Esperança

Foto de Gideon

Um Abismo de Amor

De que é feito um homem, senão da esperança de ter uma grande mulher?
No entanto quando estamos diante de uma grande mulher sentimos-nos pequenos, dependentes.

Muitas mulheres passam, no dia-a-dia, por nós homens.
Diante de algumas delas postamo-nos como superiores, sabichões e até mesmo, às vezes, arrogantes.
Mas quando meio sem esperar nos deparamos com uma grande mulher tudo desmorona, tudo é posto aos pés.
Se falávamos bem e impostadamente agora falamos baixinho, rouco e gaguejantes.
Se tínhamos tantas "conquistas" e vitórias para nos gabar, agora achamo-nos vazios de palavras
e buscamos desesperadamente na memória fatos que possam impressioná-la e nada, nada surge de importante.
E aí, quando pior, desandamos em falar besteiras e baboseiras como verdadeiros idiotas diante de uma grande mulher...

Se sabíamos tantos galanteios e palavras de efeitos, agora não nos atrevemos em tentar pronunciar um elogio sequer.
Ele sai meio avexado e logo baixamos o nosso olhar para não ver a possível reação de desprezo no rosto dela... Enfim, sabemos claramente quando estamos diante de uma grande mulher.

Dias destes estive diante desta grande mulher.
Além de tudo o que escrevi acima tinha vontade de ficar olhando-a infinitamente, reparando em cada detalhe que forma o seu belíssimo rosto, semblante, corpo, mãos...
Ah, as mãos, estas ela me ofereceu como um presente que rápido e sabiamente agarrei-as, e pus-me a acariciá-las. Tentei desesperadamente armazenar na memória do amor cada sentido do contato que experimentei.

Depois das mãos veio o corpo procurando o carinho e o contato acolhedor impulsionado pelo bendito frio do teatro João Caetano.
Senti-me um rei, um super-homem, um feliz-homem, um sei-lá-o-que-homem, mas muita coisa de homem quando a tive em meu ombro algemada às minhas mãos agora sôfregas e impacientes... (sei que ela notou).
A cada frase da Fernanda Torres, que seria meramente uma pronúncia do monólogo frenético que se desenrolava na peça, transformava-se pelos meus dedos em afagos urgentes de carinhos sinceros, de prazer, de vida, de esperança...

O olhar da grande mulher é penetrante, mas paciente.
Entrecortado por um piscar em câmera lenta sem, contudo, desviar o foco do alvo, o pobre e pequeno homem, que tenta encolher-se, esconder-se de diante de tamanha grandeza.

Claro, ela talvez não perceba que seja grande, penetrante, impostadora, perturbadora...
Por outro lado não sou e nem me sinto pequenino e frágil, mas diante da grande mulher cá estou eu meio desequilibrado, trôpego e louco para ser sua vítima mais uma vez.
Vítima talvez do seu amor...

Aonde iria mergulhar? Penso. Será profundo este abismo de amor ou seria apenas um reflexo de uma imagem distorcida pela inflexão da imagem no abismo?

Vou apressar-me em arranjar um pára-quedas para me proteger e tentar pousar suave neste inevitável precipício da paixão, que talvez eu esteja prestes a cair.

Foto de Senhora Morrison

O Aviso de Clarice

Era manhã de sol, bonita e incentivante, mas não para Clarice que a muito não reparava na beleza dos dias, ainda dormia, na noite anterior havia exagerado nos entorpecentes se encontrava ainda anestesiada, tinha que procurar um novo lugar para ficar estava preocupada até, mas o corpo já não correspondia. O contrato com o apartamento estava vencido e Clarice ainda devia alguns meses do aluguel, tinha uma vida corrida em meio a mentiras, dividas a traficantes e coisas do tipo. Não se preocupava em buscar um trabalho fixo, era jovem e muito bonita pra isso, o que queria trocava por “favores sexuais” e assim caminhava. Ouviu um barulho muito distante franziu a testa e esticou o pescoço tentando distinguir aquele som como se assim ouvisse melhor, identificou o inicialmente indistinguível toque, era o telefone, estendeu o braço deixando o corpo esparramado de bruços em seu colchão atendeu ainda tonta, era o Sr. Abreu, um velho imobiliário pelo qual procurara muito nos últimos dias, Clarice quase se arrastando levantou-se e tentou prestar atenção em tudo que ele disse fazendo caretas despertando a face ainda dormente, fez alguns rabiscos em um pedaço de papel qualquer, cheirou duas carreiras do para ela milagroso pó trocou-se nitidamente com dificuldade por conta dos exageros e com certa esperança foi ao seu encontro. Avistou o Sr. Abreu ao longe, um senhor robusto, cabelos brancos que usava um óculos gigantesco que só não cobria seu rosto inteiro porque este era muito largo, com uma barba mau feita que lhe dava um aspecto de desleixo e mistério ao mesmo tempo, lá vinha ele atravessando a avenida, Clarice era uma menina pequena, tinha traços finos, a pele alva, cabelos negros a altura dos ombros que realçavam ainda mais seus olhos igualmente negros, Sr. Abreu lhe cumprimentou e foi logo adiantando o assunto lhe entregou o molho de chaves da respectiva casa dizendo que não poderia realizar a visita com ela pois, tinha muitos afazeres pr’quele dia e como já estava acostumado com sua presença na imobiliária não via problema algum em deixá-la ir sozinha, ressaltou ainda que havia recebido a ficha daquela casa no final do expediente do dia anterior e que ainda não tinha tido tempo de vê-la pessoalmente, mas que segundo o proprietário ela se enquadrava no que procurava. Clarice agradeceu e seguiu sozinha para conferir a tal casa. Chegando ao destino andando pela rua que designava o papel escrito de forma quase ilegível pelo Sr. Abreu, foi observando tudo que lhe cabia aos olhos, a vizinhança, crianças uniformizadas com mochilas nas costas despedindo-se dos pais e entrando em seus transportes escolares, a rua arborizada que lhe trazia um odor do campo, tantas eram as árvores carregadas de inúmeras flores, as casas em sua maioria muito antigas dando o toque final a rua perfeita, estava entusiasmada, sentia que finalmente encontrara um decente lugar para morar. Agora era só não dar "bandeira" de nada, tinha que manter a descrição antes ignorada, assim não seria facilmente encontrada por seus credores. Entretida com o seu redor percebeu que havia passado do número indicado, voltou alguns metros e deparou-se com uma casa branca simples de muro baixo o que a fez lembrar da casa de seus avós marejando seus olhos, pois a muito não os via, conseqüência de sua escolha de vida. A casa parecia ser pequena, tinha detalhes de azulejo na parte superior da entrada principal como se fosse um enfeite em forma de quadrado, a casa era exatamente do jeito que queria, simples. Abriu o portão destravando uma pequena tranca e adentrou o quintal o qual se mantinha limpo apesar das várias árvores pela rua e em sua possível futura calçada, o que achou ótimo sinal de que o proprietário era zeloso. Na busca da chave certa para abrir a porta o molho caiu de suas mãos, ao se abaixar para apanhá-lo sentiu como se alguém estivesse parado as suas costas, ainda abaixada olhou para trás nada viu, não dando importância nenhuma a este fato, levantou-se e continuou a testar as chaves até encontrar a que servisse enfim, deu dois passos para dentro da casa e se viu numa sala espaçosa, espaçosa demais para quem a vê apenas do lado de fora, franziu a testa, era bem ventilada por uma grande janela que dava vista para a rua a que também pareceu menor do lado de fora. Estava a caminho da próxima dependência quando um forte vento fechou a porta principal as suas costas, voltou-se assustada e quando retornou seus olhos a passagem do outro cômodo deparou-se com um imenso abismo e duas gigantescas escadas uma a sua direita empoeirada, cheia de teias e com degraus de madeira quase toda podre e outra a sua esquerda limpa e iluminada com degraus de madeira vistosa que lhe parecia muito mais segura, ambas tinham o mesmo comprimento e a mesma nivelação, Clarice esfregava os olhos como a querer enxergar ou até mesmo entender o que diabos estava acontecendo, virou a cabeça repetidas vezes querendo encontrar a causa daquilo tudo girou o corpo em seus pés, apavorada segue pela escada da esquerda, mas não suporta a aflição quase a queimar seu corpo por dentro e desmaia.
Clarice recobra os sentidos ainda sonolenta lembra da visão que teve com os olhos ainda fechados, prevê que tudo não passou de um sonho, esfregou os olhos querendo despertar e viu que se encontrava num lugar que decididamente não era o seu quarto.
Inexplicavelmente sem medo algum, Clarice se levanta e olha aquele estranho lugar,observa tudo que lhe cerca sentia o ambiente pesado, soturno, era uma espécie de igreja, templo, com várias fileiras de bancos ordenadas simetricamente, uma arquitetura indescritível medievalmente gótica, iluminações como a de uma aurora austral entrava pelas várias vidraças com imagens horríveis de supostos demônios multicoloridos, todos a apontar para ela, sentiu um arrepio aterrorizar seus poros. Clarice foi andando em direção a um suposto altar por um extenso corredor, encostou sua mão direita em um dos bancos cheios de teia e pó percebeu então que em cada banco havia um cadáver,levou a mão a boca em um repentino e milimetrado susto, os corpos eram de negros escravos, imagens que a deixou enojada afirmando seu ódio por esta raça, não suportava negros abria exceções quando estes ofereciam uma boa quantia em dinheiro para usufruir de seus serviços sexuais, mas mesmo assim tomava um longo banho querendo eliminar qualquer resquício daquele maldito contato, de crianças lindas crianças muito bem vestidas, mas todas imundas e defeituosas de alguma forma o que fez Clarice agradecer todos os abortos que praticou, definitivamente não nascera para procriar, quando chegou ao fim do corredor a frente das fileiras de bancos foi caminhado para o outro extremo desse estranho lugar, viu que os outros bancos estavam ocupados por mulheres muitas mulheres vestidas de noiva. Sem esboçar nenhuma comoção ou medo, apreensão ou curiosidade talvez, dirigiu-se ao centro do lugar ficando de frente a um mezanino de madeira todo trabalhado com vários objetos como castiçais de aparência antiqüíssima e um grande livro visivelmente pesado aberto ao meio, atrás deste mezanino a figura de um animal com chifres enormes em forma de caracol e olhos vermelhos como rubis estampados na parede. Clarice olhava tudo aquilo hipnotizada, reparou então que suas vestes mudaram, estava igualmente vestida de noiva em uma renda branca com rosas negras espalhadas sutilmente por todo o vestido que marcavam muito bem as curvas de seu corpo, deixando-o insinuosamente sexy, sentia-se incrivelmente atraente naqueles trajes e se admirava como se não tivesse nada ao seu redor, em uma volúpia vil de si mesma. Sentiu seus ombros acalentados por calorosos afagos, Clarice rodopiou o seu caloroso corpo a seus pés e deparou-se com o homem mais bonito que havia visto na vida, este era alto, esbelto, cabelos negros e os olhos azuis mais inebriantes que poderiam existir, sorriu, o misterioso homem também lhe sorria um sorriso branco e confiante e olhava-a com um desejo descomunal, entregaram-se a um ardente beijo, Clarice foi tomada por arrepios voluptuosos desta vez, olhou novamente para aquele homem que lhe estendia os braços oferecendo-lhe uma rosa, uma negra rosa. Clarice sentia-se desejada como nunca havia sentido antes, esta sensação lhe trouxe um conforto que jamais experimentara sua pobre alma, não se importava em sentir-se amada não acreditava em tal sentimento tudo o que desejava eram os olhos masculinos devorando-a em pura cobiça. Isso sim era real o prazer carnal, isso sim podia-se sentir. Interrompidos por um estrondoso barulho Clarice volta a si, escutando uma voz que gritava:
_ Ação de despejo, acorde! Sabemos que esta aí!
Clarice remexe-se na cama não querendo permitir que lhe furtem aquele momento tão intenso percebendo então que estava sonhando, e enfurecida pensa: _ Será que nem no inferno eu posso me divertir em paz? Levanta-se para abrir a maldita porta e vê cair uma única pétala da negra rosa que ganhara.
Sorriu!

Senhora Morrison

14/05/2008

Foto de friendshipstar

Hoje ...

Hoje acordei com vontade de te ver
Hoje acordei com vontade de te tocar
Com vontade de te beijar
De sentir que estás ao meu lado
Hoje acordei com saudades
Com saudades do que nunca tive
Com saudades do teu beijo
Aquele que nunca me deste
E pelo qual morro de desejo…
Hoje? Hoje acordei como ontem
E no dia anterior
Hoje acordei com vontade
De sentir o teu calor
Hoje acordei com esperança
De um dia poder ter
Quem não me sai da lembrança
Por um segundo sequer…

Foto de Mentiroso Compulsivo

ESPÍRITO DO MAR

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Até longe vaguei a minha alma
Com o espírito pesado de mágoa,
O meu barco fustigado pela água
Fez dolorosa a vigília sobre a proa
Quando à noite ouvia rochedos falar
Meu corpo encrespado de frio gelado
A fome impiedosa, a comida se havia esgotado,
Sentia o sabor quente do mar glaciar
Defrontado e gasto pelas tempestades
Esmagando o meu coração com o peso da dor
Amargo destino condenado a esperar
Um amor de mulher ausente lá na cidade
Onde amantes podem viver seu amor
Consolo de amigos a festejar a agradável noite
Na mesa o vinho e o pão em risadas de alegria
Gozo e barulho na balbúrdia da cidade
Luzes na ribalta da noite em rebeldia
Não oiço nenhum som, apenas o rugido do mar
Não! Oiço um eco, um gritante gemido
Parecia vindo de um leito em voz de mulher
Mas que me trouxe de volta a realidade do mar
É o choro agudo da tempestade que se aproxima
O grito de uma criatura que é ave inocente
Tão pequena e ténue, de nítida voz de água transparente
Por entre o lamento do vento cruel e insensível
Trazido na noite branca escurecida de neve
Pelas sombras de granizo que caía no mastro
Ondas violentas a querer o seu grande ego
Da sua maior monstruosa grandiosidade
A caírem como turbilhões de lágrimas salgadas
Que o meu bartedouro não consegue vazar
E no meu barco sozinho andava perdido
Não havia gaivotas que me pudessem guiar
Ansiava só pela voz que me pudesse ouvir
Aprisionado naquele mar imenso, sem fim
Desejei lançar-me ao caminho do mar
Naquele instante vi portos distantes
Perto dos meus parentes aquém, para lá do além
Um romper de uma nova aurora de luz
Trazendo o rumor de uma nova terra
E vagueei com os amigos a caminho de casa
Esperando minha amada, ansiosa porque tardava
Livre do medo eu fiquei da longa viagem
Senti a voz que me dava a esperança terrena
E o meu coração ficou apaixonado pelo espírito do mar
Arvores verdes floresceram nas águas
A cidade bela que tanto ansiava, ergue-se no mar
Campos de flores, planícies verdejantes de amarelo
O meu espírito pairou sobre a extensão dos oceanos
Ansioso e desejoso de mergulhar em suas águas profundas.

© Jorge Oliveira

Foto de Cecília Santos

TEU SORRIR ME FASCINA

TEU SORRIR ME FASCINA
#
#
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Teu sorrir me fascina.
Sorriso franco, aberto.
Sorrir pra vida.
Sorrir pra alguém.
Sorrir pra mim.
Teu sorrir é cativante.
Embriaga a alma,
fortalece o coração.
Teu sorrir é luz em
noite escura.
É farol de luz à guiar
passos pra ir e voltar.
É dar alegria, quando o
coração está chorando.
É sorrir por entre as
lágrimas.
É amar quando o coração
já desconhece a razão de viver.
Teu sorrir é a esperança que
mostra segredos que a vida
desconhece.
É viver intensamente sorrindo.
É morrer eternamente sorrindo...

Direitos reservados*
Cecília-SP/03/2008*

Foto de Henrique Fernandes

PARAR UM POUCO PARA AMAR

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É uma pausa relaxante
Parar um pouco para amar
Sentir quanto é importante
Receber de alguém o dar

Amar é um passeio descontraído
Pela calçada da paixão
Por entre um jardim colorido
Bem no centro do coração

Apetecível e divertida
A paixão é uma dança
É poesia de vida
Um evento de esperança

Amar veste-nos a pele
De um roseiral com voz
Cantando rimas de mel
Somando a dois um nós

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

HOMEM E MULHER




♠Sempre ouvimos... Que atrás de um belo homem existe uma grande
Mulher!
A grande mulher que mostra os erros, que segura às tempestades.
Na hora das dificuldades esta presente, sempre prestes a ajudar,
Mesmo que para isso lhe custe até suas horas vagas, sua noite de sono, acaba virando várias mulheres em uma só vez.
É mãe, é companheira e guerreira batalhadora,
E ainda assim encontra tempo para expressar o amor dar-se
Ao seu homem.
Homens tentam entender o coração e a mente de uma mulher pare com essa história que sempre ouvimos; que mulher é tudo igual.
A mulher tem uma alma leve, tudo que faz é com prazer é com garra é com amor....
Mulheres entendam os homens, eles carregam uma responsabilidade
Muito grande: é cuidar da família da casa e ter tempo para educar ensinar...às vezes até Cansados fisicamente e mentalmente, não confundam as coisas...o homem é meio que Orgulhoso, mas é de sua natureza...o homem também quando bem compreendidos,
Carrega em seu coração um amor surpreendente.
Na verdade ele adora um carinho em afago um cafuné.
Homem e Mulher...foram feitos para caminharem juntos...constituir famílias....
Homem e mulher de mãos dadas e amor cravado no peito
Esperança e dedicação sempre tomam frente a sua caminhada,
Comparando, homem e mulher:
O homem é o cérebro a mulher é o coração.
O homem o guerreiro, a mulher a lança.
Juntos vencem a batalha,
Cada um tem sua própria personalidade,
E juntos se completam: juntos se tornam um só.

Anna*-* a FLOR DE LIS.

Foto de Isabelf

AMOR

Não quero alguém que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, abraçando-me...
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade...
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível...
Só quero que o meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampado no meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar os meus olhos e imaginar alguém...e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar das minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é o meu sentimento...e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesma.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe a minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena.

Foto de Henrique Fernandes

AMIGOS

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Lá longe no mar que está longe
Há um charco de lágrimas que afunda
O barco do sorrir na solidão
Mesmo lá canta um suspiro de fé
Diante do espanto do sol nascente
Ausente de mel nas madrugadas
Que outrora foram vibrantes
Ao levantar da cortina
No clarear de mais um dia
Num chamamento da natureza
Convite á vida tocado por magia
Que me afaga o peito de esperança
Já fui criança agora adulto
Vestido de inocência num vulto
De má sorte que me persegue os passos
Neste compasso de esperar um melhor amanhã
Contente contenta-me estar vivo
Entre um lençol de amigos com quem convivo

Foto de Carmen Vervloet

UM POUCO DA HISTÓRIA DO ES - Convento da Penha - 450 anos

Convento da Penha – 450 anos

Nos idos do mês de maio de 1535 fundeava na enseada da futura Vila Velha, até então terra dos índios goitacazes, a Caravela Glória trazendo o luso donatário Vasco Fernandes Coutinho que vinha tomar posse da Capitania, à qual deu o nome de Espírito Santo.
Encontrou aqui, beleza natural estonteante que deixou a todos sem fôlego! Muitos eram os pontos fortes desta então Capitania, mas dou destaque àqueles que sempre extasiam meus olhos e enchem de luz e paz o meu coração capixaba: A verde Mata Atlântica, com sua rica flora e fauna, palco de orquestra composta pelas mais variadas espécies de pássaros; Suas montanhas esculturais criadas pela mão da grande artista natureza, pedras que fecundam o próprio chão; E o seu mar pincelado com o verde liquefeito de suas matas e o azul liquefeito de seu céu que juntos lhe dão a cor verde-azul que se expande numa extensão infinita onde meus olhos pousam cheios de amor e admiração!
A esperança que dominava o nosso donatário ao desembarcar nas praias deste Novo Mundo foi aos poucos se apagando em razão das lutas entre os colonos e os índios.Vasco Fernandes Coutinho mandou vir de Portugal alguns padres missionários para que pacificassem os nativos.
No ano de 1558 chegou aqui o Missionário Espanhol Frei Pedro Palácios que trouxe na sua bagagem um belíssimo painel de Nossa Senhora da Penha, o mesmo que ainda se encontra no Convento da Penha. Procurou abrigo numa caverna no pé da montanha para onde levou seus pertences e também o painel de Nossa Senhora. Quando no dia seguinte acordado pelo gorjeio dos pássaros e o marulhar das ondas do mar que no seu vai e vem levavam e traziam de volta os seus sonhos de missionário depositando-os sob a forma de branca espuma sobre a areia morena, percebeu que o Painel de Nossa Senhora havia desaparecido. Preocupado saiu à procura do mesmo, no que foi ajudado por outros colonos e depois de longa e dolorosa busca, exauridos, arranhados, machucados, encontraram-no a 154 metros de altitude, bem no cume da montanha entre duas frondosas e verdes palmeiras. Levaram-no de volta para a caverna e no dia seguinte, segundo a lenda, lá estava Ela outra vez de volta ao cume da montanha, entre as mesmas duas verdes e frondosas palmeiras. Este fato aconteceu por três vezes, até que Frei Pedro Palácios percebendo que Nossa Senhora queria ter uma melhor visão sobre seus filhos para que pudesse protegê-los de todas as vicissitudes e perigos, atendendo a vontade da Santa, construiu a sua capela no lugar escolhido por Ela. Ele próprio, velho e alquebrado, mas homem de muita fé carregou lá para o píncaro os primeiros materiais para a construção da ermida. Realizado seu grande sonho, a poder de muito trabalho e esforço a capela foi inaugurada com toda a pompa merecida no dia primeiro de maio de 1970. Nesta mesma data, levado por Anjos, aos sons dos sinos da sua pequena capela partiu feliz o velho e santo missionário para sua morada eterna.
Hoje o Santuário da Penha abrange uma área de 632.226m2. No seu interior abriga séculos e séculos de história, de fé e esperança, de devoção e coragem e é sem dúvida considerado o maior atrativo turístico e religioso do Estado do Espírito Santo. Fica localizado no Município de Vila Velha, integrante da região da grande Vitória, Capital do Estado. A faixa de Mata Atlântica existente no Santuário da Penha é o mais importante pulmão verde da cidade de Vila Velha e abriga uma variada flora e fauna. A festa da Penha é considerada hoje a terceira maior festa religiosa do País.
Nas noites de lua cheia, guardo ainda a imagem que tatuei na minha alma de criança. O manto de Nossa Senhora entrelaçado junto ao manto do luar estendido sobre a nossa cidade protegendo-a de todas as ameaças e perigos envolvendo-nos nos seus braços de Mãe do Céu.

Carmen Vervloet

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