Emoções

Foto de Marilene Anacleto

Diário de Uma Princesa

Porque eu sou uma princesa
Não podia cantar, dançar nem chorar

Acreditava em contos de fadas
Para sair do palácio e ser eu mesma.

Encontrei o encantado. Casei. Novo palácio
Rosas vermelhas no vaso, tudo no horário marcado

O tempo passou. Risos, rosas, tudo acabou
O príncipe tornou-se sapo e eu muito chorava

- E os ‘felizes para sempre que a senhora me contava?’
Nada pode me responder a rainha encabulada.

Então eu fugi de casa. Sozinha, saí em viagem
Conheci os apuros do mar de emoções

Quase afogada, aprendi a nadar.
Agarrada em troncos na terra de ilusões

Subi as montanhas, entoei o meu canto
Encontrei minha dança, as poesias me encantam

Encontrei minha verdade. A vida é só louvor
Venci as adversidades, reconheço o meu valor
E encontrei um novo e sagrado amor.

Foto de Elisabeth Tavares Souza

Incógnitas

Singelezas reclusas, sob o verniz inóspito
acautelado pelas emoções disformes...
Nos teus braços procuro, entrego, encontro...
Ouço, digo, peço, proclamo
inquietude e languidez efêmeros
nauseantes de saudade e convicções vacilantes...
Desbravo, encontro, protejo...
Aceito, cuido e desisto
Dou a felicidade almejada na entrega do acaso
e na certeza do nunca...
Quero e não posso
Ouço e não digo
Me calo enternecida na incógnita separação
de uma realidade impossível...
Sedução irreparável e pacificadora
em infinita confiança e placidez!!

Foto de eliberto vilela

coração aberto

Coração aberto

A felicidade
De quando se encontra
Um coração aberto
Compreensívo e aconchegante
É indescritível
Faz reviver
Tira do nada
E, passa a ser.
Viver é isso,
O meu está aberto
Pronto para você
Compartilhar momentos
Existir com sentimento.
Coração aberto
Abraça com carinho
O querer infindo
Nossos corações abertos
Eu no seu
Você no meu
Ouvindo o pulsar
De nossas emoções.
ElibertoVilela

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Desapaixonado

Existem pessoas no mundo que passam a vida inteira sem ter uma paixão sequer. Se este for seu caso, vá procurar coisa melhor que se faça, ou caso contrário vai se entediar com a história que contarei agora. Citado aqui como homem, masculinamente, o Desapaixonado sempre fazia questão de gabar-se dessa condição. Era assim o modo com que se relacionava com as pessoas a sua volta, ou o imaginava.

O Desapaixonado vivia emoções fortes, gostava delas, talvez pelo fato de nunca tido experimentado uma paixão de verdade, fosse por gente, coisa, ou animal. Gostava de encarar riscos. Não era do tipo sentimental. Mesmo assim tinha lá os seus momentos de alguma fraqueza. Um dia, um tanto distraído, pensou até em chorar. Em outro, mais deprimente ainda, até em sorrir.

- Eu tenho coisa melhor pra fazer! – pensou alto, já entretido por um desses afazeres mundanos que se esquecem rápido.

O Desapaixonado era heterossexual no sentido sexual da palavra. Ele achava que mulher tinha um gosto bom, que era um produto liso e macio. Quem sabe, poderia amar uma por usucapião. Gostava também da sua família, que nunca havia lhe deixado passar por necessidades, ou, pelo menos, nunca o deixara tomar-se conta do mesmo. A perda dos pais doía por ser desvantajosa no sentido financeiro da palavra. Mas por outro lado, o Desapaixonado tinha bom discernimento, sentindo algumas vezes saudades daqueles velhos ingênuos, babacas. Até que não tinham sido tão ruins para dois pobres coitados. Os outros parentes, irmãos, tios, primos, já não o interessavam, como parte de um passado inglório que devia ser esquecido.

Mas, como era de se esperar, certa vez o Desapaixonado passou por um grande apuro. Quase morreu, mas diriam os mais íntimos que vaso ruim não quebra. O homem, então seguro das suas certezas, viu-se estremecido pelas veias que carregam seu sangue pelo corpo que tinha ganhado ao nascer. Sentia-se enfim vulnerável. Sentia-se enfim vivo! O medo que antes atrapalhava seus planos, agora os atormentava, os colocava em choque com sua liberdade. As amarras eram seu motivo para buscar a redenção. Então veio o arrependimento.

O Desapaixonado, na sua razão solitária, nunca havia enxergado de verdade o que se tem de bom nas suas limitações, que esses seriam os cordões da sua catapulta, arremesso ao real, que é triste sim, mas mordaz. Viu que se não amassem aqueles no seu entorno, não os considerasse, tudo o que havia feito na sua existência não teria sentido. E, com a vertigem de um grego, pulou no precipício de se alcançar a felicidade. Desnecessário dizer que quebrou a cara no chão, mas com um sorriso provocador de quem sabe o porquê dos sacrifícios.

Foto de cnicolau

Vontade de Escrever

Me senti hoje sem vontade de escrever.

E sem vontade, escrevo...

Vontade de não transmitir todos
os meus pensamentos ao papel.
Vontade de não ter que repassar
o que eu sinto mais,
Vontade de não ter vontade.

Porém,

Escrever, me da forças, saio de mim
e coloco para fora tudo o que esta
me agonizando por dentro.

Estranho, que na maior parte das
vezes, sempre que tenho vontade
de escrever, é quando estou triste,
quando estou com algo me afligindo.

Mas últimamente, existem tantas
coisas me afligindo, me doendo,
que fica, mesmo aqui, difícil de
colocar no papel.

São tantas as emoções, que fica
tão confuso as vezes transferir
da cabeça e do coração para um
simples pedaço de papel.

A cabeça as vezes não consegue
interpretar as coisas simples do dia.
O coração, não consegue bater em
seu ritmo correto. Sai correndo,
volta devagar, torna a correr, palpita...

O corpo sente, frágil, as intempéries
da mente e do coração, e se arrasta
pelo dia que passa sem lembranças,
sem...Apenas sem...

Os olhos, muitas vezes se enchem,
mas em sinal de força, deixa-se secar
sem nem sequer uma gota derramar.
A boca, seca, não saem mais muitas
palavras com sentido.
Tenta falar e proferir o bem, mas ao
mesmo tempo dói mante-la aberta...
As mãos não tem mais o sentido do
toque, não conseguem definir o que
tocam, os espinhos ferem.

O espírito

Esse sim luta...
Luta contra tudo o que de mal aflige.
Uma batalha difícil, árdua, mas que com
certeza não terá um final infeliz...
Ele vê, Ele crê, que existe uma vida
melhor em frente, onde a caminhada é
tortuosa, cheia de espinhos, mas com
um final cheio de flores e Amor...

Corpo. Tenta seguir mais um pouco...
Mente. Tenta não pensar...
Coração. Tenta não sentir...
Alma. Tenta reagir...

E Eu?

Eu simplesmente oro para que tudo
fique Bem................

Cleverson Luiz Nicolau
07/06/2011

Foto de Carmen Lúcia

Sobre o amor...(poema classificado no 7º concurso da "Poemas de Amor"

Amor só é amor
quando nada o altera,
nem a tempestade forte,
nem o abismo que aterra...
Não vacila ao temor
nem congela com a espera.

Amor é combustível
inflamável, contagiante,
que move céus e terras,
em movimento ondulante...
É luz na escuridão
dos caminheiros errantes,
é bússola a nortear
caminhos de itinerantes.

Amor é sentimento que perdura,
abriga-se no útero, abraça o embrião,
se faz seu coração até a idade madura
amenizando as dores até a última pulsação.

O amor permeia as estações.
Faz do inverno, primavera,
outono cheio de emoções...
No verão, sol que aquece a alma,
dourando sonhos, consolidando quimeras.

O amor prima pela simplicidade,
vibra com a verdade,
basta sentir e se deixar levar...
Sentimento puro e nobre
que gera a paz, a amizade, a solidariedade,
mas que muitos encobrem
orgulhosos por não se fragilizar.

Riqueza gratuita que alguns ignoram
presos à cobiça de não compartilhar,
surdos à Palavra que ensina a amar.

_Carmen Lúcia_

Foto de Marilene Anacleto

Vendaval. Tempestade. Amor.

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Passou por aqui o vento
Balançou os cataventos
Estraçalhou sentimentos

Fez duvidar de ensinamentos
Cravados em nossas mentes.

As casas, tão bem guardadas
Janelas e portas arrancadas
Com um sopro, quase nada.

Carros e bancos de praça
Tornaram-se cascas de lata.

Árvores, simples gravetos,
Tombam, caindo ao relento.

Os homens, figuras de nada.
Triste gente esmiuçada.

Caem por terra convicções
Que abrilhantaram emoções.

Tudo o que tenho agora é nada
Que faço, sem teto, na estrada?

-"Vem querida, estamos juntos.
Um beijo, um carinho, um alento,

Em mim e nas nossas crianças.
Temos amor, temos esperança.

Faz de conta que hoje é o primeiro dia
Do nosso casamento, da nossa aliança."

Marilene Anacleto
23/02/99

Foto de Carmen Lúcia

Alegria de outrora

O tempo passou e eu fiquei.
Permiti que levasse apenas a matéria
e tudo o que com ela se degenera.
Dos sonhos, os mais torpes, me desvencilhei,
fantasias narcóticas que me viciavam,
fazendo-me crer que iriam acontecer.

Preferi ficar no passado...
Em alma, sentimento, coração.
Lá onde guardei, num cofre sagrado,
todas as emoções profanas da noite e do dia,
todos os risos dos instantes de euforia,
toda a luz da manhã que amanhecia,
e a certeza de um amor que jamais oscila.

Então escolhi o melhor tempo,
aquele registrado nos momentos de elucidação,
onde vivi meus melhores dias, sem utopia,
e a realidade era um sonho de não se acordar,
onde eu corria solta e a felicidade vinha
de braços abertos me abraçar.

O tempo passou e minh’alma não quis ir embora,
enroscada na alegria de outrora.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Qualquer dia...

Qualquer dia desses eu vou virar a mesa,
vou chutar o balde e mudar meu texto,
sair desse cenário tão fora de contexto,
dessa mesmice mórbida que só me retesa.

Qualquer dia desses eu ponho o pé na estrada,
mudo a jornada, faço diferente,
tomo novo rumo , descubro outro mundo,
bato em outras portas, vejo novas gentes.

Qualquer dia desses eu quebro a rotina,
me ponho a dançar tango, à moda argentina,
e se o inusitado prostrar-se a minha frente
a ele dou o braço e sigo irreverente.

Qualquer dia desses...e ele se aproxima,
quebro o marasmo, vou de encontro ao vento
levada pelo encanto do surpreendente,
vivendo as emoções que traz um novo tempo.

_Carmen Lúcia_

Foto de betimartins

O Amigo!

O Amigo!

É alma reluzente
Onde se aquece o olhar
Soltando-se no amor
Na mais pura amizade
Se, ter um amigo é virtude
Dois amigos é um lindo paraíso
Três amigos é um belo universo...
Que importam! Os maiores tesouros
Que importam! Os bens materiais
Se tu! Não tiveres um ombro amigo
Para as tuas lágrimas! Tu enxugares
Quem tem um amigo verdadeiro
Tem um infinito universo de amor
Um rio de esperança e fraternidade
E um mar de verdadeiras emoções...

Betimartins

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