Desmedida

Foto de deborah eduardo

A verdade...

Gostaria de fechar os olhos e nao te sentir do meu lado... Gostaria de olhar para seus olhos e nao sentir dor... Gostaria de te abraçar e sentir q posso viver sem vc... Nao sei pq mais ja nao pertenço a mim mesma , nao sou mais aquela garotinha q vc conheçeu que apenas sentia um aperto no coraçao ao te ver sou aquela menina q olha pra vc e se sente traida, impura por amar tanto alguem q jamais soube o significado da palavra AMOR... Nunca toquei o ceu mais sinto como se voce fosse a unica essencia pra meu viver... A sensaçao de olhar pra vc me deixa drogada com a cor de seus olhos com a textura de sua pele e a forma de sua boca.... Jamais esquecerei aqueles momentos que juntos passamos e quando me senti realmente querida .... O amor e muito mais do q beijos e abraços ou caricias e um passo de cada veiz e poder fechar os olhos e pensar q seu mundo e perfeito mesmo sabendo q sua vida esta cheia de problemas.... Nao exixte amor sem uma historia pra ser contada , nao existe a felicidade sem a dor sentida.... Pois so damos valor akilo q sabemos q sentiremos falta ao perder por isso tantas vezes sofremos por uma paixao desmedida pois quando descobrimos o tao triste q se torna a solidao vemos o tao perfeito q pode se tornar o amor.... Queria nao me sentir presa, queria saber o pq de tantos sentimendo q se misturam em minha mente e em meu coraçao.... Queria apenas saber pq escolhi VC pra amar... Nao sei se devo sorrir por que somos amigos ou chorar pq nunk passaremos disto.....
Foto de Carmen Lúcia

Poeta é poeta porque cria.Tentei...rs.

"Poetando..."

A noite estrelava em minha janela aberta...
Chamava-me até ela para que eu visse o quanto estava bela.
Num impulso “Bilacquiano”, comecei a vê-las...
Como é lindo entendê-las!Amar é ouvir estrelas...
Meu sonhar levou-me até elas...
Sonho é essência da vida...
E, segundo Neruda, em versos,
passa incólume por ela
quem não ousa o incerto,
sucumbindo no que julga certo
e desiste de seus sonhos...

Aprendi com Shakespeare,
que os acontecimentos do dia
é que tecem a fantasia...
E que nos fazem sonhar...
E tornam a vida espetacular...
Que o tempo não cura ferida nem dor.
Somente o Amor!

De Clarice, um pensamento Lispectoriano:
Não devemos passar o tempo enganando,
mentindo pra si mesmo, quando não se ama mais...
“Ainda te quero como sempre quis”,
inverdade que com o coração não condiz...
Mas, de tudo, aprende-se lição.
Nada é em vão...

Sabemos do começo, nunca do fim...
A vida pode ser curta ou longa demais...
Cora Coralina, semi-analfabeta, ensina:
ninguém sabe de nada, de antemão...
Por isso, para que o viver tenha sentido,
pra que nada tenha sido inútil,
toquemos as pessoas com o coração...

E no tarde da vida, decorridos os anos,
quando a carência de afeto humano
bate tão forte... Desmedida e sem norte...
“Saudade de quem quero abraçar e não vejo”,
“Acabo de receber pelo correio, um beijo.”
Adélia Prado, em seu verso alado,
“Não quero faca nem queijo.Quero a fome.”
Todo o resto, agora, me consome.

(Carmen Lúcia)

Foto de Graciele Gessner

Lágrimas da Dor. (Graciele_Gessner)

Lágrimas da desmedida saudade,
Dor que se fez necessária.
Adeus inesperado me abalou sem piedade.
Lágrimas é o cenário atual da nossa história.

Lágrimas que escorrem pelo meu semblante,
Lavando o meu rosto pela tristeza vivida.
Amor desfeito em segundos;
Nostalgia dos momentos que vivemos.

Lágrimas necessárias do nosso amor,
Foi o nosso término imprevisto.
A sua ausência me causa o choro,
Despedida sem sentimento.

Lágrimas que consumiu a minha alegria,
Acabou com o meu coração indefeso.
A sua falta de sentimentalismo é a sua deficiência.
Nosso amor não tinha como resistir a tanto percalço.

08.06.2007

2007-2008 Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

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Nota: Publicado em 2007 aqui no poemas-de-amor:
http://www.poemas-de-amor.net/lagrimas_da_dor

Foto de CarmenCecilia

DESPEDIDA POEMA

DESPEDIDA

Amarga despedida...

O nome já diz...

É uma dor desmedida

Vem repentina ou de mansinho

Mas sempre traz

Dissabor em seu caminho

Rima com separação...

Desunião e todo senão...

E sempre machuca o coração

Traz em teu bojo...

Histórias vividas...

Agora divididas...

Agora metades...

De amor, amizade...

Momentâneas, eternas...

Sempre recheadas de saudades

É um não sei quê de comoção

Onde prevalece a emoção...

Um nó na garganta...

Um adeus que desencanta...

A mão que acena...

O abraço que aperta...

E o choro que contracena...

Numa última cena...

Ah! Despedida...

Sempre rondando nossas vidas

Nem bem estamos de ida...

E já estamos de partida...

Carmen Cecilia
03/07/08

Foto de Teresa Cordioli

Mãe, 2º Evento Literário de 2008 - * Minha Mãe...

*

*

* Minha Mãe...

Tu Mãe, que a qualquer momento
Doa seu corpo para uma nova vida.
Do teu peito jorra além do alimento;
Amor e balsamo que cura ferida.

Teu sorriso mulher, é sempre alento.
Te faz entre todas a mais querida.
Credibilidade tens, e, sem juramento,
O Amor que nasce em ti não tem ida...

Mãe, ao dar a luz presenteias a VIDA,
Doando amor de forma desmedida
Ao não deixar que ela seja interrompida.

* Foi Mãe, foi Mulher, foi Atrevida
Pariu sete vezes sem ser assistida
Viveu 91 anos. Longevidade merecida.

* Minha Mãe...

Foto de Carmen Lúcia

Dia das Mães : "Silêncio"

Uma breve pausa...Calem-se todas as vozes,
Murmúrios de riachos, gorjeios de pássaros,
Assovios de ventos, lamentos, alaridos,
Gritos incontidos, infundados, indefinidos...

Somente as batidas de meu coração
Que agora chora, desmedida emoção...
Teu rosto nitidamente se retrata
Na moldura dourada de minha ilusão.
Teus olhos, dois faróis a iluminar...
Da janela da alma clareiam, me fazem enxergar.

Tua voz!Ah, tua voz que brandamente
Percorria os espaços, enchendo-os de alegria,
Era hino de harmonia, brado de sabedoria,
Nunca se calou...Ouço-a suavemente
Desde o início das manhãs até deitar-se o sol poente.

Mãos de anjo!Ainda sinto teus carinhos
A afagar devagarinho minhas dores e alegrias,
Ainda devem estar macias... Possuem supremacia...
Nem a morte é capaz de cessar!

Mãe, esse silêncio é mais que uma prece...
É uma doce saudade, jamais esmorece,
É um grito calado de dor, imbuído de amor,
Do amor que a mim destinaste, sem dimensão,
Que me faz caminhar, me dá proteção,
Que abraço por onde eu passo...

E toda vez que renasço!

_Carmen Lúcia_

Foto de Teresa Cordioli

ENCONTRO FATAL - DUETO

.

.ENCONTRO FATAL
Deley
Baseado no poetrix VIDA de Teresa Cordioli

"Vida, são os dias
que correm
em direção à morte!"
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MORTE
Deley

Naquele inevitável encontro,
A vida com toda humildade,
Pediu uma oportunidade à morte;
A morte? Obvio, ignorou,
Não disse absolutamente nada,
Com uma impassibilidade desmedida,
Simplesmente abraçou a vida,
A vida? Coitada!!!
O que fez foi entregar-se calada,
A esse enlace consorte;
Como o sangue entrega-se ao corte,
Como a agulha entrega-se ao ponto,
Como o frágil entrega-se ao forte.

esse econtro termina aqui?

VIDA
Teresa Cordioli

No abraço mais forte,
A vida tão frágil
Entrega-se à morte...e Sorri!
Mostrando aos vivos
Que a vida é passageira
Que a morte é a ponte certeira
Entre o físico e o metafísico (universo)
A vida quase sem forças
Pergunta à morte
- qual o seu nome?
Ela responde e nada esconde:
- Separação é o meu nome...
A vida ainda indignada...
Pergunta à morte o que ela veio fazer...
A morte responde:
- Vim te trazer uma coisa nova...
Chamada recomeço...
Paradoxo? __ Não?
A vida sem medo,
Continua a caminhada a cantar...
A morte indignada
De não vê-la chorar, pergunta por quê?
A vida sorrindo reponde baixinho:
- Estou acompanhada...agora vou viver!
Tudo o que fiz, foi só sofrer!
A morte insiste:
- Quem está com você?
A vida lhe diz: - A Esperança...
Essa você não a vê...
Só a vida é que a tem como companheira...
Aqui ou no além...
Sei que, só a vida tem...
Esperança de nova vida viver...

esse econtro termina aqui?

Obrigada sempre meu amigo Deley...

Foto de Daemon Moanir

Minima de malis

A boca abriu,
E minha voz trémula surgiu
Baixa, grave e tremida,
Assim, falei eu à desmedida.

Falei e ainda falo,
Pois parecia estar fechado,
Até que a porta caiu
E o som encheu quem o ouviu.

Os lábios e língua a mexerem,
O ar a sair de minha boca.
As palavras voavam,
Mas nada...estavam ocas...

O silêncio não é solução,
Mas falar, só por si, nunca basta,
Porque os males, esses,
Não morrem por compaixão.

Foto de Mentiroso Compulsivo

AUSÊNCIA

AUSÊNCIA

Agora que deste lugar parti
Como dói a ausência do nada
Como é triste sentir-me assim
Neste silêncio oco e desumano!

Trago comigo apenas a lembrança
Do enlaçar das mãos dos momentos passados
Nas teclas pousadas no meu teclado
Dos meus dedos, na noite tardia, cansados
Soltando palavras ao vento por entre o lamento
Dos amigos que aqui criei e deixei
Como quem acaricia duas pétalas de rosa
Manchadas de rubra cor, na manhã silenciosa.

Ah…! Como a noite pesa e não passa,
Como dói o imenso vácuo dos sentidos
Que aos olhos cansa e aos ouvidos ensurdece,
Que estraçalha os nervos rendidos
E dá vida e voz ao irreal que permanece…!

Se soubesses voz daí…
Se pudesses sentir a marcha cansada
Do silêncio escorregando nos degraus da escada!
Se pudesse ouvir o diálogo absurdo entre mim e ele
Ele, ele silêncio doloroso e lento
Que vem abraçar agora o canto a onde me sento
E povoa de rumores trágicos e cores de verde fel
As sombras mortas-vivas talhadas sem cinzel!

Das paredes húmidas escorrem pesadelos
Flutuam mistérios em cada canto,
Espíritos tristonhos vagueiam errantes
Voláteis, etéreos, sinistros, ululantes
Em risadas escarninhas de timbres funéreos.

Lá longe, na praia
O som cavo da onda desmedida
Emudece o grito metálico da ave ferida
E o uivar dos cães nesta noite fria

Já não sei
Já não consigo diferenciar o real da Ilusão:
- Egoísta, reparto comigo o caos
Buscando refugio onde não existem laços
Numa voz gelada, oca e vazia

Áh… ! Como queria sentir de novo
O calor das palavras que me faltam agora
Mesmo quando ninguém está aqui comigo!

As horas vão passando, amargas,
Marcadas pelo tic-tac do relógio
E lá fora
Embalado pelas copas das amendoeiras
O nevoeiro agita-se
E descobre o desenho informe
Numa nuvem perdida na maré doirada
- Eu te saúdo nuvem alada, mensageira
Que anuncias risonha a chegada
Duma nova e sempre querida madrugada.

Jorge Oliveira

Foto de Darsham

Elogio ao Amor

"Quero fazer o elogio ao amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível, já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje, as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calcas e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".
O amor passou a ser passível de ser combinado.
Os amantes tornaram-se sócios. Reunem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-socio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível.
O amor tornou-se numa questão pratica. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há. Estou farto de conversas, estou farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "está tudo bem, tudo bem?” Tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananoides, borra-botas, matadores de romantismo, romanticidas. Já ninguém se apaixona?
Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo do amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos cante no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraço, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassado ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa a beleza. É esse o perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro e uma condição. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar e a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que se quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha – é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber.
É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado do que quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.”

Miguel Esteves Cardoso in Expresso

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