Dia

Foto de Marilene Anacleto

Moço Solitário

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Moço solitário
No barco pensativo
O que será que faz
Deste modo inativo?

Será fome de comida
Ou de mostrar valentia?
Será fome de solidão
Para pensar no dia-a-dia?

Será que procura repouso
No estranho balanço das ondas?
Ou prefere viver com peixes
Em vez de viver com homens?

Ninguém é capaz de saber
Por certo os motivos seus
Quiçá afastou-se do povo
Para encontrar o seu Deus,
Que acredita, encontrará
Na mulher dos sonhos seus.

Marilene Anacleto
05/01/2000

Foto de betimartins

O jovem lenhador e o ancião

O jovem lenhador e o ancião

Durante meses e farto de maus tratos um filho de um lenhador ainda novo, resolveu sair de casa e caminhar pelo mundo fora. Era um rapaz robusto, forte, sempre gentil e educado, apenas com uma muda de roupa, um velho cobertor, um prato de barro, dois talheres, uma panela pequena, e um copo de lata já tão torto que nem se reconhecia.
Tudo isso eram as suas posses, dinheiro ele não tinha, mas pensava que seus dois braços eram fortes e sua vontade de trabalhar era grande também.
Logo ele caminhou por caminhos nunca antes vistos por ele, tudo era completamente novo e até a saudade dos irmãos ficava para trás, apenas lembrava-se de sua mãe cansada e desgastada e sentia compaixão de ter a deixado, respirando fundo desviou os seus pensamentos e seguiu em frente. Sorrindo sempre, ele ia lembrando-se dos bons momentos passados e parecia que estava também se despedindo deles também. Por momentos a dor dos maus tratos do seu pai veio à mente e apertou seu coração, era melhor ter vindo embora que lhe faltar ao respeito.
Tudo que sua vista visualizava era algo que ele nem podia descrever, a paisagem estava mudando, logo estaria perto de uma cidade coisa que ele nunca viu na sua vida apenas numa folha de um jornal velho que achou pelo bosque e que teve que esconder, pois seu pai proibia tudo que fosse livros ou algo ligado a eles, dizia que era coisa do diabo e das tentações.
Passados dias de caminhar, dormir em locais variados, comer o que dava a natureza ele sentia um homem feliz e liberto da escravidão, tudo valia a pena por novos horizontes afinal ele tinha sonhos e o seu maior sonho era aprender a ler. Aquele bocado de jornal sempre o deixava ansioso, que queria dizer todas aquelas letras se ele nem o seu próprio nome saberiam escrever.
Apenas sabia que se chamava João Rodrigues, era o nome do seu avô que morreu muito novo era ele ainda um menino com tuberculose apenas lembrasse-se da tosse compulsiva nada mais.
Ele sabia o que queria e logo chegou à cidade, cheio de esperança, ele procurou trabalho e logo achou numa estalagem que veio mesmo a cair bem, os donos o deixavam dormir nos estábulos dos cavalos. Não era muito pior que sua casa, ele aprendeu a trabalhar com ferro, o velho da estalagem ensinou a tratar dos cavalos, ver e reparar as ferraduras e fazer novas também.
Como ele era educado e gentil depressa aprendeu o novo oficio logo todos gostaram dele até a filha mais nova dos donos da estalagem, logo ele descobriu os encantos do amor, entregando-se aos desejos da luxuria e depois conheceu o ciúme e afagou suas dores em copos de vinho retardado e azedo. Deixou-se afundar por mais de cinco anos, entre bebedeiras, brigas, até seu trato com as pessoas piorou ao ponto de ser despedido.
De novo ele pegou nas suas coisas que eram ainda mais leves, pois perdeu tudo e até a sua dignidade e voltou a caminhar pelo mundo fora.
O ar frio, do inverno gelava suas veias, as poucas vestes pareciam colar em seu corpo magro e maltratado pelo álcool e má nutrição. A sede secava sua boca e a fome era pouca, apenas queria um copo que aquecesse a alma e fizesse esquecer a vida sofrida.
Caminhou por montanhas, pensando na sua vida, nunca parava, aprendeu a comer o que a natureza dava, seja o pouco que para ele, era muito.
Cansado de mais um dia a caminhar, a tarde estava indo embora e ele tinha que arranjar lenha e um lugar abrigado para ficar. Estava no alto de uma grande montanha, não resistiu e sentou-se bem no pico ela, olhando para o horizonte.
Por instantes ele pareceu ver sua família, por instantes ele parecia ter saudades dos maus tratos do seu pai, era tudo tão estranho, parecia que estava sonhando, caiu uma lágrima pelo rosto e chorando ele sabia que tinha perdido tantos anos sem alcançar seu sonho.
Adormeceu ali, quase que poderia cair, bastava ele desequilibrar, sentiu uma mão quente em seu ombro abanando-o suavemente, uma voz doce e segura seria que estava a sonhar.
Depressa abre seus olhos inchados, assustado, olhando-o o homem que ali estava, era estranho, tinha umas vestes estranhas um pano enrolado no seu corpo e que deixando entrar frio. Lentamente saiu do lugar com muita calma para não cair, escuta a voz do homem estranho:
- Vamos para minha caverna que lá estará quentinho e mais confortável.
Acenando com a cabeça se deixa conduzir, mas seu corpo estava cansado, muito cansado e sua alma doente e triste.
Calado apenas observava o velho que estava a sua frente, magro de cabeça rapada, seus olhos grandes e um sorriso amplo. Observou a caverna, ampla, cheia de pedra, tinha uns desenhos estranhos tipo sinais, ele não compreendia era tudo estranho.
O velho ancião leva-lhe um pouco de sopa quente, era uma magra sopa, mas quente confortava a alma e suas energias. Tudo estava no mais repleto silencio apenas se escutava o crepitar da lenha e olhava para suas chamas, logo o sono fazia suas pálpebras fecharem contra a sua vontade.
Entendendo tudo isso o velho ancião ajuda-o a levantar e leva-o para um canto que estava repleto de folhas secas e dá ordem que se deite ali. Já há muito que não se sentia tão bem tratado e adormeceu.
A noite foi estranha, sonhos e sonhos, sonhava com seus pais e irmão sonhava com a vida que teve na estalagem, parecia que tudo estava a flor da pele, assustado ele voltou a sonhar, mas ai viu a sua mãe morta num caixão, acordou a gritar.
O velho ancião tranqüilizou dizendo que era só um pesadelo que estava com muita febre, dando de beber e colocando compressas frias da única camisa que ele tinha ganhado com o seu suor.
Ali ele travou a sua luta entre a vida e morte, sabia-o, ele sentia que era tudo estranho muito estranho, apenas pedia desculpa pelos seus erros, o velho ancião sorria e dizia, teremos tempo para falar de tudo isso com calma, agora vês se dormes e sossegas.
Logo se recuperou, agradecendo ao ancião a sua ajuda, pensando voltar a colocar a caminho para novo rumo.
O velho ancião o chamou e pelo seu nome João, pedindo-lhe que o escutasse por momentos:
- João na vida não existe acasos, não te encontrei por acaso, tu foste enviado por Deus para que fosses preparado, educado e aprendesses o que eu sei. Sei que teu sonho é aprender a ler e vais aprender a ler e escrever, deixar que tu aprendas tudo o que eu aprendi e assim estarei pronto a partir daqui em breve.
João por momentos ficou quieto, pasmo, sem saber que falar que pensar, ele tanto queria aprender, mas que seria que aquele velho poderia ensinar. Olha para o céu furtivamente afinal ele queria saber mais da vida e porque não arriscar afinal ele se importou com ele ali quase morrendo. Pensou será a minha forma de agradecer o que ele fez por mim.
O velho ancião leu seu pensamento e olhando em seus olhos e em voz forma exclama:
- João se for assim por agradecimento parte e vai embora. Apenas te quero aqui por vontade própria, para que possas receber os meus ensinamentos.
De repente algo acontece, parecia um sonho o João teve uma visão, clara como água cristalina, viu a sua mãe, orando ajoelhada nos pés de sua antiga cama, pedindo pelo seu filho, com as lagrimas caindo de seu rosto. Ele viu que era ali que deviria ficar Deus a ouviu e o conduziu até ali o salvando dos pecados mundanos.
Agradeceu ao seu ancião ajoelhando-se e beijando suas mãos com sinal de respeito e amor.
Assim João aprendeu a escrever e rapidamente assimilou todos os conhecimentos do seu amigo ancião. Tornando-se um conhecedor da natureza e aprendendo a ligar-se com seu maior mestre Deus.Aprendendo que agradecer é a maior maravilha do homem terreno.

Foto de Edigar Da Cruz

CONSUMIDOR DE AMOR

Por que suas palavras não preenchem
o meu vazio QUE SINTO de amor?
Por que um dia sem, você é só melancolia?
Por que não encontro outros caminhos?
não me acostumo a solidão?

Interrogações para preencher cadastro do coração!
Interrogatório para fazer da vida uma prisão!
São tantos os por quês...as informações...
as dúvidas!
Para onde levo a ilusão?
Preciso consumar e consumir essa paixão!

Ela me devora,e domina
Ela implora por companheirismo!
Vibrações de carne, sexo, desejo...
fulvas valentias,
mordeduras, amplexos irrefreados, fome...de amor!...

Um forte calor de cama amplificado...
lençóis de cetim vermelhos molhados de prazer,...
onde todas as respostas estão...
faltam apenas nossos corpos insaciados

Em contrapartida
o descanso após a luta corpórea,
as nossas faces rosadas...

Isto posto, sem desgosto...
nada contido, nem contrariado,
não há perguntas, nem respostas...
tudo está saciado...pelo calor molhado
desse corpo molhado de prazer

Autor : Edgar

Foto de Edigar Da Cruz

Aqui ao meu Lado

Eu espero que você esteja se dando bem la fora sem mim.
Porque eu não estou me dando tão bem sem você
As coisas que eu pensei que você nunca saberia sobre mim
Foram as coisas que eu acho que você sempre entendeu
Então como eu pude ter sido tão cego por todos esses anos
Eu apenas vejo a verdade através de todo este medo de viver sem você

E tudo o que eu tenho neste mundo
E tudo o que eu sempre serei
Poderia cair tudo ao meu redor
Contanto que eu tenha você bem aqui do meu lado

Eu não consigo suportar mais um dia sem você
Porque, querida, eu nunca conseguiria sozinho
Eu tenho esperado tanto tempo apenas para te segurar
E para estar de volta nos seus braços onde eu pertenço
Me desculpe por nem sempre achar as palavras pra dizer
Tudo o que eu sempre soube desaparece
No seu amor

E tudo o que eu tenho neste mundo
E tudo o que eu sempre serei
Poderia cair tudo ao meu redor
Contanto que eu tenha você bem aqui do meu lado

Enquanto os dias passam eu vejo
Algo ainda espera por mim
E você não está aqui
Me desculpe por nem sempre achar as palavras pra dizer
Tudo o que eu sempre soube desaparece
No seu amor

E tudo o que eu tenho neste mundo
E tudo o que eu sempre serei
Poderia cair tudo ao meu redor
Contanto que eu tenha você bem aqui do meu lado

Autoria : Edgar Da Cruz

Foto de betimartins

Sinais dos tempos confusos.

Sinais dos tempos confusos.

Durante a minha caminhada eu já vi muito sofrimento, vi muita dor, vi amor e muito desamor também. Por vezes fico a pensar que levam um ser agüentar sofrimento, dor, punição e escravidão de outrem, complicado observar tudo isso, tentar entender mais ainda. Que levará um jovem que teve quase tudo e nada serviu para seu crescimento, tornando-se revoltado, confuso e sempre violento na sua forma incrível de amar.
Um jovem que viva sobre pressão, sobre violência do seu parceiro e sentindo-se ninguém, sem ele não vive apenas sobrevive., quase uma panela de pressão, explode
Certamente mais dia menos dia.
Será um jovem que se saiba amar? Que tipo de amor ele conhece? Será que no seu entendimento ele tem algo além de si, alguma espiritualidade, regras, limites?
Não tem qualquer um deles, nem amor a si mesmo, nem sabe o que é limites, muito menos as regras e pior ele não acredita em absolutamente nada apenas que vive e nada mais.
Hoje vemos mortes violentas, casais onde a violência é prato do dia, roubos, estupros, violências nas crianças de vários tipos e quem geraram tudo isto? Falar na velhice, melhor nem falar, pois me envergonho por isso...
A sociedade, onde os valores familiares caíram por terra, onde já não existe mais dialogo compreensão, não existe mais tempo de lazer juntos, país e filhos e por ai fora. A sociedade começou a dar valor aos bens materiais, as comunicações, seja pela via da televisão ou internet, apenas têm que viver de acordo com os padrões da moda impostos pela sociedade consumista.
No meio disso eu me pergunto quem somos que estamos fazendo aqui? Porque estamos compactuando com tudo isto e ficar de boca calada. Para muitos apenas pensam que podemos fazer nada, absolutamente nada, engano total, podemos fazer tudo e tudo mesmo.
Podemos começar a nos mudar, mudar dentro de nós, agindo certo, caminhando certo repondo valores, mudando visões e fazer uma vistoria dentro de nós onde estamos errando, consentindo-nos a ver algo errado e ficamos calados por medo de repressão, erramos quando um filho nos desrespeita e ficamos calados por vergonha e falta de pulso, erramos quando permitimos que nós desvalorizássemos e ficar calados, tristes, chorando pelos cantos.
Tenho um marido que hoje me ensinou melhor “é chorar ela, que tu daqui a uns anos por ela”, ele estava certo, certíssimo, pois se ela errar quem vai chorar é eu, por vários motivos.
Hoje acho que a educação é imposição de regras, limites e aprendizagem com outros irmãos, aprendendo, a saber, compreender e respeitar seus limites e suas opiniões.
Claro que muitos falam de amor, amor isto amor aquilo, que acham que é o amor? Amor é criar um ser inteligente, compreensível, humano e com verdadeiros sentimentos.
Amor é saber dizer não, não mesmo, amor é orientar e conduzir nos trilhos da vida, onde existem leis, existem os que tudo tem tudo e os que nada têm, mas todos eles têm que ser respeitados e compreendidos.
Talvez a minha linguagem seja simples, sem grandes palavras caras, eu sou uma filha de Deus que ama a vida e o que ela me oferta, gosto de escrever, gosto de observar, sentir e deixar as emoções falar comigo. Como eu acredito em Deus SEM QUALQUER SOMBRA DE DUVIDA, eu apenas pergunto o que é que serão os nossos filhos no amanhã, que eles esperam da vida?
Que será dos nossos netos, que perspectiva eles terão da vida e do que ela nos ensina e oferece?
Sinceramente eu não sei e sinceramente eu gostaria de acreditar que o mundo esta a mudar, mudar seus valores a começar pelos governantes, mas tu e eu sabemos que isso é impossível, sabemos que todos hoje em dia não gostam de suar a camisa, fazer sacrifícios, apenas tirar proveito de tudo. Alguns o fazem na mais descarada forma, por isso vemos mercados a inflacionar, poderosos e mexer com preços e fazer cair um país e por ai fora. Não sou economista apenas sou responsável pela gerência de minha casa e família, sabendo até onde posso ir ou não.
Hoje vemos e vamos ver coisas bem piores, que pais matarem filhos, filhos matarem pais, alunos bater nos professores, uns nos outros, outros matando tudo que esteja a sua frente e no final veremos coisas ainda piores.
Vemos Católicos, Evangélicos, Judaísmo, Hinduísmo, Islamismo, Budismo, Xintoísmo e por ai fora, acho que hoje já perdi a conta a tanta religião, mas o que mais me intriga neste momento é com tanta religiosidade ninguém tem Deus dentro de si. Apenas querem fazer valer quem está certo e quem não está eu diria que é uma corrida através do tempo e da vida.
Uma corrida direta ao precipício dos fins dos tempos, tempos cheios de dor, culpa e arrependimento e vamos fazer parte dele sim, pois foi nossa geração e geração anterior que permitiu que errássemos na forma de educar e amar. A nossa culpa e estamos a pagar muito caro mesmo basta ver os crimes hediondos na TV, no jornal e a corrupção que avança de forma incrível pelo mundo fora.
Poderia falar muito mais aqui, mas seria chata, terrivelmente chata, hoje ninguém gosta de literatura que nos “encha o saco” como se fala na linguagem de hoje.
Apenas lamento tanto sofrimento que semeamos e estamos a colher quando deveríamos viver no amor, na partilha e na igualdade da humanidade.
Pausa para reflexão!

Foto de Allan Sobral

Fé diaria

Sem muitas apresentações, sou mais um moço comum da cidade de São Paulo, que acordo cedo todas as manhãs e sou mais um de um milhão de pessoas dentro de um metro lotado. É só mais um dia, mais uma curta e demorada viagem ao trabalho, meus olhos buscam traços marcantes ou características que inspirem mais algum de meus desenhos, mas nada de incomum chama minha atenção, pois nos rostos de quase todos a mesma expressão, ou a mesma previsibilidade, olhos avermelhados que foram tingidos assim pelo cansaço ou horas em frente a tela de um computador, um leve brilho nos olhos, como se acreditassem que o dia será melhor, e que todo este processo de trabalhar, estudar, namorar, casar, viver, conviver é apenas um investimento ou um passo para a felicidade, como se enxergassem uma oportunidade de ser feliz, se padronizando ou se encaixado em uma sociedade extremamente criteriosa e superficial, como se suas vidas estivessem diretamente ligadas a serem julgados e aprovados por alguém, que também foi julgado e aprovado por um outro alguém que nem sabemos se julgou certo, ou porque ele definiu ou até mesmo decretou padrões tão hipócrita a sociedade, ao seus irmãos ou amigos, padrões que nos empobrece, que limita nossos conhecimentos, e molda-nos a ridicularizar e menosprezar as diferenças e todo aquele que se opor a ser igual, ou que não concordar com a definição do certo ou de errado dada por você, por mim, pelo Papa, pelo Dalai-lama, Marthin Luther King, Buda, Obama, Adolf Hitler, Lula, ou por qualquer outro!
O que mais me intriga é como profetizamos amor, cantamos a bondade e vivemos a nos queixar.de como ninguém liga pra nós, se a milênios tendemos a crer que o ser perfeito é aquele que não precisa de ninguém, se criamos nossas gerações para serem sozinhas. Todos os dias acordamos sem se quer olhar para a janela e nos perguntar se agimos certo, se somos o que queremos, ou o que devemos ser.
Todos os dias o sol nos beija a face nos presenteando com mais uma oportunidade de sermos feliz, mais uma chance de darmos uma rosa, de amarmos sem ser amados, perdoar sem que a dor tenha passado, pedir perdão pois também erramos, lembrar de um banho de chuva, rir das piadas que achamos graça, negar palavras duras e não pouparmos sorrisos, ignorar as ofensas, ajudar sem esperar que ajuda, chorarmos pois nossas lagrimas são as palavras proferidas de nossa alma, que a cada dia afoga-se pelo nosso egoísmo.
Nascemos livres e com a única missão de sermos felizes no pouco tempo que nós é dado, e ressalto em dizer, que ninguém nos diz que para alcançarmos tal objetivo temos que seguir o modelo padrão da sociedade.
Nascemos livres e com direito a ser feliz, e nada pode nos dizer o contrario.
“... se todos os sorrisos fossem de alegria, naturalmente saudade não existiria. Não perde o sentido o lamento, e nem meu pranto de dor, não existindo saudade não existe amor... meu peito não desiste, minha fé não cansa, enquanto habita o amor, existe a esperança”.

Allan Sobral

Foto de Marilene Anacleto

Excursão

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*
*
O sonho roncou
A dentadura gigante sorriu
A cobra saltou para o vaso grande
Grande pulo! Grande susto!
Eu só achei engraçado.
Virei para o outro lado,
Tentei dormir.
Por pouco tempo o sonho silenciou.
Voltou a dizer ininteligíveis resmungos.
O sonho voltou a ser roncado.
Virei, de novo, de lado.
Fiquei esperando o dia nascer
Com o olhar arregalado.
Oh excursão!
Oh dia cansado!

Marilene Anacleto

Foto de gladiadorcorinthiano

MAL

" Me perco em palavras tentando explicar o que não tem explicação...
Pois está no fundo do meu coração , trancado e guardado a sete chaves..a mil chaves, mas que se abre através do brilho do seu olhar...
Gosto não como todos gostam ou alguém um dia possa ter gostado, gosto de um jeitinho todo meu que eu não revelo a ninguém ...somente a você!
Te gosto com carinho, respeito e dedicação,mesmo que o tempo me aprisione com o trabalho,mas mesmo assim eu gosto pois o meu amor não se cansa mas vive na esperança de que um dia tudo possa mudar e realmente eu revelar meu verdadeiro amor por você!!!
Dizer o que é fingir e nada sentir quando na realidade chega até doer...pois no fundo, no fundo ...

EU AMO VOCÊ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!"

Foto de maria rodrigues

O meu desejo

Faz tempo que não visito este espaço.
A vida assim o tem determinado.
Mas nem por isso me tem faltado vontade de aqui vir e aqui deixar o que no momento o meu coração dita.
Deixar aqui, para partilhar, os meus desejos, alguns bem secretos, daqueles que nem quero pensar que um dia possa realizá-los.
Hoje, porque me sinto mais só, vim em busca de um conforto, como se virtualmente isso fosse possível.
Hoje venho partilhar um dos meus desejos, ter neste momento, aqui a meu lado, alguém que me acarinhasse, que me dissesse palavras doces, daquelas que qualquer ser humano gosta de ouvir, alguém que me amasse até à exaustão, deixando o meu coração com um batimento acelerado como se fosse capaz de salar do peito.
Mas tudo isto é apenas um desejo....mais um dos meus desejos....que seria maravlhoso conseguir concretizar num dia especial para mim..... o dia do meu aniversário....

Foto de fisko

Dias-conta

Vendi a modéstia à tua deficiência emocional, ridícula e quase matemática. Não me vejo ao espelho e se volto a sonhar contigo dou em maluco. Parvo amor, roubaste-me o tempo, o sentimento e a ciência de mim mesmo. Não sou ciente de mim há precisamente 56 dias e algumas horas. Sabes, por acaso, o preço disso? Um recomeçar do zero; pegar no inimaginável e torná-lo agradável, mesmo que não seja nada de nada; atirar-me aos leões dentro de um circo fechado em círculo de mim mesmo e carregar-me com as mordidelas dos animais ferozes e calar-me com as feridas; ausentar o meu nome em plateias às gargalhadas com o espectáculo “A Vida” e fazer depender a minha presença num pequeno sonho, inútil e gasto, velho e estúpido, apagado e esquecido. És desprezível agora, meu amor.
Tivesse eu palavras para te descrever o amor que sinto por ti: tão baixo e de má fé.
Tivesse eu as palavras que me roubaste: oferecia-as a um mendigo qualquer, o mais nojento e fedorento dos mendigos.
Não te quero para nada. Não te quero na minha recordação ridícula e pateta. Não te quero nos meus sonhos que já não posso sonhar mais contigo. Não te quero de maneira nenhuma.

E a saudade das tuas palavras mata-me a cada dia neste frio de verão irónico. Não havia verão sem ti há alguns anos; não havia noite sem ti há alguns anos.

Não havia eu sem ti, há 56 dias.

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