Coração

Foto de maestrimg

Paixão

Como posso te mostrar o que sinto
Fazer você acreditar no que digo
Te fazer entender o que quero

Paixão, pura paixão
Verdadeira, sincera, única
Inexplicável, incontrolável, incompreensível
Simplesmente existe

Invade, arrebata, conquista
Impossível de ser dominada
Torna tudo obsoleto

Quando longe de ti
Nada tem sabor, luz ou cor
Nada agrada ou acalma
Coração para, e adormece a alma

O sol não anima
A lua não encanta
Noite e dia tornam-se um simples passar de horas

Uma agonia incessante
Que enlouquece o pensamento
Como um afago escuro
Mostrando a felicidade distante

Como explicar-te
Fazer com que aceites
Um sentimento tão belo

Doce, puro e ingênuo
Que trago dentro do peito
Esperando apenas uma chance
Para dizer te amo

Foto de pétala rosa

UMA LÁGRIMA NA LUA

UMA LÁGRIMA NA LUA

Sinto o murmurio do teu
Sorriso e
Desenho-te dentro da minha
lágrima cansada lutando
Por ti.
Lucidez amarga esta de te querer
Sempre com
Palavras voando
Juntamente com o teu olhar.

È incontrolavel
Este sonho
Inundando-me de beijos.
Do coração ao corpo há lamentos
Vazios de saudade.
E, numa sinfonia na noite dos mistérios
Eu olho-te nas madrugadas frias
E vou repetindo todos
os gestos nos
caminhos da ternura.
Na esquina dos dias eu
repito o teu nome como um cântico
na sombra do meu corpo.

Quantos abraços se perderam
Quantas luas não olhámos
Quantos beijos sonhados
na sombra do meu desejo.
De porcelana são os meus lamentos
São ondas dum rio em fogo,
São labaredas
Musica
Silêncio
Labirintos
Gestos
Libertação
É a minha alma atordoada
no riacho do meu corpo...
É o teu corpo desgastado na
espera dessa deusa que na sombra dos dias
se perdeu, no desencontro dos caminhos...

Amália Lopes
tu existes e não me beijas, para ti este poema...beija-o!!!!!!

Foto de Gideon

O Theatro da minha vida

Domingo, 2 de outubro de 2005

Na sexta-feira passei em frente ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia. Estava iluminado. Era noite. Tinha um enorme cartaz, que já estava lá há tempo anunciando espetáculos a preço popular.
Meu coração pulava pela ânsia da arte. Tenho fome de arte, todo o tipo dela. A cada dia reconheço que deveria ter estudado Arte, não Economia e Informática. Às vezes penso que ainda há tempo para estudá-la. Tavez entrar em uma faculdade de Artes, enfim. Aliás, estou amadurecendo a idéia de fazer faculdade de Violino. Tenho estudado arduamente, diariamente. O cartaz do Theatro Municipal estava chamativo. Pensei rápido: Meus filhos, vou trazê-los aqui!.

Cheguei em casa e liguei para a Idailza avisando-a de que no Domingo eu levaria o Jean ao Theatro Municipal. Ela passou o telefone para ele e então ouvi um “Oba!” feliz.
Liguei para a Irani, irmã de Idailza e que é mãe da Priscila e de duas gêmeas de 8 anos, lindas: Paloma e Paola.
No domingo levantei-me às 6:30. Ageitei-me e camihei para apanhar o Jean, Paloma e Paola. A Paola é apaixonada por Violino. Diz ela que quer aprender este instrumento ainda na infância. Elas duas já estavam agitadas quando eu
e o Jean chegamos lá. Enfiei todo mundo no Pálio, passamos na Nete, outra irmã de Idailza, para convidar a Dayane, sua filhinha, mas ela não pode ir.

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro é lindo por fora e por dentro. Deslubrante mesmo. As crianças quase ficaram com o pescoço duro de tanto olharem para o alto. A Paola disse:

- Tio, aqui está cheio de mulheres peladas.

Onze horas em ponto a orquestra estava a postos e entrou o maestro. Para a minha surpresa agradável era o grande e conhecidíssimo Isaac Karabtchevsky. Meu coração disparou a mil por hora. Confesso uma coisa aqui. Também foi a primeira vez em que entrei no Theatro Municipal. Desde garoto sonhava ir lá. Sempre ouvia meus colegas na banda de música falarem sobre o Municipal. Quando cresci e passava em frente a este monumento, sempre via a classe rica descendo de seus carros com seus chofés e então concocluía que aquilo não seria para mim.

Ainda menino quando eu solava o Prelúdio La Traviata de Verdi no clarinete junto com a orquestra me imaginava em uma grande orquestra no Teatro Municipal com o corpo de balé se movimentando ao som da música que eu tocava. Bem, isto ficou somente na imaginação mesmo, pois jamais toquei no Municipal.

Enfim, voltando ao espetáculo. O maestro, após a verificação da afinação feita pelo spala, dirigiu-se ao público de forma muito simpática e passou a explicar situações de ensaios etc. Pois é, o espetáculo seria iniciado, como foi, com o Hino Nacional. Isaac Karabtchevsky fez uma brincadeira com o público lançando um desafio para ver quem conseguiria cantar o Hino Nacional inteiro sem errar. Deu chance para três pessoas mas ninguém conseguiu. Todos rimos muito e finalmente, ao seu comando, todos se levantaram para cantarem o nosso Hino Nacional. Foi um momento de muita emoção. A orquestra iniciou a apresentação e pude sentir aquele espírito da arte passeando pelas galerias do Theatro. Todos em silencio com a atenção direcionada para o palco. A Paola fez carinha de choro de emoção e todos rimos um pouco dela. Ainda bem que não notaram a minha cara de choro também, pois não resisto a concertos sem chorar. Claro que disfarço o quanto posso, mas nem sempre consigo. Enfim, o espetáculo acabou e voltamos todos felizes para a casa. Antes, tive de passar no Mc Donald com as crianças. Enfim, visitei o Theatro Municipal do Rio de Janeiro que tanto visitou as minhas ânsias musicais.

Todos rimos. Ela se referia aos afrescos e vitrais com os painéis do Theatro. Chegamos cedo e compramos quatro ingressos na galeria nobre. Entramos na nave do Theatro, nos sentamos e ficamos observando os músicos afinarem os seus instrumentos. O Theatro estava lotado. As crianças não paravam de olhar os vitriais e as obras de arte.

Foto de Gideon

O Nascedouro de Pedras

Bicuda Pequena. Lugar mágico nas montanhas da minha vida...
Escalo-a sem planejar. A minha vida me surpreende. Mas tem também a Bicuda Grande. Dizem ser irmã mais imponente que a Pequena... Não importa, o que vale é que estou feliz... Sorrindo das pedrinhas bicudas ao pé da montanha imponente...
Mete medo olhar o cume, parece que vai despencar, mas claro que não vai, é só impressão.
É que somos pequenos mesmo, percebo isto olhando admirado a enorme pedra. Me surpreendo com a música tocada pelo vento nos foles do vale... Ninguém parece ouvi-la, mas ela está lá nos meus ouvidos. Não sei o modo tonal, se maior ou menor, talvez nenhuma nem outro outro... Mas ainda sorrio, encantado com este milagre...

Ofegante quero parar de subir, mas não posso. A montanha não deixa. Parece que a gravidade lá funciona ao contrário... Tenho de chegar ao redil, na laje. Ovelha guiada pelo pastor...

O Nascedouro

De repente um sobressalto! Um nascedouro de pedras... Surpreendo-me e quase me precipito sobre ele. Equilibro-me no vento e me delicio com a visão. Centenas de pedras pontudas, lá em baixo, no vale. Combinam comigo, e com a música que ouço no vale...
Agora, queria ter uma montanha à minha destra, penso, para me proteger da vida... mas elas estão lá, esperando milênios para crescerem... Sinto-me um pássaro pousado na colina a olhar o vale... Que vontade voar, pular, quem sabe me tornar uma pedra, também do nascedouro...

As pessoas da montanha

Volto-me e vejo o redil... Ovelhas simples, rodeando seu pastor... Vou tocar hoje, uma música qualquer, que gosto muito... para as pedras do nascedouro ouvirem...
Toco na sua direção. As ovelhas ouvem-na primeiro, Mas a música é para as pedras do nascedouro, juro, e que se movem, suavemente, de um lado para o outro no ritmo e direção do som...

Olhos vivos, vestidos de chitas, corações despojados... Vida, muita vida ali, à beira do nascedouro. As ovelhas cantam, mostram-se com o seu belo que é belo. Gosto. Extasio-me, me delicio com a vida à beira do nascedouro.

O Som no Nascedouro

Meu som ecoa deslizando montanha adentro, vertendo os vales, fincando-se nas grutas.
Visitando as rochas, rios, cachoeiras... Mistura-se com a vida da montanha... As pedras do nascedouro dançam ao novo som... Divertem-se ao pé de sua imponente mãe...
Deixo o som lá. Ele se perde fugindo montanha a dentro como um cão fugidio, feliz... Importa não. O que vale mesmo é que vi o vale, o vale da minha vida, e percebi que sempre ao lado de um vale existe uma montanha imponente...

Mas na Bicuda, tem mais...

Tem também um nascedouro de pedras, que esmaga o meu coração, de pedra...

Foto de Gideon

Amor, Uma Mistura de Sentimentos

Firmei o compromisso de escrever sobre nós.
Deparei-me com tantas coisas boas para falar que assustei-me, mas insisti, pensei: hoje é o dia dos namorados,
Tenho de dizer o quanto sou feliz por tê-la.

Aí me vieram as palavras, somente palavras, como saltitantes na mente, meio que atropelando umas às outras: Felicidade, liberdade, não... liberdade não... ainda não...

Lembrei da voz doce e inocente... e então veio-me a palavra inocente... Não... inocente não... não mais, já fostes apresentada ao prazer...
Mas então me veio essa palavra... o prazer. Pois é, que prazer? Não houve o carnal, mas é prazer assim mesmo. Claro que é, ora, pois pois...

Tantas palavras... São tantas que brotam da mente meio que de frente para trás, de lado, trepadas umas nas outras. Torrentes, pois é, me veio a idéia de torrente., como foi e tem sido o nosso amor, atropelado, que nos faz amar, cantar, sorrir e chorar.
Tudo ao mesmo tempo.

Mas não seria isto mesmo o amor? Todos os tipos de sentimentos misturados?
Mistério... a vida é um permanente e profundo mistério, mas é gostoso amar . Tê-la todas as noites. A minha rotina já conta com a sua voz. Com o seu carinho... Com a sua aparente inocência.

Vontade ver você... De ter você... De estar com você... sei lá.
É tão grande que me faz delirar, às vezes... Tudo passa, o tempo, a idade, a beleza,
Mas as lembranças, essas quando carimbadas no coração justamente no lugar certo,
Jamais apagam... jamais passam.

A cada dia sinto meu coração arder com o impacto do carimbo de você nele.
O carimbo do seu amor, do seu jeito de ser... Tanto já fizemos nesta nossa agonia... Já cantamos, já choramos, já sorrimos, já lemos poesias, enfim... Já tudo... pois é...

A palavra tudo me veio à mente... Seria o nosso amor tudo? Por isto veio-me esta palavra, difícil de dizer e viver...

As músicas que me oferecestes... As fitas que colecionas com dizeres...
Citações de amor... Você é romântica.... Feliz e sonhadora...
Vou guardar no meu coração... Os seus sonhos... sempre...

Foto de carlos alberto soares

DECLARAÇÃO

NÃO SE ADIMIRE SE UM DIA,
EU TE PEDIR UM BEIJO
OU SIMPLESMENTE ME ATIRAR EM DIREÇÃO A SEU CORPO,
POIS, EU SEMPRE PENSEI EM FAZER ALGO LOUCO.

AGORA, APAIXONADO COMO ESTOU,
O PIOR QUE PODERIA FAZER ERA FICAR CALADO,
DEIXANDO QUE OUTROS TE ENCANTASSEM,
COM PALAVRAS BONITAS, FLORES FORMOSAS OU PERFUMES FINOS.

EU PODERIA SIMPLISMENTE SONHAR,
EM TE TER POR ALGUNS MOMENTOS, COMO TANTOS OUTROS
JÁ DEVEM TER FEITO.

ESTE DEVE SER O MEU DEFEITO,
EU TE QUERO, COMO NENHUM OUTRO HOMEM TE QUER,
COMO NEM MESMO O MAIOR FILÓSOFO DA HUNANIDADE
PODE ENTENDER.

EU TE QUERO, POR UM AMOR
QUE EU MESMO NÃO SEI DE ONDE VEIO,
QUE NÃO HÁ COMO EXPLICAR.

QUE COMEÇOU TÃO LOGO ME DEPAREI,
COM ESTES SEUS OLHOS CHEIO DE BRILHO,
EU NÃO SEI SE UM DIA ESTE AMOR VAI SE FINDAR.

MUITO PENSEI E DECIDI,
ANTES QUE EU TE VEJA EM OUTROS BRAÇOS
OU QUE O SEU CORAÇÃO TENHA OUTRO AMOR,
EU TE ENTREGO ESTAS SIMPLES LINHAS,
QUE EU PENSEI TRANSFORMAR EM UM LINDO POEMA.

APESAR DA SIMPLICIDADE,
DO POUCO BRILHO QUE REFLETE,
AINDA ASSIM, CONSEGUE SER UM POUCO DA DECLARAÇÃO
DE AMOR, QUE QUERO TE FAZER.

Foto de Sonia Delsin

ENCARNADOS E DESENCARNADOS

ENCARNADOS E DESENCARNADOS

Tenho muitos amigos.
Encarnados e desencarnados.
Quando sinto saudade ligo pra um... pra outro.
... ou escrevo.
Com os desencarnados eu falo no silêncio do meu coração e eles me ouvem.
Porque em algum lugar a energia deles se conecta à minha energia.
Da tristeza, da saudade, no reencontro encontro alegria.

Foto de Sonia Delsin

ROSAS E CINZAS

ROSAS E CINZAS

A boca é carmim.
A vestimenta é toda rosa.
Está em cinzas o coração menino.
Caminhar... pensar.
Buscar.
Uma razão para estar.
Em rosas o coração.
Rosas e cinzas...

No corpo uma comichão.
Entrar por aquela porta.
Voltar atrás no tempo...
Resgatar uma morta.
Tudo são cinzas e sob elas dorme uma chispa.
Uma pequena faísca.
O suficiente para incendiar.
Para tudo como antes ficar.

Foto de Sonia Delsin

VEM ME FALAR.

VEM ME FALAR.

Um dia, Pedra Roxa, tanta força tu me deste.
Me falaste.
Me tocaste...
O coração.
Pedra Roxa.
Hoje estou triste.
Te precisando...
...De novo.
Pedra Roxa. Vem me falar...
Vem, meu amigo.
Vem me aconselhar.
Vem me ajudar.

Foto de Dirceu Marcelino

NOSTALGIA DE AMOR

*
* NOSTALGIA ETERNA
*

Revelas em tua bela poesia,
Beleza d’uma vida de paixão,
D’ arte maior vivida com maestria,
Em versos guardas a recordação.

Eternidade, amor que a extasia,
Versos do profundo do coração
E vemos que não é mera fantasia,
Pois saem de tua alma com emoção.

Resplandece em nós como magia,
Encanto sublime em eclosão,
Imagens em vida de galhardia,

Revividas em notas dessa canção,
Em nós ressoam a tua nostalgia
E faz-nos sentir a tua solidão...

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