Dor

Foto de francineti

Soneto da minha desilusão

Fui tomada por uma forte dor
as estradas da vida
me separaram do meu amor
ele se foi e só me deixou desamor

Lá se foi a minha inspiração
estou sozinha com a minha solidão
Perdi a alegria
tornou-se triste a minha poesia

Vivo a implorar
vem meu bem
vem novamente me amar

Só tu és capaz de me fazer sorrir,
de me encantar e inspirar
e só assim eu posso versar.

Foto de Lou Poulit

Amados Poetas, a Poesia é Espírito.

Ah, porque nos vestimos de palavras, tantas vezes não nos reconhecemos. Porque co-habitamos nosso próprio lirismo, e desse convívio alimentamos a auto-estima, pela humana necessidade de auto-identificação... Enfim, tantas vezes exilamos para outros níveis conscienciais a idéia da nossa verdadeira natureza. Íntima natureza dos poetas, que não cabem em si e precisa vasar.

Nossas palavras, meros veículos físicos, revelam-se multifacetadas à luz de um fogo interior. A poesia, como um diamante pendular, é susceptível às emoções das nossas fibras e à oxigenação do nosso sangue. Dança. Passa de mão em mão. A um só tempo é permissiva e púdica, torpe e lúcida, lânguida e dissimulada, escrachada e recatada, de modo a se aninhar no olho do turbilhão das susceptibilidades de cada um. E de modo a habitar a transitoriedade de tudo, faz-se sempre amigável e gentil. Rima-se dor com amor há uma miríade de sucessivos sóis, sem pensar na crueza dessa verdade, submetidas as nossas mentes pela força de preconceitos morais, instituídos e protegidos pela visão míope e dogmatizada de um deus meramente humano...

Então, pensamos que na poesia podemos ser o que, no nosso mundo humano, não teríamos coragem de ser. Ou deixar de ser o que para o mundo somos. Ou fazer-nos melhores, ou piores... Amados poetas... A poesia é espírito... E assim como não é a palavra, também nós (pensamentos e sentimentos) não somos nossa carne. Embora a exerçamos, e exercemos a vida e o mundo quando nos permitimos que a poesia nos possua! Lendo ou escrevendo, gozamos uma energia segundo a espiritualidade de cada um. Oh, não... Ao menos dessa vez não permitam que algum dogma turve a pureza cósmica de gozar, de transmitir e transformar, como manifestação de amor, de querer bem e de bem servir. Nem mesmo o dogma anárquico, segundo o qual nenhum dogma se justifica.

Façamo-nos dóceis e gentis. Podemos vestir a mais delicada seda ou a mais frágil renda. Podemos caminhar sem botas sobre peitos trêmulos, ou arar sulcos fremitosos, ou moer ansiosas areias até torná-las líquidas. Podemos fazer todas essas coisas e muitas outras, do lado de fora, sem macular a brancura do amor... Mas façamos isso, aqui dentro, lucidamente. Os poetas são herdeiros de Vulcano. Nas covas profundas das suas dores, onde escorre incessante o suor do seu trabalho interior tão desprezado e mal pago, acumula-se a pressão altíssima da sua sensibilidade, tenha ele ou não consciência disso. O inevitável. O imensurável. O intangível amor do poeta haverá de cumprir seu papel no mundo, sempre que se romperem as últimas crostas. Seus versos ejacularão o magma incandescente da sua pureza, sequiosa, ansiosa por um cadinho onde possa enfim repousar. Só então o seu espírito exultará levitado, sobre a sua carne, pacificada.

Foto de angela lugo

Vida vazia

Você se foi nada me deixou
Somente saudade do teu amor
Neste dia o vento que soprava calou
O sol aos poucos perdeu seu brilho
A chuva que vinha ficou inibida
E lamentou derramando suas lágrimas
Em meu jardim ressequido pela dor
Dor que maltrata a minha alma
Que me faz infeliz sem ter você
Entristeço... Empalideço ao lembrar
Da ultima vez que estivemos juntos
Tantas alegrias assassinadas em covardia
Não por suas mãos que estavam vazias
Pelo sentimento de rejeição que carregava
Em teu peito sem qualquer razão
Pura tontice imaginar que te traia
Nem mesmo poderia te amava em demasia
E até mesmo esquecia que o amor doía
Minha vida está completamente vazia
Sem você a me fazer galanteios em primazia
Uma parte de mim ficou em ti
Vagueio por entre vidas que não são minhas
Não me conheço mais sem você
A temperança do tempo anda inclemente
Vejo-me envolta num mar de recordações
Sem ti sinto-me como águas gélidas
Nas profundezas do meu coração
Por onde andarás o teu amor
Que um dia pertenceu somente a mim?
O que faz teu coração vibrar sem o meu?
Que juntos formávamos uma sinfonia de amor
Quem o está balançando em meu lugar?
Qual o nome da nova canção que o faz acelerar?
Será que pensando que eu o tivesse traindo
Simplesmente já estava a trair-me há muito tempo
Porque amenizou tão facilmente a minha falta
Esquecendo completamente do nosso amor?
Deixando minha vida completamente sem vida
E um coração vazio sentido dentro do peito

Foto de Neryde

Reflexão....

No caminho para o trabalho observo,
a paisagem, as pessoas.....
Todas indo de um lado pro outro,
sem nem se olhar,muito menos se falar.

Algumas seguem apressadas,
outras à passear, caminhar...
Pessoas sorrindo,conversando
e outras, às vezes chorando.

Umas seguem sozinhas com sorriso na face
e outras pensativas com olhar triste.
Enquanto umas carregam um ar de alegria,
porque algumas estão tão sérias?

O que pensam essas pessoas?

Pensam em quanto o mundo é injusto,
poucos com tanto, tantos sem nada.
Quanta exploração feita por nós próprios,
à nossos semelhantes!

Nada justifica sermos
tão mesquinhos...
Causarmo-nos tantos infortúnios,
se na essência somos iguais!

Biologicamente nascemos e morremos,
renovamos o ciclo da vida.
Sofremos por sentimentos e dores,
comuns nas diversas etapas da vida.

Acredito e imagino uma terra
com menos avareza,
os homens irmanados lutando
pela busca da paz!

Unidos contra inimigos comuns
como a fome, a doença ,a dor
e outros tantos sofrimentos,
preconceitos e conceitos.

É imcompreensível que se perca
tanto tempo,dinheiro e "tecnologia"
na fabricação de armas químicas,
biológicas que só causam à morte.

A evolução tecnológica,
em busca do bem estar
que alcança alguns,privilegia outros.
E o bem comum,ainda fica a desejar...

Na minha opinião ainda somos,
o homem dos primórdios,
nos dias atuais , em relação
aos direitos universais...

Privilegiamos a guerra,a manipulação,
a escravidão que ainda impera.
Pela força do poder do dinheiro,até então
mal necessário para nossa sobrevivência.

Nossa política corrupta é quem detém,
o poder do dinheiro que influi no destino,
de cada um de nós em particular
e no de nós todos, no conjunto.

Quanto mal ainda causará o domínio,
desta minoria corrupta e injusta
a esta maioria submissa e reclusa?

Deus foi nosso criador, mas não será
interventor do nosso "destino".
Somos nós maioria submissa,que devemos
resolver nossos problemas familiares.

Portanto numa grande dimensão,
caminhemos nós então!

Foto de Junior A.

Houve

Há-de ouvir o grito,
Dos desapegados
Talhados, sobre as faces
Enegrecidas, da saudade
Há-de ouvir o grito,
Dos desafortunados
Daqueles que pelas ruas vagam
Num eterno, brando momento
Que parece dor, no silêncio
Gritos d’alma que ressoa
Da goela, sem calma
Ouvi-se de longe
Os passos, do grito
Avulto...
Na estuga, que não cessa
Há-de se ouvir, o grito
E lamentar,
Pelos desapegados
Daqueles,
Que se faz prazer,
Dignar-se,
Não deplorar ...

Foto de Junior A.

Perdoas

Perdoas o que te fez o mal
Ainda que ao mal, chamas de amor
Doas ao melífluo, mesmo tendo sal
Para que não te entorpeças
Com esta nígua chamada dor
Perdoas, e para que tenhas calma
Veja-o como os despojos, reputeis,
Debelas o que te furta a alma
Ah não vês? Realças dor,
reluz ao ser desgraça
Quando acometes da maldita mágoa
Perdoas, para que ainda haja um raiar
Mesmo não dignando-se do infortúnio
O ser impiedoso que te fez chorar
Entregando-te ermo após latrocínio
Ao roubar-te, um mesquinho, mas amado, amar

Faças da dor a sirga, ante a proa
Ensinas, os que não se apercebem
Que amando ao poucochinho de verdade,
Aprende-se na maldade, e se perdoa...

Foto de Neryde

Ausência...Dói!

Esta noite fui afligida,
Pela dor da tua ausência!
Chamei teu nome,
Mas você não respondia.

Mesmo sem te ver, sonhei...
Ao compasso de suas carícias,
Meu corpo te entreguei
E, recordei as suas palavras.

Acordei várias vezes,
Esperando a tua chegada.
Anciosa para te ver
E, te amar até o amanhecer.

Não quero só sonhar,quero te ter!
Quero acreditar,que não estás longe.
E que ao meu lado estará,
Quando a luz do dia chegar!

Foto de Zedio Alvarez

A saudade é minha musa

“A saudade lembra...
De lembranças tantas
Que por si navega...
Nessas águas mansas”

Gessé
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Tomaram a minha Terra prometida...
Hoje navego no mar da lembrança.
Mas ainda espero a nau perdida,
Na minha sonhada esperança.

O amor acompanhou a sua partida,
Causando-me grandes transformações,
Acolhendo a dor da minha vida.
A emoção provocou as reflexões.

A saudade revela meus pensamentos...
Um dia o destino me mandou uma paixão...
Mas o presente foi roubado do meu coração

Um sofrimento, a mesma sabe evocar...
A saudade golpeia duramente os sentimentos,
Mas sem predisposição para nos matar.

(Para minha eterna musa)

Zedio Alvarez

Foto de Jojo

Vem*

Vem até mim e agarra-me,
com esses braços com que em outrora me agarraste,
vem até mim e fica comigo
sussurra-me ao ouvido que te enganaste..

dá-me a mão para juntos corrermos
o arco-íris do amor,
eu vou contigo para conhecermos
a outra parte do que denominam dor.

não me largues, que sem ti parte de mim morre
e a minha mente eleva-se ao submundo,
fica bem ao meu lado com doçura
que eu revelo-te o amor lá do fundo.

Roubaste-me o coração bem depressa
és Homem de palavras mas não de ambição
quando te disse que queria e que te amava
foste-te embora em vez de me dares a mão.

Não conseguiste entender quem te amava
preferiste iludir-te com uma sombra,
ficaste cego de recordações
e sem nada a dizer, voaste como uma pomba...

A chave continua a ser tua
o meu pensamento a ti pertence,
foste o ultimo Homem a possuir-me
a minha alma na solidão se sente..

Preciso de ti para viver
para a atingir a felicidade,
preciso de ti para perceber
que te amo de verdade.

Foto de Damien

Sepulta-me

Eis me aqui de novo
à beira do precipício dormente,
sentindo o fardo que é estar vivo
e esperando a sentença iminente.

Tais como cicatrizes e marcas
deixadas por quem mal o trata
estão minhas púrpuras lágrimas
jorrando ardentes como brasa.

E expelem com tristeza o ódio
que com amor sexualmente se encaixa,
como prazer e pudor,
sangue e carcassa.

Sua presença é por mim desejada,
sua imagem, sua forma.
Ó dama fúnebre e amargurada
meus anseios seu semblante forja.

Se amá-la é uma punhalada, puro ardor
Não me permita agir de maneira errada
Traga à minha presença por favor
a dor da primeira estocada.

Pois o toque de seus lábios me acalma
como por encantamento ou magia imunda
A sete palmos solitária é minh´alma
como rosa negra em cova profunda.

As sombras consegue levar
em olhos que um deus não faria
mas pra mim não consegue olhar
Hei de novamente ser minha.

Meu amor sangrento e eterno
à jovem sonhada esgueira-se insano
Estes sentimentos, louvor, desalento,
jaz à luz de um dia profano.

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