Dia

Foto de Everanon

Humano Demais.

Ah, cansei de chorar por amores,
Perdi a paciência nas dores
Mas de uma coisa eu sei
Que não me arrependo se chorei;

E fiz tudo por algo, talvez amor
E que valeu a pena toda essa dor
Cansei de chorar, mas não de sustentar
Essa idéia louca que é amar

Coitado daqueles que não sofreram
Que continuam só porque não morreram
Eu vivo por essa doce ilusão
Que se encontra no amar e na paixão

Será que um dia eu vou te encontrar?
Quem é você e onde pode estar?
Ouço apenas um eco neste túnel sem fim
Será o eco ou é você a chamar por mim?

Ah, eu cansei de procurar por amores,
Mas ja vou colhendo as suas flores.

Meu mal é ser humano demais.

Foto de Rujion Moria

Difícil entender...

Difícil entender...
...as pessoas que deixam seu amor passar, como se fossem sempre tê-lo, que deixam as chances passarem, as chances mais importantes da sua vida, a sua razão de viver, o seu mais puro segredo, o que o move, o que o faz acreditar que toda beleza, simplicidade e virtudes possam ser humanas, o que o faz entregue com apenas um olhar, o seu pensar quando acorda a quando dorme, os seus sonhos.

Difícil entender...
...quem morre um pouco mais a cada dia por não dizer te amo, por covardia.

Difícil entender...
...quem luta por sucesso, e não pelo amor.

Difícil entender...

Foto de Rosinéri

BRANCO PAPEL

Neste branco papel eu te desejo felicidade
Este deveria ser nosso dia
E nem ao menos sei onde estás
Nestas folhas em branco
Eu deposito meus anseios que buscam
Em vão uma resposta
Nas cartas de minha vida
Que estão todas em branco
E sem subscrição
Uma lágrima repousa já seca
E seca, poucas marcas deixam
Não há razão para saber de mim...

Foto de Anderson Maciel

PAIXÃO

vivendo num mundo de paixão
onde está tudo isso cade a emoção
não vejo mais isso nesse mundo
poxa que mundo vazio
tento ser feliz com apenas uma razão
mais não consigo pois quem manda é o coração
amo você e não posso fazer mais nada
não posso também mudar o mundo
mais apenas espero por sua voz
para que um dia possa me chamar de paixão. Anderson Poeta

Foto de serpent possession

A rosa putréfica(da vida)

Esta em casa
Com olhar fixo
Veja a sua vida
Passando ante seus olhos

Consigo ver seu ódio
Consigo ver sua dor
Sinto na minha boca
O amargo da vingança
Tudo não passa de uma gota de esperança

Momentos passados
De ódio ou de dor
A agonizante sensação
De poder vivê-lo novamente
Uma vez mais em pensamento

É tudo o que nos resta
Dessa pobre alma perdida

Consigo ver em seus olhos
Ante lágrimas agora já caídas
Teu olhar esta distante
Teu pesar se arrasta em grande e largo campo
Onde apenas restam rosas putréficas
De tal quais rosas vermelhas que um dia foram
Se tornaram teu sofrimento e a sua dor

Se ainda me tens como teu amor
Rogue por mim a cada segundo
E ai de lembrar do nosso amor ardente
Que com tal alma perdida se consente
Até o certo dia que dona morte me levou
E apenas tristeza deixou

...

Foto de Sonia Delsin

“Ainda não aprendi”

“Ainda não aprendi”

Aprendi tanta coisa nesta vida.
Tanta coisa aprendi.
Perguntaram-me um dia destes se te esqueci.
Eu menti.
Disse que apaguei tua imagem de minha retina.
Que meu coração não te guarda.
Mentiras.
Ainda guardo teus olhos, tuas mãos, teu sorriso...
Te esquecer é preciso.
Mas vá dizer isto à minha alma.
Esta tola alma apaixonada.
Mesmo chorando por dentro eu dou risada.
Levo a vida assim.
Andando nesta minha outra estrada.
Onde falta ainda... te esquecer.

Foto de pttuii

Interior I

Um crime poderá estar prestes a acontecer. Em princípio, não será uma coisa mediática. As coisas acontecerão porque, simplesmente, o epílogo terá de ser esse. O autor não deve ainda fazer prognósticos sobre o modus operandi do alegado homicídio, porque na prática ainda não estão reunidas as condições para descrever uma situação que constitui sempre o último recurso da demonstração da animalidade humana.

A sala onde se adivinha semelhante desfecho é esparsa. Pintada de um branco reflector, com uma génese criadora de epilepsia, não terá mais que 10 metros quadrados. Trata-se de uma repartição de atendimento público, situada numa localidade do interior do país.

São três e 15 da tarde, e lá fora venta como se esperava de um dia de início de ano. Chuva adivinha-se, mas por enquanto está contida por entre o negrume das nuvens agrupadas em posição ofensiva.
Uma senhora, dos seus 40 e poucos anos, impõe a si própria um regime de calma auto-inflingida. Poderá ter a ver com a fila de cidadãos que se acotovelam no parco e sufocante espaço.

Mas não é de descartar que a senhora esteja a braços com uma situação de violência psicológica de índole doméstica, já que segundo as pesquisas prévias a esta dissertação, a localidade em causa ocupa um lugar de destaque nas queixas policiais apresentadas por mulheres de meia idade.
Faltam menos de 48 horas para terminar o prazo burocrático de entrega dos impressos de cobrança do imposto sobre o rendimento do trabalho, e a ansiedade colectiva forma uma nuvem espessa, difícil de contentar, e ainda mais complicada de controlar. A uma supremacia de idosos, respondem dois jovens, aparentando uma vida com duas dezenas de anos.
O ar taciturno e irritado que demonstram, revela que estarão ali para fazer o 'português' recado a uma pessoa de família. Uma jovem contenta-se a tilintar o piercing que pende de duas narinas aquilinas, e com uns laivos judaicos. Uma gabardine preta, tão densamente negra que contrasta com o politicamente correcto ambiente, oculta um corpo que se auto-esconde de olhares reprovadores. A jovem mulher terá tentado fazer uma demonstração recente de independência perante os progenitores, uma vez que tem o cabelo quase rapado. Os olhares de reprovação que a cercam num ataque quase 'Juliocesariano', aparentemente não a incomodam. (continua)

Foto de Joaninhavoa

MINGUINHO!

*
MINGUINHO
*
*
Meu minguinho* despertou
me beijou! Beijou

Um dia
confronteio-o
- Agora ou nunca!

E entre a espada
e a parede
Minguinho, optou
Abriu a porta
E nunca mais me deixou!

*queridinho

Joaninhavoa
(helenafarias)
03/02/2009

Publicado no Recanto das Letras em 03/02/2009
Código do texto: T1420286

Foto de pttuii

Trigonometria

Não há água feita de sorrisos,
Há vento que escorre lamentos,
E há esquinas com mel azedo,
Existo eu a trigonometrizar um caminho,
Para te ver sentada num trovão,
Denso,
com forro de lambrim,
Já acabei o desnorte,
Agora ouve-me,
Tenho um dia para contar-te...

Foto de killas

REFLEXÕES SOBRE O TEMPO

Idade tu que não perdoas,
e a todos fazes envelhecer,
bem tu sabes que magoas,
Quem só quer é viver.

Ver a sombra a chegar,
Com calma e sofrimento,
Ela tem mesmo de acabar,
Ninguém escolhe o momento.

Não conseguir controlar,
Ele sempre vai passando,
Não nos deixa aproveitar,
A vida que vamos tendo.

Um relógio de areia a cair,
Levemente o tempo vai marcar,
E nada o consegue impedir,
De ao seu fim o ver chegar.

Pobre do meu grande coração,
Que não mais para de bater,
Isto de se ter uma paixão,
É a vida aos poucos perder.

Eu sei que sou um sonhdor,
Mas nunca fez mal sonhar,
Se é isto que afasta a dor,
de ver a vida a acabar.

Eu quero ser imortal,
E para sempre ser jovem,
Eu sei que não é natural,
Mas quero ser rapaz-homem.

Lá vou ter de me resignar,
Para a vida conseguir viver,
Nas aondas da vida navegar,
Até um dia lá me perder.

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