Dedos

Foto de Dennel

Utopias

Eu
Carrego flores encantadas
Nos dedos formosos

Eu
Com meu formoso sorriso de deus enfeitiçado
Tomo-te por minha namorada

Eu
Amo-te em versos
Desejo-te junto com o universo

Eu, somente Eu
Quero beijar teus lábios carnudos
Ter em meu peito teus seios desnudos

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Sirlei Passolongo

Para Tocar o Amor

Para tocar o amor
é preciso sentir os dedos
trêmulos, sem jeito
a vasculhar caminhos
secretos
indiscretos
Sentir o pulso
convulso
A mente
Insana, mundana
A gana dos dedos
que percorrem
e exploram caminhos
do corpo... como
os dedos que fazem
cantar o violino.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de kangurus

Adoro Acordar

Adoro acordar
Olhar para o lado e te tocar
Passear meus dedos
Na tua pele que revela segredos.

Adoro acordar
E sentir teus lábios me beijar
Ouvir meu coração
Dizer ao teu minha paixão.

Adoro acordar
Só por te amar..

Foto de Sonia Delsin

SIMULTANEIDADE

SIMULTANEIDADE

Duas almas num encontro incomum.
Num tempo altamente dolorido.
Um encontro providenciado pelos dedos do infinito.

Foto de bomboca

O teu nome

Quero saber teu nome,
Escreve-o em mim com os teus dedos-
Como se escrevem as areias
Nas praias de ventos fortes
Sopra-mo no ouvido como brisa morna
Enfunando as velas da nau ao
Morrer mais um dia
E deixa-me o corpo em êxtase
Diz-me como poema ao íntimo
Com a boca trêmula de volúpia
Como conquista o amante
O tímpano da gruta quente da
Mulher amada com a língua
Dize-o em sussurro açucarado
Como tatuasse o meu peito ávido
Pelo lado de dentro
E encosta teu corpo ao meu
Deixa-me mergulhar águas viscosas
Escreve-o profundo como
Canivete numa árvore de vida longa
Faz-me estremecer de prazer
E, antes de partires,
Pousa-o nos meus lábios devagar
Ninguém olvida um corpo que teve
Nos braços um momento
Um nome sim. Talha-o em mim
Para sempre

Foto de carlosmustang

O DIA QUE:"UM HOMEM NÃO ENXERGOU"

Certo dia um homem acordou
Tentou compreender porque não via nada
E ele moveu seus olhos para a janela
Mas não enxergava a lua que aida pairava no céu
E então ele tentou enxergar a mulher que dormia ao seu lado
Ele tentou, mas não a via, ficou desesperado...
Ai ele foi para outro quarto
Mas não enxergou suas filhas
Seguiu para o quarto do caçula
Que dormia...
Tentou, mas também não o enxergou
Levou as mãos aos olhos marejados
Lembrou do passeio que planejava com o filhinho
Mas sempre deixava pra outro dia, porque tempo nunca tinha
Esfregava os dedos nos olhos, mas o brêu permanecia
Virou se pra fora e percebeu que amanhecia
Ele correu pra ver o sol, que já aparecia
Não enxergou, mas ele não desistia
Há muito ele não notava a beleza das pessoas a sua volta
Elas passavam a sua frente e desejavam "Bom Dia"
Então sentou-se a calçada
Se pôs a chorar, mas as lágrimas não emanaram
Ele tentou sorrir, mas sua face intácta ficava
Quanto mais aflíto ele estava, uma solução não encontrava
E então lembrou se de um livro que ficava como méra decoração à sua estânte
Levantou-se e voltou ao interior da sua casa
Abriu o LIVRO, seu olhar ascendeu...
E o homem voltou a enxergar, quando viu as palavras de DEUS.

Foto de Sonia Delsin

UM LEVE PASSAR DE DEDOS

UM LEVE PASSAR DE DEDOS

Foi um olhar tão breve.
Um passar de dedos tão leve.
Foi tudo que tivemos naquele dia tão distante.
Mas marcou a minha vida.
Nunca antes me senti tão querida.
Momentos como este são únicos em nosso viver.
Guardamos até morrer.
Foi um leve acariciar...
Foi um tempo que Deus veio me proporcionar.
Será que um dia da mesma forma conseguirei amar?
No meu caminho vieste para retirar um espinho.
Vieste marcar tua presença com uma carícia que em minha alma tocou muito fundo.
Tu foste a resposta que sempre busquei no mundo.

Foto de Maria Goreti

Lembranças

Hoje acordei cedinho,
Abri o baú de lembranças,
Retirei as bonecas,
Os vestidos de chita...
Laços e mais laços de fita.

Corri com os pés descalços,
Cortei o dedo no caco de vidro,
Queimei o braço no ferro de soldar,
Pisei no espinho da roseira, ai...
Como coça o bichinho de pé!

Comi o doce de goiaba,
Lambi os dedos e sorri
Com a cara suja,
De doce e de terra,
Nariz escorrendo... Eca!

Lavei o rosto na água da fonte,
Tomei banho na bacia.
Dei as mãos às amiguinhas
E brincamos de roda
E amarelinha... Jogamos peteca.

Fomos à Missa...
O padre bebeu vinho
E nos deu um gole
Num pedacinho de pão...
Foi a nossa Primeira Comunhão!

Papai e mamãe se beijaram...
Eu os vi, na cozinha, abraçados.
Enquanto ela passava os bifes,
Ele os pegava e, sem que ela o visse,
Dava-nos um pedaço.

Sapatinhos na janela...
Papai Noel chegou, olhou...
Pela manhã a surpresa...
Um anel de ouro, de pedrinha azul...
Uma água marinha!

Meias e calcinha bordadas em rococó,
Um vestido branco de laise de organdi,
Rendas, e laçarotes de cetim,
Um bolo confeitado sobre a mesa,
Uma pose para uma fotografia.

Da janela olho o mar...
Meus olhos transbordam.
Uma lágrima saudosa,
Cai na areia da praia
E some...

Piratas, marinheiros, princesas,
Fadas... Fábulas de Esopo e de Da Vinci...
Bolas, bonecas, peões, peteca,
Sonhos de “Cachinhos Dourados”,
Voltam ao velho baú...

Apago as luzes do sótão...
Abro as janelas do hoje.
Há sol lá fora.
O vento canta...
Sopra as areias do tempo!

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES - 12/10/07

Foto de altairoliveira

Sintomas de Ausência Tua

SINTOMAS DE AUSÊNCIA TUA

Chove lá fora e é inverno no meu peito
A tua ausência desenha um mundo cinza
O teu contágio latente manifesta
Garimpo o teu perfume rarefeito...

Tudo em mim te cobra e te precisa.
Meu coração de válvula sangrenta
Me impregna na mente e me ordena:
“Te procurar feito louco entre as caras!”
Me põe na rua atropelando medos
Pra te encontrar no sul da madrugada
Nua de todo e qualquer que nos separe
Ardendo em febre e o amor preso entre os dedos.

Altair de Oliveira - In: “Curtaversagem ou Vice-versos”

Foto de Sirlei Passolongo

Prece de um menino

Deus!
Sempre ouço falar que o Senhor
Cuida das crianças
Manda seus anjos para protegê-las.

Por isso Deus! Me escuta
Eu tenho tido tanta fome!
Nem me lembro
a última vez que sentei numa mesa
e comi um prato de arroz com feijão
Os meus pés, ah! Eles doem tanto!
Estou usando um chinelo
que já não protege os meus dedos
E minhas roupas
não tapam mais direito as minhas costas
Eu tenho sentido tanto frio
nas noites de inverno!

Sabe Deus!
Outro dia
vi um menino saindo de uma lanchonete
Ele deve estar sendo protegido
por esses anjos que o Senhor manda
Estava com um tênis desses caros,
que nem sei a marca
Como diz uns amigos meus,
Ele vestia umas roupas da hora
Além disso, uma mulher e um homem
seguravam suas mãos

E eu Deus!
Vivo a mendigar algumas migalhas
Para tentar me alimentar
Vez em quando
o moço da lanchonete me dá alguns salgados
que não foram vendidos no dia anterior,
Também ganho algumas bananas
que o homem da quitanda ia jogar fora
E não tenho nem uma mulher
e nem um homem para segurar minhas mãos.

Por isso, Deus!
Me escuta!
Manda seus anjos para me proteger!
Eu preciso muito deles!
(Sirlei L. Passolongo)

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