A boca abriu,
E minha voz trémula surgiu
Baixa, grave e tremida,
Assim, falei eu à desmedida.
Falei e ainda falo,
Pois parecia estar fechado,
Até que a porta caiu
E o som encheu quem o ouviu.
Os lábios e língua a mexerem,
O ar a sair de minha boca.
As palavras voavam,
Mas nada...estavam ocas...
O silêncio não é solução,
Mas falar, só por si, nunca basta,
Porque os males, esses,
Não morrem por compaixão.