Desespero

Foto de José Rafael

ESPERA E DESESPERO

Espero-te amor,
sinto-me prisioneiro
e sem teus braços
que me enlaçavam,
dando vida à minha vida,
o meu viver morre
de desespero pela tua ausência
e desfaz-se em pedaços.
Espero-te amor,
dá-me a tua mão amiga,
pois, meu ser habita em ti
e minh'alma jaz perdida,
vivendo o sonho da espera
em longas e sofridas horas,
sem amor, ou ternura
e o coração na amargura.
Olha como imploro
a doçura dos teus lábios,
já sem forças e quase louco,
na angústia mergulhado
e no vazio perdido,
clamando por teu amor
com o coração ferido...
Meus olhos gotejam lágrimas
e minh'alma a saudade
dos beijos que em teus lábios bebi...
Vem amor, vem,
vem que eu espero por ti!...

Foto de SrKane

Encanto Eterno

Os dias se passam, tristes sem estas primaveras
Todas espalhadas pelo chão, perdidas no tempo
Enfraquecidas pela escuridão, pela ausência
de um pingo de orvalho, do calor de um coração

Se ando por entre elas, me perseguem ...
Tristonhas, colocam-se a chorar ..
o sangue que já não têm, terminam por derramar,
No desespero de quem espera a volta de um amor.

Se a incerteza dos ventos as levam para longe
da eterna mãe natureza, assim como me levam
para longe desses olhos, os quais desejo, enfermo,
nas mais frias noites de inverno.

Me junto à essas almas perdidas e passo a vagar
ao sabor do vento, já não me resta nada além
de sonhos imortais, sombras e desejo,
que me mantêm extasiado nesses dias de angústia.

Se pudesse te alcançar, te amaria sem exitar,
assim como essas nobres flores crescem e se banham
à luz do luar, me afogaria no seu perfume
que se espalha e contamina o meu tempo, me leva
ao desespero ...

Sonhos eternos de uma nobre primavera,
um tempo que passou ou ainda não chegou,
Que faz nascer a esperança nesse escuro coração,
Deus, faça-me acreditar que um dia irei te encontrar.

Por entre os negros campos, os quais andei,
nos momentos de fraqueza foi em você que busquei
tempos modestos de alegria e amor, esquecendo os de pavor..
Dias os quais vivi a te amar ..

Me aprisiono nesse tempo, meu universo enlouquece,
Já não posso mais sonhar, o irreal não me basta,
precisto te amar, que seja para errar, para ferir..
Que seja para me completar ..

Viver sem o teu perfume é como a primavera que
cresce sem cores, no irreal, surreal mundo do temor
Preferiria morrer do que viver,
Se tivesse que me afastar do teu amor.

Foto de himesama

Beija-me (Himesama)

Beija-me...

Beija-me com a loucura de um amante...
Com o desespero de um adolescente...
Com a urgência de um homem prestes a gozar...

Toca-me...

Toca cada centímetro do meu corpo que anseia por tuas mãos...

Explora cada pedacinho de mim...
Com a sabedoria de um homem vivido...
Com a paixão de um homem sedento de amor...

Ouve os meus gemidos... Inexprimíveis...

Percorre as tuas mãos... Faz-me chegar ao céu...

Sente o meu cheiro...

Ouve o bater de meu coração...

Faz de mim... Tua...

MULHER!

Himesuma

Foto de Linus

Silêncio (Linus)

Oh silêncio...

Que a luz da calmaria me faz enxergar

a luz do desespero

a luz da vida eterna

até mesmo a luz de um olhar

oh nobre silêncio...

Nas mais belas das lembranças me permite entrar

a dor dos arrependimentos me deixa sentir

me encoraja a prever o futuro

me permite pensar na mais impossível das coisas

traz momentos de plenitude


oh silêncio...

Nos pensamentos me deixa viajar

qualquer coisa por um momento conquistar

Meus melhores sonhos traz de volta para que eu
possa voltar a sonhar

que traz o vazio quando não há nada de bom pra pensar

oh nobre silêncio...

Que me faz pensar naquele rosto

que me lembra de toda minha saudade

que me permite ouvir o bater mais forte do meu coração
quando lembro dela

que me mostra como é forte o meu amor

que me diz o quanto eu sou feliz

oh silêncio...

Que vai e nunca se despede

que

Foto de AlePoetisa

Sou eu...(Ale Poetisa)

Sou eu que te desejo toda noite

Que te quero do meu lado

Sou eu que choro toda noite

Que guardo um coração despedaçado

Sou eu que te desejo toda noite

Que sonho com o teu amor

Sou eu que me desespero toda noite

Por não sentir o teu calor



Sou eu que te desejo toda noite

Que já não consigo mais dormir

Sou eu que choro toda noite

Na esperança de um dia sorrir

Sou eu que te desejo toda noite

Que te ama com tanta desventura

Sou que me desespero toda noite

Na mais angustiante das torturas

APB - (18/09/02)

Foto de Viollett

Adormecer e morrer (Viollett)

Silêncio, quarto vazio e impessoal, luz apagada...

Presença inexistente, calor apagado de corpos colados,

Amor premente, olhos arregalados com trejeitos de dor e prazer.

Será que partiste para todo o sempre?

Finalmente a luz tende a aparecer, o medo cresce

Mas toma formas de saudade e desespero.



Nada!

Partiste, sem um adeus, sem um beijo,
sem um abraço nem um sorriso...

Choro um silêncio chamado solidão.

Uma solidão que sinto e que me transforma.

Uma solidão que me corta,

Que me fere o corpo e alma,

Que me enfraquece os movimentos, a pele e a mente...

Vivo em esperança!

A esperança que me incentiva a viver, a respirar,
a sentir...

A tentar olhar o novo dia, sem medo nem fracassos

Tentar rever os teus olhos, os teus lábios, os teus abraços

O teu mundo e o teu ser...

Parto!

Desapareço sem te avisar

Vou viver outra vida,

Noutro sol ou noutro luar...

Ainda vivo no silêncio obscuro

Apenas quebrado por gritos de dor

Que antes era de prazer em noites fugidias,

Busco a felicidade,

Sem nunca a encontrar mas farta de a procurar.

Morro!

Sem descendentes, antecedentes ou precedentes,
sem amores passados...

Simplesmente jazo na cama fria e desconfortável...

Revejo a minha vida, sem fracassos, sem temores,

Nem pobreza, nem riqueza, com amor sem ardor.

Revejo-te, miro-te como foste há tantos anos.

Anos de felicidade, minutos de paixão, séculos de solidão,

Presos no tempo mas soltos em pensamento.

Quero-te, tenho-te, esqueço-te,

Talvez por esta ordem, não o sei,

Mas evito este pensamento quando fecho os olhos,

Solto a alma do corpo, sinto o coração parar de bater,

Sinto a respiração prender, como quando te vi,

Sinto a mente afundar, como quando te possuí,

Sinto o corpo gelar, como quando te perdí,

Sinto a esperança esvair, como quando morrí.

Voltas!

Estou morta, choras!

Beijas-me a face e partes sem olhar de novo para o ser que abandonaste

Recordas-me... Vertes lágrimas sem ninguém olhar,
sorrisos soltos com menosprezo.

Amor morto é como pássaro sem asas,

Existe mas não pode almejar voar.

Amor!

Não é preciso asas para voar

Não é preciso muito para saber sonhar...

Espero-te!

Viollett

(Uma Estrela suspensa na Lua)

Foto de manhosa

Silêncio (Manhosa)



Silêncio...silêncio de almas imunes, silêncio de corações que deixaram de palpitar...silêncio de inocentes derrotados por uma força bem mais forte que eles...
Um coração que deixou de bater...uma alma que deixou de existir...dividiu-se em duas...em três...em quatro...em milhares de bocadinhos frágeis...que voaram com uma leve brisa da manhã...e foram...para bem longe...
Um espírito perturbado por uma força...uma força bem forte, forte o suficiente para derrotar este espírito...a força de um grande amor...
Um sonho, arruinado por um momento de desespero, um momento de angustia...em que a cabeça falou mais alto, e tudo o resto deixou simplesmente de ter alguma importância...
Felicidade...uma felicidade perdida algures no espaço, no tempo...numa acção em que o orgulho foi mais forte...mais forte que o próprio amor...mais forte que o ser humano...bem mais forte...
Um sentimento de arrependimento que não nos leva a nada...a não ser chorar como uma criança frágil a quem roubaram um doce...e a nós, apenas nos roubaram uma felicidade...que dificilmente voltará...
Será que valerá a pena passar por uma desilusão, por uma infelicidade apenas por orgulho? Deixar para trás uma eternidade de emoções, alegrias, de sorrisos sinceros...sensações únicas...tantos sentimentos bons perdidos por causa de um orgulho???
Sim, o ser humano está longe da perfeição...como será ele capaz de gostar de ser mais orgulhoso do que ser feliz??
Será que não é preferível arriscar quando nada temos a perder? Será mesmo?
Porque é que nós somos egoístas? Egoístas ao ponto de recusar um amor, por causa de uma palavra dita, de uma ideia, de um momento de desespero, de angustia em que perdemos completamente a noção real das coisas, em deixámos o dito pelo não dito...ou antes, o dito pelo não sentido...em que deixámos de ser nós próprios para nos tornarmos em algo...algo...
Para quê ligar a palavras ditas nesses momentos quando os sentimentos são bem mais fortes que tudo isso...importamo-nos com demasiadas coisas desnecessárias e deixamos que as coisas que realmente nos deveriam fazer sentido e comandar os nossos actos, percam toda a sua verdadeira importância...
Somos imperfeitos...estamos longe da perfeição...esta imperfeição faz-se notar em todos os nossos actos, ideias, movimentos e pensamentos...
Ligamos muito mais a um sentimento imbecil que não nos traz vantagens nenhumas...ORGULHO...do que aos sentimentos mais verdadeiros que sentimos dentro do peito...que imperfeição!!!
Manhosa

Foto de EduardoBarros

P'ra você (Eduardo Barros)

Não penses que não te espero

na aparente indiferença...

Esta fingida descrença

só disfarça o desespero.

Se a falsa máscara fria

pudesse quebrar esta ânsia

saberias que a constância

é meu pão de cada dia.



Um pudor duro e severo

esperar desesperado...

é o que nutre este pecado

de querer como te quero.

Destarte, tímido louco

não ouso tocar tua alma

e nessa insofrida calma...

dia a dia morro um pouco.

Eduardo Barros

Foto de vania

Sonhando...(Vânia Nunes)

Sonho contigo neste momento...

Durmo sentindo-te e, nessa hora calma,

És o cobertor que aconchega o meu pensamento...

Mas, é aí, contigo, que está a minha alma...

Depois, meu amor, quando acordo,

Morre o meu sorriso, porque não te achei,

Sinto-me perdida... E, então, te recordo...

Amo-te, é tudo o que sei!!!

Sei que os teus carinhos não são ilusões,

Sei que o teu sorriso me ilumina e me contém,

Porém, desespero por separados estarem nossos corações

Por isso, volta, amor, volta cedo e bem!!!

Vânia Nunes

Foto de quimnogueira

Queria ser o teu sonho...(Quim Nogueira)



... Em frente ao espelho da cómoda do teu quarto, sentada num banquinho forrado a tecido de cortinado vermelho, penteavas os teus cabelos, num ritual que funciona mesmo sem dares por isso...

... a escova passava ora uma, ora duas vezes, de cima para baixo e alisava os teus cabelos sedosos, cor de mel e de marfim... brilhavam no espelho e te revias momento a momento numa expectativa de mudança, o que não acontecia pois não podias ficar mais bela do que aquilo que já eras... a beleza em ti não residia nem morava ... era!...

... a tua camisa de noite, acetinada bege, de rendas sobre o peito alvo de seios firmes e redondos, deixava transparecer a cor da tua pele suave e doce ao olhar sem ser preciso tocar...

... a tua cama de lençóis de prata, aguardava o teu corpo numa ânsia lasciva de quem à noite, só, te espera num desespero de intocabilidade ... e tu, demoravas...

... da cómoda tiraste um frasquinho de perfume e te ungiste com ele o que provocou um agradável respirar a todos os móveis que te rodeavam ... e a tua cama, ansiava pela tua presença... e o teu corpo demorava a conceder-lhe esse desejo...

... levantaste-te de fronte do espelho e te miraste novamente de corpo inteiro e gostaste da tua imagem alva e bela naquele quarto iluminado pela tua presença ... olhaste de soslaio e ... sorriste ...
... sentaste-te na beira da cama e esta suspirou docemente perante a antevisão de que em breve te possuiria. Tiraste os teus pézinhos leves de dentro dos chinelos de cetim vermelho, levantaste um pouco o lençol e te entregaste total e lentamente ao prazer de estender do teu corpo e da entrega final ao teu leito...

... a tua cama nem sequer se mexeu ... aquietou-se para não te perturbar, para que não te arrependesses daquilo que acabaras de fazer, com medo que te levantasses e ela te voltasse a perder...

... a tua cama inspirou baixinho a fragrância do cheiro da tua pele e deixou-se ficar aguardando o teu próximo movimento...

... deitada de bruços te deixaste finalmente ficar e tua cabeça leve pousada de mansinho na almofada, arfava lentamente o teu respirar de prazer por mais uma noite de descanso... e de sonhos...
... teus olhos semicerrados viram a lâmpada acesa e teu braço se estendeu ao interruptor da mesinha de cabeceira para a desligar. Os teus movimentos eram propositadamente lentos para que o tempo demorasse ainda mais do que aquele que já existia...

... e a tua cama sentia... na obscuridade do teu quarto, teus olhos semicerrados olharam o tecto e se fixaram na sua alva cor que permitia uma réstia de luz no meio da escuridão...
... olhaste a janela e pelas frinchas da persiana, divisaste a luz cinzenta duma lua crescente ... avizinhava-se uma noite de lua cheia e teu corpo descansou por um momento... a tua cama então suspirou e te abraçou fortemente...

... em suas mãos te acabavas de entregar... e o sono chegou.... adormeceste...

... não sei mais o que se passou... a noite decorreu, teu corpo diversas vezes se moveu...
... a tua cama não se movia, com receio de te acordar; abraçava-te sempre para não te deixar fugir ... sentia-te sua e possuía-te num sonho imenso de impossibilidade, de impotência, de raiva, por não te conseguir ter tendo-te ali...

... tua mente adormecida, movia-se e sabia-se que sonhavas...
... a tua cama te tinha ... ali, indefesa, sozinha...
... sonhavas e eu aqui, nada mais te pedia ... nada mais desejava...
... queria apenas ser o teu sonho..

Quim Nogueira

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