Dia

Foto de Carmen Lúcia

Sem inspiração, sem você...

Sem inspiração quis transbordar em versos...
Descrever as batidas insossas de meu coração
tentando reativar o que um dia fora emoção
e hoje é um jeito sem jeito de viver...
É um viver por viver, estar viva sem ser...

Sem inspiração quis plagiar meu sentimento
sem saber onde encontrá-lo nesse momento,
se ainda existe ou se perdeu por esse mundo afora
deixando marcas indeléveis de um passado
que nunca passou, mas que o levou embora.

Sem inspiração tentei ainda ser poeta
esmiuçando os parcos instantes que me disseram tanto,
intensificando nossa história dos mais incríveis planos,
meros enganos que aos poucos foram se desgastando
na mesma proporção de meus sonhos insanos.

_Carmen Lúcia_

Foto de ushihaxandre

UM POEMA E UM NOME DE MULHER 13

um poema e um nome de mulher 13
para saber é só ler a primeira letra de cada linha

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Capaz que nada direi de ti, por tudo que é
A menina encantadora. que sera minha mulher
Minhas palavras pra você se revelam meu querer
Isso ainda me enlouquece, ou me aproxima de você
Lentamente a caminhar um dia vou te encontrar
Agora sei que você pode, esse sonho realizar.

ALEXANDRE FERNANDES

Foto de Edigar Da Cruz

SEJA VOCÊ MESMO SEMPRE

SEJA VOCÊ MESMO SEMPRE

@@ Disse uma Vez o Grande Ayrton Senna

"Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá."

Por mais imbecil que seja, sempre haverá um imbecil se tornando um empecilho da superação; para achar que você não é! E capaz e sim um incapaz como quem mesmo o chamou já é! Seja qual for o tempo! Grau e termo sejam sempre você mesmo para você! Nuca perca o foco que tanto te faz sonhar e seguir sempre a frente não mude sua rotina pelos que os outros exigem simplesmente viva de acordo com modo simples e realista de viver
Nada como o tempo para te mostra o melhor ângulo da estação da vida e como o tempo vai aprendendo cada dia mais que todos os dias o céu vai ta lá azul! E mar com águas lindas claras e salgadas!e o melhor presente e você da vida que nunca vai mudar porque ele ou ela deseja que mude mais sim pelo que você é ! VOCÊ MESMO SEMPRE
Tudo vai depender de você! e de ninguém mais

Autor : Ed.Cruz

Foto de Cecília Santos

Princípio ou fim?

Era viver um
dia tranquilo.
É morrer em
amargo silêncio.
Era como ter asas
e voar livremente.
É tê-las cortadas
rentes ao corpo.
Era viver a vida com
hora certa pra chegar.
Agora é contar os segundos
sem você voltar.
Era saber quando
começava o dia.
É não saber mais quando
termina a noite.
Não sei se já é inverno
ou se o verão já se foi.
Só sei que dentro
do meu coração.
A noção do que fomos
agora está dividido.
Já não sei onde começa a vida,
onde termina a morte.
Não existe meio termo
é unicamente.
O princípio ou
o fim!

SP/07/2009*

Foto de Rute Mesquita

Pérola

Pérola
que me encadeias o olhar.
Degola
o meu ser ao dedos estalar.

Num brilho ofuscante
cortas o meu trilho
num respirar sufocante.

Num tocar que me paralisa
o sangue que escorre.
És um brilhar, que me estiliza
cada dia que corre.

Desfilas
num andar sedutor
compilas
fazes-nos banhadas de amor.
Sorris-me num jeito atrevido
e encostas-te a meu peito
num olhar destemido.

e 'Aconteceu'
um amor verdadeiro,
num querer rasteiro.
Amanheceu,
naquele corpo faminto
uma admiração
um sentimento sem mito
sentido de alma e coração.

Sorriram-se os corpos
escondiam-se os olhares
no romper da noite.
Acabaram assim mortos
de suares
sem algum coite.

Foto de Carmen Lúcia

Margarida e margaridas

Figura sinistra, simbólica,
que trago em minha memória,
que faz parte de minha história...

Metódico e irreverente, despojado e carente,
sábio e indolente, infeliz ou demente...(?)
Lembrava Cristo, fisicamente.
Vestes rasgadas, cabelos longos, barba mal aparada.
Ou quem sabe, um anti-Cristo,
oscilando entre o normal e o descomunal,
às margens do convívio social.

Andava pelas ruas e calçadas
fazendo gestos sem nexo, sem fazer mal,
balbuciando palavras distorcidas,
apavorando os perplexos normais
que temiam uma conduta anormal.

Um buquê de margaridas,
alvas, brancas, cultivadas,
a todos ele ofertava (e se orgulhava),
pois, por ele eram plantadas
em terras baldias, abandonadas.
Flores por todos ignoradas.

Havia momentos de agitações.
Delírios, alucinações, comoções...
Então ele era rei, poeta e compositor,
erguia o cabo da vassoura e era imperador!
-Camisa de força para o louco, o agitador!
Ao som da sirene era levado a um abatedor ...

E num desses manicômios,
tratamento de choque, fortalecer neurônios,
encontrou sua Margarida, sua amada, sua vida
e como loucos, amaram-se mais que o normal.
Amor que surpreendeu a muita gente
pela doçura, pela brandura de dois doentes.

Porém um dia, não mais a encontrou.
Levaram-na dali, outro rumo tomou
e transtornado pela dor, o louco chorou.

Não mais quis ser rei nem imperador.
Somente poeta pra cantar a sua dor...
Até que um dia para sempre se calou.
E numa cova fria, em pó se transformou,
ou foi ao encontro de seu amor...

Ao passar o tempo, viram lá nascer,
fazendo a cova triste resplandecer,
risonhas e brancas margaridas...
Vida e paixão, após a morte, restabelecidas.

_Carmen Lúcia_

Foto de Marilene Anacleto

Amo-te Tanto!

Amo-te tanto ...
Quanto amo o luar cheio
A desenhar nossos corpos
Em poses inexatas,
De estrelas, salpicadas,
Nas almas límpidas,
Em beijos de serenata.

Amo-te tanto ...
Quanto amo o fresco mar
Que acolhe nossos corpos
Soltos na madrugada
E nos refaz, nos desune
No calmo e sereno beijo
Após a dança dos vagalumes.

Amo-te tanto ...
Quanto amo o doce sol
Que beija a nossa janela
E nos desperta em plenitude.
Em estado de luz nos recebe
Um novo e sagrado dia
E, nossos corpos, aquece.

O amor é estado de graça.
Ama o amor, só vê a beleza,
Vive de bênçãos e gentilezas.
Mesmo se for curto,
As nossas ricas memórias
Fazem deste amor, beleza e graça,
Um tempo encantado que não passa.

Foto de Allan Dayvidson

ROMANCE

"Escrevo sobre coisas que estão direta ou indiretamente ligadas a mim. Diferente de outros poemas, este não está diretamente ligado a uma experiência específica em minha vida. Ele está longe de ser o melhor que já escrevi, mas tem seu significado para mim. É uma pequena história onde reveso entre os personagens, suas aflições e seus sentimentos. Cada um deles me remete a uma ou mais experiências da minha vida. É só uma história... Mas poderia ser a história de qualquer um..."

ROMANCE
-Allan Dayvidson-

Ela não era só uma garota naquela cidade,
ele não era só um cara naquele trem.
Quando olhos deles se cruzaram não enxergaram mais ninguém.
“Talvez seja cedo, mas quando poderia vê-la de novo?”
“Não sei...
talvez se você se atrevesse a pedir meu telefone, seu bobo!”
E ele procurou desesperadamente por uma caneta
antes que perdesse a chance para aquele romance,

E eles desceram na estação.
Ela pegou um táxi de volta a sua vida.
Ele pegou o ônibus errado e foi parar num lugar sem saída...
“Ah! Os olhos dela...”

Depois de um dia de trabalho,
ela achou que não pensaria mais naquilo,
mas pensou,
e pensou que talvez devesse ter um fim de noite mais tranqüilo
para colocar a cabeça no lugar e voltar a pensar,
mas ela só pensou...
“Se estivesse mesmo interessado já teria ligado,
mas ele é um dos poucos
para quem não dei meu número de telefone errado...
Tomara que ligue logo!”

“Oi, eu estou ligando porque, desde aquele dia,
não parei de pensar se a gente poderia sair qualquer dia.
Isso se você não estiver pensando em fazer outra coisa
mais divertida com alguém mais legal”

E ela gaguejou:
“Não...
não estou pensando em nada mais.
E penso que sair seria bem legal”

Você pode voar alto, ir e vir na vida,
pode passar a eternidade com medo da próxima ferida,
mas aqueles dois radiantes conversando naquele bar
não têm muitas escolhas além de se apaixonar.

Ela disse: “Por quem?”
Ele respondeu: “Você.”
E ela disse: “Mesmo que um dia acabe?”
E ele respondeu: “Você!”

E você pode voar alto, ir e vir na vida,
pode passar a eternidade com medo da próxima ferida,
mas olhando aqueles dois, consegue perceber
que não há lugar ali para você.

Não há lugar para você...

Ela diz: “Muito prazer!
Ele sempre fala muito sobre você!”

E você diz: “Oi...”

(Fim...)

Foto de carlos loures

Hoje

eu ja nao vejo mais a beleza que eu via.
eu ja não tenho mais os sonhos que eu tinha,
a beleza murchou,
os sonhos morreram,

era um tempo legal,
eu acha que era bom,
tudo parecia normal,

mas derrepente meus pes tocaram a terra,
até meu carinho machuca quem amo,
meu coraçao entrou em guerra,

hoje tenho a solidao por companhia,
será que deveria recebe-la com alegria?
talvez eu a coompreenda,
e um dia ela me entenda

carlos loures
itapevi, inverno de 2011

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro – Capítulo 1

Engolir. Esse é meu trabalho. Engolir. Essa é minha função no mundo e no sistema desgastado em que estou. Engolir. Minha garganta já não dá conta de receber mais do que pode. Engolir. Minhas entranhas estão a ponto de explodir e espalhar o que devo esconder dentro de mim. Engolir. Um engraçadinho me sugere que eu visite o banheiro. Engolir. Até que aceitaria numa boa, se não doesse. Engolir. Só me permitiram tanto e dizem ser essa minha vocação. Engolir. Dizem que é um bom destino obedecer, fazer o que os outros querem e ser servil, não objetar o que parece abjeto.

Mas eu não me conformo!

Eu devia me calar toda vez que aquele Luís Maurício me diz:

- Vai boi, pasta...

Sei lá, quero ficar quieto. Mas algo não me encaixa, um segredo que não descobri e não me deixa ser pacato, não me deixa me deixar ao léu, ao cargo de sumir ao primeiro sopro do tempo.
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A patroa finge que não existo. Finge que não me olha, isso mesmo, finge que não escuto e que não falo, finge que sou uma coisa inanimada, um objeto que se muito atrapalha a visão de uma prateleira mais importante. A patroa, e ela é um pouco bonita, quero dizer, é uma boa mulher ao patrão, se finge que não existo o faz visando o melhor, seja lá que melhor seja esse, um melhor mais calmo e mais confortável. Eu não ousaria questionar sua visão, quem sou eu pra isso.

- Vai boi, ou te castro de novo, vai, pasta...

E assim dona Clarisse me manda fazer o que quero de verdade, pelo que ela me disse.
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Assim foram os últimos anos, desde abril. Sim, pois abril para meu patrão se estende até setembro. E setembro até dezembro. Deve ser por causa das estações do ano. Ele me chama de boi, mas não sou boi. Sou homem. Um dia a patroa me chamou de capacho. Outro de escravo. Não me importo. Sou homem e assim acredito.

- Vai boi, pasta... – diz-me o Luís Maurício.

Um dia, estavam a patroa e o patrão. Fazendo o quê não sei, mas estavam. Mas aí o patrão me chamou.

- Dimas, venha. – Desta vez me chamou pelo nome. – Qual é...?

- Eu quem pergunto.

O patrão estranha minha liberdade.

- Dimas, eu vou te dizer uma vez só. Se encostar-se à minha mulher eu te mato. Se ousar passar perto, eu te mato. Se parar em frente a minha mulher eu vou te matar e se olhar para ela eu te busco no inferno e te mato de novo. Você entendeu? Devo ser mais claro?

Não entendi. Mas acatei.
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Outro dia o patrão saiu para a cidade e me deixou com a patroa. Ou melhor, me deixou preso para ficar de pajem da patroa. A patroa, em determinado momento decidiu observar sua mobília, o que não me incluía. Ela foi andando, foi andando... Parou de frente a minha jaula. Ou melhor, a sua esquerda. Ela baixou os olhos e me olhou, por sete milésimos de segundo. Parou, olhando para a esquerda da minha jaula à esquerda. Eu era um zero neste lado. Não pensou em mim naquele momento, afinal eu não existia. Eu era um mero engolidor, ou melhor, sou.

- Está fora de lugar... – A patroa era uma excelente dona de casa.

Então quase que eu olhei para ela. Lógico que quando estava de costas para não lhe incomodar. Ela pareceu perceber. Mas fingiu que não. Afinal, eu era um mero engolidor. Ou melhor, ainda sou e com muito orgulho. Ela decidiu sentar-se. Acostou a cadeira que se opunha ao seu corpo, ajeitou o móvel, me olhou por dois milésimos de segundo e sentou. E caiu!

- Dimas... – Silabou.

Fingi que não ouvi e que não queria incomodar. Fingi que não queria rir. Eu queria rir, rir muito, um riso descontrolado! Mas eu sou um simplório engolidor. E os engolidores devem apenas engolir. Mas eu queria mesmo rir daqueles olhos de abóbora, daquelas sardas puras e encantadoras e sua pele branca tão estranha de tão clara, daquela linda frieza que me faria até capturar a luz do sol e lhe dar, se eu fosse o patrão, enfim, eu não sou completamente apaixonado pela patroa, mas posso imaginar o que eu faria se assim estivesse sendo. Eu nunca me apaixonaria pela patroa, nunca a amaria, amor de homem e mulher, se estão bem me entendendo. Será que eu fui preciso...?

- Eu devia trocar esse engolidor, já deve estar velho...

De cima para baixo meu coração ficou partido.
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- Amor, você está bem, que alguma coisa?

- Não querido, é só que esse engolidor está velho e acho melhor trocar...

- Muito bem... Pois então eu troco.

Ela me olhou bem no fundo dos olhos e desta vez não parecia ter nojo, como se espera ao fitar um engolidor. E assim a patroa me deu cinco milésimos de ternura e felicidade. E assim determinou minha sina de vida e morte como ser inexistente.

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