Desprezo

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

TUA FALTA...




Meu coração,
Sofre por ti,
Já não sei o que fazer.
Dói demais a sua ausência,
Um sentimento que me rasga
A alma, e corpo padecem a
Falta me entristecer.
Como me dói esta sem você.
Porque maltrata meu pobre coração.
Ele já não agüenta seu desprezo, então.
Vem matar essa falta , acabar com essa dor.
Eu não sei o que faço,
Sem você meu grande amor.

Anna 18/04/08 ( a flor de lis )*-*

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 5)

A novamente recolhida em si, a montanha não se conformava. Como podia ser aquilo? Um pintassilgo tão lépido e inteligente tinha obrigação de encontrar a saída providencial. Será que a velhice roubara a sua visão? Claro que não, para outras coisas não! Medo de vento ele sempre tivera, mas ante a possibilidade fortuita de recuperar a sua sagrada liberdade, não poderia titubear em optar pelo vento que, diga-se de passagem, não seria mais perigoso fora do que dentro da gaiola, onde já havia entrado. Não, tinha que haver uma outra razão plausível.

De repente, ela se recordou de um detalhe que lhe pareceu importante: durante o imenso minuto em que tudo aconteceu, em nenhum momento o pintassilgo lhe dirigiu sequer um único pensamento. Foi como se ele não ouvisse os seus apelos agoniados, para que fugisse pela portinhola entreaberta, antes que fosse tarde demais. Por que tal comportamento? Será que não mais considerava valiosa a especial e já manifestada amizade de uma montanha? Ora, não havia dado a ele nenhum motivo para tamanho desprezo, muito pelo contrário.

Sua indignação contudo ainda se transformaria em perplexidade: algum tempo depois a montanha foi arrebatada das suas reflexões pelo canto, agora de fato inconfundível, do seu pintassilgo. Lá estava ele novamente. A gaiola fora reposta no mesmo arvoredo, reabastecida de sementes e água, parecendo que nada havia acontecido ao passarinho. Até se poderia deduzir que estava mais feliz do que antes da ventania. Coisa mais absurda ― disse ela a si mesma. Porém, era evidente, nenhum pintassilgo deprimido poderia cantar tanto nem com tamanho virtuosismo, nem dar cambalhotas no ar e fazer outras piruetas. Até um banhinho ele tomava. Sucinto, como são os banhos dos passarinhos, que não têm muita intimidade com líquidos e nem muito o que lavar. Mas bem diante dos arregalados olhares da montanha, o bichinho espirrava água para todos os lados, enquanto, literalmente, mostrava ser também um entusiasmado cantor de banheiro.

Quando a tarde já se preparava para anunciar a sua partida, uma cena insólita mais uma vez surpreendeu a montanha. Vieram os dois caçadores na direção do arvoredo. O velho, ensimesmado, apertando as pálpebras como que por impaciência, não respondia uma só palavra, ao passo que o jovem, mostrava-se inconformado. Alguma coisa o levava a gesticular muito e a despejar no vento repetidos argumentos, tão atropelados que era difícil entender o mínimo. Até mesmo interpor-se no caminho do outro o jovem tentou, inutilmente. Para espanto até do pintassilgo, não apenas o caçador mais velho retirou a gaiola do galho em que estava pendurada, como ainda meteu a mão pela portinhola, apanhou o bicho apavorado entre os dedos, grosseiros mas cuidadosos, e em seguida simplesmente abriu a mão e esperou que ele voasse. O passarinho atônito demorou a entender, porém depois de poucos e longos segundos, mais assustado do que feliz, lançou-se no vazio, seu natural quase esquecido pelos anos de cativeiro. Com um sorriso contido no rosto também marcado pelo tempo, o homem ficou olhando onde ele pousaria. Por seu lado, aborrecido, o jovem virou-lhe as costas e com as mãos na cabeça, numa expressão de perda, foi-se embora a passos duros na direção do vale.

O pintassilgo não chegou muito longe em seu primeiro vôo. Não mais reconhecia a liberdade, suas possibilidades e perigos. Logo percebeu que praticamente nada estava tão perto e disponível, e que necessário se fazia agora dosar o esforço de se deslocar. A satisfação das necessidades dependeria de ser capaz de reconhecer seus limites. E aí estava uma coisa que não lhe parecera importante durante muito tempo: teria que olhar para dentro de si, em vez de conhecer, por dentro, apenas a gaiola. Mas a prática de todas essas coisas teria que ficar para o dia seguinte, pois já estava completamente escuro. A noite, fora da gaiola, era terrivelmente assustadora, até porque, embora estivesse acomodado em um lugar bem seguro contra predadores, ele não sabia disso. Perdera as referências para avaliar a sua segurança e, desse modo, tudo parecia potencialmente perigoso. Os múltiplos sons da noite, assim mais se assemelhavam a uma sinfonia macabra. Fora das paredes da casa do velho caçador, o mundo se tornara quase desconhecido. Não havia mais o acolhedor teto de sapê seco. Não havia ali, na verdade, nenhum teto e o sereno já se mostrava ameaçador. Em compensação não havia nenhuma ventania (Céus! Uma ventania no meio dessa escuridão seria morte certa e dolorosa!), contudo a aragem natural e constante da noite, resultante do resfriamento, tornava difícil manter uma camada de ar, aquecido pela temperatura do corpo, entre as penas e a pele delicada. Apesar de ser pessoa de intelecto muito simples, o caçador sabia que os passarinhos dependem disso para sobreviver e tivera sempre o cuidado de manter a gaiola em algum lugar bem protegido.

Porém, todas essas perdas decorrentes do cativeiro prolongado pareciam secundárias, do ponto de vista de alguém que não poderia caber em gaiola nenhuma. A montanha passara as últimas e desesperadas horas tentando se comunicar com o pintassilgo. E assim foi, ainda por outras horas. Era alta madrugada, ela resolveu que devia armar-se de mais paciência. Decepcionada, viu afinal que as tais perdas tinham uma magnitude bem maior. O seu velho amigo passarinho perdera grande parte da percepção do seu meio natural e exterior, porém, perdera também parte da percepção interior. Que triste era isso.

(Segue)

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

ESQUEÇA

****
***
**
*
Esqueça que um dia foste meu,
meu ar, minha vida, meu ser....
Esqueça que um dia só tive olhos pra ti.
Esqueça que um dia fez parte de mim,
dos meus sonhos e realidades.

Esqueça o que planejamos, o que desejamos
esqueça...somente esqueça...!
É doloroso ter que tratar-te assim,
mas quando chega ao fim ....
é melhor que seja assim,do que ficarmos
remoendo dores e lembranças.

Esqueça do que vivemos juntos,
das noites de sono trocadas por êxtase de amor.
Esqueça que fui sua,como eu esquecerei
que fostes meu....já me desprendi,
desprenda-se também.

Esqueça da mulher forte e persistente que um dia fui.
porque me sinto obrigada a recitar as palavras acima
ditas neste poema,porque
sua indiferença me obrigou
a ser assim fria sem sentimento.

Para que não haja mais indiferença
e sentimentos de desprezo.
é melhor que me esqueça.
A dor maior não é a falta de amor,
mas sim a indiferença.
Desejo que se encontre,
assim o mesmo o farei....mas...
Esqueça-me.

Mesmo pedindo que me esqueça.
lembre-se que um dia te amei com toda força
de um amor verdadeiro,mas como não me quis,
não me procures...se não me amas mais,
eu me amo...por isso peço que me
esqueça!

*-* Anna A FLOR DE LIS.

Foto de killas

DESABAFO AMOROSO

As pequenas lágrimas que me caem,
São sinais do meu pequeno coração,
São os meus sentimentos que saem,
E se vão de novo encontrar no chão.

Mas mesmo assim não me canso de sentir,
Todo o leque dos mais puros sentimentos,
Já não sei o que mais te vou pedir,
Para ver de novo brilhar os teus olhos.

Quase juro que não consegues entender,
Que é para ti que reservo o meu amor,
Será assim tão difícil de perceber,
Que eu só quero para sempre o teu calor.

Já não sei o mais vou inventar,
Para de novo te chamar a atenção,
Como te mostrar não estar a brincar,
Quando te mostro minha paixão.

Não sei se vou conseguir aguentar,
Para sempre esse teu eterno desprezo,
Quero apenas um simples olhar,
É por isso que todas as noites rezo.

Acho que não te consigo conquistar,
Vou ter de esconder o meu amar,
Acho que é agora que vou finar,
Para nunca mais ninguém me encontrar.

Foto de syssy

SINAL

“Qualquer migalha do teu amor já
Faz-me feliz, qualquer vestígio de
Afeto torna-me o andarilho afortunado.
Porque qualquer vestígio de desprezo
“Torna-me frágil alma perdida.”

Foto de Civana

Vazio III

Desprezo, raiva
decepção
mentira, falsidade,
traição
desconfiança, abuso
desilusão
mesquinharia, futilidade
omissão
cobiça, inveja
pretensão
trapaça, deslealdade
dor,
foi o que restou.

(Civana)

Foto de killas

ANDA COMIGO

Quando corro ao teu lado,
Sinto forças sem fim,
Só tu me fazes viver,
Quando olhas para mim.

Não me desprezes,
Se de mim estás a gostar,
Porque o teu desprezo,
Aos poucos vai-me matar.

Assim se sentes o teu coração,
Palpitar porque eu não estou,
Tenta saber onde vou,

Não me desprezes,
Porque a minha paixão,
Não aguenta revezes.

Foto de Nanetheangelgirl

Lembranças

Tantas vezes implorei a um amor perdido
E em todas às vezes eu me feri demais
Eu amo você
Mas me cansei de criar ilusões

Ainda guardo na lembrança
O gosto do teu beijo
Seu sorriso radiante
A intensidade de cada abraço

Aqui fico imaginando...
Como seria se tudo fosse diferente?
Será que eu seria feliz? Será que eu te faria feliz?
Não sei se o acaso quis brincar
Mas foi ironia eu conviver com um amor imaturo

O que eu ainda sinto por você é algo infinito
E todas as vezes que eu te implorei
Foi o meu coração gritando, me alertando...
O quanto ele te ama e te quer

Já sofri tanto por tal cruel desprezo
Por esse amor mal-acabado, mal resolvido
Por sua indefinição...

Você é meu primeiro amor
E esse amor me faz tão infeliz
Por isso suplico ao meu coração:
Não se apaixone e nem ame mais ninguém!

Foto de João Freitas

DIA DA FLORESTA (21 de março).

Florestas, muitas e cerradas
Matas, Atlântica e chapadas
Nelas a vida é o verde
Os frutos, ha quem deseje

Seus bichos, os habitantes
Livres, lá são reinantes
Mas o homem já chegando
Com urgência vai devastando

Corta árvores, sem conceito
Lucro fácil é o seu desejo
Trata o verde com desprezo
Pros bichos o desespero

João Freitas - Direitos autorais registrados.

Foto de Gideon

Um Abismo de Amor

De que é feito um homem, senão da esperança de ter uma grande mulher?
No entanto quando estamos diante de uma grande mulher sentimos-nos pequenos, dependentes.

Muitas mulheres passam, no dia-a-dia, por nós homens.
Diante de algumas delas postamo-nos como superiores, sabichões e até mesmo, às vezes, arrogantes.
Mas quando meio sem esperar nos deparamos com uma grande mulher tudo desmorona, tudo é posto aos pés.
Se falávamos bem e impostadamente agora falamos baixinho, rouco e gaguejantes.
Se tínhamos tantas "conquistas" e vitórias para nos gabar, agora achamo-nos vazios de palavras
e buscamos desesperadamente na memória fatos que possam impressioná-la e nada, nada surge de importante.
E aí, quando pior, desandamos em falar besteiras e baboseiras como verdadeiros idiotas diante de uma grande mulher...

Se sabíamos tantos galanteios e palavras de efeitos, agora não nos atrevemos em tentar pronunciar um elogio sequer.
Ele sai meio avexado e logo baixamos o nosso olhar para não ver a possível reação de desprezo no rosto dela... Enfim, sabemos claramente quando estamos diante de uma grande mulher.

Dias destes estive diante desta grande mulher.
Além de tudo o que escrevi acima tinha vontade de ficar olhando-a infinitamente, reparando em cada detalhe que forma o seu belíssimo rosto, semblante, corpo, mãos...
Ah, as mãos, estas ela me ofereceu como um presente que rápido e sabiamente agarrei-as, e pus-me a acariciá-las. Tentei desesperadamente armazenar na memória do amor cada sentido do contato que experimentei.

Depois das mãos veio o corpo procurando o carinho e o contato acolhedor impulsionado pelo bendito frio do teatro João Caetano.
Senti-me um rei, um super-homem, um feliz-homem, um sei-lá-o-que-homem, mas muita coisa de homem quando a tive em meu ombro algemada às minhas mãos agora sôfregas e impacientes... (sei que ela notou).
A cada frase da Fernanda Torres, que seria meramente uma pronúncia do monólogo frenético que se desenrolava na peça, transformava-se pelos meus dedos em afagos urgentes de carinhos sinceros, de prazer, de vida, de esperança...

O olhar da grande mulher é penetrante, mas paciente.
Entrecortado por um piscar em câmera lenta sem, contudo, desviar o foco do alvo, o pobre e pequeno homem, que tenta encolher-se, esconder-se de diante de tamanha grandeza.

Claro, ela talvez não perceba que seja grande, penetrante, impostadora, perturbadora...
Por outro lado não sou e nem me sinto pequenino e frágil, mas diante da grande mulher cá estou eu meio desequilibrado, trôpego e louco para ser sua vítima mais uma vez.
Vítima talvez do seu amor...

Aonde iria mergulhar? Penso. Será profundo este abismo de amor ou seria apenas um reflexo de uma imagem distorcida pela inflexão da imagem no abismo?

Vou apressar-me em arranjar um pára-quedas para me proteger e tentar pousar suave neste inevitável precipício da paixão, que talvez eu esteja prestes a cair.

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