Desamor

Foto de Carlos Henrique Costa

Jasmim

O sentimento de amor enobrece a vida,
Colhida no jardim de jasmim do afeto,
Do chão ao teto, seu perfume é certo!
Meu coração coberto pela rosa colhida,

A mesma rosa que leva a tua margarida,
Nascida na rama florida do meu deserto,
Agora encoberto pelo aroma do teu perto,
Pelo amor que era incerto por uma ferida.

Alma nessa hora unida desfaz desamor,
E clama o valor de pertencer ao jardim,
Sereno, pois sim! Ao pomar desse amor!

Cheiro e sabor, essência e gosto enfim,
De tudo que és pra mim, grande esplendor,
Todo o amor, que é eterno pra todo o fim.

Foto de Carmen Vervloet

AS ESQUINAS DA ALMA

Alma, este fascinante universo cortado
por ruas em permanente mutação,
onde sentimentos se cruzam nas esquinas...
Emoções em movimento
que tangem a existência
e traçam caminhos...
Caminhos que podem ser
um jardim em flor
cultivado no amor
ou um jardim de espinhos
no ventre infértil do desamor.
A opção é somente nossa.
Eu particularmente prefiro
transitar pelas ruas onde
o sonho engravida a vontade
que se faz inspiração
e gera realização.

Carmen Vervloet

Foto de betimartins

Ao meu verdadeiro amor - parte 1

Ao meu verdadeiro amor - parte 1

Pois é estou a escrever o que não tenho coragem de falar-te abertamente, deixo sobre tuas coisas meio escondido, para ver se um dia a encontras.

Se a descobriste agora é porque a encontraste e aqui vai meu amor:

Meu amor, eu lembro do primeiro minuto que falamos, lembra-te que me sentia bem e segura, tinhas uma vida diferente da minha e eu a minha vidinha repleta de sofrimento, mas alguém lá em cima quis que nesta vida os dois reencontrassem e vivessem a sua grande historia de amor.
Era ainda muito jovem diria que ainda uma criança e sempre sonhava com belo cavaleiro vestido de branco com a cruz dos templários no meio de suas vestes, mas sempre pensei ser lembranças de menina. Cresci, estudei e lia muito mesmo por vezes ia a vários lugares, diria que mundos onde ninguém acessava era, simplesmente, magníficos, entrava no livro e depois era só voar ao mundo do imaginário e ali divertir até cansar.
Lembro ainda de ter medo do escuro, muito medo mesmo, por vezes colocavam em situações terríveis para eu perder o medo, mas ele só aumentava, quando eu perdia as forças eu lembrava do meu cavaleiro andante que um dia viria num cavalo, voando e levava para outro lugar e longe de tudo.
A minha e tua vida não foi fácil, foram muitas batalhas, muita dor que os dois superamos, ultrapassando com fé de um novo dia e éramos infelizes os dois porque nada nos preenchia por dentro.
Minha vida não foi fácil, diria que nada fácil mesmo, eu cresci, estudei, trabalhei e foi esposa e mãe, mas nesse meu crescimento eu esqueci de mim, da minha identidade era como se algo dentro de mim tivesse adormecido.
Tive muitos dias, meses que meu coração rebentava de tanta dor, tanto desespero, perdida sem saber por onde caminhar ou aliviar a minha dor ou dos que me rodeavam. Não tive grande ajuda aqui, mas lá de cima eu tive força e fé para caminhar e não fazer como meu irmão, que na sua dor e desespero, termina com sua vida. Entre lágrimas e entre medos eu rezava e pedia a Deus que oferecesse a coragem e força para caminhar no meio da montanha agreste e turbulenta.
E no meio dessa turbulência vieste como um verdadeiro furacão quis resistir aos meus sentimentos, mas eram demasiados nobres e sinceros porque era o amor verdadeiro. O amor que eu tanto sonhei desde menina. Muitos foram os que me feriram, mas poucos aqueles que souberam curar e tu foste o único que curaste minha ferida já tão aberta e dolorida pela vida.
Lembro de cada momento que nós conversamos e cada promessa nossa, curar as nossas feridas e cuidar um do outro e apagar o passado completamente. Tu eras como uma águia ferida, eu como a fênix, que pouco já existia em mim de tanto que doei de mim aos outros e nunca querendo pensar um pouco em mim. Engraçado que eu contigo voltei a escrever como no passado, eras minha fonte de inspiração, meu porto seguro onde eu podia navegar e nunca afundar nas tempestades que estavam para vir e lembras que muitas vieram mesmo.
Fizemos promessas, mas as cumprimos uma a uma religiosamente, despimos das vaidades, despedimos do conforto dos amigos e familiares e ficamos juntos e juntos ensinaste a ver a ruindade dos que se diziam amigos e superei barreiras dentro de mim.
Lembras quando me ensinavas que nem sempre o ser humano é que mostra ser, mas sim um ser que repleto de maldade e desamor e eu que sempre acreditei no melhor dele e senti tristeza aos poucos tive que superar porque entendi que não era o momento de ele superar e evoluir. Sempre me regi pelo coração, aprendi com um grande sábio que devemos escutar o coração e seguir nossa intuição sempre, mas nunca deixar de orar e vigiar. Sempre o fiz quando me esquecia disso sempre apanhava da vida e ficava presa na energia ruim, com aquela sensação de mal estar.
Para mim tu foste um grande mestre para mim além do marido que meu coração escolheu sem me consultar sequer. Por vezes tuas palavras magoam meu coração aflito por ainda querer acreditar no ser humano e entramos em desacordo, como me custa tanto cair na real, tu e eu temos gênios fortes e não gostamos de dar o braço a torcer.
Talvez seja por isso que nos completamos, somos únicos e apaixonados, os eternos apaixonados, que ainda fazemos sorrir nossa menina, quando ela nos abraça e nos diz sorrindo e com aquele olhar terno “eu vos amo” e sou feliz. È aqui que eu olho para a minha vida e vejo que tudo o que passei valeu a pena para agora poder estar aqui te agradecendo por ser tão feliz do teu lado.

Foto de danieldourados

HOMENAGEM A MULHER AMADA

Ela que é uma fada,
menina em forma de Flor,
As vezes uma criança,
Que não deixa de ser uma mulher com pudor.

Às vezes inocente,
E nessa inocência tão sagaz.
Mulher... Menina...
Que leva consigo a dor,
mas também a ternura.
Que consegue deixar um sentimento de ódio,
E junto faz sentir o mais profundo gosto do amor.

Ela que é pequena, Silvinha,
Sem deixar de ser uma grande mulher,
Mãe presente, amante eloqüente...
Como pode tudo isso em uma pessoa?
Difícil de explicar, fácil de perceber,
Fácil amar, difícil se afastar...

Você sabe como suportar a dor,
De todo amor e desamor.
Sabe também enfeitiçar e encantar,
Com sua alma de muitos mistérios.

E pra encerrar, só um pedido faço ao vento...
Que leve até você, um pouquinho de magia
Um verso de poesia,
um sussurrar com muito ardor,
E um mundo inteiro de amor.


Daniel Gonçalves da Silva
Foto de Carmen Lúcia

Tentando recomeçar...

Desfaço os laços que nos mantinham atados.

Agora sós... Cada um pro seu lado...

Restam os nós, que o tempo vai desatar...

Que a vida há de apagar...

E a imensa bagagem de experiência,

anos a fio, conflitante convivência...

Páginas de um livro que quero virar...

Enredo desgastado.Um novo virá?

Cada um por si, sem hipocrisia, sem medo...

Reconstruindo outra história, sem pompas, sem glória.

Apenas uma simples e verdadeira história...

Criamos uma redoma...Seguiremos imunes...

Da dor, do desamor...Sairemos impunes...

Dos vendavais ou fortes temporais.

Nosso alicerce é de pedra e seguro,

nossa janela isenta de mau agouro...

Nada poderá nos derrubar...

Fortalecidos hoje estamos...

Ouso dizer que nos salvamos.

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Viaduto (in memoriam)

Nível divisório (e ilusório) entre dois mundos,
Que não se encontram, mesmo perto, sempre juntos,
Realidades paralelas, não se cruzam, se recusam,
A apoteose e o apocalipse, a discrepância, a discordância.

Em cima o sol, a passarela, a vida bela,
Poder sonhar, a ostentação, a ambição.
Embaixo a escória, restos de vida, degradação,
O submundo, o escracho, a solidão.

No alto, a vida indo ao encontro do sucesso;
Debaixo, escorrendo ao retrocesso.
Passa o burguês, indiferente à desigualdade,
E indiferente, o indigente...o que perdeu a identidade.

Muitos despencam lá de cima, lá do luxo,
Feito suicidas, enclausurados pela dor...
Sombras que assombram, que retratam o desamor
São bichos-homens, vira-latas, degustam lixo.

E permanece lá em cima, a indiferença.
Todo o glamour, a arrogância, a burguesia,
E os maltrapilhos, recolhidos, embevecidos
Com os out doors, os pisca-piscas...Zombaria!

Até quando esse cenário revoltante?
Só se aproximam pra tirar fotografias,
Virar manchete nas colunas de jornais,
Tão cordiais com tais problemas sociais!
E as soluções? Ora, quanta hipocrisia!

Quando acolhido pelo abraço maternal
E acarinhado pela morte, o indigente,
Seu corpo jaz, caído ao chão, sobre um jornal,
Do pedestal (aí se cruzam), a sociedade
Vem dissecá-lo para o bem da Humanidade.

_Carmen Lúcia_

Foto de onil

FALAR DO AMOR

PENSEI ESCREVER SOBRE O AMOR
COMO ELE NA NOSSA VIDA TEM VALOR
FALAR COMO ÁS VEZES É ATERRADOR
E NA NOSSA VIDA NOS CAUSA DOR
COMO ÁS VEZES SE VIVE COM ARDOR
E BRILHANTE SERVE DE ACENDEDOR
DE UMA CHAMA NO PEITO COM CALOR
COMO ÁS VEZES SE TORNA ABORRECEDOR
E AO MESMO TEMPO SE TORNA ENCANTADOR
COM ÁS VEZES QUASE NÃO TEM COR
E NOUTRO MOMENTO É TERNO E BICOLOR
COMO ÁS VEZES SE VIVE COM FULGOR
E OUTRAS SE FAZ POR FAVOR
ÁS VEZES É FEITO DE HUMOR
OUTRAS NA VIDA É DESTRUIDOR
ÁS VEZES VIVE-SE COMO ACTOR
OUTRAS FAZ-SE COMO ADMIRADOR
JÁ SE VIVEU DE MANHÃ NO ALVOR
E TANTAS VEZES NO MOMENTO DO SOL-PÔR
JÁ FOI POR VEZES COMOVEDOR
JÁ SERVIU PARA POESIA COMPOR
JÁ SE VIVEU COMO CONCILIADOR
E OFERECIDO COMO DE SANGUE UM DADOR
IMAGINEI-O COM GRANDE ESPLENDOR
MAS NALGUNS LADOS EU VI DESAMOR
JÁ O IMAGINEI EM ESTERTOR
E TAMBÉM EM GRANDE FUROR
JÁ SE VIVEU SEM QUALQUER PUDOR
E TAMBÉM COM ALGUM PAVOR
COLHE-SE QUASE COMO UMA FLÔR
DEVE-SE DEIXAR VOAR LIVRE COMO UM AÇOR
ELEVA-SE NO PEITO COMO UM ASCENSOR
E NO CORAÇÃO SE VIVE COM CLAMOR
PORQUE O AMOR ÁS VEZES É DEMOLIDOR
E DA CERTEZA DAS CORES NÃO É CONHECEDOR
PENSEI SER GRANDE COLECIONADOR
E O AMOR VIVER AVASSALADOR
MAS APENAS SOU UM POBRE COLECTOR
COM POUCO ESPAÇO PARA ARQUIVADOR
O AMOR É UM HISTORIADOR
E DE VIDAS UM INVASOR
ÁS VEZES É UM ILUMINADOR
E OUTRAS VEZES UM FALSIFICADOR
NA NOSSA VIDA PODE SER ABONADOR
E DE OUTRO CORAÇÃO UM ABRIDOR
PARA DE PAIXÃO SER UM COBRADOR
O AMOR PODE SER ASSOLADOR
E DE MIL DESEJOS O SONHADOR
O AMOR É UM GRANDE CALUNIADOR
E POR VEZES PEQUENO CHALACEADOR
O AMOR NA VIDA É COMO UM COMPOSITOR
MAS TAMBÉM PODE UMA VIDA DECOMPOR
O AMOR É UM SEMEADOR
E ONDE SEMEIA É TUDO TRICOLOR
O AMOR É COMO DA ARMA O PERCUTOR
QUE PICA O SONHO E É SEMPRE TENTADOR
ÁS VEZES NA VIDA É UM SIMULADOR
E NÃO SE COMPARA A UM TENOR
O AMOR NEM SEMPRE TEM SABOR
MAS VIVE-SE POR SER SEDUTOR
TAMBÉM ESTA É A VERDADE A SUPOR
O AMOR É SEMPRE INOVADOR
E DEIXA-NOS UM BEM-ESTAR INTERIOR
AO MESMO TEMPO É UM ISOLADOR
ÁS INJURIAS AOS RUMORES E AO RANCOR
O AMOR É UM TRANSMISSOR
DA PAIXÃO A QUE NOS FAZ EXPÔR
MAS A GRANDES TEMPORAIS SE SOBREPÔR
O AMOR É NOS CORAÇÕES UM NAVEGADOR
É COMO NO ALTO MAR UM CRUZADOR
PORQUE É LIVRE E NAVEGA SEM TEMOR
O AMOR É COMO UM TECEDOR
E A TEIA URDE SEM TREMOR
O AMOR É CONTROLADOR
E DE MIL EMOÇÕES DOMADOR
CONSEGUE DESDE IDADE JUNIOR
VIVER EMOÇÕES E PAIXÕES ATÉ SÉNIOR
O AMOR É UM ESTABILIZADOR
E NUNCA POR MAL UM TRAIDOR
O AMOR NÃO VIVE DE IMPUDOR
MAS SEMPRE SE MOSTRA REBATADOR
O AMOR NÃO PODE SER ESPECULADOR
E UMA POESIA DE PAIXÃO DESCOMPOR
O AMOR NÃO TEM TRADUTOR
E SEM FALAR CONSEGUE SER DELATOR
O AMOR NA VIDA É COMPENSADOR
PORQUE NOS ALEGRA COMO UM CANTADOR
NÃO QUERO TENTAR SER PROFESSOR
NEM TÃO POUCO PROVOCADOR
MAS SIM UM SIMPLES E MERO ESCRITOR
PARA O AMOR PENSEI UM LOUVOR
MAS QUE SIRVA DE REFLECTOR
Á MÁGUA QUE NÃO SE PODE TRANSPOR
PENSEI SOMENTE SER O AUTOR
DESTE POEMA QUE FALA DO AMOR
E DE TODA A PAIXÃO QUE É ELE O FUNDADOR

29/09/08
ONIL

Foto de Carmen Lúcia

Nosso Amor

Como comparar amor à dor?
Seria negar nossa própria existência
regada da sublimidade maior
envolta de enorme querência
a nos unir e nunca nos sentirmos sós.

Nosso amor... Único e onipotente...
De almas compatíveis, sentimento contundente
a quem a vida consagrou...
Sem lágrimas, sofrimento ou rancor;
embora lamente todo o desamor que vigora
e cospe agruras no mundo de agora.

Amor construído de essências,
conteúdos sólidos,
razão e emoção
caminhando lado a lado,
desprezando a embalagem,
fogo de artifício que explode,
ilude, resplandece e morre.

Se porventura a dor nos rondar
e nos flagrar colhendo sonhos,
de imediato há de recuar
derrotada por nosso sorriso,
gládio protetor e incisivo
a refletir nossa felicidade.

E o amor perfeito, cultivado,
flamejará, sacramentado
dentro de nosso coração
refazendo a crença no amor sem dor,
reacendendo sentimentos abatidos,
ressuscitando amores que morreram
antes mesmo de terem existido.

Carmen Lúcia

07/03/2010

Foto de Carmen Vervloet

Anjos de Asas Cortadas

Nascemos anjos
à medida que crescemos
absorvemos conceitos,
cresce a razão
e a dimensão do corte das asas...
Por um tempo ainda
somos Anjos com pequenas asas
sonhadores insistentes,
contratempo, contra mentiras,
contra injustiças, contra o mal
mas sobreviver é preciso
somos mortais indecisos, indecentes,
imprecisos, anuentes,
ausentes, indulgentes,
carentes, viventes, duais
as injustiças sociais, a descrença,
o desamor, a desilusão, a mesmice,
a falta de espaço
amputam de vez nossas asas.
Inertes... machucados, sangrando
já não podemos voar...
Pés colados ao chão
transigentes
seguimos a procissão
onde o santo carregado no andor
é o “santo poder dos influentes”
cego, surdo, mudo,
“santo do pau oco”
recheado com o dinheiro
roubado do povo,
exalando cheiro de fezes.
A nós só cabe dizer amém
ou então
usar o voto como arma
e em união vencer a guerra
contra a corrupção,
ferir mortalmente esse “santo”
hipócrita,
que nada entende de onirocrisia
e que nós faz desistir dos vôos
além da rotina da sobrevivência.

Carmen Vervloet

Foto de DENISE SEVERGNINI

Canta-me na voz dos teus lábios

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Canta-me na voz dos teus lábios,
Beijo que o meu silêncio apagou!
Desvenda rascunhos e alfarrábios
Pele cativa do ulterior se libertou

Sem alarme!Desamor já passou
Hoje, anseio teus arroubos sábios.
Canta-me na voz dos teus lábios,
Beijo que o meu silêncio apagou!

Chamo-te em amorosos assobios
Olvida o que no tempo se expirou
Consagra este amor sem distúrbios
Com a leveza do voejo de um grou
Canta-me na voz dos teus lábios!
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