mão suspensa no ar, decidia faze-los juntar-se aos outros seguindo uma constante, o tempo… e foi então que outro raciocínio inesperado da minha boca se soltou:

-‘Se encher a minha mão de areia e por uma abertura constante, a deixar cair e enquanto isso for contando os segundos até sentir a minha mão sem nada consigo perceber quanto tempo tem uma mão de areia, com aquela abertura de raio fixo e àquela distância do solo’.
Assim, percebo rapidamente que o tempo varia com dois factores, com o diâmetro do buraco que deixo, por onde a areia irá soltar-se e com a altura a que tenho a minha mão do solo arenoso, percebo que se me puser de pé a areia demora mais tempo a juntar-se àquele solo arenoso do que se eu estiver sentada. Após a experiencia dou por mim boquiaberta envolvida numa brincadeira de pensares, como se unisse uns pontos aos outros e no fim os justificasse com a experiencia.

-‘Deveria perguntar-me o que se passa? De onde surgem estes raciocínios? Porquê? Se ainda agora começo a descobrir os tais pontos, se ainda terei de uni-los e acabar com a sua comprovação que provém da experiencia?’

Sinto algo musculoso e texturado agarrado ao meu pé direito. Volto a sentar-me e pego naquele músculo e começo por tentar perceber a sua forma, percorrendo as minhas mãos pelo mesmo.
- ‘É uma estrela-do-mar!’, exclamei. E dou por mim a falar com esta estrelinha pela qual baptizei de cinco pontas dos pés.
- ‘Tens tantas pontas quanto os dedos que eu tenho nos pés e nas mãos. Não preciso saber a tua cor, pois para mim já és a Cinco Pontas Dos Pés mais bela que conheci.’ Confessava-lhe.
-‘O que te trás por cá minha Estrela? Bom, não interessa se aqui estás, é porque certamente fazes parte desta minha viagem e simbolizas algo na mesma, quem sabe sejas um daqueles pontos que terei de unir.’ Contava-lhe mas, discutindo comigo mesma.
-‘Sabes querida Estrela, esta viagem começou por ser um refúgio… passou a ser uma viagem de sensações, depois uma viagem rica em sensibilidades das coisas mais simples que agora vejo que são as mais belas e agora, encontro-te a ti, uma amiga como se adivinhasses que aguardava inquieta por contar tudo isto a alguém. Espera… é isso!’

Pousei a Cinco Pontas Dos Pés naquele meu pé que um tempo atrás se havia agarrado e comecei a unir os pontos.

-‘Vim num transtorno de estado de espírito, numa revolta por nada ver a minha volta e fiquei sem visão. Recordo-me que vinha carregada e que me sentia perseguida enquanto arrastava umas correntes e tudo desapareceu, eu elegi-me cerca de um palmo do chão e senti-me livre, leve como uma pena. Lembro-me também que procurava um tempo só para mim e vim parar a uma praia deserta. Depois aqueles meus raciocínios e olhares às coisas mais simples mas, que jamais em tempo algum lhes tinha dado tal valor. Desde aquele pensamento de o mar e a areia serem amantes, o pôr-do-sol e o eleger da lua, o arrepio e à pouco sobre os grãos de areia. E por fim, apareceste tu, claro! Vieste para eu me ouvir, a mim mesma e assim unir estes pontos.'
E continuei o meu discurso:

-'E com esta viagem, aprendi uma grande lição, que ao invés de me deixar domar pelas minhas lamúrias deveria confronta-las como sendo o que não são, belas e assim elas ficarão belas, porque assim as olho e quero que sejam. Isto de uma forma inteligente.
Aprendi que a beleza no Mundo está em todo o lugar, nas mais pequenas coisas encontramos o nosso mais sensível, o nosso mais profundo sentimento e assim afirmamos a nossa humanidade.
Aprendi que um amigo nos aconselha, nos apoia mas, que sobre tudo nos ouve, como tu minha amiga, Cinco Pontas Dos Pés que pouco precisaste dizer pois fizeste com que me ouvisse a mim mesma e chegasse onde cheguei.
Aprendi (…) a minha visão voltou!’

Está tudo turvo, sinto-me a regressar ao sítio de partida… e imploro:
-‘Estrela, estrela! Não largues o meu pé! Vens comigo!’

Estou de regresso e como me sinto bem, estou radiante de felicidade e tudo o que carrego agora comigo é paixão, paixão por toda a beleza que me rodeia e admiração, por esta experiencia que jamais esquecerei. Os meus olhos brilham, como duas pérolas, o meu rosto está iluminado como se uma auréola pairasse sob a minha cabeça. Estou vestida de branco e de sapatos e só penso ‘a minha Estrela!’. Descalço-me e não a encontro, dispo a camisa, as calças e o casaco e nada, não a vejo em lado nenhum… sento-me agrupada e lágrimas escorrem pelo meu rosto e quando já quase me sentia preparada para repetir a viagem vejo algo a mexer-se no meu casaco e qual é o meu espanto quando vejo a Cinco Pontas Dos Pés?! Que encantamento!

-‘Eu sabia que eras bela, minha Estrela, bela como aquele pôr-do-sol e ainda bem que vieste comigo pois serás sempre a minha melhor amiga e serás tu quem irá manter aquela experiencia sempre viva!’

Foto de Rute Mesquita

Os três desejos e os cinco sentidos

Quando sonhamos de olhos fechados tudo se realiza. Todo o impossível se torna possível. Todo o ocasional se torna evidente. Todo o curto se torna demorado e intenso. Todo o celeste se torna terreno. E é após esta breve apresentação que vou fechar os meus olhos e sonhar…

Vejo uma pena, que baloiça no ar à música do vento, vai para lá e vem para cá… e falta pouco para nas minhas mãos quentes e ansiosas pousar. Talvez eu possa apresa-la, dançando com ela. Balanço-me para cá… balanço-me para lá e aqui está ela nas minhas mãos.
Traz consigo um recado, diz que peça três desejos que ela mos irá realizar esta noite. Pois vou pedir muito silenciosamente o primeiro.

I.Desejo: o seu encontro, o despertar dos cinco sentidos.

Avisto a sua casa, entro por aquela porta pela primeira vez sem precisar de chave ou de um convite, atravessei-a por e simplesmente. Sinto os meus pés a gelarem com a fria madeira do chão de uma sala colorida. Continuo a andar… atravessei outra porta e eis um corredor. Um corredor estreito e confortante que acaba numa pequena varanda. Sinto presenças vindas de dois quartos situados na lateral direita do corredor e uma atracção que me chama ao segundo quarto. Eu deixo-me ir, deixo de conseguir resistir de controlar o meu corpo. Entrei… vejo um quarto cheio de memórias de momentos de amor, de paixão, de partilha, de cumplicidade, de entrega. Vejo recordações, vivi-as em milésimas de segundo, mas mais que isso vejo o seu corpo coberto de um lençol fresco. Pareceu-me que fiquei uma vida a contempla-lo. Aproximei-me, como se os meus cinco sentidos quisessem mostrar-se apurados. A Visão foi o primeiro sentido a fluir. Contemplei aquele corpo durante uma vida sem um único pestanejar, com as pupilas contraídas, fazendo o seu trabalho, regular toda aquela luz vinda daquele ser angelical.
O Olfacto seguiu-se. Cheirei a sua pele, cheirava a um aroma único e só vindo daquele corpo, chamava-se ‘sedução’. Qual será o cheiro da sedução? Não sei responder, pois ainda só vi e cheirei.
A Audição apressando-se, foi o terceiro sentido a fluir. Ouvia atentamente o seu respirar, que me lembravam o som das ondas do mar, ora avança onda, ora rebenta onda… retrocede areia e assim repetindo-se infinitas vezes. Oiço um palpitar desequilibrado, quase que um chamamento. Oiço os seus olhos adormecidos a mexerem-se, estará também a sonhar? Estará à minha procura?
Irrequieto o Tacto quer ser o próximo. O Tacto que se concentra todo em usar as minhas mãos. E é então que começo a sentir um manto fofo, que pica um pouco e se entranha por entre os meus dedos, é o seu cabelo confirma a Visão. Continua o Tacto… percorre a sua face com todos os pormenores, as sobrancelhas, as pálpebras, as suas pestanas, o seu nariz inconfundível e os seus lábios carnudos. ‘Como são belos, Tacto’, diz a Visão. E o Tacto não pára… sente agora as suas orelhas perfeitas de tamanho ideal. Desço mais um pouco… as minhas mãos descem o seu pescoço como se fosse um simpático escorrega. Finalmente o seu peito… um peito que sobe e desce em curtos espaços de tempo. ‘Está a respirar’, diz a Audição. ‘E o seu coração está a bater mais que nunca, Audição’, acrescenta o Tacto.
O Paladar impaciente quer acabar em grande mas, o Tacto pede-lhe que o deixe pelo menos sentir as suas parceiras, as suas outras mãos. Então lá foi o Tacto percorrendo aqueles seus longos e musculados braços até às suas metades. As suas mãos, grandes, suaves… onde as minhas encaixam perfeitamente como o sapato no pé da Cinderela. ‘Agora tu Paladar’, diz dando uma força a seu sortudo contíguo.
O Paladar, como seu instrumento usa a minha língua. Sinto um gosto doce… um gosto que sabe a amor. Como se saboreia o amor? A Visão diz, ‘ao ver este corpo esbelto’, o Olfacto atropelando diz ‘ao cheirar a sua pele’, a Audição unindo-se ao Tacto responde: ‘É mais que isso meus caros companheiros, o amor provém do batuque do seu interior’.
Curioso e surpreendido continua o Paladar. Sinto que estou a passar a minha língua agora na sua orelha, tão macia com pequenos pelos que cobrem provavelmente todo o seu corpo quase que imperceptíveis. Pairo agora nos seus lábios, provo a sua sede, o seu desejo. Como se prova a sede? Como se prova o desejo??
O Paladar continua sem se surpreender pelo silêncio dos outros sentidos. Percorro agora o seu queixo, o seu pescoço e agora o seu peito… encontro uma pequena cova por onde passo e passo lambuzando a sua pele. Até que o Paladar indignado sente uma outra pele... uma pena, é isso era uma pena e pede ajuda à Visão para que lhe explique o que significa. E a Visão atentamente observa a pena e lê no seu verso: ‘Pede agora o teu segundo desejo’ e ai os sentidos perceberam que o seu tempo tinha acabado…
Pedi então o meu segundo desejo, levando todos estes aromas, todos estes sons, todas estas cores, todos estes relevos e todos estes gostos.

II.Desejo: o despertar do corpo adormecido.

Pedi, pedi que este corpo adormecido acordasse. E assim aconteceu, o corpo esbelto que havia explorado despertou e eu estava deitada a seu lado contemplando-o. Ficámos eternidades a olhar-nos olhos nos olhos… e sei que não foi um desperdício de um desejo nem de tempo.

III.Desejo: A união dos dois corpos e os seus respectivos sentidos.

No seu olhar vejo ‘Pede agora o teu último desejo’ e foi então que pedi, pedi que os sentidos se unissem de novo e provassem a sedução, o amor, o desejo, a ardência, a paz, a magia, a sintonia, daquele corpo e assim se realizou… por entre aqueles lençóis que antes frescos e agora quentes e transpirados, numa luta escaldante e exploradora entre os cinco sentidos de ambos os corpos.

E ainda bem que não há um quarto desejo e sabem porquê? Porque não queria pedir para acordar…

Foto de Gomes S

Uma obra de amor -

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Hoje, a tristeza pintou meu rosto com quatro cores distintas. Minha face se tornou um quadro repleto de emoções, e com tal perfeição, que homem nenhum jamais pensou ou imaginou em criar obra tão valiosa.

A primeira cor que tomou conta daquele vazio imenso foi a tristeza. Era uma dor inexplicável e sem razão, mas necessária naquele branco de minha face, que buscava encontrar um sentido para continuar a existir.

No momento em que a tristeza se tornou a única parte concreta de meu vazio, ela foi surpreendida com outra cor. Essa brilhava como o sol e trazia euforia e paz. A alegria pintou a minha face, e nessa mistura, uma grande obra começou a nascer daquilo que era apenas um caos.

A alegria começou a bailar sob aquele quadro com tanta felicidade, que até mesmo a tristeza se alegrou. Naquele momento um perfume tomou conta de minha face, e outra cor foi pincelada carinhosamente com traços perfeitos sobre mim. Era a paixão, uma cor forte que queimava, mas não ardia, feria, porém não doía.

Aquele encontro de cores tão distintas parecia uma canção de amor, pintada com o mais singelo e suave traçado feito na história da humanidade. Tudo parecia perfeito e lindo, mas outra cor foi jogada agressivamente sobre aquela obra. Essa cor se chamava solidão, a mais dolorosa de todas as cores. Ela transformou aquele quadro em algo tão frio quanto o gelo e mais amargo que o fel.

Tudo parecia perdido naquele momento, até que todas as cores começaram a se unir, e repentinamente, se tornaram uma só. Era algo inexplicável. Esta obra se transformou no mais importante dos sentimentos. Ele surge no momento em que tudo parece estar perdido. Todas essas cores em união me fizeram entender que, aquele branco que estava sob mim só podia ser preenchido por seu sorriso. Nada mais no mundo me importou naquele momento. Uma lágrima saiu de meus olhos e passou por toda minha face, eu estava feliz, pois aprendi a pintar o amor.

Foto de Edigar Da Cruz

Conversando Com Lua

Conversando Com Lua

Conversando com a lua ela me disse assim..
Estava eu e ela na boa..
um olhando ao outro
Eu aqui ela lá bem longe!
Prestando atenção em mim..
Eu prestando a atenção a ela
Ela nada mais que olhar a mim,..
Fui conversando com ela ao lado um monte
De estrelas brilhantes lindas,..
Envolto ao seu véu brilhante.
Hora e grande paca! essa linda lua de amor..
Eu! um simples ser falando de amor a uma lua
Linda maravilhosa
Uma moldura linda de sonhos
Sempre ali se fazendo presente,..
Que leva aos pensamentos para longe de mim..
Hoje esta ao lado feita amiga
Uma linda luz de lua amiga..
Não perdera a beleza...
Isso vem de sua natureza do seu lindo ser.,..
Pois ela é imutável, mais outro amigo me anseia... e o meu coração que se anseia, de vontade de tocar a lua linda luz de vontade e paixão.....
Ela vem quando você se for...
seu nome e SOL grande e poderoso..
Tem estilo e beleza...
Mais não e isso que o atrai..
Na face de luz ardente dessa lua e o sol..
E diferente de você.
Não traz sonhos..
Ela e o sonho!
E traz vida..
Brilho! Calor! E vida...
E COR DE VIVER..
A LUA E SOL são eternos companheiros
Quando um vem falar de amor...
Com véu de CEU estrelas
A outra vem ilumina o dia dos apaixonados (A) com seu astro rei brilhante de encanto

Meteoro Das Emoções

Ed.Cruz

Foto de lua gallardo

mentira

Uma mentira que perdura, dias a fio no leito amargo duma vida imprecisa… pensar no que poderia ser se tudo fosse diferente.
As palavras ditas que soaram doce e cativa mas que hoje são lembranças que só querem ser esquecidas, apagadas de um tempo infundado…
As lembranças insistem em martirizar os segundos que tento ser eu própria, afastada de infortúnios do passado. Até a brisa doce que sopra a minha face, insiste em sussurrar recordações de sentenças carecidas.
Viver encoberta em sentimentos, abafar as vontades, o desejo… e voltar sempre ao mesmo lugar, para tentar sentir o que dizes, tentar só mais uma vez… voltar para ti!

Foto de Sandro Sansão

O que somos?

De um simples acontecimento
De um olhar de contentamento
De um sorriso sincero
De um abraço prolongado
Nasce a esperança
Envolve-nos em sentimentos
Tornam - se próximos
Tão próximos como fossem um só
Entregam-se por inteiro
Doam-se o coração
Acreditam fielmente
Machucam-se às vezes
Riem, choram, brigam, festejam
Fazem tudo que deve e não deve ser
Feito
Ai a vida mostra
Sua face
Às vezes com flores
Outras vezes pontas de facas
Cortam a pele
Sentem na epiderme
O contado verdadeiro
E isso que mais assusta
E isso que nos move
A querer ser sempre mais
O que na verdade
Todos nós somos
Às vezes esquecemos
De sermos
Seres humanos

Foto de Felipe Ricardo

Uma Outro Soneto Pra Brinca a Noite

"Venha aqui e não fuga de minhas
Insanas palavras que tanto fazem
O desperta de tua maligna face
Que sempre esta a esconder do

Tolo mundo que assim tu chamas
De casa... Sabe o que é "casa"
Para min?... É a noite que enfim
Faço fria e gélida para pessoas

Que se deixam levar por dias
De luz e Sol, mas eu... Sou feito
De escuridão e Lua, pois a noite

Não passa de um brinquedo para
Minha desvairada mente que modela
Meu mundo no escuro de tua alma [...]"

Foto de Edigar Da Cruz

***O Amor é Seu Sexto De Um Alfa Sentido***

***O Amor é Seu Sexto De Um Alfa Sentido***

Eu acho que talvez você nunca olhe o amor da formo que te olho no amor, mais confirmo e com um sim
EU TE AMO..
Em todos os sentidos da vida!..,
Se sua vida e viver do meu amor, ..
Do seu amor serei eterno apaixonado
Isso vai além da vida e do amor que tanto sinto
Pelo seu lindo Sexto Sentido de amor..
EU TE AMO mais que tudo se tudo fosse o mundo
Eu amaria mais ainda todo seu ser..
Minha boca ao encontro da sua,.
Tua boca e a lua,..
No eclipse do amor,..
Sentido bom disso e o seu belo beijar iluminado,
A verdadeira face do amor este escondido atrás de nos mesmo todo o sentido e exalado de paixão.
Nosso amor deve ser como água pura e cristalina e doce
Como a terra forte e bonita como livre e solto,..
O amor é como os teus olhos que se fascinam como a tua boca linda maravilhosa molhada que faz delirar..
Como tudo que te pertence, pois esse tudo foi tocado por você
Por suas delicadas mãos macias.
O AMOR É EM SI RESUMIDO em uma
Só palavra; ETERNAMENTE VOCÊ
MEU ECLIPSE APAIXONADO.

Autor: Ed.Cruz

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