Dança

Foto de andrecard

Sou apenas

Sou apenas eu,
eu que te vi e nada falei
eu que na dança me apaixonei
eu que na escola me apresentei
eu que na rua te procurei
eu que na festa não te encontrei
eu que no quarto te beijei
eu que te amei
sou eu quem voce surpreenteu
sou eu quem voce enloqueceu
sou eu quem voce fez aparecer
sou eu quem voce disse conhecer
sou eu quem voce um dia disse ter
sou eu quem não se esquece de voce
sou eu que como criança se perdeu por voce
eu que nunca vou me esquecer de voce
eu que trabalhei mais com voce nunca fiquei
eu que como passaro nos seus bracos voei
eu qeu como rosa nos seus labios desbrochei
eu que um dia escutei voce dizer
que me amava mais como amigo

Foto de Dirceu Marcelino

SONHOS DE MENINO II - RETORNO DA LOCOMOTIVA Nº 58 DE PORTO FELIZ PARA SOROCABA

POESIA
MARIA DO CARMO

Eu me lembro bem de você assim!
Pelos trilhos da Estação Sorocabana
Rodavas em movimentos sem fim

Vinhas da oficina sempre assim...
Toda engraxada e ilustrada...
E apitava sempre assim...

Eras como uma jovem fogosa
Entravas como estivesse num salão
Dançavas de forma estrepitosa

Com o jovem em idade nupcial
Rodavas em movimentos sem fim
Como dançasses na estação principal...

Tiravas os vagões
Como se fosse para dançar
De grandes composições

Levava-os até a oficina
E depois os repunha no mesmo lugar...
Essa era a tua sina.

Lembro-me que te chamavam “manobreira”...
Posteriormente, conheci outras que faziam assim
Em vários ramais das ferrovias brasileiras.

Agora ao te ver nessa estação secundária
Eu te pergunto:
O que fazes aí toda sedentária?

Ah! Eu entendo e respondo por ti.
Tu me vias com olhar de menino
Com o coração cheio de amor...

E na realidade as coisas não são bem assim...
_Rodei muito! Não era dança o que vias
Era trabalho árduo e sem fim...

Trabalhei nos trilhos de Ipanema
Puxando lâminas de ferro
Até o tronco principal...

Viajei por outras paragens
Até o rio Tietê em Porto Feliz
Transportei cana de suas margens

Levei para o engenho central
E prá levar a sacaria fiz muitas viagens
Até o tronco principal...
Até o tronco principal...
Até o tronco principal...

Também transportei muita gente
Em inúmeras viagens
E por isso sou feliz

Sempre rodei pelo tronco principal
Mas estive estacionada
No parque do “Quinzinho”

Lá comecei a me deteriorar...
Embora fosse só um tempinho
Mas encontrei gente prá me olhar...

Então me levaram para Anhumas
E por nobres homens operários
Minhas peças uma a uma

Pela ABPF foram restauradas
E foi lá que tu me viste.

Sei que tens saudade!
Agora estou de volta,
Prá esta bela cidade.

Cheia de fôlego e pronta pra rodar...

Mas não sei por que fico estacionada
É só me darem água e lenha,
Botarem fogo na fornalha

Que eu começo a rodar assim...assim...sssim...sss
Como antes por este ramal...
Já andei por aqui sim...sim......

Muito antes de nasceres
E irei até o fim...assim...assim...
Se de mim tu cuidares...

Rodarei assim, assim...assssim...
Neste ramal de Votorantim

Sorocaba, 16de outubro de 2010-10-16
Dirceu Marcelino

Foto de ernesto pinto

professora és meu verso

Professora és O meu verso
Eliane você és o meu verso
Minha melodia
Meu canto coral
Meu paladar
Meu universo
Tu és a clareza dos meus pensamentos
É s meu cativeiro
A minha estrela da alva
A sombra de o meu acordar
És dança da minha esperança
A flor mais linda e mais doce, que eu já beijei
A noite que nunca passa
O luar sem falsidade,
A novela sem autor
O medo sem motivo
Olhar sem cor
A razão sem vitima
A heroína do meu silencio
O canto sem dança
O silencio sem motivos de ser
Eliane você me fizeste refém do seu olhar
Vitima das suas aulas,
Eliane é a professora dos meus pensamentos
Sim me fizeste refém do seu ser
Por favor, prenda me ao seu lado,
Mas sem criar dores em mim

Autor Ernesto pinto

Foto de Carmen Lúcia

Bailarina (2)

Do glamour de sua arte atenho-me nas rimas
no talento que a conduz me perco em cada linha
toda graça que a seduz me deixa entorpecida
ao girar em piruetas me transporto a outro mundo.

Cada passo combinado caminha a minh’alma
entre gestos delicados peregrina minha calma
no torpor de sua dança me enlevo no compasso
rodopio em arabesques desenhados em meus sonhos.

Em coerência com sua imagem crio minha fantasia
na melodia que a aplaude soa minha reverência ...
Refletidos pelos cantos, encantos em coreografia
em sua página escrevo a mais pura poesia.

_Carmen Lúcia _

Foto de Paulo Gondim

Ausência

AUSÊNCIA I
Paulo Gondim
01/10/2010

Um sonho lindo me arrebatou
Que uma linda mulher me amava
Com todas as forças de seu coração
Um amor intenso, lindo, verdadeiro
Um amor sem limites, como se fosse o primeiro

E o sonho se perpetuou.
Atravessou o tempo
Transpôs bosques e colinas
Andou por prados floridos
Dançou a dança dos contentes
E outros sonhos se fizeram presentes
Na eterna magia dos sonhos
Como se não houvesse amanhã
Como se o dia fosse somente o hoje
Como se o tempo parasse
Como se tudo tivesse o sabor de maçã

E essa mulher transitou em cada pensamento
Orbitou em mim, no meu melhor momento
Como posseira que se fez dona
Me tomou por inteiro
Fazendo tudo puro e verdadeiro

E como o tempo que passa lento
Sem que ninguém possa vê-lo, ela se foi
Deixando meu coração cheio de saudade
Desencantado diante dessa realidade

E, na impossibilidade de vê-la,
Na ânsia constante de tê-la,
Mergulho na lembrança boa
Dos momentos que vivi ao seu lado
Lembro, penso e fico calado
Ouvindo o vento que ainda soa
Como música de sua voz macia
Quando dizia o quanto me queria
Recolho-me a meu eterno silêncio
Acostumo-me e me rendo à impaciência
Questiono-me do porquê dessa ausência
.

Foto de jorge luis de oliveira

PASSEIO A CONSERVATÓRIA

O PASSEIO A CONSERVATÓRIA

Jorge Oliveira - 24 /05/2010

Não sou poeta, longe disso, mas, às vezes, me inspiro em algumas situações, ocasiões, momentos ... E um passeio à Conservatória realizado pelo Grupo Alegre Seresteiro jamais poderia cair no esquecimento.

Foram três dias mergulhados em cultura, lazer, artes, diversão e felicidades. Tudo foi perfeito, desde motorista muito eficiente, cuidadoso e prestativo, até chegar ao hotel lindo e acolhedor, com uma cozinha farta e bela e dos nossos apartamentos uma bela vista da janela.

Isto é Conservatória: passamos pelo túnel que chora, pelas ruas da pequena cidade, pela casa da cultura, pelo museu, igreja, pracinhas, lagos e lojinhas, tudo tão simples, porém, de uma beleza, cuja singeleza de dar inveja aos olhos de qualquer mortal; os seresteiros e artistas tão talentosos que os shows e músicas apresentadas, seja na rua, nas travessas ou nas calçadas, embalam os corações de forma séria ou até mesmo de brincadeira e o amor respira no calor e na emoção de uma canção.

As madrugadas foram divinas, tanto, crianças, como adultos, velhos, meninos e meninas, acompanhando os seresteiros pelas ruas de Conservatória e nós Alegrenses do Grupo Alegre Seresteiro, cantando junto a eles, músicas do nosso cancioneiro - uma emoção que entrou para a história.

Esse foi nosso passeio à Conservatória: o grupo não poderia ser melhor, foram amigos, construindo amizades e, tornando-se cada vez mais, tão próximos, que quando o passeio estava chegando ao fim, a começar por mim, todos já estavam morrendo de saudades.

Foram muitas brincadeiras, cantorias, passeios, shows e alegrias. Muitos se revelaram: na dança, no garfo, no bolso, na graça, no silêncio e até na saliência. Mas, tudo com muito respeito, sem nenhuma ofensa, digno de um grupo de amigos que tiraram esses três dias para brincar, divertir e curtir a vida e receberam em troca toda essa recompensa.

As festas foi um caso a parte. A festa árabe, deixou saudades, o grupo brincou, dançou, cantou, numa tenda linda e num ambiente gostoso, com uma grande mesa de comida árabe, vinhos, tudo perfeito, organizado, sem correria ou fila, foi tão boa que ao final da festa teve amigos nossos que queriam a todo custo “ir buscar Dalila”.

Conservatória é isto: alegria, paz, cultura, diversão e felicidades. Retornamos ao nosso cotidiano na certeza de que num futuro breve voltaremos, pois já estamos morrendo de saudades.

Foto de Jessik Vlinder

INSANA

Vou rasgar minha roupa
E gritar “Me faz tua!”
Morder-te a boca
Provocar-te nua!

Me beija, me morde
Me pega e me aperta
Me olha nos olhos
E diz “És a certa!”

Molesta meus seios
Verte neles tua saliva
Excede teus anseios
Sou tua cativa

Quero ter tua língua
Incitando meus gemidos
Entre as sinuosidades
Não há nada proibido!

Puxa meu cabelo
Me pega por trás
Me põe de quatro
E diz “Geme mais!”

Por todos os cantos
Consome, me come
Em atos insanos
Pronuncia meu nome

Estremece nossos corpos
Me abala por inteira
Numa dança inédita
Sou tua parceira perfeita

Jessik Vlinder

Foto de MARCELO NAZARIO

SEDUÇÃO, TEU NOME É MULHER

Quente sangue da Iansã
Bailarina cigana dos véus estilizados
Dos adereços e chocalhos em profusão
Da sedução materializada em mulher
Qual “Carmem” densa e visceral.

Da dança incomum
No Kabuki que protubera em exagero,
Em multicores que berram
Faz-me czar do seu rumo
Monitor da sua carne
Porquanto prenhe cotidiana do desejo
Parideira diária da seiva superlativamente preciosa.

Dos quadris, a natureza selvagem
A arma branca que mortifica;
E dá vida
À mulher que lanha
Me assanha
Manipula minha libido
E rasteja
E morde
Deixa fluir sua latinidade
A verdadeira e bruta bonança
Nomenclatura erudita do mais puro prazer.

Videira eivada da uva mais nobre;
De uma casta sem par
Sou menino à espera do teu cacho maduro,
De um oceano composto pelo vinho mais raro
Que me entorpece pela flagrância única
E sublima-me pelo paladar singular.

Então vôo;
Travestido de piloto
Assumo o manche das muitas mulheres que me ofereces;
Numa eterna fogueira de incontido deleite
Usam-me as devassas,
Sobra-me tu, “Sherazade”.

Foto de Arnault L. D.

Dança e canção

Uma linda canção
quero dançar contigo.
Uma musica suave.
Vou tomar a sua mão
e seguir consigo
juntar as nota e voar como a ave

Te envolver em meus braços,
apertar seu corpo ao meu.
Sentir seu cabelo e respirar
guiar nossos passos
apenas você e eu
a girar, girar e girar...

Na curva de sua cintura,
seu pescoço e perfume,
sentir sua boca perto a minha
e que a minha procura...
Como uma flor ao lume,
como ao céu a andorinha

Haverá musica em nossa dança
sob a penumbra e pulsação,
no ritmo de um só coração
que para você me lança,
e a toma em assalto e canção
a toca-la como a um violão

Nossos desejos em parceria
fazer um solo, leva-la ao solo,
e improvisar desenhos e rotas
a fazer a fantasia como gostaria
num bailado sem dolo
para o crescente das ultimas notas

E em cada minuto e compasso
que estivermos a bailar,
colado ao corpo e seu ventre,
será musica e amor que faço
em sua boca e alma tocar
nas notas e dança, que adentre

Foto de Zami

Didier Euzet

Didier Euzet

Podemos voar e percorrer o caminho da esperança
Se encontrar com a plenitude
Onde a paz reina
Aflorando a sedução
Fazendo os neurônios captar toda mágica das notas
Reconhecer o amor
Sentindo o corpo tremer na dança
Profundo êxtase

Chorar porque não seremos eternos
Recolhendo as faíscas de alegria
Tentando guardar por mais tempo a felicidade
Viver é divino

Zamy Pesci

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