Esperança

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Meu Espelho

- Quem é Você?
- Quem você é?
- Você é meu nome, meu nome é espelho, espelho o quê? Espelho Você?
- Você é meu amigo, diante da minha presença, que espelha o que sou?
- Sou simplesmente, a imagem do rosto do Sol invadindo o quarto pela fresta da janela de mais uma manhã sozinha.
- Você, que é a minha cara surpresa, de um novo dia, responderia se o meu futuro reserva um lugar à minha, sua sombra?
- Antes de teu futuro em minha sombra, terás a sombra de não sei o quê, e não sei se a sombras te darão futuro.
- Se a sombra do meu futuro, e seu, me dará sobras da sombra alheia, ou não, não sei, mas que Sol brilhará, no espelho, e assim me ajoelho, espero.
- E brilha o Sol no espelho, mostrando tua imagem, espelhadamente inconsistente, banhada de duvidas, e por fim nos abraçaremos, eu, futuro, e tu... e tu quem és?
- Sou a face da sua vida. Sou a vida na sua face. Sou o seu brilho aqui refletido.
- És um Brilho apagado, és a vida entrelaçada à nossa morte. Vida esta, que resiste agonizante por um simples sinal de uma saudade de algo que ainda não conhecemos.
- Há sempre sinais de vida na futura morte. Eterna, externa, resistente à própria fatalidade.
- Há sempre sinais de morte no presente medo. É tudo medo! É sempre o medo de não haver vida nas fatalidades.
- Há sempre sinais de esperança no medo de não haver futuro, há sempre o medo de se perder as forças no meio do caminho.
- Há sempre caminhos, mas há sempre o medo de não haver amor no final do percurso.
- Há sempre um perguntando qual o caminho para a paz, e há sempre um respondendo que a paz é o caminho.
- Há sempre uma verdade, mas a pressa para alcançá-la sempre mente.
- Sempre existe um nunca, para o qual nunca desistimos sempre.
- Haverá sempre ambigüidade. E será que sempre teremos que escolher a resposta mais justa, ou a mais emocionada?
- Sempre teremos de nos perguntar, e escrever entre o bem e o mal.
- Sempre teremos que escrever enquanto só sabemos desenhar, como crianças com um pedaço de tijolo de construção que rabisca a rua depois da chuva de verão?
- E sempre teremos que construir, com o lápis da vivência, a obra-prima de existir? Espero que sim.
- Pois a vida é uma redação de exame do ensino-médio, mas a escreveremos como poesia de amor, e a ilustraremos, como os mais distantes sonhos, e as mais sinceras emoções.
- Romancearemos a tragédia, encenaremos o que temos, colocaremo-nos à prova da trova do destino que nos reserva ao fim em não nos preservar.
- Bailaremos sozinhos, as valsas tristes, mas com um sorriso no rosto pintaremos as lagrimas vazias, com amarelo, azul ou até mesmo o vermelho. Ainda que sozinhos estaremos acompanhados por nossas poesias, por nossa arte.
- Como a chuva tem o seu prisma, a cisma solar irrompe sobre os pensamentos nublados, na dança das nossas escolhas, na nossa trilha de sons e rumos.
- Desenharemos com palavras, e escreveremos com sentimentos gritantes. Faremos das noites os dias mais claros, e o Sol será mais um amigo, mais um mensageiro da paz, que apenas imitará a meus raros e sinceros sorrisos poeticamente inexistentes.
- Poesia é risco, no céu ou na terra, no caderno ou na lápide.
- Pois o mundo foi feito por algum poeta, que andava triste, ou desiludido por algum amor infiel, e resolveu chorar pra criar mares maiores que as terras, e desenhou e pintou, e ao fim resolveu escrever mais uma poesia, e a intitulou Vida.
- Esse poeta, criador, nos deu a chance, sem nos condenar, de nos descobrir como somos.
- E descobrimos que somos também criadores, poetas, artistas, palhaços. Com um caderno antigo chamado vida, e na mão uma pena que ainda pinga a tinta de nossas vivências, pena esta chamada amor.

(Poesia escrita em conjunto ao meu amigo Allan Sobral.)

Foto de Allan Sobral

Meu Espelho

- Quem é Você?
- Quem você é?
- Você é meu nome, meu nome é espelho, espelho o quê? Espelho Você?
- Você é meu amigo, diante da minha presença, que espelha o que sou?
- Sou simplesmente, a imagem do rosto do Sol invadindo o quarto pela fresta da janela de mais uma manhã sozinha.
- Você, que é a minha cara surpresa, de um novo dia, responderia se o meu futuro reserva um lugar à minha, sua sombra?
- Antes de teu futuro em minha sombra, terás a sombra de não sei o quê, e não sei se a sombras te darão futuro.
- Se a sombra do meu futuro, e seu, me dará sobras da sombra alheia, ou não, não sei, mas que Sol brilhará, no espelho, e assim me ajoelho, espero.
- E brilha o Sol no espelho, mostrando tua imagem, espelhadamente inconsistente, banhada de duvidas, e por fim nos abraçaremos, eu, futuro, e tu... e tu quem és?
- Sou a face da sua vida. Sou a vida na sua face. Sou o seu brilho aqui refletido.
- És um Brilho apagado, és a vida entrelaçada à nossa morte. Vida esta, que resiste agonizante por um simples sinal de uma saudade de algo que ainda não conhecemos.
- Há sempre sinais de vida na futura morte. Eterna, externa, resistente à própria fatalidade.
- Há sempre sinais de morte no presente medo. É tudo medo! É sempre o medo de não haver vida nas fatalidades.
- Há sempre sinais de esperança no medo de não haver futuro, há sempre o medo de se perder as forças no meio do caminho.
- Há sempre caminhos, mas há sempre o medo de não haver amor no final do percurso.
- Há sempre um perguntando qual o caminho para a paz, e há sempre um respondendo que a paz é o caminho.
- Há sempre uma verdade, mas a pressa para alcançá-la sempre mente.
- Sempre existe um nunca, para o qual nunca desistimos sempre.
- Haverá sempre ambigüidade. E será que sempre teremos que escolher a resposta mais justa, ou a mais emocionada?
- Sempre teremos de nos perguntar, e escrever entre o bem e o mal.
- Sempre teremos que escrever enquanto só sabemos desenhar, como crianças com um pedaço de tijolo de construção que rabisca a rua depois da chuva de verão?
- E sempre teremos que construir, com o lápis da vivência, a obra-prima de existir? Espero que sim.
- Pois a vida é uma redação de exame do ensino-médio, mas a escreveremos como poesia de amor, e a ilustraremos, como os mais distantes sonhos, e as mais sinceras emoções.
- Romancearemos a tragédia, encenaremos o que temos, colocaremo-nos à prova da trova do destino que nos reserva ao fim em não nos preservar.
- Bailaremos sozinhos, as valsas tristes, mas com um sorriso no rosto pintaremos as lagrimas vazias, com amarelo, azul ou até mesmo o vermelho. Ainda que sozinhos estaremos acompanhados por nossas poesias, por nossa arte.
- Como a chuva tem o seu prisma, a cisma solar irrompe sobre os pensamentos nublados, na dança das nossas escolhas, na nossa trilha de sons e rumos.
- Desenharemos com palavras, e escreveremos com sentimentos gritantes. Faremos das noites os dias mais claros, e o Sol será mais um amigo, mais um mensageiro da paz, que apenas imitará a meus raros e sinceros sorrisos poeticamente inexistentes.
- Poesia é risco, no céu ou na terra, no caderno ou na lápide.
- Pois o mundo foi feito por algum poeta, que andava triste, ou desiludido por algum amor infiel, e resolveu chorar pra criar mares maiores que as terras, e desenhou e pintou, e ao fim resolveu escrever mais uma poesia, e a intitulou Vida.
- Esse poeta, criador, nos deu a chance, sem nos condenar, de nos descobrir como somos.
- E descobrimos que somos também criadores, poetas, artistas, palhaços. Com um caderno antigo chamado vida, e na mão uma pena que ainda pinga a tinta de nossas vivências, pena esta chamada amor.

(Poesia escrita em conjunto ao meu amigo João Victor Tavares Sampaio.)

Foto de Elias Akhenaton

Nem sempre é dia de sol

Hoje meu céu amanheceu
cinzento com trovoadas e chuvas.
Entristeceu!
Mas não vou perder a esperança,
nem sempre é dia de sol.
Amanhã ele nascerá,
irradiando seu brilho, sua alegria...
E no céu totalmente azul,
sorrirá minha poesia.

Elias Akhenaton.

Foto de Jessik Vlinder

De Volta Ao Controle

Como foi bom não te ver. Não te encontrar quando pensei que iria. Confesso que a princípio meus olhos te procuraram e meu coração esperava, como um bandido quando vai roubar, o momento de acelerar descontroladamente quando deslumbrasse a tua imagem. Mas a esperança apagou tão rápido que me espantei por não ter doído. Eles (meus olhos e coração) simplesmente se conformaram sem dor nenhuma. E isso foi fantástico! Enfim estou de volta! Você de uma vez por todas retornou à posição que realmente merece – insignificância – e eu estou no controle novamente...
Sim, como é bom estar no controle. Por cinco ou seis dias você me tirou do comando e bagunçou um pouco meus compartimentos sentimentais. Ahh... eles são quase sempre intocáveis e eu tenho sido – há muito tempo – a única que põe ou tira qualquer coisa deles. Eu organizo tais compartimentos de uma maneira em que eu saiba exatamente onde está o que procuro, por isso às vezes sou tão fria, porque organizo meus sentimentos. Pow... é isso mesmo! Eu or-ga-ni-zo meus sentimentos. Daí você do nada, chega impondo regras e ditando ordens, querendo mudar minha forma de arranjar cada sentido e emoção fazendo eu me perder dentro daquilo que é meu e que praticamente só é tocado por mim... Ousado, invasivo, espaçoso e atrevido! E a pior parte, você foi tudo isso sem fazer ideia! Foi bem estranho pra mim essa “invasão” súbita. Eu vinha em minha vida calma e sob controle, tudo de acordo com o calculado, sem surpresas ou imprevistos. Eu podia ver a minha vida sentimental na palma da minha mão, como um pequeno quebra-cabeças montado. Então o susto de olhar e além de bagunçado vê-lo incompleto foi desnorteador! Por um momento fiquei parada de olhos arregalados tentando entender o que estava ali. Mas depois fui me acalmando e tentando encontrar a melhor solução. Aos poucos juntei algumas peças que estavam próximas e depois fui encontrando outras pelo chão e pela cama até que estava com todas as peças novamente, só faltava terminar de juntá-las. E hoje, ao perceber que tua ausência – e indiferença – não me causou mais nada, que nenhum tremor fez balançar as prateleiras das minhas dependências emocionais, coloquei a última pecinha que faltava no seu devido lugar.
Mas sabe que, olhando – sentindo – por outro lado eu diria que foi maravilhoso! Afinal, você pode me perguntar que graça tem viver assim. Sem um “abalo” desses de vez em quando (se não daqueles que causam estragos enormes e fazem você mudar tudo, pelo menos uns pequenininhos assim, que lhe faz repensar no mínimo em “pintar as paredes de outra cor”). Realmente é gostoso não saber o que falar, ter medo de ouvirem a batida no seu coração de tão forte que ele pulsa, ficar lembrando minunciosamente de cada olhar e toque por mais bobo que tenha sido, fazer de cada detalhe de contato parecer avassalador... se apaixonar. Sim, é muito gostoso. E admito que foi bom pra mim esse “tremor” inesperado. Eu pude sentir que ainda sou vulnerável, que não perdi minha sensibilidade nem me tornei uma calculista egocêntrica. Que ainda choro por não ser desejada como gostaria, que nem sempre sou desejada... Que nem sempre consigo medir meus passos e pronunciar palavras ensaiadas, manter a postura ‘perigosa e dominadora’ e acabar sendo a preza fácil e indefesa. Que meu coração ainda consegue gritar mais alto que minha razão e se deixar levar pelas emoções. Que nem sempre estou no controle...
Mas ainda prefiro ter o quebra-cabeças montado na palma da mão.

Foto de Allan Dayvidson

MINHA MÚSICA

Confudi todos aqueles sons
com uma música que ouvi.
Parece que sou muito bom
em apreciar canções que não são para mim.

(Não peça desculpas por eu não ser feito para você...)

Sempre no lugar errado
e nunca a tempo de me defender.
Não tenho medo algum de errar...
só de nunca acertar.

(Já havia desculpado você muito antes de eu perceber,
só falta a perdoar a mim mesmo)

Se tenho algum medo, é de você.
Se tenho alguma esperança, devo sobreviver.
Então, não toque mais aquela música e me deixe esquecer.

Não há nada
além de mim, de você e da verdade.
Mas, no verso acima,
um de nós, com certeza, não cabe.

(Mas agora só tenho forças para lutas que posso ganhar...)

Mas já perdi antes do primeiro round
porque, aonde quer que eu ande,
essa canção parecerá minha até o sangue...

E você tocou o piano como se fosse sua maior apresentação,
eu poderia jurar que aquele som era meu.
Só que mal consigo me ouvir, quanto mais outro coração,
mas poderia jurar ter me ouvido no seu.

Se você silencia, eu também.
Se hesito, é para meu próprio bem.
Só queria que você não tocasse essa música para mais ninguém.

Foto de KAUE DUARTE

Num piscar, o coração quis falar

Por entre risos
E meias palavras
Entre apertos de mão
Aconchego sem noção
Coladinhos sem motivos
Ou até mesmo malícias
No seu sorriso de menina
No meio da brincadeira
Percebi a verdade
No meio de um jogo
Ou sei lá, uma aposta
Percebi que não há cura
Não há fuga
Quando o coração quer falar
Ninguem o cala
Tentei negar pelas diferenças
Pelos obstaculos a minha frente
O coração me deu asas
Quando não pude voar
Me deu coragem
Quando tive medo
Me deu esperança
Quando achei ser impossível
Me deu você, derepente
D'uma brincadeira
Num piscar o coração quiz falar
Num abraço traçou um laço
Emocional me tornei
Sentimental me encontrei
E tenho que te dizer
Te amei sem perceber
E não consigo evitar
O negócio é amar.

Foto de raziasantos

Um breve Adeus.

Querido amor.

não há sentimento mais belo que o amor, quando verdadeiro o amor consegue vencer todas as barreiras, todas as dificuldades. Ele permanece forte e inabalado diante das intempéries da vida. Eu acredito que nosso amor é assim, forte demais para ser abalado por coisas, que em comparação com este nosso sentimento, são pequenas demais.
O amor é um sentimento que nos alimenta, ao contrário da paixão que nos consome por dentro e apesar de forte não dura muito.
É verdade que já tivemos nossos momentos de fragilidade, nossas discussões, mas sempre conseguimos superar todos esses percalços que se apresentaram no nosso caminho, e no fim, acabamos saindo com um sentimento mais forte, mais sólido e com raízes mais profundas.
Um amor como o nosso, baseado na confiança, no respeito mútuo, na amizade e, é claro, na excitação, tem tudo pra dar certo e continuar vivo por muitos e muitos anos.
O objetivo desta carta é reforçar os meus sentimentos por você, dizer que nada nem ninguém nos fará afastar um do outro

Deixou em meu coração uma lacuna de esperança.
Não foi uma despedida.
Também não me diste que haverias boas vindas!
Apenas ao me desperta de mais uma noite de amor.
Em voltas os lençóis, ao abrir meus olhos tu não estavas
Mais lá.
Não foi preciso procurá-lo...
Pois sob teu travesseiro estas um lindo boque de flores.
Não tinha cartas nem palavras apenas o perfume das flores.
Levante-me em silencio, sem lagrimas, sem lenço.
Aquelas flores falavam por ti...
No ar fresco da manha ainda posso ver o pôr do sol.
Nesta estase de magia e encanto da natureza, compreendo...
As belezas de nossa noite não sabem se foi á última, não sei ainda quantas
Noite de amor iras me dar.
Mas de uma coisa estou certas como foi bom te amar!
As flores que me deixaste já secaram e continuo a te esperar.
Os pássaros em nossa colina cantem pra me alegrar.

Um Breve Adeus
Quando eu deixar de sorrir agarra o sol no teu sonhar,
e o sol deixar-te-á descobrir o meu sorriso no teu olhar...

Não importa se estarei presente sentir-me-ás no teu viver,
serei o fruto da alma que sente que brotará no teu ser...

Serei a suavidade do vento, no calor que te assola um eterno
abrigo no tempo, que nas ondas, se enrola...

Estarei na maresia e no caminho que seguires, estará em minha alma...
sintonia, para novos oceanos abrires! Mesmo não estando...

Estarei no ar que necessitas!...

E com as minhas asas voarei pelo Universo que habitas.

Partirei para a liberdade, porque acredito nos sentimentos e
desenharei a eterna saudade em todos os teus pensamentos!

E quando atingir o limite tocará o céu, que sempre amei,
um paraíso que me permite Viver tudo...

O que para mim sonhei!

Quando eu deixar de existir ai por ti verei.
Pois me veras a cada hesitante sem perceber eu estou distante.
Serei eterna quando eu deixar de viver.

Foto de Asioleh

Te Amo!

Sempre que te vejo passar
me sinto como se eu fosse um peixinho
dentro de um minúsculo aquário
em frete ao imenso e belo oceano
e me vem a esperança de que eu realmente poderia ser feliz
navegar pelos sete mares, ser livre...
assim sou eu quando te vejo
sei que poderia ser a pessoa mais feliz do mundo
mas estou presa em um aquário
e meus desejos repremidos
vendo meus sonhos se tranformarem em apenas utopias
sem que você ao menos perceba que eu existo
tenho vontade de sair e gritar que te amo
mas se eu pular do aquário, acabo sufocando
sufocada pelo medo
medo de que você não sinta o mesmo
medo que eu não seja o que você é para mim
te amando em meu silêncio
continuo meus dias
apenas te vendo
te venerando ao longe
observando cada detalhe teu
pra que um dia eu possa então navegar
no calor dos teus braços
sentir o arrepio dos teus toques
e ouvir o que seus olhos um dia me disseram
te amo!

Foto de Carmen Lúcia

De ti, a poesia...

Procuro, em vão, não relembrar tua partida;
inevitável que ela acontecesse um dia,
nada é pra sempre, tudo muda, se transforma...
a cada tempo uma desilusão aflora,
assim é a vida; nem ao amor perdoa...

E vou vivendo cada momento que ecoa...
Tua lembrança é saudade que alucina,
mas faz nascer a poesia e a esperança
de renascer cada manhã de todo dia
e recolher a tua luz para meus versos...

E então me perco na emoção de estar contigo
e me revejo retratada em teus olhos...
No aconchego de teus braços me imagino,
e a fantasia me extasia com teus beijos...

Na poesia mais sentida és minha rima...
Em meu bailado, a expressão de minha alma,
toda canção de amor te traz para o meu lado,
vivo contigo a inspiração que me acalma.

Carmen Lúcia

Foto de Arnault L. D.

Luz da minha vida

Sou a página virada,
de uma história que não é a minha,
que completou-se de escada,
a uma outra, que se encaminha.

Sou a página esquecida,
entre outras, tantas, que se leu.
Que iludiu-se ser mais em sua vida;
continuar, e não a que se esqueceu.

Sou uma estrela cadente,
neste céu que me mostrou.
E em chamas, consumindo, ardente.
Fui um astro, enquanto incinerou.

Sei que não vou mais brilhar,
já no passado me enterrei.
Não há luzir, não há lugar,
Como viver desesperança? Não sei...

Os olhos e o firmamento,
exato instante e o seu olhar...
Naquela hora, a você me lançar
eu fui astro, mas, por um momento...

E agora, que eu não sou,
que despede-se a esperança,
sou a lágrima, que o vento secou,
um pontinho em sua lembrança...

Vou esquecer-me neste broquel,
página a sua, minha querida.
Um sonho; uma pedra que do céu,
por você foi estrela, luz da minha vida...

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