Cuidado

Foto de Rose Felliciano

Falso brilho das trevas

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“Chegou-me na Primavera
Trazia flores tão belas...
Nos olhos, todo o fulgor
Na boca, declarações de amor...

Não cumpriu o que prometeu
Sonhos deixados para trás
Parecia presente de Deus
Mas era obra de satanás.

“Nem tudo o que reluz é ouro”
O coração é um tesouro
Devemos ter mais cuidado

Depois de saciado, o cordeiro vira fera
Cai a máscara, revela-se...
Falso brilho das trevas.” (Rose Felliciano)

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*Mantenha a autoria do Poema*

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Sempre quis criar um poema inspirado na música Bella senz'anima e estou muito feliz por ter conseguido. É um poema amargo e de palavras duras. Mas, infelizmente, real em muitos relacionamentos... Espero que gostem...

http://www.rosefelliciano.com/visualizar.php?idt=1227192

Meu eterno carinho,

Rose Felliciano.

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

"MINHAS ESCOLHAS "

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Sou responsável por minhas escolhas,
Dentre as escolhas, está a vida,
A alegria o jeito de viver,
Fazer acontecer....

Eu escolhi que quero viver!
Fazer a vida acontecer.
Assistir um novo amanhecer.
Ver meu filho crescer!
Dar o melhor de mim
Para ele sempre aprender!

Escolhi quero aproveitar.
O que a vida me dar.
Poder amar.
Poder conquistar.
Poder chegar..
Em algum lugar...

Escolhi meus caminhos,
Claro! Sem espinhos.
Dando e recebendo carinho.
Mas se espinhos
Pelo caminho encontrar,
Irei com todo
Cuidado desviar.

Escolhi que vou seguir,
Vou partir,
Mesmo que um dia
Eu possa desistir.
E voltar de onde parti.
Mas escolhi tentar!

Escolhi que serei responsável
Pelas minhas escolhas,
Mesmo que elas venham
Trair-me, mesmo assim
Terei consciência,
Que minhas escolhas
Serão sempre tomadas
Com prudência.
Não depende de nós o que
Vem-nos a mão.
Mas depende de nós,
saber fazer as escolhas!

*-*Anna A FLOR DE LIS.

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http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

"O Tempo - Minutos e Segundos"

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Alguns minutos e segundos, fazem a diferença.

Em alguns segundos, lançamos um olhar.
Um beijo de um minuto faz o amor se elevar.
Um telefonema em um minuto,
Faz alguém se alegrar.

Um e-mail bem resumido,
Em cinco minutos,
Digita-se e envia.

Um simples gesto de carinho,
Em um minuto da pra manifestar.
Um beijo de despedida,
Faz alguém de ti lembrar.

E quando você chega.
Um beijo de boas vindas,
Faz o mundo de alguém se alegrar.

Você nunca tem tempo,
Para lançar um olhar.
Seu telefone parece
Não saber usar.
Um e-mail não,
Tem paciência para
Digitar.
O pouco de carinho,
Nunca tem tempo para dar.
Sai de casa nem se despede,
E quando chega não se anuncia.
Você tem tempo para os problemas.
Para os desafios para derrotas.
Mas você não tem tempo,
De perceber alguém do seu lado
Que vive arrumando tempo
Para amar você.
“Cuidado que o tempo”
Este!... Pode enganar você.
E quando você menos perceber.
O tempo tira de você,
Alguém que viveu o tempo
Todo pra você.
Querendo te mostrar o tempo
De se viver!!!
Arrume um tempo pra você
Ou o tempo vai engolir você.

*-* Anna A FLOR DE LIS.

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Foto de Sonia Delsin

ELEONORA

ELEONORA

Conheci Eleonora numa festa há alguns anos. Ela era uma mulher pequenina e muito bonita. Meu filho caçula se a tivesse conhecido decerto diria que ela era uma "baixinha gostosa". O mais velho diria que era uma pequena sereia.
O fato era que Eleonora era uma bela mulher e tinha o corpo muito bem feito. O rosto era sensacional, a boca carnuda; olhos oblíquos, intensamente azuis. O bumbum era redondinho e arrebitado e levava qualquer homem a olhar mais de uma vez.
Quando ela soube que eu gostava de escrever quis me contar sua história e eu tento transcrevê-la aqui neste conto:

Cresci numa fazenda do interior do Brasil em meio a bois e cavalos. Meus pais eram moralistas e criaram a mim e a meu irmão na mais rígida educação. Minha mãe não me deixava jamais vestir calças compridas e montar.
Eu via Jorginho montando lindos cavalos e aquilo me deixava enfezada. Por quê não eu? O que havia demais em ter nascido sem aquilo no meio das pernas?
Claro que eu sabia a diferença que existia entre nós dois. Eu nascera com aquela fenda e ele com um apêndice. Escondidos de mamãe nós tomávamos banho de cachoeira completamente nus. Foi o idiota do Chicão que nos surpreendeu um dia e contou ao papai.
Jorginho era um ano mais novo que eu e me adorava. Eu também amava aquele menino sardento e irrequieto.
Havia também na fazenda os filhos dos colonos: Mariana e Marcelo. Eles eram mulatinhos e muitas vezes também conseguimos driblar a vigilância de mamãe e brincamos juntos. Marcelo era uns dois anos mais velho que eu e tinha o pênis bem maior que o de meu irmão. Quando nadávamos nus ele encostava aquele enormidade em mim e eu achava tão bom.
Papai me dizia que eu precisava tomar cuidado com a minha fenda porque ela poderia ser o motivo de minha perdição. Na época eu não conseguia entender o porquê de uma coisa daquelas ser prejudicial a alguém.
Eu era uma menina esperta e aos doze anos parecia ter pelo menos quinze. Foi nessa época que Marcelo mudou-se da fazenda.
Antes de mudar-se ele me pediu uma prova de amor e eu me entreguei a ele. Foi em meio ao feno e ao fedor de estrume que nós nos pertencemos. Ele estava trêmulo quando arrancou meu vestido. Foi uma penetração difícil porque ele era muito bem dotado e éramos completamente inexperientes. Sangrei muito e chorei de dor. Nós dois queríamos que o pênis dele me penetrasse inteira; mas não conseguimos de forma alguma. Nós nos movimentávamos para baixo e para cima como estávamos acostumados a ver os cavalos fazendo com as éguas --escondidos espiávamos, é claro). Depois de várias tentativas Marcelo acabou gozando nas minhas coxas. Eu não conseguia crer que fosse assim.
Tempos depois nós também nos mudamos para a cidade e conheci Alfredo. Este era um vizinho e possuía os olhos mais azuis deste mundo. Esqueci-me completamente de meu amiguinho de infância e me apaixonei por ele. Alfredo era um rapagão esnobe e não me dava a menor bola. Tinha treze para quatorze anos e ardia por ele.
Nas noites intermináveis eu precisava masturbar-me para conseguir conciliar o sono. Era pensando naqueles olhos intensamente azuis que eu me masturbava. Nunca parei para pensar como seria transar com ele. Era pelos olhos dele que eu havia me apaixonado.
Fomos apresentados um ao outro numa festinha que meus pais deram para comemorar os treze anos de Jorginho.
-- Prazer. Você é bonita. -- Pensei que você nunca houvesse me notado.
-- Não dá para não notar você, apesar de ser tão baixinha.
Os olhos eram ainda mais lindos de perto. Mas a voz tão arrogante!
Ainda nos falamos umas banalidades e só no final da festa ele me arrastou para um canto escuro e esfregou-se em mim.
-- Quero você.
-- Agora?
-- Encontre-se comigo amanhã atrás da varanda, embaixo daquela grande figueira.
Não consegui dormir a noite toda. Como seria transar com aquele gato?
Ele estava lá na hora combinada e nos deitamos no gramado. Alfredo me garantiu que todos da casa haviam saído. Ele arrancou rapidamente minha saia e minha calcinha e abaixou a calça. Foi tudo muito rápido e só depois de tudo terminado é que pude notar que ele era muito magricela e que tinha um pinto pequenino que não poderia nem ser chamado de pênis comparando-se com o do primeiro homem de minha vida.
Não me satisfez em absoluto e depois desta transa eu nem quis mais encontrá-lo.
Nos anos subsequentes dediquei-me de corpo e alma aos estudos.
Os rapazes começaram a dar em cima de mim e não achava graça em nenhum deles. Jorginho vivia rodeado por garotas e reclamava com mamãe que eu acabaria ficando solteirona.
Nessa época eu já completara dezoito anos e nunca tivera sequer um namorado. Minha experiência amorosa era nenhuma e sexual só acontecera de ter tido aqueles dois encontros que marcaram a minha vida.
Sentia um medo danado de não sentir prazer da próxima vez e vivia adiando um novo encontro com alguém.
Conheci Sérgio quando passei no vestibular para Odontologia. Eu vivia dizendo a papai que não era o que eu sonhava para meu futuro, mas ele praticamente me obrigava a estudar o que achava que seria bom para mim.
-- Você gosta de Odonto? Perguntou-me ele.
-- Não é bem o que eu queria.
-- Então por que optou por isso?
-- Não foi bem assim. Optaram por mim.
Sérgio olhou-me com seus enigmáticos olhos pretos.
-- Você parece ter personalidade. Não consigo entender.
-- Quero evitar discussões inúteis.
-- Mas trata-se de sua vida.
Pegando minha mão na sua ele puxou-me para um banco.
-- Quer namorar comigo?
Eu precisava tentar pelo menos. Vivia tão só nos últimos anos.
-- Topo.
Ele beijou-me e a sensação foi boa. Senti ferver novamente um vulcão que eu imaginava extinto. Sua língua começou a explorar a minha boca, suas mãos acariciaram meus mamilos e eu senti que poderia sentir prazer ao lado de um homem.
Nos primeiros dias ficávamos nos abraçando e nos beijando até que ele me levou para seu apartamento, e lá eu pude descobrir que mesmo um homem de pênis tamanho normal poderia me proporcionar muito prazer.
Ele me beijou inteira e deixou meu corpo todo desejando-o. Sua língua me explorava toda enquanto suas mãos também procuravam pontos em mim que me deixavam completamente excitada.
Foram as duas horas mais loucas de minha vida e jamais pensei que um dia pudesse ser daquela forma. Eu nem imaginava que um dia faria sexo oral e anal. Aconteceu com ele e foi muito bom.
Sérgio deitou-se relaxado ao meu lado e perguntou-me baixinho se havia gostado. Ele sabia que sim e só perguntara por perguntar.
Namoramos por dois anos. Eu continuava a estudar Odontologia.
Papai faleceu quando eu começava o terceiro ano. Desisti do curso e comuniquei a todos que voltaria a morar na fazenda. Era o que eu queria para mim.
Neste meio tempo acabamos terminando o namoro.
Mamãe também disse que ficaria morando na cidade com Jorginho, que também já estava na faculdade.
Não me importei de voltar só para lá; pois era o que eu sonhava. Viver entre bois, cavalos, estrume. Eu adorava cavalgar pelas nossas terras e mamãe não tinha pulso com os empregados. Eu sim saberia lidar com eles.
No início senti falta de Sérgio, das vezes em que ficávamos em seu apartamento; mas sexo não era tudo na vida. Era muito bom, mas não era tudo.
Em poucos meses na fazenda eu soubera me impor e todos os empregados me respeitavam muito.
Vivia vestindo roupas de montaria e foi cavalgando que conheci Luciano.
Era um homem feio. A pele marcada por acne, olhos verdes e frios. Ele vestia um jeans imundo e as botas estavam sujas de estrume. Era verdade que eu também vivia no meio de bois e minhas roupas eram grosseiras, mas procurava me manter limpa.
A princípio aquele homem rude me causou asco.
-- Pode me dizer que horas são?
-- Por que quer saber as horas neste fim de mundo?
-- Talvez pelo mesmo motivo que a senhorita esteja usando este relógio no braço.
Não gostei dos modos daquele estranho que encontrei enquanto cavalgava. Apertei o pé no estribo e Samara disparou num galope. No início ele pôs-se a me seguir, mas o cavalo em que estava montado não era um puro sangue como a minha Samara.
Chegando em casa desmontei a bela égua e deixei-a aos cuidados do Namberto. Tomei um banho e desci para almoçar.
A Albertina me avisou que tínhamos visita.
-- Quem está aí?
-- O novo vizinho.
-- Como é ele?
-- Um homem estranho. Fede que só ele.
Imediatamente lembrei-me do homem que havia encontrado. Seria o mesmo?
Chegando à varanda eu o vi parado, me esperando.
-- Peço que me desculpe pelo ocorrido, vim só para oferecer meus préstimos.
-- Fico agradecida -- disse sem saber se devia estender a mão.
Ele notando meu constrangimento foi dizendo:
-- Não se preocupe em me estender a mão senhorita. Desculpe-me pelo estado em que me encontro. Foi um problema que tivemos esta manhã. O touro rompeu a cerca e tivemos um trabalho danado para juntar a boiada. Fui grosso lá na estrada e vim pedir desculpas.
Ele se apresentou e eu pude observar que era realmente um homem feio, mas havia alguma coisa diferente nele. A verdade é que ele me atraia.
Dias depois ele apareceu na fazenda montando um lindo cavalo árabe.
-- Acabei de comprar. Gostou?
Eu era uma admiradora de cavalos de raça e lhe disse que era lindo demais.
Conversamos algum tempo sentados nas grandes cadeiras de vime da varanda e Albertina nos trouxe um suco de frutas bem geladinho.
Pouco tempo depois já nos falávamos como dois conhecidos de longa data. Ele me contou que havia se separado da mulher e que comprara aquelas terras para se instalar de vez ali.
Eu também lhe falei que pretendia passar o restante de minha vida naquelas terras que eu tanto amava.
-- E sua mãe? Seu irmão?
-- Mamãe gosta demais da cidade e meu irmão está estudando medicina.
-- Não se sente só aqui?
-- Às vezes.
Ele me disse que poderia voltar mais vezes para conversarmos.
Na despedida segurou algum tempo minhas mãos nas suas e uma corrente elétrica passou por todo meu corpo.
Luciano voltou outras vezes e acabamos nos tornando amantes. Descobri que ele conseguia me envolver emocionalmente mais do que sexualmente, mas era bom. Ele tinha um charme especial e sabia agradar uma mulher.
Um dia lhe perguntei porque não dera certo o primeiro casamento e ele me disse que a ex-mulher se apaixonara pela amiga.
Eu não me casaria com ele mesmo que me pedisse. Queria deixar as coisas como estavam. Quando ele queria vinha me ver e quando eu o queria ia ao seu encontro. Para que modificar o que estava sendo tão bom?

O nosso capataz sofreu um acidente fatal e eu precisava urgentemente de outro. Foi Luciano que sugeriu um homem que ele conhecia bem.
-- É um mulherengo, já aprontou das suas. Tenho um amigo que já perdeu a mulher por causa dele, mas acho que não tem nada a ver.
-- Então o que está esperando? Preciso deste homem para ontem.
-- Se tudo correr bem amanhã mesmo ele estará aqui.
No dia seguinte à tardinha Albertina veio me informar que o rapaz havia chegado.
Fui rapidamente atendê-lo. Precisava logo resolver aquela situação.
Um mulato alto estava de costas para mim e ele olhava tudo à sua volta.
Quando ele voltou-se para mim um sorriso enorme se estampava em seu rosto.
. Então era ele o tal homem? Agora eu podia entender o porquê de um homem perder a esposa para tal sujeito.
Fiquei sem ação. Marcelo estava diante de mim.Devia correr para seus braços, estender a mão?
Sorri gostosamente e gaguejei:
-- Que saudades! Que surpresa boa!
Foi ele que correu para me abraçar e sussurrou em meu ouvido:
-- Desculpe-me se faço isso. Fui louco em vir até aqui. Não conseguirei jamais ser um empregado seu.
Afastei-o delicadamente e pus-me a examiná-lo de cima a baixo. Vi que se tornara um homem alto e bonito demais. O corpo atlético e atraente. Lembrei-me de quando nadávamos nus em nossa infância. Lembrei-me daquela vez em que me entreguei a ele no meio do feno.
Só então me dei conta de que nunca quis um homem em minha vida mais do que quis aquele.
Foi a minha vez de abraçá-lo.
Albertina que se empregara na casa há pouco tempo estranhou aquela cena.
Era verdade que o tempo tinha passado, mas ele havia voltado e só isto me importava naquele instante.
-- Nunca consegui esquecê-lo.
-- Nem eu consegui esquecê-la.
Olhei-o diretamente nos olhos procurando a verdade e convidei-o para conversarmos sentados na varanda.
Albertina entendeu que eu queria estar a sós com ele e afastou-se.
Perguntei por onde andara, o que fizera da vida e se ainda estava solteiro. Ele respondeu que ainda estava "solteirinho da silva". Tivera um caso ou outro.
Sorrindo ele não se cansava de repetir:
-- Nunca me amarrei a ninguém. Acho mesmo que nunca a esqueci. Lembra-se daquela vez? Eu fiquei tão preocupado achando que a tinha machucado. Parti daqui me sentindo um verme. Tinha medo de me aproximar de uma moça e machucá-la. Fiquei mesmo traumatizado e foi só depois de muitos anos que consegui estar com uma mulher. Aos poucos fui apreendendo a lidar com ele -- dizendo isso ele abaixou os olhos em direção ao seu pênis. Você me perdoou por ter agido daquela forma?
Não pude deixar de rir e dizer que éramos completamente inexperientes. Fora só por isso.
Ele foi taxativo em afirmar que jamais conseguiria ser meu empregado e quando já ia se despedir sugeri que ficasse mesmo assim. Teríamos uma relação de amizade e ele me ajudaria enquanto eu não conseguisse outra pessoa.
Marcelo concordou em ficar, por uns tempos.
Luciano ficou me olhando com aqueles olhos gelados enquanto eu lhe contava que o Marcelo crescera na fazenda ao meu lado.
-- Você fala dele de um jeito.
-- Não diga que está com ciúmes!?
-- E não é para estar? Seus olhos brilham enquanto você fala dele. E pensar que eu é que tive a idéia de trazê-lo para trabalhar aqui!
Luciano socou a mesa violentamente.
Eu nunca soubera lidar com um homem violento. Procurei agradá-lo, mas só consegui piorar a situação.
-- Ele a atrai, dá até para um cego ver. E você também o atrai.
Luciano saiu resmungando, montou o belo cavalo árabe e saiu galopando feito louco. Suspirei fundo.
Marcelo se aproximou de mim e pegando a minha mão foi dizendo:
-- É melhor que eu me vá logo daqui. Estou atrapalhando a sua vida. O seu namorado está com ciúmes de mim. Não significo mais nada para você, não é mesmo?
-- Não é assim.
A sombra de um sorriso passou pelo seu rosto.
-- Você ainda sente alguma coisa por mim?
Hesitei em dizer que sim. Ele estava um homem feito, já não tinha mais nada do menino que crescera conosco na fazenda.
Disfarcei dizendo que as recordações eram tantas.
-- Você não está sendo sincera, sente alguma coisa ou não?
-- Não sei.
Sei que fui evasiva, mas estava tão confusa. Os homens que cruzaram meu caminho deixaram marcas e aquele que estava à minha frente fora o que mais me marcara.
Eu poderia assumir o que estava sentindo. Poderia brigar até com o mundo por ele. Teria forças para isso. Mas ele corresponderia?
Ainda segurando minha mão ele me cobrava uma resposta mais direta. De repente perdeu a compostura e beijou-me ardentemente.
Segurou-me apertadamente de encontro ao corpo másculo e senti que iria mergulhar de cabeça nessa nova situação.
Foi a minha vez de colocá-lo contra a parede.
-- Você me ama de verdade? Se disser que sim eu enfrentarei qualquer coisa neste mundo.
Ele respondeu-me com um beijo e perguntou-me se poderia ser como da primeira vez naquele paiol que soçobrara ao tempo.
Meu Deus! Naquela altura de minha vida! Eu já não era uma menina de doze anos!
Fui caminhando abraçada a ele de encontro ao paiol. Não precisava dar satisfações de minha vida a ninguém. Era dona de tudo ali, dona de minha vida.
Como da primeira vez foi em meio ao feno e ao cheiro forte de estrume. Ele delicadamente tirou minha roupa e fez coisas que eu nunca sequer pude imaginar que aquele menino de antigamente iria aprender. Beijou minha boca suavemente e depois passou a beijar meu corpo inteirinho.
Quando finalmente ele me penetrou eu compreendi que com homem algum seria igual. Ele era fabuloso. O pênis se tornara ainda melhor com os anos. A minha obsessão na vida fora pênis avantajado e descobri que ele conseguia me penetrar inteira. Havia espaço suficiente sim!
Depois de completamente saciada de amor eu repousava em seu peito forte quando ele me perguntou se desta vez também eu iria começar a chorar.
Sorri e contei-lhe que andara pela vida procurando um homem com os requisitos dele. Não encontrara, era evidente.
Casamo-nos em dois meses e continuamos fazendo amor nos lugares mais estranhos e diversos. Nem preciso dizer que continuamos apaixonados um pelo outro e que o que mais desejamos é estar juntos.

SONIA DELSIN

Foto de Graciele Gessner

Curvas em Chamas. (dueto)

Deleito-me em suas curvas,
Elas que me deixam em chamas.
Abraçando-me em seus encantos
Nestes avassaladores momentos...

Flama-me em suas labaredas;
Curvas deliciosas e perigosas,
Nelas estão escondidos seus dotes
Num deliciar de suas graciosidades.

Suas curvas que me levam a cometer loucuras,
Aventuro-me sem medo do que me espera.
Uma preciosa mulher em chamas de amor.
Suas particularidades fazem cair em tentação.
Pura atração... Fatal! Uma alucinação!

É preciso calma e cuidado,
A primeira curvatura é misteriosa.
Acentuada, quase fechada,
Acerada deixa-me acuado.

Não me intimido, coloco-me numa arriscada.
Cobiço-a conhecer os seus valiosos segredos,
Seus mistérios de mulher que incendeiam;
Essas brasas incontroláveis precisam ser apagadas.

E neste percurso desconhecido
Imagino o seu corpo para acariciar...
Meu coração fica exaltado de tanto imaginar.
Perco-me em meus pensamentos de tanto pulsar.

Não tenho medo de me perder
Estarei nos braços do meu bem-querer.
Este é o verdadeiro sincronismo de amar!

Sonho acordado... Estou maravilhado!
Inquieto em suas curvidades, desejo ser atropelado
Com seus beijos intensos e seus carinhos de amor.
Ambicionando ansiosamente o seu corpo esbelto,
Envolvendo-me com suas carícias, suas delícias...
Ah, que gostosas malícias!

Suas curvas são brasas acesas...
Sem noção, estou em puro perigo e fascinação!
Com seu lindo sorriso ponho-me a tentar.
Ah, como cobiço toda minha, amar!

05.07.2008
Dueto: Graciele Gessner & Poeta Raio de Sol*.

*Se copiar, favor divulgar os devidos créditos. Obrigada!

Foto de Anderson Maciel

VIDA DE UM HOMEM

aos 20 anos, casado,
não te faltando energia,
podes dar até sabado,
duas fodidinhas por dia.

e aos 25, com gana e
robustez natural,
dando sete por semana
não te deve fazer mal

mais aos 30 tens cuidado
e vai poupando o tesão
fode na cama deitado,
só dia sim dia não

e aos 35 pensa que deves
ser mais prudente,passa a fuder avença,
fode bi-semanalmente

e aos 40 já não
deves meter-te em folias:
para não perderes o tesão,
fode de oito em oito dias.

aos 50 marca passo,
embora-te cause pena,
fode mais a compasso,
uma vez só por quinzena.

e aos 60 é rarovez
em que se apruma o cacetete,
da uma fodidinha por mês,
alternada com prinete.

e aos 70 toma tacto!
não penses mais em mulheres!
corta a pica e da ao gato
ou leva no se quiseres... Anderson Poeta

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

ENGANO

♥♥
♥♥


Você não era quem pensei.
Apenas me enganei.
Era mas um quebra cabeça.
Não quero, mas juntar as peças
É carta fora do baralho.
Quis jogar comigo.
Mas não sou a dama
Do teu jogo.
Achei que fosse um rei
Mas não passa de um vagabundo.
Como é triste minha ilusão.
Saber que amei alguém
Sem coração.
Dei-te tudo de mim,
E mas um pouco.
Mas der repente parecia um louco.
Querendo fazer de mim seu jogo.
Pena você não soube me valorizar
E jogou fora tudo no mar
Para ondas levar e o mar apagar.
Quantas noites, vivemos juras de amor.
E hoje só soube magoar-me ,causar dor.
Não posso nem ver seus presentes.
Isso só meche com minha mente.
Tuas cartas, mandei de volta.
Suas mensagens apagadas.
Seus e-mails devolvidos.
E não seja atrevido.
Em me pedir para voltar
Cansei de seu desprezo
Vou atrás de alguém que possa me amar.
Como pode meu amor negar.
Esquecer do que vivemos.
Mas tudo bem! É assim que aprendemos.
Mas saiba que não te quero mal.
Apenas queria te amar, e você não soube valorizar.
E não adianta ficar parado no meu portão.
Esperando meu perdão.
Minhas noites de lua já não são suas.
Cuidado!!! Você pode se apaixonar por alguém.
E esse alguém, enganar você também!

*-* Anna A FLOR DE LIS.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

*-*Este é um dos meus primeiros escritos , quando voltei escrever.
De 23/11/2007.

Foto de Dirceu Marcelino

VÍDEO-POEMA: ESTRATÉGIAS DA RAINHA BRANCA DO XADREZ - Homenagem de Aniversário a ANGELA - Grande Jogadora de Xadrez do Brasil

ESTRATÉGIAS DA RAINHA BRANCA DO XADREZ

A postos soldados!
Fiquem atentos em minha ala.
Protejam o centro.
Com certeza ganharemos a batalha.
Ataquem e recuem:
Após retomaremos num ataque fulminante.
Quero aquele Rei Negro
Vivo.

Não quero mortes em vão
Não se deixem abater, não se trocam os peões só por trocar,
Eles são soldados.
Os peões passados criam alma,
Não deixem que os negros avancem,
Os capturem de qualquer forma.

Cuidado com os Corcéis Negros
Se necessário podem até eles sacrificá-los,
Embora sejam cavalos nobres,
Não hesitem se for para abrir caminho,
Abatam-nos!
Pois quero o centro protegido.

Preservem os Bispos,
Deixem passagem para eles e os protejam.
Armaram o centro como mandei.
Cavalos são peças de combate,
Olhem os deles como estão plantados.
Vocês acham que ainda tem centro aqui?
Mas os nossos,
Que avancem,
Dêem-lhes cobertura
E reforcem sua armadura.

Deixem as torres paralelas
Em coluna ou em fileira
Mas sempre sob essa estratégia
Elas são peças de finais
Só as use depois de rocar
E sempre em paralelas.

Hoje. Vou levar esse Rei Negro
Vou prendê-lo até o fim.
Essa Rainha é atrevida
Usa tática sem igual
Aproveita sua beleza
Para iludir o capitão
Coitado do Rei Negro,
Dessa não escapa não.

Olhe o que fez o centurião,
Foi para a corte da Rainha.
E a Rainha Negra: Coitadinha.
Lutou o quanto pode
Protegendo seu rei amado.
Acompanhou seus soldados
E nem mesmo quando o viu prostrado
Deixou de ir ao ataque ao seu lado.

Por isso,
Surgiram cavaleiros de todo lado
Até de outros Estados.
Agora todos a procuram
A Rainha Vitoriosa!
E ela continua dominadora
Implacável e sedutora,
Troca nomes
Mas não adianta
Por todos é procurada.
E agora se transforma
De Rainha em Imperatriz.

Foto de LUIS EUDARDO

CUIDADO

CUIDADO.

Amor muito forte pra quem realmente ama de verdade
O amor nunca foi desejo do ser humano, e sim do coração.
Eu cobiço você, mas nada adianta porque o coração pode não gostar, quando o coração gosta nada mudará o destino.
A não ser Deus!

É por isso que tenho medo de você
Meu coração bate muito forte por você
Só pensa em te amar todo dia, toda hora!

PORQUE A GENTE É TÃO CRIANÇA?

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" SENTIMENTO E TEMPERAMENTO"

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Sabe, achei que poderia florescer no teu amanhã.
No seu colchão de sonhos, jardim de ilusões
Na arte de imaginar e amar de reconfortar.

Pensei que poderia ser o que nunca sonhei ser.
E imaginar o fascinante mundo do sonhar...
Do delirar em páginas.

Não queria pensar que a palavra engano
Fizesse parte de meu dicionário.

Mas ela veio revestida de surpresas,
Inquietações e suposições.

Conheci o lado bom e lado ruim.
Não queria me deparar com lado estrondoso.
Esse perigoso que veio de encontro a mim.
Atingindo-me, o veludo que me cobre.

Fico em tempestade de sentimento, mórbidos.
Querendo achar respostas, e não entender,
Mas talvez assim seja melhor.
Para meu sentimento não se sentir, muito enfocado.

A minha luz sempre me trouxe o cálice do seu olhar.
A minha sensibilidade sempre veio ao teu ofuscar.
E minha alma sempre se encantou com seu brilho.

Mas por um momento de inquietação fez de um carinho.
Um travessão que me separou da sua afeição..
Por não entender o que as letras se põem a dizer.
Desejo-te muito alento para cuidar de teu pensamento.
Muita luz para cuidar do seu caminho.

Cuidado com o timbre de voz, isso a ti
Não combina, e muito te contamina.
Pode esta sendo insensato.
Permitindo que sua desatenção
Queime-lhe a transcendência de tua alma.

Deixe que o vento venha te mostrar....
O que as palavras estão a conjugar...
E permita que a pureza venha te penetrar....
Mas não deixe esse lado fosco a ti repousar...
Fazendo seu ego, sua sala de estar....
E seu brilho correr o risco de se apagar...

*-* Anna A Flor de Lis.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

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