Espaço

Foto de Fernanda Queiroz

O USO DO PRONOME DEMONSTRATIVO... QUE DILEMA!

Pronomes demonstrativos todos conhecem. São aqueles que mostram, apontam os substantivos: “esse” e sua turma, “este” e seus derivados, “aquele” e suas variações. Mas, quando usar “este”, quando usar “esse”, ou “aquele”... Meu Deus, ah! Dúvida cruel.
O uso moderno da Língua Portuguesa aponta uma tendência pela preferência do uso do “este” em detrimento do “esse”. Tudo bem. Toda língua é uma entidade viva, que só prevalece porque seus falantes a modificam a cada dia, fazendo com que esta evolua e esteja sempre apta a representar com excelência os anseios de seus falantes. Isso quer dizer que ao falante é permitido utilizar “este”, “esse”, ou aquele... Ao seu bel prazer. Importa é comunicar-se. Mas, na hora de escrever, a coisa muda de figura... Existem regras, e regras rígidas. Portanto, se quer escrever corretamente, ou fazer concursos, vestibulares; preste muita atenção a este texto.
A escolha dos pronomes demonstrativos determina a localização da coisa demonstrada em relação ao espaço, ao tempo, ou a localização no texto.
LOCALIZAÇÃO NO ESPAÇO: Este, quando a coisa demonstrada estiver próxima de quem fala (1.ª pessoa). Esse, quando a coisa demonstrada está próxima da pessoa com quem se fala (2.ª pessoa). Aquele, quando a coisa demonstrada estiver longe dos interlocutores.
LOCALIZAÇÃO NO TEMPO: Este, para presente: Este ano de 2006. Esse, para passado recente ou futuro próximo: Nesse ano de 2005, o Brasil viveu uma grande crise política. Nesse ano de 2007, pretendo arrumar minha vida. Aquele, para passado remoto e futuro distante: Naquele ano de 1964, o Brasil iniciava a mais negra página de sua História. Naquele ano de 2050, a terra era invadida por ets.
LOCALIZAÇÃO NO TEXTO: Este, quando a coisa referida ainda não tiver sido citada: Este é o meu ideal: conquistar o mundo. Esse, quando a coisa referida já foi citada no texto: Conquistar o mundo: esse é meu ideal.
Estas são mais algumas dicas que julgo serem úteis. Se alguém se dispuser a ler, ou ama a língua de Camões, ou tem sede de conhecimento. Quaisquer que sejam os motivos, muito me lisonjeará tê-lo como leitor, e muito me agradará responder aos e-mails que, porventura, me enviem.
Obrigado. JG

Foto de Samoel Bianeck

Jogral da Solidão

-I-
Solidão; porque coloca esta sua mão fosca
sobre minha inocente cabeça?
Destilas a tua seiva, não doce, que vai ao poucos
se misturando com meus maus pensamentos
e descem lentamente até meu coração.
Nada te fiz - porque me persegues?
---
Olha quem diz; sou a solidão sim; mas é você quem me segue.
Estou sempre a seu lado – sou tua aprendiz.
Nunca amaldiçôo quem na minha frente não se ajoelha.
II
Me enganas, sua loba com pele de ovelha,
Invades o meu ser e ainda me aconselha!
Espedaça a minha vida; fico sangrando então se apresenta
- camuflada de remédio.
Me arrebata para o tédio; te trago e me sufoca no isolamento.
Em minha pele injeta seu veneno - não suporto este tormento.
---
Sou um pleonasmo inverso – “a bebida que você não bebeu”.
Sou gustativa - “a delícia de mulher” que você não degustou.
Sou utopia da sensação - “o corpo que você não sentiu”.
Sou o paradoxo da companhia – “comigo; sempre estará só”
III
Não entendo teu linguajar, basta; já esta me arrancando tudo.
Sinto ira; ordeno, suplico - alguém me conte uma mentira!
Grito; vou para rua, lá você está, como um rolo compressor.
Não ouve meu brado; me esmaga, tritura – fico quebrado.
Levanto arrasado e você só diz – veja mais um pobre diabo!
---
Sou a mescla rara de um néctar maldito - tudo que te magoa.
Sou a mãe da tristeza - filha primogênita da angustia.
Me chamaste; vem tristeza - agora sou sua pele, “sua beleza”.
Me atiras para o alto; sou bumerangue – circulo com teu sangue.
--IV--
Sigo a rua, estou só, mas você me segue e grita – não esqueça de mim.
Olha um manequim: escute estão rindo, não tem ninguém - só pode ser de mim.
Sussurras no meu ouvido; sou invisível, é de você; viro e olho para eles.
Fazem cara de sério, não digo nada, mas te interrogo – eles são felizes?
Sim; não sabem que vão morrer; só porquê estão rindo?
---
Porque usas de metáforas para me atingir? Vai indo!
Teus passos sabes dirigir? – acha que agora vou rir.
Estou aqui para: com dor te atingir – não vou fingir.
Nem pense que vou te acudir, no chão pode cair.
Tenho uma missão a cumprir - tenho que te punir.
--V--
Logo decido, vou seguir - mas como posso?
Você é uma sombra, me segue como fantasma – não posso fugir.
Angustia-me, me faz mal, olha a manchete no jornal
– a felicidade está mais à frente.
Mas não sou crente, me empreste o pente, não te; esqueça
– nunca mais coloque a mão sobre minha cabeça.
---
Conheço tuas sensações tácteis – e sempre estarei te atormentando.
E fui, eu fiz, eu sou, tudo de bom que você queria ter vivido
pequenas e grandes coisas, um amor querido – sem viver, ficou inibido.
Alguém querido que não ajudou – uma conquista interrompida.
-VII--
Escute é a voz do mar; na esquina vou virar - acho que é lá seu ninho.
Chupo-te como uva, urino no esgoto - mas voltas com a chuva.
Tenho preguiça; tento correr e me seguras - como a areia movediça.
Na hora derradeira; sem querer te chamo de companheira.
Sei que és a antítese – do meu viver sem vida.
---
Esqueceu; sou o acróstico das iniciais de todos os teus males.
Mas lembre-se; sou tua companhia mais sociável - não te deixo ao léu.
E nem te quero no mausoléu – sempre te alcanço um chapéu.
--IX--
Esta é boa, agora você é meu anjo da guarda, minha amante.
Lembrei estou precisando é de uma amante, duas ou três
– quem sabe a solidão espante.
Estou ilhado preciso de alguém, vou ver uma boneca ou uma madona
- se não tiver vou para zona.
Vejo uma; grito; estou aflito - vem meu amor, me tira da solidão.
---
Engana-se; sou insubstituível; nem amor, dor ou pudor.
Sou a esfinge; ninguém me decifra; não tenho cor – sou ilegível.
Sem pudor dou a luz à angústia – e batizam meu filho de dor.
--X--
A festa acabou, vem comigo - mas não sei aonde vou.
Virei olhando seu rosto; uma lágrima rolou; ela chorou - que foi?
Tu és uma flor; sim mas você vai - a solidão me atacou.
Sai em silêncio, bati a porta, corri, gritei, adeus - nunca mais solidão.
Deixei-a com ela, ela ficou com minha solidão - estou livre!
Como um pássaro; quase seminu - atirei minha penas para o ar.
---
Pare, pare, aquela solidão era a dela - eu sou a sua.
Cada um tem a sua companheira que é a solidão verdadeira.
Sempre te acompanhei, acompanho - nunca largarei.
Senta ai e se acalme, volte a ser triste – nada de alarme!.
--XII--
Se cada um tem a sua; porque ninguém gosta da solidão?
Quero distância, vou embora - você é bem sem elegância.
Há quem se queixe; nas festas, nos amores – lá você está presente.
Veja quanta gente; fernandinhas e caubóis – mas tua marca os corrói.
---
É filho; estou com os poderosos, incapazes e medrosos.
Nova; sou invisível, nada aparece, com o tempo meu ser se fortalece
– junto com tuas desilusões meu poder cresce.
Sou abstrata, imaginária mas todos sentem o peso de minha mão
– minha maldade sempre aparece.
--XIII--
Não me chame de filho. Alguém disse que você é a praga do século.
Tem muita gente sofrendo por tua causa, até se matam ou matam.
Você leva a depressão; a tristeza, que deve ser tua irmã ou irmão.
Toda vez que sua sombra cinza visita um ser - sempre rouba um pouco.
Solitário ou nas festas, sempre tem alguém sofrendo – aqui acolá.
---
Amigo; nós da família solidão não temos culpa – cada vez tem mais espaço.
Estamos só cumprindo nossa função; tem gente que vive em uma eterna solidão
- sempre me chamam com a droga, intrigas, brigas – dizem que são amigas.
Você é um que sempre fica comigo. A propósito gostou de te chamar de amigo?
--XIV--
Amigo está melhor; já que não posso me livrar - vou te aceitar.
Chamarei-te de Teresa, ela também cansa a minha beleza.
Responda-me com certeza; e esta gente que só enxerga seu umbigo?
Sim mesmo aquele que se dizem bravos; também são seus escravos?
---
Amigão; para estes tipos de coisa eu nem ligo, são estúpidos sem receio.
Cá entre nós; são os que mais vivem a sós - e para solidão é um prato cheio.
Não invento, e ao ver eles afundando na amargura – só contemplo.
Ainda é tempo, me entenda; me aceite como sua amiga – sou pura.
Fico má, te afogo no veneno quando você quer – o sabor é da tua mistura.

Foto de Fernanda Carneiro

VOCÊ

Vc chegou como que de repente
Estendeu sua mãos, ofereceu um amor único
Disse aquilo que meu coração já não acreditava mais existir
Amou mais do que eu merecia
Simplesmente era tudo aquilo que não sabia mais ser
Foi só amor, paz, harmonia...
Num pouco espaço de tempo
Trouxe vida aonde havia sombras
Amainou minha dor, calou a saudade
Sentiu meu pulsar, meu íntimo
Antes sonhos desperdiçados, passos vagos e obscuros
Agora uma alma livre, caminhos certos e precisos
O que eram lágrimas a rolarem sobre minha face
Hoje é um sorriso contagiante, a tão desejada esperança...
Alma calejada, um erro, uma cicatriz em meu peito
Passado enterrado, um novo modo de sentir
Vc aqui é mais do que eu necessito...
Trouxe calor para este velho e frio coração
Nada é em vão, já não quero mais esta solidão
Vc estando aqui sou pura luz, veja meu ser...
Sou simplesmente vc
Amor único, vida de muitas vidas
Para sempre sua

Foto de Samoel Bianeck

Jogral da Solidão

-I-
Solidão; porque coloca esta sua mão fosca
sobre minha inocente cabeça?
Destilas a tua seiva, não doce, que vai ao poucos
se misturando com meus maus pensamentos
e descem lentamente até meu coração.
Nada te fiz - porque me persegues?
---
Olha quem diz; sou a solidão sim; mas é você quem me segue.
Estou sempre a seu lado – sou tua aprendiz.
Nunca amaldiçôo quem na minha frente não se ajoelha.
II
Me enganas, sua loba com pele de ovelha,
Invades o meu ser e ainda me aconselha!
Espedaça a minha vida; fico sangrando então se apresenta
- camuflada de remédio.
Me arrebata para o tédio; te trago e me sufoca no isolamento.
Em minha pele injeta seu veneno - não suporto este tormento.
---
Sou um pleonasmo inverso – “a bebida que você não bebeu”.
Sou gustativa - “a delícia de mulher” que você não degustou.
Sou utopia da sensação - “o corpo que você não sentiu”.
Sou o paradoxo da companhia – “comigo; sempre estará só”
III
Não entendo teu linguajar, basta; já esta me arrancando tudo.
Sinto ira; ordeno, suplico - alguém me conte uma mentira!
Grito; vou para rua, lá você está, como um rolo compressor
Não ouve meu brado; me esmaga, tritura – fico quebrado.
Levanto arrasado e você só diz – veja mais um pobre diabo!
---
Sou a mescla rara de um néctar maldito - tudo que te magoa.
Sou a mãe da tristeza - filha primogênita da angustia,
Me chamaste; vem tristeza - agora sou sua pele, “sua beleza”.
Me atiras para o alto; sou bumerangue – circulo com teu sangue.
--IV--
Sigo a rua estou só, mas você me segue e grita – não esqueça de mim.
Olha um manequim: escute estão rindo, não tem ninguém - só pode ser de mim.
Sussurras no meu ouvido; sou invisível, é de você; viro e olhos para eles.
Fazem cara de sério, não digo nada, mas te interrogo – eles são felizes?
Sim; não sabem que vão morrer; nem porque estão rindo?
---
Porque usas de metáforas para me atingir? Vai indo!
Teus passos sabes dirigir – acha que agora vou rir.
Estou aqui para: com dor te atingir – não vou fingir.
Nem pense que vou te acudir, não chão pode cair.
Tenho uma missão a cumprir - tenho que te punir.
--V--
Logo decido, vou seguir - mas como posso?
Você é uma sombra, me segue como um fantasma – não posso fugir.
Me angustia, me faz mal, olha a manchete no jornal
– a felicidade esta mais à frente.
Mas não sou crente, me empreste o pente, não te; esqueça
– nunca mais coloque a mão sobre minha cabeça.
---
Conheço tuas sensações tácteis – e sempre estarei te atormentando.
E fui, eu fiz eu sou, tudo de bom que você queria ter vivido.
Pequenas e grandes coisa, um amor querido – sem viver, ficou inibido.
Alguém querido que não ajudou – uma conquista interrompida.
-VII--
Escute é a voz do mar; na esquina vou virar - acho que é lá seu ninho.
Te chupo como uva, urino no esgotos - mas voltas com a chuva.
Tenho preguiça; tento correr e me seguras - como a areia movediça.
Na hora derradeira; sem querer te chamo de companheira.
Sei que és a antítese – do meu viver sem vida.
---
Esqueceu; sou o acróstico das iniciais de todos os teus males.
Mas lembre-se; sou tua companhia mais sociável - não te deixo ao léu.
E nem te quero no mausoléu – sempre te alcanço um chapéu.
--IX--
Esta é boa, agora você é me anjo da guarda, minha amante.
Lembrei estou precisando é de uma amante, duas ou três
– quem sabe a solidão eu espante.
Estou ilhado preciso de alguém, vou ver uma boneca ou uma madona
- se não tiver vou para zona.
Vejo uma; grito; estou aflito - vem meu amor, me tira da solidão.
---
Engana-se; sou insubstituível; nem amor, dor ou pudor.
Sou a esfinge; ninguém me decifra; não tenho cor – sou ilegível.
Sem pudor dou a luz à angústia – e batizam meu filho de dor.
--X--
A festa acabou, vem comigo - mas não sei onde vou.
Virei olhando seu rosto uma lágrima rolou; ela chorou - que foi?
Tu és uma flor; sim mas você vai - a solidão me atacou.
Sai em silêncio, bati a porta, corri, gritei, adeus - nunca mais solidão.
Deixei-a com ela, ela ficou com minha solidão - estou livre!
Como um pássaro; quase seminu - atirei minha roupas para o ar.
---
Pare, pare, aquela solidão era a dela - eu sou a sua.
Cada um tem a sua companheira que é a solidão verdadeira.
Sempre te acompanhei, acompanho - nunca largarei.
Senta ai e se acalme, volte a ser triste – nada de alarme.
--XII--
Se cada um tem a sua; porque ninguém gosta da solidão?
Quero distância vou embora você – é bem sem elegância.
Há quem se queixe; nas festas, nos amores – você está presente.
Veja quanta gente; fernandinhas e caubóis – mas tua marcas os corrói.
---
É filho; estou com os poderosos, incapazes e medrosos.
Nova sou invisível - nada aparece, com o tempo meu ser se fortalece
– junto com tuas desilusões meu poder cresce.
Sou abstrata, imaginária mas todos sentem o peso de minha mão
– minha maldade sempre aparece.
--XIII--
Não me chame de filho. Alguém disse que você é a praga do século.
Tem muita gente sofrendo por tua causa, até se matam ou matam.
Você leva a depressão; a tristeza, que deve ser tua irmã ou irmão.
Toda vez que sua sombra cinza visita um ser - sempre roubas um pouco.
Solitário, nas festas, sempre tem alguém sofrendo – aqui acolá.
---
Amigo; nós da família solidão não temos culpa – cada vez tem mais espaço.
Estamos só cumprindo nossa função; tem gente que vive em uma eterna solidão
- sempre me chamam com a droga, intrigas, brigas – dizem que são amigas.
Você é um que sempre fica comigo. A propósito gostou de te chamar de amigo?
--XIV--
Amigo está melhor; já que não posso me livrar - vou te aceitar.
Te chamarei de Rodrigo, pelo menos rima com quem
- da felicidade é mendigo.
Agora te pergunto ou digo; e esta gente que só enxerga seu umbigo?
Mesmo aquele que se dizem bravos; também são seus escravos?
---
Amigão; para este tipos de coisa eu nem ligo, são estúpidos sem receio
Cá entre nós; são os que mais vivem a sós - e para solidão é um prato cheio.
Não invento, e ao ver eles afundando na amargura – só contemplo.
Ainda é tempo, me entenda me aceite como sua amiga – sou pura.
Fico má, te afogo no veneno quando você quer – o sabor é da tua mistura

Foto de TrabisDeMentia

Um abraço

Estamos separados por um segundo se tanto,
no entanto por milhares de quilómetros de fibra óptica
Queria eu ser luz e percorrer todo este espaço
Ainda a tempo de lhe dar um abraço
De enxugar as lágrimas que sobram em seu rosto
A tempo de atrair a mim seu desgosto, sua atenção
Olhar em seus olhos e partilhar consigo a expressão
Neste momento em que suspira queria eu ser,
Não o ar que expira, mas o ar que ao entrar lhe trará alivio.
Ser eu a devolver ao seu rosto niveo o rubor de outrora
Lhe cobrar um sorriso sem pudor como se cobra esmola.
E sem demora lhe beijar ao de leve a face e ao fazelo
Sentir nesse preciso e breve enlace o desenlace do novelo
Esse novelo que mesmo que embrulhado o mais que fosse
Se desfaz num beijo como, na boca, algodão doce.
Aí pegaria numa ponta, voçê numa outra
E lhe diria "até já" como quem diz que volta.

Foto de TrabisDeMentia

Sorri

Sorri
Sorrio
Satisfaço-me
Contudo disfaço-me por nada mais lhe ter dado
Agora na cama deliro suado
Algo na mente mantem-me acordado
Um quarto vazio, um relógio parado
Algo que quero e não tenho a meu lado
Volto e revolto dou voltas na cama
Mas nem mesmo a noite acalma esta chama
Fecho os meus olhos na vã esperança
De o sono chegar e levar a lembrança
Mas teu rosto vence e me deixa assente
No espaço vazio que me dás de presente
Volto e revolto, reviro a almofada
Me viro de lado sem te ver deitada
Agora no rosto o raiar da alvorada
E não te tive, não te sonhei, nada...

Foto de brgigas

Quando um amor não chega

Quando um amor não chega,
Não basta e não vale,
Que se faz depois,
Quando nada faz sentido.
No escuro da noite só e perdido
Sem espaço sem abrigo,
Sem um olhar sem paixão,
Só mesmo um coração,
Metade sim pois o resto perdido,
Vagueia por ai sem amor sem sentido,
Sofre lá longe de mim,
Sem olhar sem sentir,
O amor que não chega
Que é insuficiente assim,
Se perde em mim no espaço vazio,
Se dissolve na distancia e no medo,
Na indiferença e no tempo,
Só no tempo de quem não sente,
Não vive a metade assim,
Só um bocado não vale,
Mas também só um amor não chega assim.

Foto de TrabisDeMentia

A faceta humana

Num universo não palpável tu és uma infinidade de coisa ínfimas
Tão ínfimas que nela só cabem coisas leves, puras e belas
De uma infinidade que ocupa o espaço de luas, planetas e estrelas
Mas é no universo palpável que eu me perco nesse infinito
E é neste mundo finito que eu observo e que existo
Neste mundo onde o pensamento é dúbil e a carne débil
Que eu entupo os meus sentidos com sensações que desconheço
Que eu deturpo a tua existência com a mais fértil façeta humana,
A imaginação. A que alcança os outros em pensamento, mas nos engana.

Foto de jgdearaujo

angustia e tristeza

Antes do último pôr do sol (F)
Nuvens se acotovelavam por um espaço na platéia.(O)
Gaivotas preguiçosas traçavam semicírculos oblíquos, (S)
Ungindo o horizonte e poluindo o ar (T)
Saturado pelo odor de relva e terra molhada... (E!)
Tatuaste em mim tua marca!
Imantaste meu olhar com teu vestígio!
Assombraste meu coração com tua ausência!

Espirais de dor e tédio esculpem figuras mortas em um espaço difuso e belo...

Tramas e desejos? Agora sonhos.
Raivas e segredos? Sonhos agora.
Ilusões e medos? ... Sonhos .
Sol... sol... sol. Frio. Como queima!
Trancaste a porta, a janela... à chave...
Entraste em casa, eu vi! ...E não estás lá.
Zero absoluto... de luto... resoluto,
Aguardo o fim, que já veio, e finjo que não percebi.

Foto de Hinssipido

AGONIA DE NÃO TER-TE

Quando em noites frias e lúgubres
Sinto minha alma latejar
Já não tenho noção de tempo ou espaço
Meu ego não sabe como agir diante de tudo
Será que tudo é tão pouco assim
Talvez não
É que não tenho noção de nada
Onde estás afinal
Te esperei a noite toda
Por que não vens
Sei que não posso oferecer-te muito
Mas se vieres minh´alma agradece
Por outro lado
Se isso te faz feliz
Então não venha por favor
Sorria de meu pranto
Ainda que queiramos ser ou ter
Não somos
Nem podemos
Deixe-me assim em meu frio
Esta parece ser minha sina
Embora ter-te é o que quero
Lamento
Não sou surreal
Sou apenas alguém que te espera
Quando em noites frias
E lúgubres

Brann Stoker

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