Época

Foto de LuzCintilante

FOTO DE FAMÍLIA

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Registro de uma vida...
De uma família unida...
História de amor e confiança...
Que guardo na lembrança...

Amor doação...
Amor verdadeiro...
Desprendido de retribuição...
Que preenche o coração...

Época de dias felizes...
De saudades e recordações...
Alguns estão em outro astral...
Na eterna paz celestial...

Onde todos são iguais...
Existência do amor fraternal...
História de um amor concretizado...
E amados frutos gerados...

Foto de Ana Botelho

PRECONCEITO...FORA...

PRECONCEITO ...FORA...
( Manifesto a tragédias que ocorrem em plena luz do dia)

Que as nossas convicções predominem sobre o fanatismo infundado,
Que quaisquer espécies de origens políticas, religiosas, ou sociais
Não nos confundam, nem dividam tanto essa nossa frágil sociedade.
Que as contradições absurdas, que todos já percebemos letais,
Não encontrem mais espaço e assim desapareçam os conceitos ilógicos,
Alicerçados nas mentes doentias, herdados dos antigos supersticiosos,
Todos eles perdidos em um passado muito distante e vergonhoso,
Época em que as pessoas não tinham o conhecimento cientifico
E que especulavam o que a soberba e a megalomania permitissem,
Deixando que o orgulho e o egoísmo comandassem as suas atitudes.
Defendermos essas pseudo-idéias tolas e ultrapassadas nos elevam,
Seria retroceder a longos períodos inúteis, sem objetivos claros e dignos
Na nossa era atual, compactuarmos com involuções todas tão amorais.

Foto de Paulo Zamora

Aprendendo de você

As transições da juventude são capazes de revelarem nosso destino, apesar que a idade nem sempre difere quando o assunto é comportamento, é uma época de muitas curiosidades, ainda mais em clima de paixão, de conquista e sexo, época em que nascem grandes sonhos, mesmo que alguns são certos a não se tornarem reais.
A vida vai passando, movimentando-se em direção única, sempre para frente, e nesse caminhar podemos definir o amanhã, talvez bem diferente do ontem, pior ou melhor...
Quando o assunto é tomar decisão, é luta onde lutamos conosco, é difícil, inseguro as vezes, mas é possível vencer a batalha quando se apercebe que terá que vencer e que isto é preciso, e melhor para a sobrevivência, uma certa liberdade seria.
A liberdade é sentir-se livre de um peso de defeito, ou erro cometido, você quer ser livre, ser como os outros, amenizar o que passou e daqui em diante ser outra pessoa pronta a sorrir e definir claramente o tempo que durará a realização dos seus sonhos.
Não muda quem não quer mudar. Nunca disse que isso é fácil ou que é imediato, leva-se um tempo, um tempo em que vai alimentando o pensamento da sua personalidade com livramentos, com gerência da própria vida, e vai vendo como é bom viver, como é bom ter um amigo como aquele (Pessoa a qual admira), vai percebendo que construir momentos praticando a mudança faz de você dono de um poder de vida inexplicável.
Seja mais forte que a fraqueza que chega e domina, seja sensato, diga a você que hoje é outro dia, e se cair novamente em seus próprios erros? Mesmo assim continue mudando, visando vida nova, refazendo atitudes, revendo conceitos, lendo sobre diferentes assuntos da vida, é no palco da escrita onde se encontra muitos artistas preocupados com o bem-estar de outros.
Nunca deixe o desânimo acompanhar seus passos, quando ele aparecer faça uma oração em prol da sua liberdade, que você mudou, que está sendo contente com o que possui, amando mais, muito mais as pessoas que lhe rodeiam, isto é a razão da vida, cultivar o amor como se cultiva o ar para continuar a viver.
Obstáculos são reais.
Dificuldades mentais são reais.
A liberdade e a mudança de comportamento também são reais.
Faça sua vida ser marcada por uma mudança, radical? Talvez, depende da sua situação.
A preocupação faz a pessoa viver o passado e antecipar o futuro, mas nunca deixa a pessoa estar no presente momento, os arrependimentos não precisam durar muito tempo, eles terminam no instante em que você conversa com você a respeito de tudo, das ações que não deveria ter tomado, e no momento em que sua consciência aceitou uma decisão, então nasce um outro ponto de partida; uma renovação esperada e disposição para enfrentar as realidades da vida cotidiana.
A paz interna, a tranqüilidade nos ambientes visitados, a prosperidade, a luta pelo pão, são exclusivamente pertencentes a você, assim como o amor, mas depende de seu comportamento na hora de fazer tais coisas acontecerem.
Esqueça a atitude errada passada, domine seu ser, aprenda de outros, mas comece aprendendo de você.
(Escrito por Paulo Zamora em 18 de julho de 2008)
www.pensamentodeamor.zip.net

Foto de LuzCintilante

AS MELODIAS

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Melodias cheias de doces lembranças
Enchendo o coração de esperanças
Da pureza do tempo de criança
Da época de muita festança

Melodia que tranquiliza
Que a dor ameniza
As vezes finaliza

Melodia de eterno amor
Colorindo a linda flor
Vivendo a emoção
Cheio de paixão

Melodia de alegria
Que a todos contagia
Fugindo da nostalgia
Com a doce companhia

Melodia da natureza
É a própria fortaleza
O canto dos pássaros
Alegrando o coração

O canto dos ventos
Carregando as tristezas
O canto da vegetação
Cheio de fascinação

O canto da chuva
Que lava a alma
A paz que acalma

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"ENCONTRO COMIGO"

“ENCONTRO COMIGO”

Já era um pouco tarde...
Estava sem sono...
Uma nostalgia que agora me invade...
E eu estava ali, um pouco tristonho!!!

A vida passava lenta...
Como se fora um filme antigo...
E eu de cabeça baixa...
A procura de um abrigo!!!

A cama não me ajudava...
A T V não me prendia...
Aos poucos aos pensamentos me entregava...
Esta tristeza me da agonia!!!

Lembranças tão antigas...
De coisas que não fiz bem feito...
Hoje voltam e ficam na retina...
Imagens de todos os maus feitos!!!

Como errei nesta minha estrada...
Como caminhei a esmo...
Hoje nem me lembro bem daquela época...
Nem eu mesmo me reconheço!!!

Acredito que tenha me encontrado...
Talvez eu realmente seja deste jeito...
Sinto-me melhor mais relaxado...
Acho que agora sou um bom sujeito!!!

Foto de Gih

queria..apreendi..

Às vezes queria continuar a ser uma criança...
Nessa época eu não tinha problemas, era tudo fácil, eu num tinha que lutar pelo que é meu
Agora já crescida vejo que num é bem assim que a vida é
A vida é bem complicadinha sabe
Mais ela é minha melhor professora
Pois é ela que está me ensinando a viver
É ela que me sede caminhos
E sou eu que tenho o poder de escolher
Ser boa ou ser má
Ser diferente ou igual
Ser quem eu quero ser ou quem os outros querem que eu seja
Todos temos esse poder de escolha
Nem sempre elas são boas ou as certas
Mais temos que tentar investir no que queremos
Temos que tentar...mesmo por que se não tentarmos não saberemos se teria dado certo...
Eu tento apenas alcançar meus objetivos...pelo menos o principal...ser feliz
Tento também aproveitar a vida...medindo as conseqüências dos meus atos sempre
Aproveitar ela porque eu nunca saberei quando ela vai acabar...
Gosto de pensar...
Pensar em mim mesmo
E nos outros a meu redor
Olhar no espelho e não ter vergonha do que vejo
Sempre lembrar que nunca estou sozinha
Tenho amigos, minha família e meu namorado, pessoas que eu sei que sempre poderei contar, que sempre que eu cair estarão lá com a mão estendida pra me ajudar, pessoas que me amam e que eu também amo muito,pessoas que me entendem principalmente nos meu momentos de loucura....
Busco sempre pessoas que me compreendam e não me jugulem apenas
Sou uma pessoa bem seletiva com minhas amizades...não tenho colegas ou nada do tipo...
Eu tenho são amigos...
Amigos que já me viram chorar, que já me viram sorrir, que compartilhei tristezas e alegrias...e que também já compartilharam comigo as suas...
Aprendi muito com meus amigos...nem todas as maneiras de aprendizado por nos vividas foram na paz...já briguei muito, assim como já brigaram comigo
Porque não soubemos respeitas as nossas diferenças
Hoje meus melhores amigos são totalmente diferentes de mim
E isso que nos une
Aprendemos a respeitar um ao outro...

GiiH

Foto de Dirceu Marcelino

LARA - DUETO - Vídeo-Poema - III EVENTO LITERÁRIO DE 2008 - DIA DOS NAMORADOS (Inscrição para e em Homenagem a MARISA DINIS )

LARA - DUETO

Eu sou feliz por que tenho você para amar,
Eu sou feliz, pois tenho você para ver,
Choro só com a sensação de ter perder,
Imploro, fiques, preciso sempre te olhar.

Sem você não sei como fazer para viver,
Sinto-te como o sol, a água e o ar,
No vento e na luz que ilumina o meu querer
E traz na flor o teu perfume para eu cheirar.

“_No sopro deste teu corpo, vivo em teu amor”

‘_Minha face em teu peito, ouvindo tua dor,
Capturando cada lágrima tua em minha boca,
Gotas de cristal deslizando sob a minha alma
No meu silêncio, carregando teus suspiros.”

Vejo o brilho de teus olhos cintilantes,
Num buque de rosas champagne, emoldurando
Tuas faces coradas e magnetizantes

Expelir do fundo de tua alma e elevando
Aos céus a força de teu espírito contagiante,
O ânimo apaixonado deste que te está amando.

“_Meus olhos... tua eterna sinfonia, teu destino
Vago docemente entre teu corpo e nosso amor
Te envolvendo no manto do meu ser incandescente
E, juntos, bebemos o embriagante soro do nosso ardor”

“_Em ti me desfaço, me alimentando desta tua paixão,
Percorrendo as trilhas do teu ser, na mais leve carícia,
Levada pelo som das nossas almas, nossa melodia,
Esse nosso infinito nascido do mais puro amor...”

" Live for today as yesterday is gone and tomorrow is yet to come..." (Marisa Dinis )

OBSERVAÇÃO: Os trechos do dueto sem aspas foram escritos por Dirceu Marcelino, quando tinha entre 19 e 22 anos, época em que a Poetisa Internacional que me honrou com a complementação fictícia dos versos, sequer havia nascido. Agradeço-a de coração por ter alimentado meu ego com essa contribuição e expresso aqui além do agradecimento o meu desejo para que consiga toda a felicidade possível, pois é o que merece e, também, lógicamente, à pessoa ou às pessoas que irão compor esse quadro de amor.

Também, desejo expressar que a obra em vídeo, embora pretenda fazer novas versões é uma homenagem a todas as amigas que em quaisquer momentos de minha vida, permitiram que eu nelas me inspirasse e escrevesse minhas singelas poesias, embora reconheça, que algumas não permitiram, expressamente, mas extraí delas os influxos de minhas inspirações, como "beijos roubados", o que os tornam mais deliciosos, eh, eh, eh, mas de qualquer forma agradeço-as de coração.

Foto de Wilson Madrid

PEDRINHU, TUNICO I JUÃO, AI MEU DEUSO QUI CUNFUSÃO!

IV Evento Literário de 2008 - "É com nóis mesmo, cumpade"

PEDRINHU, TUNICO I JUÃO, AI MEU DEUSO QUI CUNFUSÃO!

* ACRÓSTICO COM A LETRA INTEIRA
* DE PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO
* de autoria de Osvaldo Santiago e * Benedito Lacerda

C umadres e cumpadres desti arraiá di iscritô
o ceis num imagina u qui eu vi acontecê
m ais aceitanu u desafiu da Fernanda, vô contá pro ceis vê...

a gora pegui us banquinhus qui é causo cumpridu dimais da conta sô...

f oi fais muito tempus lá pras bandas du sertão di sum paulo
i ncrusive já faiz tantu tempu qui nem mi alembro adondi
l ongi de tantu tempu que inté a minha memória faia
h oji vô tenta contá daquilo que inda mi lembru
a us menus du qui é qui foi us principá...

d exandu di ladu us bra bra brá iniciár
e indu logu pros qui quase qui finarmentis mesmu vô logu contá...

J uão, Tunico e Pedrinhu era tudo muleque i amigus du peitu
o ndi um tava, tava us treis, era tudo muintu unidus
ã ndavam mais juntu qui vagão du mesmu trem
o ndi um ia e lá ia us otros dois tumem...

A mesma cigonha que troce um logo despois troce os otros dois
n asceru tudu no mesmo lugá e viviam no mesmu arraiá
t odus us dia essis mininus tavum juntus à brincá
ô uviam us mesmu cantus dus passarinhus do lugá
n adava peladus nas lagoas e nu rio qui passava por lá
i nventavum brincaderas qui inté us mais veios gostavum di oiá
o s pai delis inté gostavum di vê us seus mininus sempre a si acompanhá...

i nté o seu padri da igreja separava us santinhus pra mor di us abençoá
a té mesmu nu sermão das missa custumava us trêis elogiá...

s i um tinha probrema us otros dois sempre vinha logu ajudá
e lis era tudo comu irmão i era comu si fossi um só coração iguarzim...

c asa di um era iguar a casa dus otros
a cumida das casa delis era comu si fossi dus treis
s ó u sapatu du Tunicu num servia pro Pedrinhu nem pru Juão
a lancha do Tunicu paricia inté a arca di Noé daquela inundação
r isadas Juão e Pedrinhu davum di vê u Tunicu naquela situação...

M ais u Tunicu discontava tudim daquelas tristi gozação
as oreia du Juão era iguarzinha as du avião
s empri qui u Juão falava du sapatão u Tunicu fingia sê aviação...

P edrinhu era magrelu feito um posti di sebu di festa junina
e quandu eli falava du sapatão du Tunicu ele falava do posti pru Pedrinhu
d epois das brincadera tudo acabava bem pruquê era tudu alegria
r isadas e gozação mais us treis amigos era tudu comu irmão
o ndi inté as brincadera era feita cum respeito e inté cum cumprimentação...

f oi u tempu passanu i us meninu foi tudo viranu moçu
u s tempus di brincadera forum viranu tempus di namoração
g íbis, pião, bolinhas di gudi i pipas foram sendu dexadus di ladu
i agora us amigus só atinava em namorá as donzelas daquele lugá
u ma delas de nomi Rosinha era a mais formosa qui tudu mundu queria oiá...

c omu uma rosa vermeia du jardim ela vivia cercada di beja-floris querenu ela bejá
o ndi ela passava os rapaiz batia as caras nus postis di tantu fica oiandu pra tráis
m ais ela num si vexava i pra todus sorria e inté se divertia di tanta trapaiação...

a Rosinha era fia do Seu Juão qui era u maridu da Dona Creuzinha da Conceição...

n unca tinha namoradu ninguém i já ia compretá quinze niversárius
o Tunicu iscreveu um bilhetinhu i si decrarô pretendenti du seu amor
i u Juão i u Pedrinhu tubém iscrivinharu qui quiriam aquele mesmu violão
v eja oceis qui situação: cum tanta sobranu us treis querenu u mesmu coração
a vida é muintu isquisita depois di tanta amizadi os treis nessa cumpricação...

N um sabenu u qui fazê a Rosinha dicidiu: vô namora u mais românticu dus treis
a queli qui escrevinhá meior as coisa pra mi agrada i u meu coração conquistá...

h istória iguar a esta eu to pra vê iguar in quarqué lugá desti azur praneta
o amor di uma formosa donzela ser disputadu num duelu di lápis i caneta
r imandu paixão i coração numa disputa di irmão numa loca emoção
a chu qui issu até feiz us treis de repenti virá inté mesmu quasi poeta...

d icididu a arma du duelo chegô a hora das disputa daquela prenda especiar
e foi um tar di rabisca pra lá i pra cá qui nunca si viu naquele lugá...

i u Tunico
r abiscô anssim:

P rincesinha Rosinha:
r ainha eu vô fazê de ocê
o meu coração ti dô di presenti...

a minha vida eu dô tudinha pro cê
l avu inté us teus pé
t rabaiu inté di dumingo
a rrumo us pratus i as cuié
r egu as frôres du teu jardim...

A ceita eu amô meu, ocê é meu querubim...

f oi dificir, mais u Juão iscrivinhou tumem:
o cê Rosinha é uma fror
g anhei calo nus pensamentu di tantu pensá em ocê
u ma veiz sonhei com nóis dois casanu
e uma penca di fio crianu
i ncrusive tudo cum nomis de flor
r egistradus nu cartóriu du Dotor Philomeno
a cordei suadu di tanta emoção qui inté duia u coração...

e u seio qui num sei iscrevê Rosinha
s ô um pobre lavradô
t udim u qui eu seio na vidinha minha
á gora confessu meu anjim: Ocê é u meu amô...

q uasi qui a Rosinha dismaiô só di lê essas coisa
u ma minina qui nunca tinha recebidu mimus iguar a essis
e la nem sabia qui rumo tomá na vida
i ainda fartava us rabiscus du Pedrinhu
m ais ela já tava mais perdida qui piru dispois da cachaça
a quilu era muintu cumpricadu pra tadinha
n um sabia dizê não pra tanta e tamanha elogiação
d izia pras amigas: Ai meu Deuso! Qui tamanha cunfusão
o Tunicu i u Juão inté bagunçaru u meu coração...

e intão veio u Pedrinhu i botô fogu na foguera da situação:

u ma fror iguar a tu ieu nunca oiei im jardim ninhum
m ais formosuda i tão bela qui meu coração faiz tum tum

b ela Rosinha ieu ti digo qui nóis dois corri pirigu
a tua belezura é tão grandi qui mi faiz virá bandidu
l oco ieu fico ao oiá ocê passiandu na pracinha
ã ntis di oiá ocê ieu nem ligava prus jardim
o ia as fror cum zóio qui só oiava capim

e agora ieu só pensu im ocê Rosinha vermeinha
s ão tão formosuras tudas as fror qui oia pra mim
t udas elas é coluridas i cherosas tumem
á ssim como ocê minha fror num ixisti mais ninguém... Ti amu!

s ó Deuso sabi comu é qui fico a Rosinha dispois disso
u ma minina cum cara di i agora u quiqui ieu façu?
b iliscava inté us pé pra mor di sabe si tava druminu
i nté resorveu ir lá pras bandas di Minas Gerais
n umas férias inventada pra num fica dispirocada
d espois dissu vortaria cum a decisão finar tomada
o uvinu us conseios da avó, a Dona Quitéria da inchada...

A viagem dimorada dimais
n inguém tinha notícia di nada
t udu mundo só quiria qui quiria
ô vir u resurtadu daqueli duelo rabiscadu
n adica acunteceu nus tresi meis que assucedeu
i nvernu já acabanu i a primavera já cheganu
o s amigus tudu priocupadu só Rosinha aguardanu...

E entonces assucedeu u dia da Rosinha vortá
s eus pretendendis ficarum nu maió arvoroçu
t odus querenu sabê u qui ia acontecê
a Rosinha intão chamô os treis lá na pracinha
v irô cum treis rosa nas mão i falô
a s rosas é duas branca i uma vermeia...

C ada um vai ganhá uma dessas frô
h oji eu dô duas branca pra dois amigus
o tra vermeia pru meu iscoido amô
r asgadu tá meu coração qui só podi escoiê um
a minha vontadi era podê amá oceis treis
n um possu fazê isso pruque issu é erradu
d ô então as rosa branca im sinar di gratidão
o ceis tudos mi fizerum feliz i guardu oceis nu coração

e ntregô a primera rosa branca pru Juão

P egô a otra rosa branca i intregô pru Pedrinho
e a rosa vermeia intregô pro Tunico cum bejinhu
d eu bejinhu nu Juão i nu Pedrinhu i agradeceu u carinhu
r ecebeu delis tumem um bejinhu cum carinhu e cum respeitu
o Tunicu abraço us amigus i di braçus dadus foi imbora com a Rosinha...

e u tempu passou i a vida continuô...
s ó Deus sabi us destinus di tudus nóis...
t udu tava incaminhadu...
a vida é uma caxinha di surpresa...
v ai e vorta, vorta e vai...
a s veiz as aparênças ingana...

f oi intão qui Juão foi estudá na cidade grandi lá im Belu Horizonti
u Pedrinhu foi sê garimpero na Serra Pelada lá pras bandas du Pará
g anhanu u disafio, Tunico acabô viranu sordadu do arraiá
i nvolvida cum o namoro a Rosinha pro casório foi si prepará
n as prendas da cuzinha i das custura a sua mãe começo a insiná
d espois di um ano interinhu ela já tava prontinha pra casá
o pai chamo o Tunico e falô pra ele tudu providenciá...

e lê intão fico noivu da Rosinha i dinherô começo juntá...

n esses tempu um trem a Rosinha começô a repará...
o Tunico era homi bão mais du Pedrinhu começo a si lembrá...

f icava inté chatiada mais num consiguia daquilo si livrá
i nté pra Santu Antonho começo tudu dia a rezá
m ais quantu mais ela rezava mais a sombração do Pedrinhu aparecia...

d eu ismola pra tudu qui pricisava
e nfiava a muringa nágua fria da bacia
s acudia a cuca pra mor du pensamento voá
s algava us cabelus cum sar grossu
a tirava bilhetes cum pedrinhas nu riu...

h inus di igrejas cantarolava
i magis di cristar di anjus comprô
s empri consurtava as cigana
t omô inté chá di arruda
ó trás veiz jogô u jôgo das conchinha
r unas i um treco di números consultô
i a im tudu qui é cantu pro mor daquilo pará
a inda assim só sonhava cum u Pedrinhu no Pará...

a ssim passô us dia qui demorava mais a passá
o Tunico tudo assanhadu pra mor di pode casá...

a Rosinha priocupada cum u dia qui ia chegá
p ra ninguém nunca contô o segredo qui vivia a enfrentá
a chava qui tudu aquilo ia um dia logo ia passá
g uardava e bordava us panus du seu inxovar
a prendia tudinhu u qui a sua mãe tinha pra insiná
r espirava sempri fundu quando du Pedrinhu vinha si lembrá...
-
s etembro foi u méis qui iscolheru si casá
e ntranu a primavera a Rosinha ia desabroxá...

a data do casóriu era u dia 23 iníciu da primavera...

f oi tudinhu preparadu
o padri foi comunicadu
g randi festa arraiá nunciada
u s padrinhus i madrinhas escoídas
e u vistidu di noiva pela mãe foi custuradu
i nté a banda municipar foi contratada pra tocá
R eginardo Rossi chamadu pra A raposa i as uva cantá
a pois a banda i o corar tocá i cantá a marcha nupiciar...

J uão vortô quasi formadu contadô i foi cunvidadu pru casóriu
o Pedrinhu ninguém nunca mais viu dispois qui partiu
ã Rosinha ficava cada veiz mais linda i formosa
o Tunicu todu cheiu num via a hora di si casá...

c hegô a primavera i as froris tudas vortarô
o s jardim ficô tudu cheio de frores coluridas
n u ar os prefumes delas espaivam nu arraiá
s ó mesmu tandu lá pra senti as emoção
o s noivus tudo emporgadus pru grandi dia
l umiavam mais inté mesmu as estrela
a lua miava di emoção i u sor espaiava calorão
v entanias soprava tudo resfrescanu a istação
a finar chegô a hora i u dia da grandi cerebração...

A praça da Matriz ficô tudinha lotada
n a igreja num cabia nem mais uma agúia
t odo arraiá tava infeitadu pra tão isperada hora
ô Tonico chegô todu alinhadu di ternu i inté gravata
n o artar tudas as madrinhas e padrinhus alinhadus tumem
i nté o padri istreou uma istola novinha i dorada
o sinu badalô treis veiz i a noiva Rosinha tudo branquinha chego i entrô...

Q uem tava lá nunca mais si isqueceu du que se assucedeu
u ma cena qui só mesmu nus cinemas di roliúde talveiz já assucedeu
e u arraiá tudinhu despois dissu nunca mais si isqueceu:

c asóriu im andamentu...
a hora da onça bebe água chegô...
i spectativa nu ar...
u padri pregunta: Tem arguém aqui qui podi impedi esti casório?

n a pracinha da matriz iscutasse um forti trotá i uma forti vantania
a montadu num lindu cavalu brancu cum arreio di oro surgi Pedrinhu...

b rincus, colaris, pulseras i inté esporas tudu di oro brilhanti
e leganti num ternu todim branquim cum cravu vermeio na lapela
b atia nu peitu cum uma linda i maraviosa rosa vermeia na mão
e gritava pra tudu mundu ouvi: Rosinha minha fror: EU TI AMU!!!
d ismaius, correrias, arvoroçu gerar, inté u padri si assusto i correu pra sacristia...
e finarmenti resorvida i dicidida Rosinha correu i montô na garupa du alazão...
i à galopi Pedrinhu i Rosinha sumiro na iscuridão da noite i fôru feliz pra sempri...
r evortadu Tunicu tomô treis garrafa di pinga chorava i dizia: u qui é du homi u bichu num comi!!!
a judadu pelo amigu Juão qui virô inté seu conseieru, u Tunicu largô da pinga, nunca mais quis si casá i virô inté sacristão... I essis tumem fôru feliz pra sempri...

ESTE ACRÓSTICO QUE EU FIZ COM A LETRA INTEIRA DA MÚSICA PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO ( de Osvaldo Santiago e Benedito Lacerda) PARA PARTICIPAR DESTA BRINCADEIRA TÃO LEGAL, MOTIVADA POR ESTA ÉPOCA DELICIOSA DA NOSSA CULTURA POPULAR DE FESTAS JUNINAS, EU DEDICO A TODAS AS AMIGAS POETISAS E A TODOS OS AMIGOS POETAS, QUE TÃO CARINHOSAMENTE ME RECEBERAM NESTE MARAVILHOSO SITE, COM O MEU MUITO OBRIGADO PELO CARINHO E PELO APOIO DE SEMPRE...

FIQUEM SEMPRE COM DEUS!

PAZ E BEM!

BESOSSSSSSSS....

http://www.damanit.com.br/forrocacana_pot_pourri_3.mid

Foto de Graciele Gessner

O Amor Não Se Procura, Se Acha. (Graciele_Gessner)

Vimo-nos pela primeira vez no ônibus.
Nós pegávamos o mesmo transporte para estudar.
Sentia-me atraída por sua expressão séria e tímida,
Mas não dava para chegar perto dele.

Um dia, o cumprimentei após atravessar uma ponte pênsil.
Na época estava comprometida, mas trocávamos olhares.
Fazia questão de falar “oi” ao vê-lo.
Gentilmente cumprimentava com um sorriso singelo.

Mas o destino decidiu nos afastar, nos separar.
Cada um tomou um rumo na sua vida.
O tempo passou, o acaso decidiu nos aproximar.
Você me encontrou no Orkut casualmente.

Impressionado ficou ao me reencontrar.
A vida é uma valiosa pérola!
O mundo dá voltas, vivo esta felicidade!
O passado é o meu lindo presente.

Hoje, lembrei destes momentos,
Ninguém estava procurando o amor.
Olhos verdes deslumbrado lembraram-se de mim.
Ambos acabamos achando este sentimento nas recordações.

14.10.2006

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Wilson Madrid

O SÁBIO DESCAMISADO

*
* CRÔNICA
*
*

19:00' de um dia do mes de maio de 2003.

Tróleibus - linha 4113 - Praça da República – Gentil de Moura, São Paulo.
No interior do tróleibus lotado, os passageiros que estão espremidos e em pé enfrentam dificuldades para andar em direção às portas de saída ou para ajeitarem-se no corredor do veículo para dar passagem aos demais.
Faz calor e as pessoas suam. Algumas que estão sentadas cochilam, cansadas por mais um dia de trabalho. Algumas poucas conversam; a maioria segue calada, cada uma refletindo sobre os seus próprios problemas, sonhos ou ilusões.
O trânsito fica congestionado e o tróleibus fica alguns minutos parado, sem poder continuar sua viagem; sem movimento e sem a ventilação natural das janelas, o calor e o desconforto aumentam.
De repente, na calçada, surge um homem maltrapilho, sem camisa e com barba mal cuidada; aproxima-se da lateral do tróleibus, olha para os passageiros, sorri um sorriso meio desdentado e irônico e começa a cantar, com uma melodia original, toda própria dele: “Ê vida de gado... povo marcado... povo feliz....”.
Como o tróleibus demora a partir, ele repete várias vêzes os mesmos sorriso e refrão: “Ê vida de gado... povo marcado... povo feliz...”.
Os passageiros começam a se entreolhar. A maioria continua séria. Duas moças ao meu lado não resistem e dão risada e eu, também não resistindo, comento contente: "é Zé Ramalho... ele conhece..."; elas não comentam nada, continuam felizes e continuam a sorrir. O tróleibus parte, o mendigo desaparece das nossas vistas e todos voltam para os seus pensamentos, alguns, talvez, refletindo sobre significado do ocorrido.
Eu, de minha parte, fiquei curioso em saber o que passou pelas cabeças daquelas pessoas, principalmente daquelas que riram... Será que elas riram do mendigo? Será que elas riram da situação? Ou será que riram para disfarçar a vergonha? Afinal de contas aquela linha serve apenas bairros de classe média e muitos passageiros trajavam terno e gravada e muitas passageiras também estavam elegantemente vestidas. Será que, apesar de muito conhecida na época em que foi tema da “novela das oito”, conheciam a canção “Admirável gado novo” do genial Zé Ramalho, poeta, profeta e cantador da Paraíba? E mesmo que tenham acompanhado a novela e conheçam a canção, será que elas já tem consciência de "que fazem parte dessa massa, que passa nos projetos do futuro"; e de que "é duro tanto ter que caminhar, e dar muito mais do que receber"?
Tive que me conformar em ficar sem respostas quanto à essas dúvidas, porém, apesar de saber que infelizmente eu provalvelmente nunca mais voltaria a vê-lo, fiquei com a certeza de que, ao contrário do que alguns cidadãos de terno e gravata e algumas cidadãs elegantes que viajavam naquele tróleibus, o homem maltrapilho, sem camisa e com barba mal cuidada, dormiria tranquilo e despreocupado, naquela noite fria que se anunciava, num canto qualquer de alguma praça de São Paulo, tendo por travesseiro a sua consciência e por cobertor a sua sabedoria...
O tróleibus continuou sua viagem e uma última dúvida me surgiu: será que, além de considerá-lo louco e engraçado, algum dos passageiros percebeu, na figura daquele homem, crucificado pela nossa injustiça social, uma das faces pelas quais Jesus Cristo se faz presente atualmente no meio de nós?
Chego ao meu destino, desço do tróleibus, caminho pela avenida Nazaré e sinto, finalmente, uma suave e refrescante brisa, que me faz usufruir de uma pequena amostra do maravilhoso efeito do desfraldar da bandeira branca da paz...

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