Desgosto

Foto de carlosmustang

SAMBEI SAMBISTA VIDA...

O linda, você não sabe que é amar
E sem orgulho se entregar
Deixar seu homem te amar
E dizer que a vida é mesmo assim

Te deixar sempre afim, e depois
Ir embora, e pra sempre te amar
E pra sempre assim chegar
De tão louco perdoar, e te abraçar

Porque você es tudo que posso desejar
Mas não custa desprezar, e deixar-te louca
no chão.

Fazer de conta que estou morto
Deixar-te no desgosto
E eu no samba, dançando, para valer...

Foto de Vadevino

NÃO DEU CERTO

Diz a lenda que um dia
CABEÇA e CORAÇÃO
Trocaram de lugar.
Passou então a CABEÇA
A “sentir” antes de pensar;
E o CORAÇÃO, a “refletir”,
Antes de se entregar.

Mundial foi o desgosto
Por de lugar terem trocado.
Então, voltaram ao posto
Que Deus lhes tinha dado.

Foto de Henrique Fernandes

ESCRAVO DO INFERNO

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Oculto as palavras difíceis de dizer
numa lágrima de lama de uma dor,
que molha a flor murcha na raiz
do meu horizonte escravo da incerteza,
flutuando serpente envenenando os sonhos
ao largo do mar vazio,
que meus olhos castigados de lamento
inundam de solidão a minha vida.

Já há muito perdida nos espinhos
afiados do tempo derrotado pelo calendário
dos serões datados na insónia
em que me esqueci de morrer caminhando.

Bate um turbilhão melancólico
na tempestade do meu peito forasteiro,
em aventuras pesadelo pelas nuvens
de desgosto em chuvas ácidas de lembranças,
esquecidas que guardo dentro de um fogo apagado
em mim resto do que não fui na sobra
do que quero ser.

De amor partido pelo cinzento viril
que rasga a cortina dos dias negros,
somo horas paradas que sangram escuro
num grito áspero,
escrevendo-me na garganta sufocada
a ultima letra distorcida da palavra porquê,
ilegível sobre a lápide da esperança.

Engulo o olhar seco em direcção turba,
desfocando-me o ego até às grutas
do longe por satisfazer ainda,
tão distante de mim tudo
entre nada tão perto do fim encerrado
na meta do inferno onde espera
a minha espera...

Foto de Dennel

No fundo do poço

Cá estou, no fundo do poço
Minha vida desabou, profundo desgosto
As circunstâncias me trouxeram pra cá
Entreguei-me, cansei da vida, deixei de lutar

De tanto ver triunfar as nulidades
De tanto presenciar as falsidades
De tanto ver o choro incontido
Desisti, ontem vencedor, hoje vencido

Isolei-me do mundo, minha luta perdi
Fechei-me nas trevas, deixei de sorrir
Cobri-me de indiferença, tapei os ouvidos
Os anos passados, todos perdidos

Não choro, os sentimentos são ausentes
Nada me abala, só o peito ressente
Do tempo que outrora perdi
Quando no meio dos homens vivi

Aqui rastejo, vou deixando rastro asqueroso
Na parede escura, na cavidade do poço
Uma única fresta de luz tênue irradia
Minha vida tristonha, prolonga meus dias

Aqui sou um
Lá em cima, apenas mais um
Verme asqueroso, nojento, um réu
Desgraçado, blasfemando de Deus

A raça humana é podre, miserável
Sedenta de sangue, instinto insaciável
Mata, rouba, estupra os seus iguais
Moro no poço, não saio jamais

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2007 All Rights Reserved

Foto de Henrique Fernandes

SINTO-ME SÓ

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Sinto-me só.

Verto sem fundo a luz engasgada da esperança,
pelo esgoto de areias movediças
no gume de uma espinha sangrenta
de lágrimas secas.

Sou rígido olhar cego no calor oco
de um grito violento de pedra teimosa,
que é o sol mendigo do meu deserto dorido
sobre um oceano de almas desencontradas.

Desce um golpe ditador
que me fere o seio do desejo,
rasgado às mãos de uma saudade bailarina,
dançando desfocada de voz morta que me inspira
a canção desafinada do frio,
com acordes de uma melodia conturbadamente gélida
sobre o meu corpo chorado de ausência,
talhante dos meus momentos refugiados
no barulho do medo.

Arrasto-me pela cascata ruidosa
do meu sorriso negativo e sem estrelas.

Sorrio desassossego
nascido sobre a sepultura do passado,
errado.
Pelo movimento de guerra dos fantasmas
que secam a árvore do meu continuar
pelas ruínas do vento empolgado por lamentos,
que espancam o meu respirar
contra as paredes do eu pedindo
o rolar da minha cabeça sem abrigo,
no atrito de emoções aos berros sacrificados
num banho de mofo na gaveta das recordações.

Um comboio de escolhas lentas
sustenta a justiça do vazio,
na inércia do meu interior atenuado
por perdões desarrumados sem eco no ego.

Divago agreste
com raiva na bagagem de nada que me enche
o peito com fragmentos de uma culpa
inacabada pela orla da minha consciência,
ancorada no estender cadáver das minhas mãos
enforcadas no rosto da escuridão.

Trajo em mim os soluços de luto da minha lua,
transformada numa besta de conflitos.

Desmaio invadido por paz doente
num antro tosco de tristeza,
perdido num bosque que se alimenta
da lama dos meus suspiros pantanosos e cai,
gasto de nãos no mau odor da noite
armadilhada de solidão reeoferecida na sombra
que me beija a cada luar emboscado,
por perguntas à toa na proa do meu desgosto.

Sinto-me só.

Foto de marcosgambiarra

O que sinto !

O que relmente sinto,
não étristeza,
nem alegria,
não é medo,
nem desespero,
não é dor
nem caricías ...

O que realmente sinto,
não são magoas,
nem despreso,
não é gosto,
nem desgosto,
não é prazer,
nem despraser
É amor !

Foto de Rosinéri

REVOLUÇÃO

imagens de sonhos sem fim
não consigo ver o que elas significam
trancadas dentro de mim
não consigo libertar o arco-íris
como flores morrendo
elas fraquejam e se torcem e morrem
há uma revolução
um desgosto
o que revolução significa para você
para dizer que hoje é como o desejo no vento
todos os meus bonitos amigos foram embora
como as ondas
elas fluem e baixam e morrem
contentamento ou desgosto
para dizer que hoje é como o desejo no vento
todos os meus bonitos amigos foram embora
como as ondas
elas fluem e baixam e morrem

Foto de NiKKo

O vento da saudade.

O vento me trouxe uma canção diferente essa manha
pois me fez lhe acordar, sentindo na cama o frio da solidão.
Sussurrou em meu ouvido as frases da tristeza
banhando meu rosto com as lagrimas da emoção.

O vento hoje quando tocou meus cabelos desalinhando-os
me fez lembrar suas mãos suaves tocando meu rosto.
Minhas vistas se turvaram pelas lagrimas que caíram
marcando o chão de terra com o fruto do meu desgosto.

O vento passando ligeiro, sem trégua ou piedade
arrancou flores mortas que jaziam em um velho jardim.
Minha visão tornou-se nublada e acreditei estar sonhando
por não crer que tantos sonhos pudessem ter fim.

Mas o vento não deixava que eu duvidasse de sua força
pois em meu ouvido continuava a triste melodia a cantar.
Falando seu nome como prece sentida no mais alto dos céus
ofertou aos meus olhos a uma nova forma para se expressar.

Assim minhas lagrimas correram soltas ao sabor do vento
fazendo meu peito acompanhar a melodia com tal intensidade,
que o mundo ouviu os soluços do meu pobre coração
quando este entoava os seus versos de amor, ao deus da saudade.

Foto de Graciele Gessner

Sentido-se Mal com a Felicidade do Seu Próximo? (Graciele_Gessner)

A pergunta respectiva é própria para uma reflexão, por este motivo enfatizei no título. Observando as atitudes, os comportamentos de muitos, cheguei a uma conclusão. Todos nós já tivemos vontades de possuir algo ou de ter desejado ser como outrem e por fim, não conseguir.

Como é complicado, não?! O melhor mesmo é termos os nossos próprios sonhos e com determinação batalhar por eles. Nada adianta cobiçar sonhos que não nos pertencem.

Eu particularmente, não me preocupo com as pessoas que me invejam. Pelo contrário, até agradeço. Enquanto ficam invejando, eu me supero. Pessoas invejosas não conseguem enxergar perspectivas num pequeno detalhe, como uma oportunidade. Pessoas que têm atitude, personalidade e seus próprios sonhos evoluem, crescem. Pessoas invejosas, simplesmente cultivam as suas próprias incapacidades, suas frustrações, suas perdas.

A aptidão de vencer na vida vem das dificuldades sofridas, dos erros e da evolução que cada um já enfrentou. A página da vida diariamente é escrita por cada um de nós e muitos não tendo uma firmeza de guerreiro acabam por fracassar.

Sei muito bem que você já deve ter um dia pensado: “aquele meu amigo, tudo tem, tudo acontece.” Não o inveje! Ao oposto disto, faça melhor, faça o seu diferencial. Enquanto ficamos invejando, perdemos chances preciosas.

Descubra o seu potencial, as suas qualidades, as suas paixões. Não tenha apego aos bens materiais. O materialismo não te proporciona a felicidade garantida, apenas um prazer momentâneo. Cobice os seus ideais, suas virtudes, cultivando assim, o seu próprio crescimento.

Invejar o seu próximo só te faz parar no tempo. Sentir inveja é não suportar que alguém se destaque, é não aceitar um novato no seu grupinho. Sentir inveja é desejar aquele anel, pulseira, brinco, roupa que a sua colega esteja usando. Sentir inveja é cobiçar aquele automóvel da hora que o seu amigo comprou.

O invejoso não tem limite, senti um desgosto pela prosperidade ou a alegria de outrem; desejando possuir aquilo que os outros possuem.

A inveja é o termômetro que algo em nossas vidas não está satisfatório. Por fim, concluo que o invejoso é um perdedor de sua autoestima, enquanto os outros lutam por seus sucessos pessoais.

Na vida sempre existirá um perdedor e do outro lado o vencedor. Escolha ser um vencedor! Pense nisso.

24.08.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

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Notas:

1- Crônica destaque na Associação dos Empregados do Banco Econômico e Empresas Controladas de Salvador/Bahia, datada em 12/10/2008:
http://www.asee.com.br/?q=

2- Crônica destaque no Ponto dos Blogs datada em 25/08/2008:
http://pontodosblogs.net/2498/sentindo-se-mal-com-a-felicidade-do-seu-proximo.html

Foto de pttuii

Processo de fermentação

O desgosto de uma Florbela Espanca, aliado ao idealismo de um Fernando Pessoa, consubstanciado na alienação de um Luís Vaz. Junte-se umas pitadas de obstinação maometana, e frieza Visigoda. Mexa-se tudo muito bem, antes de finalmente deitar a irracionalidade romana.
A gosto, polvilhe-se tudo com fatias de uma carne multisabores, leia-se, bife do lombo da imigração. Serve-se tudo com um cocktail de vinho do Quadro Comunitário de Apoio, e no fim....Caros comensais, no fim tem-se um manjar que, espremido, não dá para encher nenhum estômago. Bom povo português, é o nome do prato.
Já passou do prazo há séculos, e continua a fermentar na quieta melancolia do imobilismo. As bactérias que gerem o processo usam todas gravata. Têm assessores, andam de 'espada', e,...cúmulo dos cúmulos, não têm a menor contestação do produto que fermentam. É o que elas querem. Usam, abusam. E o produto quietinho.
Chega a ser confrangedor. Refugiam-se no folclore. Nos festivais de gastronomia. Tudo micro, não esqueçamos das dimensões a que nos referimos. Mas não seja por isso!!!! Que no contexto minúsculo a quem nos referimos, há quem saiba viver à grande. É só ter estilo, acordar depois do meio-dia, ter um 'free-pass' no health-club mais caro, e transparecer que se vive de rendas. Facílimo, não é?
Pois, o pior é quando se passa tudo no 'passe-vite', e no final, não sai nada. Tristezas de quem nada espera deste grande processo de fermentação chamado vida.

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