Dia

Foto de betimartins

O triste Outono do meu sentir

O triste Outono do meu sentir

Nas ruas tomba as folhinhas
Leves, soltas e livres
Voando nos ventos que adivinham
Pego nas tintas e no meu pincel
Coloco a tela no cavalete
Dou uns traços de tinta
Sinto que não sou capaz
Retratar o belo Outono
Olhos perdidos sem destino
No tempo e no espaço
Ruas cobertas de folhas mortas
Como a minha alma se sente
Despida de sentimentos
Onde nada já toca e enternece
Na réstia de uma breve esperança
Que tudo morre e renasce
Tudo se renova com mais um dia
As flores florescem e morrem
As folhas caem e servem
De leve alimento a terra
Mas sempre dando força
A terra mãe e sua natureza
Nos amores que nascem e morrem
Nas águas que correm os cursos
Sempre na sua direção do destino
Por isso pobre pintor
Tingi a tela de belas tintas
Nos tons castanhos de vários tons
Deixei imortal a minha visão
Que tudo morre e tudo renasce
Neste Outono do meu existir...

Foto de Diario de uma bruxa

Reflita e não se esqueça

Pra onde quer que eu vá
O seu amor comigo eu vou levar
Não vou me desesperar
Serei paciente
Quem sabe um dia
Você resolve e vem me procurar

Sei que jamais se esquecerá de mim
Como eu jamais esquecerei você
Somos iguais
Em sonhos e coração

Estamos desperdiçando o tempo
Mas o tempo é cruel e corrói nosso coração
Não vou perder a esperança
Tudo tem sua hora e momento
E o nosso ainda chegará

Então reflita e não se esqueça
Eu te amo
E pra sempre vou te amar.

Poema as Bruxas

Foto de JORMAR

Onde Está

Acordei não havia, o café
nem flores pra minha alegria
como vou passar o dia
Onde está o meu jardim
onde está aquela paz
o canto dos pássaros
sem ruido de motor
onde está o meu amor
olho para o mar vejo a distância
e me ponho a pensar
quando é que vou voltar
e ter o prazer de abraçar
a pessoa que me faz sentir
aquele que me faz viver
porque tenho que sofrer?
se o destino me diz
é com ele que sou feliz
(Marisa Cruz)

Foto de Marilene Anacleto

Oferendas

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Flores dançam no mar
Fluem esperanças no ar.
Deleitam-se no eterno balanço
Deslocam-se para a areia branca.

Junto às flores, espelhos,
Pentes, batons e laços vermelhos.
Esperança de prosperidade,
Saúde, paz e felicidade.

Têm cheiro da libertação
Do sofrimento ou inveja,
Caprichosa doação
Que no mar azul navega.

Na fina areia aportam
Com a missão já cumprida.
Ao poder do sol, esperam,
A maré em sua subida.

Outra hora, outro dia,
Espalham-se e são afastadas.
Juntam-se a outras, na areia:
Balas, vinhos e cocadas.

A cada rica oferenda,
Ornada com tanto carinho,
Coração do doador embeleza
Traz a luz ao seu caminho.

Cada qual é uma oferenda
Para a mãe, o marido ou o pai.
Não pode esquecer da beleza
Da vida que logo se vai.

Marilene Anacleto

Foto de betimartins

Sexta Feira, dia 13...

Sexta Feira, dia 13...

Oh! Lua. Oh, minha Lua! Feiticeira
Dos desejos ocultos, secretos e oprimidos
Dona da insana minha paixão e emoção
Nas raras porções mágicas dos enamorados...

Entre cobras, lagartos e aranhas
Todos juntos, com a baba de bode
Uma porção de idiotice e sem fé
E uma gargalhada bem aflorada...

Todos já vestidos de negro na floresta
Rodam em danças mágicas, bebendo
Os lobos uivam, lambem o seu pêlo
Que sua noite vai ser de grande farra...

No ar já a pobre vassoura passeia
A velha bruxa está alcoolizada
Em zás- zás, sem qualquer nexo
E suas gargalhadas estrondosas e cruéis...

Já na velha casa, está o charlatão, de turbante
Com sua bola de cristal e no seu velho baralho
Venham! Rios de dinheiro! Eu! Tudo posso ajeitar
Tudo o que possam vir a pensar, até os calos do futuro...

A benzedeira faz o sinal da cruz, arrepiada
Dizendo “cruz credo”, mas o que é isto?
È muito mau olhado e muita inveja
Que corta o teu lindo caminho...

Não tem sogra que resista e coitada da pobre amante
Todos são culpados, dos sem vergonha, caras de paus
Mas apenas, com os pozinhos mágicos, julgam curar
As suas escapadelas, na tão azarada sexta feira, dia 13!

Foto de Maria Goreti

À MINHA MÃE

Mãezinha,
quanta saudade sinto
do meu tempo de menina
sob a tua proteção!

Hoje,
busco te proteger
do mesmo modo,
mas não sei ser mãe com és.

Gostaria de poder te colocar no colo,
velar teu sono, dar-te carinho sem fim.
O tempo que a ti dedico é curto, eu sei.

Mesmo estando todos os dias,
o dia todo ao teu lado,
ainda assim é muito pouco tempo!

É tão pouco o tempo que resta
para estarmos juntas!

Assusta-me imaginar
que um dia não poderemos mais nos tocar,
mas ainda assim
poderei te ver nas lembranças...

Sentir o teu amor,
tua presença amiga e companheira,
teu perfume em cada peça de roupa,
em cada canto da casa,
em cada flor que eu olhar!

Lembrarei da tua pele de seda,
em cada mão macia que eu tocar,
e do azul dos teus olhos,
cada vez que olhar para o mar!

Lembrarei de ti mamãe,
cada vez que vir uma mãe
acariciar seu filho,
com gestos de amor e bondade...

Mas nenhuma mãe
terá amor maior que este
que nutro por ti,
minha doce e santa mãe!

© Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES - 08/05/2011

Foto de Samir Querino

Saudade

Mesmo na correria do nosso dia a dia a gente não esquece de quem nos dá alegria.
Eu posso estar distante, talvez esteja ausente, mas em pensamento estarei sempre presente...
Não importa o motivo, não importa a razão, você vai sempre estar dentro do meu coração.

Foto de Samir Querino

AQUELE BEIJO...

AQUELE BEIJO DESPERTOU O MEU DESEJO E TODA
VEZ QUE EU TE VEJO DÁ VONTADE DE BEIJAR.

AQUELE DIA FOI UM DIA DE ALEGRIA, SE EU
PUDESSE REPETIA NAQUELE MESMO LUGAR.

AQUELE BEIJO FOI QUEIMANDO, EMPOLGANDO, O
MEU AR FOI ACABANDO MAS NÃO QUERIA PARAR.

AQUELE BEIJO FOI TÃO DOCE QUANTO MEL, ME
LEVOU ATÉ O CÉU E EU NÃO PARO DE SONHAR.

Foto de Samir Querino

Amizade Eterna

MESMO NAS NOITES EM CLARO... OU TALVEZ NOS DIAS SOMBRIOS,
DIAS DE INTENSO CALOR... OU ENTÃO CHUVOSOS E FRIOS... A AMIZADE É O BRASÃO QUE HÁ DE PREVALECER, MESMO DURANTE A ESCURIDÃO, AINDA QUE CUSTE A AMANHECER.

VOCÊ É UM ELO DA CORRENTE, E EU SOU O ELO AO SEU LADO. UM ELO SAUDÁVEL E DOENTE, UM ELO FIRME E QUEBRADO. MAS MEU LUGAR ESTÁ GUARDADO, NÃO PODE SER DESTITUÍDO. E SE UM DIA EU FOR LEMBRADO... É POR QUE UM DIA EU FUI ESQUECIDO.

E ESTE É O ÚNICO APELO QUE EU INSISTO EM FAZER A VOCÊ: NUNCA ESQUEÇA DESSE ELO, POR QUE EU JAMAIS VOU ESQUECER.

Foto de Marilene Anacleto

Para Minha Mãe, Um Balé

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Para a Minha Mãe, Um Balé

E, na música inaudível,
Ela rodopia, de braços abertos,
E só.

Com pensamentos e orações,
Ela se dobra e se ergue,
Braços aos céus.

Em sua vida surge o companheiro,
Braços dados, pés no alto, pés no chão.
Corações aos céus.

Vem a filha, dela se esquece,
Balé intenso, mamadeiras, choros,
Entre fraldas, professora.

Já nem sabe mais a idade,
Só um pé, só uma mão, equilíbrio,
Asas no viver corrido.

E mais uma filha, e um filho, e outro,
Quatro meninas e quatro meninos,
Ao todo são oito.

Pés ágeis no chão, cabeça num bem pensar
Braços a estender longos varais,
Para os filhos, movimentos do bem olhar.

Os filhos entram na dança,
Travessuras, enfileirados rodopios,
Braços e pés prontos para o desafio.

O companheiro adoece.
Dia, noite, e madrugada em prece.
Agora o balé e de oração e fé.

Ele se vai, segue o caminho.
Ela quer se prender, ficar sozinha,
Mas a vida é dança, é balé.

Na música inaudível,
Apoiada pela fé e pelos filhos,
Rodopia, braços aos céus, e Só.

Aos poucos, volta a Ser o Que É.

Marilene Anacleto

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