Espaço

Foto de Shyko Ventura

" O SEU DESPERTAR !"

“O SEU DESPERTAR”

Espero as janelas se abrirem,
Encerradas pelo sono que se fez.
Aguardo surgirem e espero seu despertar
Como dois espelhos de água,
Duas pérolas negras que são descobertas
Quando essas janelas se abrem.
Janelas do tempo,
Que me transportam pra outros mundos;
Janelas do espaço profundo,
Escuro em si, mas decorado pelo brilho!
Das estrelas que intrinsecamente se
Hospedam nele;
Janelas do amor,
Que removem a dor, a solidão, os anseios,
Que insistem em devorar as esperanças
De se abrirem.
Fico ao lado delas,
Sinto seu pulsar,
Sei que vais despertar,
E agora o faz.
Deixo de mim,
Sinto-te assim, tão brilhantes e sem fim!
Num brilho intenso
Que pelo qual me rendo
E o que era esperar,
Agora simplesmente se torna em amar!
__________________________________by Shyko 091108.

Foto de carlosmustang

NOVOS CAMINHOS

Minha alma perdida
Na infinita procura
De um espaço de dor
Sem encontrar o amor

Sou uma viagem espacial
Ousando e desejando
Ser tão especial
E em você encantando

E mesmo sendo pecaminoso
Em meu estilo te amando
Num retrato rápido

E da sua cama saberá
Numa nuvem placita
Este um acaso não será!

Foto de jcguimaraes

Música do coração

A sua voz,
Doce e suave
Buscava a melodia,
Tão suave quanto.

E ambas flutuavam
No pequeno espaço
Entre a sua boca
E o meu ouvido.

Ao fundo,
A verdadeira música
Tentava existir
E resistir,
Mas não conseguia.

Pois, a sua voz
Doce e suave,
Naquele momento,
Era o que mais tocava
O meu coração.

Foto de jcguimaraes

A volta do poeta

Um poeta morreu de velhice
e foi para o céu apressado,
pois, achou que seria tolice
ver seu corpo sendo enterrado.

Deu adeus à terra densa,
despediu-se do cachorro
e foi atrás da recompensa,
voando por cima do morro.

Alegre como a criança
que deu seu primeiro passo,
voou rápido na esperança
de ver-se logo no espaço.

Passa pertinho da lua,
sua fonte de inspiração,
pára um pouco, flutua,
e fica prestando atenção.

Lá da terra, pensa ele,
a lua é muito mais bela;
ver um luar como aquele
e daqui, areia amarela?

Retoma seu vôo, frustrado,
mas continua a viagem
em busca do céu esperado
ou de uma bela paragem.

De repente leva um susto
e é quase atropelado,
um cometa passa justo
na frente do pobre coitado.

Lá de baixo, logo pensa,
isso é um estrela cadente
sua luz é mais intensa
e atende os desejos da gente.

Já com saudades da vida,
e muito desapontado,
de maneira decidida,
faz a volta apressado.

Mesmo morto, se consola,
e sem os desejos da carne,
posso ver jogo de bola
e curtir o meu desencarne.

Escrever poemas com rima
à sombra de um belo carvalho
e ficar olhando pra cima
sem ter que pensar em trabalho.

Ver de novo a lua nascendo,
curtindo, sentado no chão,
contando cometas descendo
até a próxima encarnação.

Foto de aucenio

rio

RIO

Ei de correr
As planícies da vida,
Sem instante,sem partida.
Em onde,por fim,
Haverei de morrer.

Renovarei-me a cada passagem
Tornando-me
Explêndido em vigor.
Revivendo cada paisagem que clama,
Um instante,em pavor.

Encontrarei-me,assim,
Em todas as direções.
Sentirei-me,por fim,pleno
Em unir e banhar
Todas as nações.

Vagarei sem rumo
Deixando em cada canto
Um pedaço do meu corpo.
Assim,ei de lavar a vida
Levando as lágrimas
Que compartilhará comigo
Quando,nas minhas águas,
Lavar seu rosto.

Levarei sua dor e
Diluirei no meu corpo.
Renovarei seu sorriso
Sem ao menos pedir favor,
E o devolverei ao seu rosto.

Trarei a vida ao passar
E renovarei cada chão.
Passarei em silêncio ao escoar e,
Mesmo assim,me ouvirá
Soar como canção.

Gigante ei de ser meu corpo
Sem limites,sem espaço.
Um ser que se torna ignoto,
Que esconde seu misterio
No intimo do regaço.

Impávido,seguirei sem rumo
Impenetrável e sombrio.
E,por fim,abrirei mão da grandeza.
Tornarei-me,por fim,vau.
Abrindo meu corpo a teu corpo,
Unindo-me a tua alma,
Entregue e leal.
Sem grandeza,sem poder.
Mostrarei-me apenas
Como um rio.

Aucenio V. Sousa

Foto de Sonia Delsin

ONTEM... LIVRES

ONTEM... LIVRES

Ontem nós voamos...
Nós dois.
Ficamos conversando.
Falando.
Depois...
Ah!
Depois nós voamos nas asas de todos os ventos.
Somos assim.
Dois românticos.
Perdidos em pensamentos.
Entregues aos sentimentos.
Ontem nós escapamos desta nossa casca cedida.
Pra esta vida.
Ao espaço aberto nos jogamos.
É. Nós dois voamos...

Foto de Osmar Fernandes

O professor de iTU

O professor de Itu

Tudo começou com o requerimento do professor Bosco, que solicitou aposentadoria por tempo de serviço. Analisado pelo departamento pessoal, foi deferido pelo chefe imediatamente.
Dessa forma, foi aberta uma vaga na disciplina de História. O diretor da escola, depois de analisar alguns currículos, optou pelo professor Beto, de Itu. Solicitou à secretária que entrasse em contato com ele e o convidasse para uma entrevista.
A notícia espalhou-se rapidamente pelo colégio, ganhando, inclusive, manchete de destaque no jornalzinho dos estudantes. Todo mundo estava curioso. Afinal, a fama de Itu é grande. Do servente ao diretor, não se falava em outra coisa. O assunto corria solto e malicioso de boca a boca.
Dois dias depois, o diretor perguntou à secretária Beth:
— Você já falou com o professor Beto?
— Telefonei e deixei o recado na secretária eletrônica, mas até agora ele não me retornou a ligação.
— Então tente outra vez.
Beth telefonou novamente para o professor. Dessa vez teve mais sorte e foi atendida por ele.
— Alô, quem fala?
— Aqui é o professor Beto.
— Oi, professor, tudo bem?
— Tudo bem, graças a Deus.
— Aqui é a secretária Beth, da Escola Padrão da cidade de Crocal. Nosso diretor, o senhor Pedro, está lhe convidando para uma entrevista, pois o nosso professor de História se aposentou e estamos precisando urgente de um substituto.
O professor respondeu que iria na segunda-feira. Chegaria às quinze horas. A secretária ficou deslumbrada com o vozeirão do professor. Chegou na sala de reuniões tremendo, tomou um copo d’água e exclamou:
— Nossa!
A professora Dayane espantou-se:
— O que foi, menina?!
— Que voz grossa e linda ele tem!
— Ele, quem?
— O professor de Itu.
A aluna Almerinda, que ouvia tudo, saiu de fininho e foi logo contar a novidade para os colegas. Era intervalo, e no corredor o papo foi um só:
— Gente! Vocês não sabem da maior: o professor de Itu chegará na segunda-feira, às quinze horas. A Dona Beth falou com ele no telefone e chegou a passar mal só de ouvi-lo. Se a voz a fez tremer, imaginem como deve ser o resto...
A malícia ganhou corpo pelos corredores. Já havia aluno com ciúmes do professor. As meninas não comentavam outra coisa: “Este professor deve ser uma loucura...”
Pisquila, o “bichinha”, ficou enlouquecida com a notícia. Desmunhecou o tempo todo, fantasiando loucuras com o novo professor. O clima era, no mínimo, estranho para um colégio particular de classe média...
Um colega dele desavisado perguntou-lhe:
— Por que há tanto falatório sobre o novo professor?
— Porque ele é de Itu, meu bem! Uma cidade linda do interior de São Paulo.
— E o que isso tem a ver?
— Você não sabe, queridinho? Lá, tudo é grande!
Missada ficou sem entender. Envergonhado, não quis prosseguir o diálogo e saiu discretamente.
A professora Carlota era “viciada” em homem, mas na escola passava a imagem de santa, de virgem adormecida... Chata, moralista, dava lição em qualquer um que se atrevesse a comentar maliciosamente sobre o professor de Itu. Passando pelo corredor, ouviu uma aluna cochichar:
— Esse professor deve ser mesmo um gostosão! Deve ter tudo bem grande, ENOOORME!!!
A professora, por alguns segundos, “viajou na maionese” e imaginou o professor de Itu fazendo “strip-tease” exclusivamente para ela. Em sua fértil imaginação, o homem era um fenômeno sexual, um gigante carnal...
Arrepiada, saiu correndo para a sua casa. Chegando lá, foi direto para o banheiro tomar uma ducha fria.
Era segunda-feira, quinze horas. Na frente da escola estava reunido um comitê de recepção. Tinha mais de quinhentas pessoas aguardando a chegada do mais novo e esperado professor do colégio. De repente, parou um táxi. No banco traseiro estava sentado um passageiro exótico... Todos ficaram pasmados, o espanto foi generalizado. Desceu do carro e disse:
— Boa tarde! — Sorridente e feliz ao ver tanta gente a sua espera, perguntou: — Quem é o diretor da escola?
O diretor, meio sem graça, respondeu baixinho:
— Sou eu. E o senhor, quem é?
— Sou o professor Beto, de Itu.
Nesse instante, Pisquila, o “bichinha”, de supetão gritou escandalosamente:
— Meu Deus! Que é isso!! — E desmaiou.
Foi imediatamente socorrido pelos amigos e professores. Não foi nada grave. Socorreram o aluno e as pessoas foram esvaziando o local rapidamente.
O diretor, extasiado, convidou o professor Beto para ir ao seu gabinete. Fez a entrevista e ficou entusiasmado, contratando o novo mestre. Mas, intrigado com o episódio do aluno, o professor Beto perguntou:
— O que houve com aquele garoto?
— Bem... O senhor deve imaginar a reação das pessoas quando se comenta que alguém é de Itu.
O professor discretamente sorriu, não entrou em detalhes e começou a lecionar.
Decorrido seis meses, o professor conquistou o seu espaço na escola. O seu sucesso era reconhecido pelos alunos, pelos pais de alunos, pelos funcionários, pelos demais mestres, e principalmente pelo diretor. Sua sabedoria era descomunal... A Escola Padrão não era mais a mesma. Passou a ser um exemplo de ensino, de conhecimento, de disciplina e respeito na região de Crocal.
No dia 7 de setembro, em frente ao Paço Municipal, estavam reunidas todas as autoridades e todas as escolas da cidade, e o professor de Itu, em seu discurso, disse:
— A grandeza do homem está dentro dele. Temos que DIVIDIR A RESPONSABILIDADE, SUBTRAIR A DESORGANIZAÇÃO, MULTIPLICAR O CONHECIMENTO para podermos vencer os grandes obstáculos da vida... Pequenos ou grandes, o tamanho não importa. O importante mesmo é ser capaz de conquistar o seu próprio sonho, e ser feliz fisicamente, como você é. Eu sou ANÃO, mas sou um homem realizado. Há muito tempo dizia o sábio pensador:

“NEM TUDO QUE É GRANDE É BOM, MAS TUDO O QUE É BOM É GRANDE”. Obrigado!

Foto de Rosinéri

QUANDO PRECISO DE VOCE

Quando preciso de você,
Eu apenas fecho meus olhos e estou com você,
E tudo que eu tanto quero te dar
Está apenas a uma batida do coração de distância...
Quando preciso de amor,
Eu estendo minhas mãos e toco o amor.
Eu nunca soube que havia tanto amor,
Mantendo-me aquecido noite e dia.
Milhas e milhas de espaço vazio entre nós.
Um telefone não pode substituir o seu sorriso,
Mas você sabe que não estarei viajando para sempre.
Está frio lá fora, mas mantenha-se firme e faça como eu...
Quando preciso de você,
Eu apenas fecho meus olhos e estou com você,
E tudo que eu tanto quero te dar,
Está apenas a uma batida do coração de distância.
Não é fácil quando a estrada é o seu condutor,
Querido, é uma carga pesada que suportamos.
Mas você sabe que não estarei viajando uma vida toda.
Está frio lá fora, mas mantenha-se firme e faça como eu...
Eu preciso de você...Pra me aquecer.

Foto de janaina barbara

O negro lado da noite

O negro lado da noite

Fazia frio. A madrugada era um breu... Tudo era calmo demais. A vida parecia parar por um instante. O negro lado da noite ocupava o lado vermelho do inferno... O mundo parecia ter parado no tempo e no espaço. O sonho adormecido tentava descansar na calçada do sofrimento. A lua se recolheu por algum motivo inexplicável.
O mendigo que não fechava os seus olhos, tremendo de frio, naquela cidade sem alma e sem governante, embrulhado feito “saco de lixo”, em papel velho de jornal, parecia um bicho arisco, estava atento a tudo e ao nada; com medo, e já sem motivação para viver vida.
Aquela rua parecia um cemitério de vivos desesperados. Era um após o outro. Crianças, velhos, jovens eram os esquecidos, os abandonados, os sem sortes, os sem abrigos, os sem vida.
De repente, o Negro lado da Noite, indaga aquele que não dormia os olhos, e diz:
- Por que você vive desse jeito,nessa miséria humana, não se envergonha?
- Vevo assim, purque num sei falá como dotor, num tenhu diproma.
- Mas isso não quer dizer nada. Tem muita gente que não é doutor, nem tem diploma e leva uma vida digna, tem família, tem casa, tem comida, tem Deus, enfim.
- O sinhô fala assim purque não veve aqui nesse mundo disgraçado... Já tivi tudo isso, mas esse Deus que o sinhô diz, pra mim num ixiste, moço. Tirou tudo de mim. Já tivi famia, já fui da roça, mas cansei. To pidindo pra morrer faz tempo, mas até a morte – essa disgraçada - num mi quer.
- O senhor está desiludido. Sua desilusão é mais mendiga que sua situação. Sua miséria está dentro do senhor. Quando se perde a vontade de lutar, de vencer, de querer viver; se ganha à desgraça por premiação, é a falência humana. Vira um trapo como o senhor.
- Num sei o que o sinhô qué dizê cum isso. Mais, a pior disgraça é ter a disgraça pra oiá. .. Vê um monti di disgraçados qui vevi du meu ladu, moço. Aqui devi sê o inferno. .. Oia lá! Aqueli bateu as botas, viro picolé. Ta cum sorti.
- Não. Não foi ele que bateu as botas... Vamos, Temos um dia todo nos esperando e uma noite infinita pra andarmos... Lá, você vai contar sua história e vai dá conta de seus dias vividos aqui. Vamos... Agora ninguém mais pode te ver, te ouvir ou te salvar.
E, assim, o Negro Lado da Noite cochilando, dormiu... Viajou. E a lua começou a mostrar a sua silhueta lentamente, como quem estava despreguiçando numa rede à luz de velas.

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Foto de Graciele Gessner

Quebra-se o Silêncio da Hipocrisia. (Graciele_Gessner)

Pergunto-te, o que é ser hipócrita? Você tem certeza que conhece a definição desta palavra? De tudo que vivi e por tudo que presenciei, conclui que ninguém é tão verdadeiro como declara. Somos todos um pouco hipócritas. Já dizia Fernando Pessoa, “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é dor. A dor que deveras sente”. Sábio foi Fernando Pessoa em descrever com perfeição a hipocrisia do poeta. A hipocrisia nada mais é do que fingir, mentir, simular algo que não procede, que não seja verídico.

Até aquele que no silêncio fica a observar, está no fundinho fingindo algo ou omitindo alguma informação. E se não bastasse vive muitas vezes tirando conclusões precipitadas e infundadas.

Recentemente passei por uma situação desta, a hipocrisia esteve atuante. Hoje, a pessoa que tanto se chama de digno e grandioso, omite a verdadeira fatalidade dos acontecimentos. Lembro-me que à meia-noite de Portugal, esta mesma pessoa pediu desculpas na página principal do site, mas no dia seguinte, o que se encontrou no lugar desta consideração humilde, um belo e ridículo texto. Fez-se de hipócrita perante todos. Não admitiu que errou. Foi mais um entre tantos. Hipócrita e orgulhoso. Defende até hoje a história de ter sido plagiado por uma “moderadora”. Fez-me rir. Quanta alucinação!

Vivemos miragens, vivemos histórias fantasiosas, dizemos ser o que no fundo não somos; limitamo-nos e para finalizar inventamos historinhas para engrandecer o próprio ego. Penso que isto não é só hipocrisia, é falta de autoestima, de amor-próprio.

Das ações tomadas, a revolução de um ser. O cordeiro virou raposa e a vítima de seu comentário sem respeito virou a vilã da história. Pois é, este é o nosso mundinho virtual, que mexe com nossa integridade sem reserva e sem pudor.

Não adianta fazermos boa imagem, ser boazinha; não adianta pregar somente a verdade, alguém sempre puxará o seu tapete. Se dermos abertura se acham no direito de ser íntimo. Se falarmos um pouquinho da nossa vida já acha que podem invadir a nossa privacidade.

Para ser íntimo é preciso respeito, afinidade e muita confiança. Jamais teria tal atrevimento de despedir-me com as seguintes palavras, “Seja Feliz”. Ainda mais se lá no meu íntimo me sentir perturbada. Jamais diga tais palavras otimistas, se não souber dar sequência a vida.

Todos nós temos o direito de recomeçar e de fazermos as pazes, estender a bandeira branca de recuo, de paz. Estou fazendo a minha parte, estou com a consciência tranquila, ainda tenho meus princípios e a boa educação recebida em casa.

Finalizo deixando um recado: caso não tenha interesse da minha forma de escrever, da minha virtual amizade, e se não deseja receber o meu comentário em sua postagem, agradeceria que mencionasse: “você não é bem-vinda”. Retiro-me e jamais volto a me pronunciar, respeitando o seu espaço e sua decisão. Eu ainda sei jogar limpo.

Hoje, quebrei o silêncio. Farei apenas o que sempre fiz... Escrever com o coração e a minha alma. Desde 2006, quem já me conhece deste tempo, sabe que escrevo daquilo que vivo, observo, sinto. Não estou neste mundinho virtual para ganhar aplausos ou aceitação.

Tenho dito.

21.10.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

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