Engano

Foto de Barzissima

Historia de Amor e Saudades - 1

Curitiba, 19 de novembro de 2004. (Data original em que a carta foi escrita)

Olá meu querido!!!

Hoje, como quase todos os dias, me peguei pensando em você! Lembrando das situações que passamos, dos encontros, das conversas, e também me perguntando, o que eu poderia ter feito para que as coisas tivessem dado certo. Bem, talvez nada do que eu ou você tivesse feito mudariam as coisas. Tem coisas que tem que ser e pronto. Um dia cada um seguiria o seu caminho, teria a sua família,longe um do outro. Mas o que fazer, se passando-se dias, meses, anos, as lembranças continuam vivas, dia-a-dia? Saudades, falta, ... são tantas coisas que passam pela cabeça... Queria novamente ouvir sua voz, ver seu sorriso, simplesmente conversar um pouco. Queria ter coragem de aparecer de surpresa onde você estivesse, ou então ligar no telefone que tenho, procurar saber sobre você. Ninguém ia precisar saber que sou eu. Mas falta coragem. Se antes, quando a gente namorava já não tinha coragem de ligar imagine agora, tanto tempo depois. As vezes também penso sabe, quem garante que se a gente estivesse juntos hoje se o sentimento não estaria frio, sem vida, sem força, decepcionado. Digo isso porque é o que penso hoje. Que o casamento torna as coisas assim. Isso faz cada vez mais eu pensar em você, como era bom o nosso relacionamento, mesmo sendo bem solto, sem se ver muito, mas foi bom. Apesar das mancadas, suas e minhas, nada do que foi “ruim” abalou essa admiração, é como se nada de ruim tivesse acontecido, somente coisas boas, lembranças boas... Não sei. Acho que da minha parte faltou atitude. Quando você não aparecia ou não ligava, eu deveria ir até você, ligar, ver o que estava acontecendo. Mas não, tinha medo de ser muito grudenta, de te sufocar, mas acho que faltou isso de mim. Ir atrás do que eu queria.
Quando a gente terminou tudo definitivamente, isso foi quando? Em 2000 se não me engano, nossa, só sabia chorar. Sofri muito mesmo, tinha vontade de te ligar, de falar com você, mas boba, não te procurei. Em 2001 a sua mãe me ligou, eu estava para casar, e você já estava casado, nossa, fiquei espantada, até conversei com você, lembra? Sei que preferi não terminar tudo, e seguir em frente, achava que cada um tinha que seguir seu caminho. Até acho que foi meio uma “vingança”. Se você tinha casado, porque eu não poderia me casar também. Ah, também não acreditava que você terminaria seu casamento para ficar comigo, se você não tinha terminado quando estava namorando, não iria ter coragem de terminar agora.
Se perguntar: Porque eu resolvi escrever para você agora, eu te digo! Quero que você saiba que podem passar 10, 20, 50 anos, eu não vou te esquecer, você irá morar para sempre no meu coração, e todos, todos os dias lembrarei de você, assim como já acontece hoje, espero que você tenha sempre uma boa recordação minha, e quando você achar que ninguém te amou de verdade, pode lembrar de mim, porque com certeza, o que senti por você (ou sinto???) foi uma coisa muito sincera, pura, inocente até, mas muito forte. Leve isso com você. Como sei que não terei coragem de falar isso olhando para você, guarde na memória minhas palavras escritas mesmo, um desabafo, algo que eu não quero que fique só comigo, mas que fique com você também. Quem sabe um dia, a vida não nos coloca frente a frente de novo? Como nos velhos tempos. Melhor do que nos velhos tempos....

Foto de Carmen Lúcia

Visconde de Mauá

Um recanto de encantos,
De magia, misticismo,
Desenhado nas entranhas
Da Serra da Mantiqueira,
Pelo Artesão da Vida;
Eis, Visconde de Mauá...
Quem não crer, vá até lá!

Cachoeira Véu da Noiva,
Festival dos festivais!
A grinalda pura e branca
Se desliza pela serra,
Espumando sobre a terra
De Visconde de Mauá...
Quem não viu, vá até lá!

No morro Pedra Selada,
Lugar de mata fechada,
Onde as trilhas são mistérios,
Os caminhos têm fascínios,
De duendes e regatos,
De cipós, jacus, macacos.

Rio Preto corre manso,
Contribui com o descanso,
Mas, se cheio, as corredeiras
Dão vazão para a coragem,
Estimulam à canoagem.

Um rincão onde o poeta
Busca sua inspiração...
E foi lá, se não me engano,
Com lirismo e eficácia,
Que da alma de Caetano
Nasceu "...Choque entre o azul
e o cacho de acácias..."

Nas flores, em exuberância,
Há um toque de arrogância,
Exalando pelos ares
Suas essências e fragrâncias...
Como ornatos, pelos matos,
Brincam as cores das begônias,
Revelando esconderijos,
As marias-sem- vergonha.

Quando o sol pinta cedinho,
Degelando a geada,
Passarada deixa o ninho,
Principia um escarcéu...
Maritaca, gralha-azul,
Fazem baile lá no céu.

Chega a noite, branca e nua
Vem a lua se mostrando
E na fusão dos pisca-piscas
De estrelas e pirilampos,
Só se vê pra todo canto
Mil pontinhos cintilando.

Num lugar onde a beleza
Vai de encontro à natureza,
Tecnologia se esconde,
O progresso...nem de longe!
Só ar puro em demasia,
Tanta diversidade em harmonia
Onde mora a poesia,
Eis, Visconde de Mauá,
Quem não foi...vá até lá!

Foto de Paulo Gondim

As Águas do Rio São Francisco no Sertão

As águas do Rio São Francisco no Sertão (Cordel)
Paulo Gondim
05/05/2005

Quando o assunto é Nordeste
É só discriminação
Muita gente torce a cara
Com medo da solução
Para o problema da seca
Querendo que prevaleça
Na mesma situação

É assim há muito tempo
Mas já foi bem diferente
O Nordeste já foi rico
Produzindo imensamente
Cana-de-açúcar, cacau
Ouro, prata e muito sal
Riquezas de nossa gente

Há gente que desconhece
A nossa história real
Despreza nossos costumes
E só sabe falar mal
Acho até que nunca ouviu
Que Salvador, do Brasil,
Foi a primeira Capital.
1

Houve até uma proposta
Pro Brasil ser dividido
Do Sul, com sua arrogância
“Feito menino enxerido”
Querendo toda riqueza
Sem se importar com a pobreza
Desse povo tão sofrido

É isso que envergonha
Ser chamado de indigente
Mas é preciso mudar
A cabeça dessa gente
Pois se há uma só terra
Pra que fazer tanta guerra
E querer ser diferente ?

Mas o sertanejo sonha
Com a vida diferente
Se houver água na terra
Nada há que não enfrente
Quer ver seu filho crescer
E poder permanecer
No meio de sua gente
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Voltemos ao nosso tema
A velha seca de sempre
Um problema do Nordeste
O ganho de muita gente
Por isso que nunca muda
Nessa roleta absurda
Remando contra a corrente

Trazer água pro Nordeste
Sempre foi uma questão
De tão difícil deslinde
E de muita oposição
Se há água em tantos rios
Eis os grandes desafios
Pra irrigar o sertão

Já queria Dom João Sexto
Fazer a transposição
Das águas do São Francisco
Para irrigar o sertão
Mas falta boa vontade
Política de qualidade
Pra resolver a questão
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Sempre há uma desculpa
Pra seca ser combatida
A vazão do São Francisco
Não pode ser transferida
Pois fere o meio ambiente
Mesmo que toda essa gente
Continue desassistida

É coisa de “ECO CHATO”
Que não sabe o que é sofrer
Pois tem comida na mesa
E água para beber
Sem saber de onde vem
Acha só que ele tem
O direito de viver

É só conversa fiada
De falso intelectual
Quero ver quem é que diz
Fale bem ou fale mal
Que água aqui no Sertão
Pra molhar nosso torrão
Causa impacto ambiental
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O nosso problema é água
E o São Francisco tem
Qualquer coisa a gente busca
No Tocantins, mais além
Ou até no Araguaia
De onde quer que a água saia
É pra aqui que ela vem

Nossa questão é de clima
Da Bahia ao Ceará
Não é região de chuva
Nunca foi e nem será
Mas temos lençol freático
Um bom subsolo aquático
Mas é preciso cavar

Pra resolver o problema
Da seca no meu sertão
Qualquer esforço é pequeno
Mas falta disposição
De fazer poço ou açude
Até que a política mude
Pra prender tanto ladrão
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Se na indústria da seca
Muita gente se dá bem
Por outro lado o caboclo
Não ganha e perde o que tem
Nossa política é corrupta
Nela vale a força bruta
Sem ter pena de ninguém

Os poderosos não querem
Com a seca exterminar
Para eles ela é boa
Para o pequeno explorar
A seca é um bom negócio
Pra quem só vive do ócio
Sem precisar trabalhar

A questão é bem mais séria
É de ordem social
Água aqui no meu Nordeste
É ponto fundamental
Pra combater a pobreza
Para aflorar a beleza
Dessa gente tão leal
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A seca sempre foi um tema
Pra se ganhar eleição
É grande a compra de votos
Afora nesse sertão
E o coitado do caboclo
Por um dinheiro tão pouco
Vota a mando do patrão

E a desculpa continua
Pra água não vir pra cá
Um “ecologista” aqui
Outro “estudioso” lá
Sempre com um mau palpite
Pra que a gente acredite
Que jeito mesmo não há

Mas o jeito aqui é água
Seja do rio ou do mar
Já que com água da chuva
Nunca se pode contar
Se num ano a falta faz
Em outro ano é demais
O jeito mesmo é irrigar
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Já passou pelo governo
Muito doutor presidente
Poliglota, professor
Se dizendo inteligente
Disse ter a solução
Pra combater o verão
Mas nada fez novamente

É assim há muitos anos
Só promessa, só engano
O rico fica mais rico
E o pobre no desengano
Com a indústria da seca
Onde há água, tem cerca
Onde tem cerca, tem dono

Foi preciso no governo
Um presidente “peão”
Nascido aqui no Nordeste
Que muito dormiu no chão
Mas com coragem e bravura
Sem temor e sem frescura
Retomou essa questão
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Assunto tão delicado
Essa tal transposição
Das águas do Velho Chico
Aqui pro nosso sertão
Tem que ter coragem rara
Muita vergonha na cara
Pra tomar a decisão

Mas o Presidente disse:
-“Recurso não vai faltar
As águas do São Francisco
Vão o Nordeste irrigar
Eu assumo o compromisso
Nem que tenha para isso
Na cabeça carregar”

O projeto foi mostrado
Em toda televisão
Logo despertou a ira
De toda oposição
Que não quer a melhoria
“Esses tais da ecologia”
“Eco chatos” de plantão
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Mas o caboclo responde:
-Tenha a santa paciência
Não me venha com a excrescência
Dessa “tal ecologia”
Aqui, nós queremos água
Pra lavar a nossa cara
Pra encher pote e bacia

Está certo o Presidente
E o caboclo também
Errados são esses chatos
Que nem sei de onde vêm
Com tal conversa fiada
Se a água for desviada
Não servirá a ninguém

Também acho que é preciso
Proteger o natural
Mas é muito ecologista
Morador da Capital
Dando palpite infeliz
Metendo em tudo o nariz
Em nome do ambiental
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Tudo isso tá errado
Povo em primeiro lugar
Não é por causa de um sapo
Que a água não vai passar
Pra irrigar o sertão
Pra ter muita produção
Até pro sapo cantar

Por isso que esse projeto
Deve sair do papel
Bote força, Presidente
Nós cremos no seu plantel
Traga água pro Nordeste
Mostre que é “cabra da peste”
Pro senhor, “tiro o chapéu”

Pra tocar esse projeto
Vai ter muita resistência
Vai ter muito oportunista
Com muita experiência
Com a cara e a coragem
Vai querer levar vantagem
Pousando de inocência
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Vai ter muita gritaria
De Minas a Sobradinho
De tudo que é “eco chato”
De tudo que é ribeirinho
Com a velha posição
Ser contra a transposição
Que já está a caminho

Já tem morador da roça
Onde a água vai passar
Que pergunta presunçoso
Quem vai me indenizar ?
Mas na sua ignorância
Já desperta a ganância
De algum dinheiro arrancar

Por isso que há tanto tempo
Isso foi adormecido
De propósito ou intenção
Pra não causar alarido
Pois se um quer, outro não quer
Ou por bem ou por má-fé
Melhor deixar esquecido
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Mas não é assim que penso
Nem a gente do sertão
Eu quero é água na terra
Irrigando a plantação
Eu quero ver a fartura
Nascida da água pura
Que vem lá do Fransicão

Quero ver o bem-te-vi
E ouvir o galo cantar
Ver o roçado crescer
E ver o gado pastar
Sentir o verde da serra
Com água molhando a terra
Que nunca mais faltará

Não quero ver nas cidades
Gente morando em favelas
Crianças abandonadas
Casas sem porta e janelas
Não quero ver minha gente
Infeliz e descontente
Sofrendo dessas mazelas
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Quero ver o sertanejo
Na sua terra morar
Do seu pedaço de chão
Nunca ter que se afastar
Sem precisar ir embora
Sem destino, mundo afora
Pra longe de seu lugar

Quero ver o meu sertão
Produzindo sem parar
Pra alimentar nosso povo
E o restante exportar
Com faz em Petrolina
Que tem uva da mais fina
Só porque tem água lá

Vamos mostrar que é possível
Transformar nosso sertão
Com água do São Francisco
Sem cometer erosão
Sem modificar seu curso
Sem perder qualquer recurso
Que vem de sua vazão
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Para proteger o rio
É só fazer “piscinão”
Ao longo de suas margens
Lá pra dentro do sertão
Quando a chuva do Sudeste
Correr aqui pro Nordeste
Ai eles se encherão

Pra tudo se tem um jeito
Só pra morte é que não tem
Quando o povo quer fazer
Não pede nada a ninguém
Vai na raça, vai no grito
Por isso que acredito
Que essa água logo vem

Acredito no meu povo
Na sua força e ação
Nas águas do São Francisco
Pra fazer a irrigação
De tanta terra perdida
Tão seca e adormecida
Mas que dará produção
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Por isso que quero ver
Essa tal transposição
Das águas do São Francisco
Tão logo pro meu sertão
Pra que o sertanejo ria
Sentindo a doce alegria
De ver a água no chão

Sei que a luta vai ser dura
E muito que esperar
Vai ter muita “cara feia”
Mas é preciso cobrar
Vai ter muita resistência
Ma a nossa paciência
Em breve triunfará

O que não pode é a gente
Olhar o tempo passar
Se conformar com a vida
Sem nada querer mudar
E o São Francisco correndo
Suas águas se perdendo
Quando despejam no mar
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Foto de carlosmustang

INQUIETAÇÃO

"O que deu-lhe, para pensar que o mundo é seu
O que o faz imaginar que ela é sua
O que fez te chorar, no meio da rua"

É apenas um engano, é humano!
Você continua o mesmo
E só nao sorri à toa
Mesmo estando numa "boa"!

Os seus olhos enxergam, ao longe...
Mas o coração!!!
Continua estacionado na paixão.
Ainda bem, assim!
Não poderia aceitar totalmente a razão!

Eu preciso sentir você aqui
Me encontrar ali...
Eu sou livre, e procuro liberdade!
Por quê partir!?

Foto de Fatima Cristina

Como foi que acabou?

Sento no sofa, entre um copo de licor, a tua voz soa no meu ouvido, acendo um cigarro e passado uns segundos outro.
Olho em volta, vejo tudo mas nao te vejo a ti, a ausencia de um homem que em tempos me fez feliz.
A tua colonia ainda no banheiro, a tua escova de dentes junto a minha, as tuas roupas lavadas no armario, como se nunca jamais me irei ver livre delas.
Um corpo que se foi, uma alma que passeia no meu quarto e se deita comigo, imagino o que fazes com ela, as mesmas coisas que fazias comigo.
Pego numa tesoura e corto o meu longo e encaracolado cabelo, que tu cheiravas sempre pela manha.
O creme que espalhavas pela minha pele, depois de um banho a dois...Tanta coisa que nao existe mais.
Mas e o teu amor?
Como foi que acabou? Como pudeste partir, sem sequer levar contigo os teus pertences que agora sao apenas amargas lembrancas.
Uma cama de casal, meio vazia, meio preenchida e uma dor completa.
Saio para a rua, em passos lentos recordo nos os dois na chuva a rir, o som do teu riso, o sabor do teu beijo.
E sem mais nem menos te foste, nao falaste que ias, apenas me abandonaste...
O que correu mal, que mal fiz eu para te perder ou para nao te merecer?
A musica ainda toca, vezes sem conta a mesma, o nosso cd, uma historia que ficou por contar.
Sera que `e sempre assim, quando comecamos a amar alguem, esse alguem nos deixa?
Um desejo de te ter fica agora num delirio.
A minha lingerie sobre a cama, a mais bela feita de seda, pronta pra ser observada por ti, pra ser vestida por mim e despida pelo teu tesao.
Como foi que tudo isso acabou?
Ligo te, na esperanca que atendas o telefone, oico a voz dela, do outro lado oico a tua, pegas no telefone e dizes "quem `e?"
Eu respondo "Como foi que acabou?"
Dizes " `e engano" e desligas.
Entao tudo fica de repente claro, foi engano teu quando me falavas que me amavas e foi engano meu quando acreditava.

Foi assim que acabou.

Foto de Osmar Fernandes

Quem acordou Deus?

Quem acordou Deus?

- Quem acordou Deus?
Foi a rebelião de Lúcifer?
Foi a criação da vida vegetal e animal?
Foi a criação do homem e da mulher?
Foi a descoberta sobre o bem e o mal?
Foi o cerco de querubins ao redor do Jardim do Éden?
Foi o segredo do caminho da árvore da vida?
Ou foi a mordida da maçã – o fruto do pecado?

- Quem acordou Deus?
Foi Caim, o inventor da morte?
Foi o castigado setenta vezes sete?
Foi a idade de Matusalém?
Foi Enoque, que para Si o tomou?
Foi a corrupção dos homens de fama?
Foi o dilúvio – o fim do primeiro mundo?
Ou foi o pacto feito com Noé?

- Quem acordou Deus?
Foi a confusão das línguas na Torre de Babel?
Foi a promessa feita a Abraão?
Foi a destruição de Sodoma e Gomorra?
Foi a mulher convertida em estátua de sal?
Foi o incesto arquitetado pelas filhas de Ló?
Foi o nascimento, vida e morte de Isaque?
Ou foi a fé de Abraão?

- Quem acordou Deus?
Foi Esaú e Jacó?
Foi José – o interpretador de sonhos?
Foi ter ficado face a face com Moisés?
Foi a teima do Faraó do Egito?
Foi o êxodo pelo meio do mar em seco?
Foi o juramento de guerra declarado a Amaleque?
Ou foi a resposta a Moisés: “EU SOU O QUE SOU!”

- Quem acordou Deus?
Foi a lei do dízimo para a obra do Senhor?
Foi a crença do povo em Zeus?
Foi a lei sobre o que deve ou não comer?
Foi a lei acerca da união dos abomináveis?
Foi o reinado do rei Davi e do rei Salomão?
Foi Isaias, o escolhido e consagrado profeta?
Ou foi a virtude, a fé e a paciência de Jó?

- Quem acordou Deus?
Foi a reencarnação de Elias proclamado por Cristo?
Foi a morte horrenda de João, o Batista?
Foi a pregação do Novo Testamento?
Foi a incredulidade de Tomé?
Foi a contagem do tempo segundo Pedro?
Foi a revelação do apocalipse?
Ou foi o apontamento do homem de número 666?

- Quem acordou Deus?
Foi a grande explosão?
Foi a teoria da origem do Universo?
Foi a teoria de que o homem descende do macaco?
Foi o período da fase glacial? O fim dos dinossauros?
Foi a mudança de hábito do homem nômade?
Foi a descoberta do fogo, da roda e da escrita?
Ou foi a relação econômica, política, social e religiosa?

- Quem acordou Deus?
Foi a Revolução Industrial?
Foi o poder do tribunal da Inquisição?
Foi a destruição de Hiroshima e Nagazaki?
Foi a venda de indulgências da Igreja Católica?
Foi a corrida espacial?
Foi a invenção de armas químicas, biológicas e nucleares?
Ou foi o protestantismo de Martinho Lutero?

- Quem acordou Deus?
Foi o holocausto de Hitler?
Foi o misterioso silêncio do Vaticano?
Foi o engano profético de Nostradamus?
Foi a ousadia de Osama Bin Laden?
Foi a guerra Santa do Terceiro Milênio?
Foi o buraco na camada de ozônio?
Ou foi o poder bélico norte-americano?

- Quem acordou Deus?
Foi a miséria espiritual e mental do homem?
Foi a invenção da pílula, da camisinha, do motel?
Foi o bebê de proveta? A barriga de aluguel?
Foi a descoberta do mapa da vida – o genoma?
Foi a invenção cibernética? O implante do coração?
Foi o e-mail, a internet, a transa virtual? A solidão?
Ou foi o clone, essa imitação do “deus” ateu?

- Afinal, quem acordou Deus?

Foto de carlosmustang

DIVERSIDADE

É a febrez, é o medo
É a insensatez, é a fuga, é o beco
É o fogo, é a paz
É a mesmisse, a mesquinhes, é a tolice
É a arma, é a alma, é a calma
É o nojo, é o desgosto, de uma dobra
É o agosto, do entreposto do engano
É a corrida é a escada da subida(ou descida)
É a sacada, é a vala
É a escalada, é a vida.

Foto de elcio josé de moraes

AMOR INCONDICIONAL

AMOR INCONDICIONAL

Para se ser feliz a vida inteira,
É preciso viver com muito cuidado.
Ter ao lado uma grande companheira,
E por ela sentir-se sempre amado.

É preciso muito esmero e muito tato.
E nunca cometer nenhum engano.
Ser fiel e também muito sensato,
E sempre diga a ela " eu te amo"!

Mas que não fique só em palavras...
Que seja demonstrado sinceramente,
Este amor que por ela você sente.

E ela se sentindo a mais amada,
Lhe vendo com os olhos bem contente,
Há de amar-te incondicionalmente...

Escrito por elciomoraes

Foto de matematicoAzevedo

A DESEJADA INTEGRIDADE

Integridade é aquilo que fazemos, aquilo que dizemos e aquilo que dizemos que fazemos. (Don Galer)
Fato incontestável é que todo ser humano valoriza a integridade. Integridade é o que mais buscamos nas outras pessoas. Patrões exigem absoluta integridade dos seus funcionários, para que possam contar sempre com eles. Numa empresa, quando a integridade é violada entre sócios, a confiança é destruída. Seguidores exigem integridade dos seus líderes. Todos nós queremos integridade dos nossos cônjuges para uma sadia relação.

A palavra “integridade” é derivada do latim integer, que significa intocável, completa, inteira. Apesar de todos desejarmos a integridade, quantos de nós, honesta e sinceramente, nos empenhamos para nos tornarmos pessoas de absoluta integridade?

Quero encorajá-lo a não abrir mão de valores fundamentais; valores estes que, uma vez menosprezados, poderão provocar uma mancha irreparável na sua reputação. A razão para isso é porque uma pessoa que, deliberadamente, promove o engano, a mentira e a falsidade, se destrói parcialmente através desses atos. Mantenha-se inteiro, intocável e com a cabeça erguida, continue a sua jornada numa caminhada íntegra, refletindo na sua vida o caráter do Deus que não pode mentir.

Foto de tadeu paulo

EU COM VOCÊ; EU SEM VOCÊ . . .

EU COM VOCE; EU SEM VOCÊ . .

em presença do fato,
tudo permanece,
menos os ausentes;
em presença da ausência,
nada permanece,
só um imenso vazio;
em tua presença,
presente o mundo,
o plano das idéias,
o plano dos sonhos,
o plano das loucuras;
em tua ausência,
a presença da tristeza,
da angústia, do medo,
da revolta;
e coisa alguma
de esperança, de crença,
de vontade de viver e sentir;
o que fazer dos que amam,
e se perdem, e choram,
e enlouquecem...
porque o objeto desse amor
-- forte e eterno –
insiste em ocupar
o melhor espaço
do nosso coração
e da nossa mente(?)...
a fuga surge de repente,
como resposta,
mas é só, e
um grande engano;
ausente, pois,
é como num teatro:
final de ato;
por favor,
baixa o pano!

(Tadeu Paulo -- 2007-09-14)

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