Escuridão

Foto de Raphael Miranda

O branco e o azul

Tudo na vida passa

até uva passa

só não passa se virar vinho

no coração

ficar somentes espinhos

no olhar

a tristeza de um menino

na sua frente

o desespero eminente

de não ser mais contente

sem fada dos dentes

de viver na solidão

sem amor em suas mãos

se lembrar do coração

que te tirou da escuridão

e ao se tocar

vai olhar e não achar

aquele que te deu um lar

na morada do conto de fadas

e vai notar

que o cavalo branco corre só

que a realidade faz o conto virar pó

sem castelo e sem rei

o tesouro se perdeu

o principe envelheceu

o amor enfim derreteu

o vermelho do peito de ferro

que nunca se fere

ao menor dos atos

como o de amar ou gostar

no sonho de cavalgar

com o branco e o azul

entre as nuvens do céu claro

o sol brilhará forte

como quem vem do norte

se chuva acontecer

o jardim vai florecer

no peito de quem um dia

irá adormecer

nos braços de quem

sempre existiria

nos contos de Gonçalves Dias.

Macaé, 14 de Setembro de 2009, "O branco e o azul" de Raphael Miranda.

Foto de Raphael Miranda

O branco e o azul

Tudo na vida passa

até uva passa

só não passa se virar vinho

no coração

ficar somentes espinhos

no olhar

a tristeza de um menino

na sua frente

o desespero eminente

de não ser mais contente

sem fada dos dentes

de viver na solidão

sem amor em suas mãos

se lembrar do coração

que te tirou da escuridão

e ao se tocar

vai olhar e não achar

aquele que te deu uma lar

na morada do conto de fadas

e vai notar

que o cavalo branco correr só

que a realidade faz o conto virar pó

sem castelo e sem rei

o tesouro se perdeu

o principe envelheceu

o amor enfim derreteu

o vermelho do peito de ferro

que nunca se fere

ao menor dos atos

como o de amar ou gostar

no sonho de cavalgar

com o branco e o azul

entre as nuvens do céu claro

o sol brilhará forte

como quem vem do norte

se chuva acontecer

o jardim vai florecer

no peito de quem um dia

irá adormecer

nos braços de quem

sempre existiria

nos contos de Gonçalves Dias.

Macaé, 14 de Setembro de 2009, "O branco e o azul" de Raphael Miranda.

Foto de cafezambeze

PANDORO - INCULO E OS HOMENS LEÃO (UM CONTO AFRICANO)

PANDORO - INCULO E OS HOMENS LEÃO

NA SERRA DA MURRUMBALA, A NOITE NA PEQUENA ALDEIA SE AGITOU.
LUZES DE TOCHAS E CANDEEIROS SURGIRAM NA ESCURIDÃO,
ZANZANDO DE UM LADO PARA OUTRO, QUAL VAGA-LUMES.

O LEÃO BATERA NA PORTA!
ELE ARRANHARA A PORTA!
O LEÃO LEVARA A VELHA MULHER!

OS HOMENS SE REUNIRAM ARMADOS COM AS SUAS AZAGAIAS.
DE MANHÃ NÓS VAI E PEGA ELE! NÓS PEGA ELE!
NÃO! AGORA! TEM QUE SER AGORA!
GRITAVA, IMPLORAVA DESESPERADO INCULO, O FILHO DA VELHA SENHORA.
MAS A NOITE ESTAVA ESCURA COMO BREU...AMANHÃ NÓS VAI! INSISTIAM.

INCULO CHAMOU SEUS DOIS FILHOS.
NÓS VAI SÓZINHO! PEGA O CANHANGULO E AS AZAGAIAS!
INCULO E SEUS FILHOS SE EMBRENHARAM NA MATA QUE LOGO ENCOBRIU A
CHAMA DAS SUAS TOCHAS.

DEVAGAR, ATENTOS A UM RAMO QUEBRADO, UMA PEDRA VIRADA, UM FARRAPO
DA CAPULANA DA SUA MÃE...
HAVIA UMA TRILHA RECENTE SIM, MAS DE LEÃO?
INCULO ACREDITAVA EM FANTASMAS, MAS ERA A SUA MÃE E NÃO SERIA
FANTASMA OU O TEMÍVEL PANDORO QUE O FARIAM PARAR.

HORAS DE AGONIA SE PASSARAM. INCULO, NÃO SÓ DE NOME, TEMIA O PIOR.
NA SUA MENTE SE FORMAVA UMA IMAGEM DE HORROR. OS HOMENS LEÃO!
GENTE QUE COMIA GENTE. ELE JÁ OUVIRA FALAR E NÃO ACREDITARA.

JÁ RAIAVA O DIA, QUANDO ELE FINALMENTE OS AVISTOU NUMA PEQUENA CLAREIRA.
ERAM CINCO, OS DESALMADOS REUNIDOS À VOLTA DOS RESTOS DE UMA FOGUEIRA.

O CORPO DESCARNADO DE SUA MÃE, JAZIA ABANDONADO PERTO DELES.
INCULO SOFOCOU O CHORO. CHAMOU SEUS FILHOS E TIROU-LHES
DA MÃO O VELHO CANHANGULO. A ARMA ESTAVA PRONTA.
MIRANDO CUIDADOSAMENTE, ELE DISPAROU UMA CHUVA DE
METRALHA NOS FAMIGERADOS BANDIDOS.
DE PRONTO, ELE E SEUS FILHOS SE LEVANTARAM URRANDO E
ARREMESSANDO SUAS AZAGAIAS.
OS COVARDES HOMENS LEÃO, FORAM TRUCIDADOS SEM PIEDADE.

ENTÃO, INCULO CHOROU COMO UMA CRIANÇA.

RECOLHEU CARINHOSAMENTE OS RESTOS MORTAIS DE SUA MÃE
E VOLTOU PARA A ALDEIA. NÃO FALOU COM NINGUÉM.
NO MESMO DIA, ENTERROU SUA VELHA MÃE E FOI EMBORA COM
TODA A SUA FAMÍLIA. DO INCULO, NINGUÉM MAIS NA ALDEIA FALOU.
A VERGONHA QUE SENTIAM OS IMPEDIA.

NOTAS:
PANDORO = LEÃO
INCULO = GRANDE
AZAGAIA = ARMA DE ARREMESSO
CANHANGULO = ARMA DE FOGO DE CARREGAR PELA BOCA, NORMALMENTE DE GRANDES DIMENSÕES
CAPULANA = PANOS COLORIDOS QUE AS MULHERES ENROLAVAM NO CORPO À LAIA DE VESTIMENTA

Foto de Lu Lena

VOZES DO SILÊNCIO

*
*
*
No papel pergaminho de ilusão
Lágrimas borram sentimentos
Em rabiscos que solto ao vento
Conflito esvaindo-se na escuridão

Na parede o relógio do tempo
Ponteiros da vida em oscilações
Lacrimejando sonhos desfeitos
Quebra cabeças de recordações

Inerte sem resposta do passado
Caminho num círculo sem chão
Pensamentos difusos acoplados

Sem saber se é real ou fantasia
Vozes ecoam no meu coração:
- Segue e silencia tua sina!

Foto de Joaninhavoa

Poesia breve.

*
Poesia breve.
*

Queria dizer-te tantas coisas
mas o tempo vai passando e nada digo
Queria dizer tanto por ter receio que o desejo
do conciso possa dar às palavras
Um toque de indesejada obscuridade
e escuridão
Ah este meu desejo de precisão
transparência e clareza
Tem algo de nobreza!

Ensina-me a ser breve
E certeira! Ensina-me a tua maneira
De captar poesia como se fosse comida caseira
Com o tempero divino! Suave e leve
Acaricia meus olhos no silêncio descortina dor
Desse olhar derramado de amor
Como se assim já nascesse
Só para te ver! E depois adormecesse
Num sonho numa poesia breve.

Joaninhavoa
(helenafarias)
17/08/2009

Publicado no Recanto das Letras em 16/08/2009
Código do Texto: T1757901

Foto de LuizFalcao

ÁGUAS CRISTALINAS!

de LuizFalcão

Águas nascem dentro de mim!
Brotam do subterrâneo de mim!
Das profundezas da dor,
Águas cristalinas de amor!

Águas que nascem de mim!
Transbordam de mim!
Nascem da luz que brilha na escuridão,
Fluem do solo seco...Meu coração!

Do sinuoso leito do rio que surgiu de mim,
As águas fluídas espalham vida nas margens de mim!
E por dentro e por fora me colorem de esperança!
Águas cobrem de verde a minha herança!

A vida que surge das águas de mim!
Mananciais de emoções de mim!
Jorra em queda livre na imensidão,
Enche de luz meu coração!

Eu vivo feliz pleno de mim!
Das águas que brotam em mim!
Do amor que surgiu da dor!
Da dor que me deu o amor!

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

"ANJO PROTETOR"

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ANJO PROTETOR.

Venha com suas asas me cobrir o peito.
Meu anjo bom perfeito.
Abraça-me com as plumas.
Dessa alma leve que sempre me protege.
Meu anjo protetor; que só me trás amor.
Guia-me com teus vôos para que eu encontre
Todos meus caminhos.
Deixe-me sentir a brisa que anuncia tua chegada.
Meu anjo bom protetor.
Deus te enviou para que eu pudesse;
Dar meu passo a frente.
Tua luz me ilumina, tua paz me contagia.
E sua proteção conforta meu coração.
Meu anjo que me tira da escuridão.
Anjo de luz e proteção.
Não me deixe pecar;
Protege-me sempre.
Sei que é um anjo enviado por Deus.
Cubra-me com tuas asas.

Livra-me do perigo,sua proteção
é meu abrigo.

A FLOR DE LIS.

**Visitem meu BLOG**
http://dafloraflordelis.blogspot.com/

Foto de Folhinha

Eu sou

Eu sou
Nita Ferreira

Eu sou a que no mar anda perdida
A que busca a luz pr'a escuridão
A que se entrega sempre sem medida
Intensa e transparente de paixão

Eu sou a correnteza, sou o rio
De águas cristalinas a avançar
A força motriz, o calor no frio
A energia viva a recriar

Eu sou a pena que te sonha e escreve
O vinho licoroso que te embebe
E delicia o corpo e a alma inteira

Eu sou a luz que queima e deslumbra
Mas não sombra ténue, a penumbra
Que não vai nem fica, restando à beira

Nita Ferreira

Foto de LuizFalcao

"SOMBRAS"

De Luiz Antônio de Lemos Falcão.

Mundo meu!
Sonhos... Romance...Fantasia!
Rabiscos de emoções em retalhos de papel, encardidos pelo tempo.
Um traçado de revoltas,
Dores...
Conflitos de amores inesquecíveis,
Perdidos em meio à tantas desilusões.
Cárcere das aspirações, dos desejos íntimos do "Eu" que sonha.
Que sorri da simplicidade da vida, por vezes, tão complicada!
Do "Ser" que chora, comovido com soluços inconformados de crianças que imploram,
Um afago...Um pedaço de pão.

Um mal vaga nas sombras... Nas sombras!
Lamenta mundo meu!
Grita um brado de revolta!
Soluça, geme e chora!
Debaixo do sol há dor,
Que ninguém consola.

Lamenta mundo meu!
Grita o brado do "Basta!"
Do "Chega!"
Do "Nunca mais!"
Estenda a mão, lança teus braços por sobre a tua cabeça.
Acenda a tocha ardente do "Amor...Do perdão!"
Lança longe a escuridão, desfaça as "Sombras!"
"As Sombras!"

Foto de Alvaro Sertano

Alvaro Sertano\"TARDE DEMAIS"!

TARDE DEMAIS!

Errante no caminho
da escuridão
e a busca,
ao sinal da luz.
O estampido, aguçar
do medo,da solidão!
A horda centelha
faíscas letais
advindas à insentatez!
O brilo da luz
o raio do sol,
a dor infinita
em lume de paixão!
Hiberna esperança
no riso d'outros
hipocris semelhança..
E o amanhã
futuro incerto
a saudade e tormento.
Tarde demais!
A tristeza
os sonhos dividir
sutil singeleza,
clamor do advir
sufrágio da inocência
e assaz redimir.

Alvaro Sertano.
www.myspace.com/alvarosertano

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