Encantos

Foto de Dom Quixote - crítico amador

Literaturas Lusófonas

Bem mais que dança, bailado;
que som, melodia;
que voz, sobrecanto;
que canto, acalanto;
que coro, aleluias;
que cânticos, paz.

Bem mais que rubor, saliência;
que encantos, nudez;
que imoral, amoral;
que bosques, fragrâncias;
que outono, jasmins;
que ventos, orvalho;
que castelo, arredores;
que metáforas, rios;
E um pouco além: tsunamis.

Bem mais que naus, sentimento;
que excelsa, nascendo;
que olho, contemplo;
que invade, arrebata;
que vitrais, catedral;
que versos, vertigens;
que espanto, tremor;
que êxtase, pranto;
que apatia, catarse.

Bem mais que contas, rosário;
que prece, amplidão;
que o menino, sua mãe;
que Império, regresso;
que palmas, martírio;
que anúncio, Jesus;
que Ceia, Natal.

Bem mais que alegria, ternura;
que espera, esperança;
que enlevo, paixão;
que adeus, solidão;
que dor, amargura;
que mágoas, perdão;
que ausência, oração;
que abandono, renúncia;
que angústia, saudade.

Bem mais que anciã, joyceana;
que lógica, onírica;
que o Caos, Amadeus;
que ouro, tesouro;
que ode, elegia;
que amiga, inimiga;
que insensível, cruel;
que signos, símbolos;
que análise, síntese;
que partes, conjunto.
E um pouco além: generosa.

Bem mais que efêmera, sândalo;
que afago, empurrão;
que clássica, cínica;
que exceto, inclusive;
que inserta, incerta;
que adubo, arrozal;
que oferta, procura;
que unânime, única.
E um pouco além: tempestade.

Bem mais que ouvida, vivida;
que austera, singela;
que pompa, humildade;
que solta, segredos;
que fim, reinício;
que um dia, mil anos.

Bem mais que reis, majestade;
que jus, reverência;
que casta, princesa;
que moça, menina;
que jóia, homenagem;
que glórias, grandeza;
que ocaso, esplendor;
que espadas, correntes;
que fatos, História;
que Meca, Lisboa.
E um pouco além: messiânica.

Bem mais que pingos, Dilúvio;
que água, Oceano;
que mares, o Mar;
que porto, Viagem;
que cais, caravelas;
que rochedos, neblina;
que vôo, Infinito;
que Abysmo, gaivotas.

Bem mais que a tribo, navios;
que lanças, tristezas;
que campos, senzalas;
que bodas, queixumes;
que soul, sem palavras;
que o tronco, maldades;
que ais, maldições;
que feitor, descorrentes;
que mandinga, orixás;
que samba, kizomba;
que “meu rei”, Ganga Zumba;
que olhos baixos, quilombos;
que discordo, proponho;
que cedo, concedo;
que escravos, Zumbi.

Bem mais que brisas, Luanda;
que ondas, Guiné;
que amarras, Bissau;
que o azul, São Tomé;
que náutica, Príncipe;
que axé, Moçambique;
que opressão, Cabo-Verde;
que fragor, linda ao longe;
que injusta, perversa;
que abutres, pombinhas;
que trevas, pavor;
que rondas, terrores;
que bombas, crianças;
que tágides, ébano;
que o Sol, rumo ao Sol.

Bem mais que luar, nua e crua;
que longínqua, inerente;
que ornamento, plural;
que ira, atitude;
que abstrata, denúncia;
que conceitos, Nações;
que Camões, mamãe África.

Bem mais que ética, ascética;
que pro forma, erga omnes;
que embargo, recurso;
que emoções, decisão;
que rodeios, sentença;
que Direito, Justiça;
que leis, Lei Maior.

Bem mais que flor, Amazonas;
que improviso, jeitinho;
que frágil, incômoda;
que alvor, cisnes negros;
que escrita, esculpida;
que lírios, o campo;
que veredas, suindara;
que denúncia, ira e dor;
que bonita, pungente;
que amena, os sertões.
E um pouco além: condoreira.

Bem mais que lares, veleiros;
que adeuses, partida;
que feitos, missão;
que honras, repouso;
que canto, epopéia;
que mística, fado;
que areias, miragem;
que sonhos, delírio;
que vozes, visões;
que acaso, destino.
E um pouco além: portugais.

Bem mais que errante, farol;
que ânsia, horizonte;
que distância, presença;
que solo, emoção;
que países, Galáxia;
que estresses, estrelas;
que zênite, impacto;
que intensa, profunda;
que letras, magia;
que formas, sentido;
que textos, teoremas;
que idéias, princípios;
que imensa, perfeita;
que graça, milagre;
que arcanjos, fulgor;
que dádiva, Mãe.

Bem mais que luz, primavera;
que audácia, tumulto;
que estética, rústica;
que em paz, desinquieta;
que estática, cíclica;
que cercas, muralha;
que assédio, conquista;
que plantas, concreto;
que escombros, palácio;
que átomos, Deus...

Foto de InSaNnA

¨¨**¤°Todo o teu sabor¨¨**¤°

Na tua boca mergulho,
louca de desejos,
em sentir teu sabor,
sentir teu tempero
E volto-me, ofegante,
para viver-te,inteiro
em todos os meus instantes,
como eles fossem,
os ùltimos...
Entrego-me,
aos seus braços ,
procurando ,
na trilha do teu corpo
o meu destino,
o meu abrigo..
Os teus olhos,
perdidos no meu olhar
E a tua boca,
impaciente a me chamar..
Presa e amordaçada,
em tuas fantasias,
regada de carinho,
úmida pelos teus encantos,
faço-me refém de tuas ousadias..
Nossos corpos bailam,
em um mar de intensas ondas..
flutuamos calados,
ligados em nossos vãos.
Em espasmos de amor,
estremeço todos os meus sentidos,
Entre gemidos e gritos,
sinto-te em mim,
conhecendo,
o frescor,
o tempo,
dos meus intensos segundos..
E no silêncio da noite,
No calor dos corpos amados,
na suavidade do leito
com o amor sempre á nossa espera
Adormeceremos cansados..
Como os dois únicos sobreviventes,
de uma guerra.

InSaNnA sonhando..

Foto de Sirlei Passolongo

Pirmavera

Primavera

Rosas
Violetas e girassóis
Crisântemos e tulipas
A cada dia uma
Paisagem mais bonita
Orquídeas e lírios
Emoções que lhe
Causem delírios.
Pétalas cubram
Seu caminho
Em cada gesto
Seu maior carinho
Margaridas e jasmins
Uma primavera perfumada
Cheia de encantos sem fim!
(Sirlei L. Passolongo)

Foto de araujonelson

A gondola azul

Vida vazia...correria...tempo...dia a dia
coração andarilho em um olhar alado
semblante além... errante nunca mais
gondola azul em abrasivo asfalto...

Olhar de esmeralda...visgo que prendeu
busca repousar em encantos...atração
olhos nos olhos, pensamento inquieto
alma aflita o desejo incomoda...
vozes anonimas exclamadas...
interrogadas...vontade... afinidade e busca

Tocar tua alma...maciez da tez...
calor da boca...força do olhar no meu olhar
sedução do cheiro, intuição do corpo
porta se abre, imã das verdes pedras lapidadas
braços e abraços,lábios e bocas...
no fundo um chorinho ao banjo
pele e calor...cabelos do sol... sólidos em mim

toque...libido...avaçou o tempo
invadem a lua...que dorme no afã do sol
e por desejo teu a volúpia do ebano...
se derrama em fuji

Dedico a vc meu amor (Luciana correia)

te amo muito
--
Nelson Araújo

Foto de Guii

Amo, quando amando, ama-me mais!

Meu coração explode em canções de amor!
E meu céu torna-se mais colorido ...
Meus sonhos mais azuis, minha alma mais incolor!
Quem dera enfrentar tal amor e não sair ferido!

Tua boca quero afagar com a minha...
Teus sonhos quero completar com os meus...
Quero sentir por ti o amor que tinha!
Quero fazer meus os olhos teus!

Que prazeres proporcionam teus olhares mais singelos!
Que desafiam a própria corrente e seus elos!
Sim! A formidável Corrente do Amor de Vênus!...

Em que prazeres, no amor, não encontro a felicidade?
Em que delírios, no ardor, não acho atrocidades?
Em que encantos não me encontro amando um tanto?

(Guilherme Krähenbühl)

Foto de Carlos eduardo S. Rocha

A mulher que amei

Hoje deitado meu peito suado
Lembrava a mulher que seu seio me tocava
Os perfumes dos corpos se misturavam
E seu sorriso no prazer eu amava

Ingrata se satisfez do amor
E partiu para novos encantos
O respeito ainda me toca
E quero novos encontros

A mulher que amei é linda
Sorridente, carinhosa
Prazerosa, quente
E no silêncio me tocava

É tudo que mais quero
Suar nas suas curvas
E fincar a minha bandeira
E faze-la amar-me novamente

Carlos Eduardo S Rocha

Foto de InSaNnA

Desejos,meus¨¨**¤°♥¨¨**¤°♥

Quero alcançar-te,por todos os meus sentidos,
Poder sentir teus sentimentos vivos,por mim...
Mesmo que a morte chegue,e leve, nas suas mãos,
o meu ultimo sopro de vida,
e morrer de amor,seja o meu fim..

Quero irrigar o meu ser com todos os seus encantos,
que o meu amor por tí,eleve a minh'alma,e que,
Eu roube dos céus,toda o azul que traz a calma,
Juntando em nossos versos toda a emoção,
dos nossos prantos...

Mas,nada tenho de tí!!
E nada queres de mim...
E agarro-me no teu rastro,
seguindo-te em pequenos passos,
misturando todas as minhas fantasias,
os meus desejos,
as tuas poesias...
Meus versos,umedecem
diante de tí..
Meus poemas gemem,
o teu nome..
A minha boca saliva,
de fome pelos seus beijos..
Estou louca!!
Não sei mais de mim..
é a minha falta de juízo,
é a tua falta no meu coração!!!
é essa doença na alma (você!!)
Destruindo,esse meu corpo são...

Se você chegou até aqui..(oba!!) Um abraço..(upaa!!) e um beijo (smacks)..mas se parou no meio,pode deixar,que eu perdôo..rs

Foto de Denilde

Um instante

Só por um instante
Eu imaginei te encontrar.
Imaginei que enfim
Minha busca iria findar.
Imaginei que tudo isso
Pudesse se eternizar.

Só por um instante
Eu quis não continuar.
Quis não seguir viagem
E o tempo poder parar.
Quis ingenuamente
Fazer-nos eternizar.

Só por um instante
Desejei o mundo controlar.
Desejei ser senhora de tudo
Sem ter respostas a dar.
Desejei que as convenções
Não me fizessem importar.

Só por um instante,
O tempo de te tocar.
O tempo de ter certeza
Que talvez, eu possa amar.
O tempo de também perceber
Que o amor pode angustiar.

Só por um instante
Senti a magia me tocar.
E nos seus doces encantos
Deixei-me inebriar.
Deixei seu cálido perfume
Nos meus sentidos penetrar.

Só por um instante
Ela veio me visitar
A sensação de plenitude
Chegou quase a me dominar
E me fez quase esquecer
Do tempo que estive a esperar.

Só por um instante
As dúvidas vêm me inquietar
E trazem as indagações:
Até quando vou buscar?
E também me interrogo:
E quando o instante passar?

Só por um instante
Essa beleza pode se notar
Porque só nas lembranças
Ela se imortalizará
Protegida na memória
Nada a poderá macular.

Só por um instante...
Um, após outro que seguirá
E aquilo que era antes
No instante seguinte,
Em apenas um instante,
O que era não mais o será.

Foto de InSaNnA

ORAL (SONETO)

Sinta o sabor de minha boca,
salivando de desejos pelos cantos,
de cor rubra da tua fantasia,
a beijar ,todos os teus encantos

Minha lingua desliza por teu corpo,
Degustando o teu gosto perfeito,
libertando toda a tua indecência,
umedecendo o teu corpo sem respeito

Prendo-te entre os dentes,reteso os lábios,
Devoro-te entrelinhas,entre beijos molhados
Extases orais,em gritos desesperados !!

Sinto o teu sabor na minha boca.Teu elixir!
Liquido poema,que mata a minha sede,
e é na tua boca,que eu sinto a minha vida surgir

Foto de chrsantos

Renúncia

O Segredo da esfinge me devora com desígnios frios e perversos.
Ferro em brasa no peito a toda hora,e os encantos em trevas submersas.
Esta angustia impiedosa se demora.
Faz meus sonhos truncados e dispersos.
Num sofrer e pensar noite a fora.
Que posso te ofertar?
Uns pobres versos?
O impossível me aponta ígneas lanças, devastando miragens e esperanças.
Que floriram meu triste coração.
Ai, que posso fazer se não calar?
Em minha alma dolorida sufocar...
Insensatos delírios de paixão.

Christiane Santos

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