Esperança

(oração de um poeta feliz)

senhor nosso deus nosso pai
que por tudo você nos faz
entra na minha vida e ocupa todo o meu coração
faz dela como o teus louvores de adoração
muda o meu rumo me faz com você sempre caminhar
muda a minha vida para que renovado eu possa estar
toca o meu coração
dar-me a tua atenção
entra em minha casa e me estende a tua mão
abre o teus olhos e olhai pra mim
me pega nos braços e me abraças assim
dar-me segurança e amor
dar-me paz e esperança
entra na vida da quelas pessoas que não te conhece
entra na vida de quem hoje por você perece
pois tu es o deus és o meu senhor
toca cada coração com uma relevelação
dai a ele toda a sua ateção
fala a ele que tu existe
fala a ele que nunca mais ele vai estar assim tão triste
pois você estará com ele
a o fazer feliz
a te dar amor e a te dar um amor tão assim
pois ele esta aqui a me fazer recitar
está aqui a me fazer colocar
o que sinto dentro do meu coração
pois ele me dar forças me da a revelação
para que aqui eu possa recitar
possa aqui falar
o quanto ele é grande e o quanto só ele pode te salvar
pois ele esta aqui a me encher com varias palavras lindas
esta fazendo o meu espirito como uma vinha
me dando um dom para eu poder para vocês mostrar
e dizer com todo o meu amor que ele aqui vai estar
mesmo que não tenhas um amor na terra
mais ele sim para todo o sempre vai te amar
pois para ele não tem raça não tem cor
para ele não tem rico nem pobre
apenas tem o espirito santo que o move
para o encontro com o pai
pois nóis estamos a caminhar
a andar nessa grande caminhada
a esperar
a vinda do senhor deus para nos buscar
para nos levar para a eternidade la no ceu
pois sou assim como a quele grande veu
que fica a me guardar
a me proteger a me iluminar
Ó SENHOR obrigado por tudo que tens feito e ainda irá de fazer
pois eu te agradeço do fundo do meu coração por você está na minha vida a me proteger
te agradeço em nome de jejus amém. Anderson Poeta

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA.

Mário Quintana
Texto extraído do livro
"Nova Antologia Poética",
Editora Globo - São Paulo,
1998, pág. 118

Lialins eterna apaixonada
pela vida

As varandas já não têm vasos.
Os vasos já não têm flores.
As flores já não têm pétalas.
As pétalas já não têm cores.
As praias já não têm gente.
A gente já não tem esperança.
A esperança já não espera.
Quem espera já não alcança.
O sol já não tem brilho.
O brilho já não tem magia.
A magia já não tem ilusão.
A ilusão já não traz nostalgia.
A justiça já não tem seguidores,
Os seguidores já não têm razão,
A razão já não tem certeza,
A certeza já não é tida em consideração.
Os humanos já não têm amor.
O amor já não tem felicidade.
A felicidade já não tem orgulho.
O orgulho já não tem vaidade.

POEMA ESCRAVIZADO

Era uma vez um pai e uma mãe
Que queriam tanto amar,
Mas nada podiam fazer, nem mal nem bem,
Pois, para a vida teriam que lutar…

Os pais ali estavam e a guerra decorria
Com uma pena imensa, por sua Criança que estava a sofrer;
Pelos braços abaixo, sangue escorria
E imensas dores tinham por verem sua filha morrer…

Seu Mundo escravizado,
Para toda a eternidade;
Seu sonho estava estragado
Que era toda a fraternidade…

Olhares tristes como a morte,
Rostos descaídos como a revolta,
Lábios silenciosos como um deserto,
Pele arrepiada como o medo…

A alma de pequena porte
E a esperança que nunca mais volta,
O tempo que é incerto
Com a vida que causava tal tropeço…

O ódio que brilhava no olhar frio dos vencedores,
Que esmagaram na passagem, os vencidos…

Ao longe, pais a chorar;
Maldição de vida…!
Que a vida era só de ida,
E continuavam suas filhas adorar…

Enquanto à Criança,
Seus pais exclamavam:
“Pobre e querida Criança,
Quem nos dera teres mais uma esperança”…!