Coração

Foto de Allan Dayvidson

APENAS SER

"Jamais peça permissão para existir..."

APENAS SER
Por Allan Dayvidson

É hora de encarar fatos,
De parar de medir palavras
E dizer o que há muito tempo já falava.

Não dá para continuar na ponta dos pés.
Há tanto a ser alcançado na estrada,
Mas não dá para abandonar mais nada

(Não deixe seu coração para trás...)

Tendência cruel,
Essa de viver para nunca decepcionar,
Existir para sempre ceder seu lugar.

Agora, devolvo seu nome,
É o momento de sentir sua própria fome,
De viver o sentimento que nunca some

(Agarre sua liberdade...)

Prepare-se para sangrar,
Mas, dessa vez, você escolhe pelo que lutar,
Dessa vez, você é seu próprio lugar.

Nunca é tarde, nunca é desperdício,
Nunca é fácil.
Mas nada pior que viver como um triste cão dócil.

(Escute atentamente ao que você mesmo diz...)

O não dito importa.
Numa lâmina cega, só você se corta.
Então, nunca feche seus olhos
Para o notório em seu coração.

Não mate as palavras que pretende pronunciar.
Não sufoque o ar que gostaria de respirar.
E acredite em mim,
Um dia,
você estará pronto
Para apenas... ser.

Foto de Allan Dayvidson

SOU O GAROTO DOS RECORTES

"Não importa quanto eu amadureça, serei sempre o garoto dos recortes comentendo erros por aí..."

SOU GAROTO DOS RECORTES
Por Allan Dayvidson

Não sou do tipo que simplifica,
Sou o garoto dos recortes.
Meus atos não necessariamente se justificam,
Sou o garoto dos recortes.
Sou uma espécie de sábio que erra feio,
e que, às vezes, na ladeira, perde o freio.
Sou só um pobre garoto,
o garoto dos recortes.

Tenho uma incorrigível queda por problemas.
Sou o garoto dos recortes.
Continuo a não ter modos ao escrever poemas.
Sou o garoto dos recortes.
O “Sr Insegurança”, patologicamente nunca pronto,
mas as conseqüências disso pago sem desconto.
Sou só um pobre garoto,
o garoto dos recortes.

Só mais um dos fracassados dessa cidade,
Sou o garoto dos recortes.
Um jovem destinado a crise de meia idade,
Sou o garoto dos recortes.
Tenho um coração partido cheio de munição,
e um vocabulário atrevido como uma arma na mão.
Sou só um pobre garoto,
o garoto dos recortes.

Sou meus óculos e minhas opiniões;
Sou minha desordem do rei aos peões;
Sou minhas regras sem nenhum sentido;
Um insensível juiz quando estou mais ferido.

Nunca fui do tipo que simplifica.
Sou o garoto dos recortes.
Meus atos não obrigatoriamente se justificam.
Sou o garoto dos recortes.
Tenho um coração partido cheio de munição,
e um discurso malcriado como uma arma na mão.
Sou um cara de pouca sorte,
um velho ranzinza e torto,
mas sempre o pobre garoto,
o garoto dos recortes.

Foto de Carmen Lúcia

Morada da poesia

Ainda não sabia de poesia...
E seus olhinhos percorriam a fantasia.
Tudo podia...
Estar aqui ou alcançar estrelas
e sem nenhum esforço, conseguir tê-las.

Ainda não sabia de poesia...
E de seus passos, a mais linda coreografia,
de sua alma a expressão que traduzia
naquela dança, a vida que em si surgia.

Ainda não sabia de poesia...
Fixava seus olhos no desabrochar da flor
e a via pequena, gigante, de toda cor.
Nenhuma outra magia a tiraria desse torpor...

Ainda não sabia de poesia...
Seus pés descalços na água do mar
transformavam sal em açúcar
e as ondas brancas, golfadas de algodão-doce,
batizavam seu corpo de menina e moça.

Percebeu a poesia...
Ao descobrir o descompasso de seu coração.
Pulsações irreverentes, batidas diferentes,
e no papel
registrou o que sentia...

Sentiu a poesia...
Descobriu sua morada.
Por todos os cantos, recantos,
encantos e desencantos.
Viu-se cercada...

E a poesia mora
na lágrima que rola,
no sorriso que esconde a dor,
no riso anunciando amor.
No botão que se transforma em flor.

Ela está por toda a parte.
Basta apenas perceber
e do estado latente,
fazê-la acontecer.

_Carmen Lúcia_

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"MINHAS ARMAS"

“MINHAS ARMAS”

Do que me adiantaria a palavra...
Se dela não fizesse uso...
Do que me adiantaria a revolta...
Se não a usasse contra os injustos!!!

Em uma breve analogia...
Em um raciocínio tacanho...
Me deparei com a triste ironia...
Estamos vivendo dias medonhos!!!

Onde nossos escolhidos nos apunhalam pelas costas...
Onde nossos lideres dilapidam nosso patrimônio...
E nós não lhes damos nem respostas...
Somos uns verdadeiros idiotas anônimos!!!

Diria eu que somos tremendamente irresponsáveis...
Nos furtamos diante dos compromissos...
Os elegemos por nossa própria falta de integridade...
Somos mentirosos, somos omissos!!!

Hoje nossa soberania esta ameaçada...
E a grande culpa é tão somente do povo...
Este povo que vive somente de futebol e cachaça...
Com a esperança de um Brasil novo!!!

Este Brasil novo não virá...
Talvez venha algo nada muito agradável...
Pois do jeito que a coisa esta...
Nosso final vai ser bastante deplorável!!!

A democracia a meu ver...
É a forma que mais se isenta das responsabilidades...
Pois aconteça o que acontecer...
Ninguém vai para traz das grades!!!

Pobre povo descompromissado...
Prefere colocar a culpa nos políticos...
Este mesmo povo desajustado...
Que hoje vive dias críticos!!!

Mas estamos passando apenas o que nos cabe passar...
Pois com a nossa falta de engajamento...
Permitimos que nos deixem manipular...
Em prol dos deprimentes acontecimentos!!!

Assim é o nosso País...
Liderado e manipulado por criminosos...
Não é bem o que o povo quis...
Mas é o que merecemos por sermos preguiçosos!!!

Para uma sociedade ser justa...
É necessário que seu povo tenha no coração justiça...
Que viva e se dedique a causa publica...
Como se fora sua própria vida!!!

Foto de Carmen Vervloet

Viver a Vida

Arrisque...
O tempo flui sem interrupção
trazendo novas energias
o que foi ruim um dia
hoje será alegria
a caminho do coração.

Esqueça...
De sempre querer garantias
de filtrar tuas escolhas,
excluir o novo que surge a cada dia,
isolar a intuição numa bolha
ou mesmo num alçapão
abaixo do coração.

Arrisque...
Salte para o desconhecido
experimente o novo de cada momento
una-se ao universo em casamento
esqueça o acontecido mal sucedido
feche o crivo da razão
use como guia o coração...
Aproveite a mágica oportunidade
não hesite diante da ambigüidade.

Arrisque...
Lance um novo olhar à vida
esqueça horas doridas
que te seguram e te prendem...
Enxergue sinais do universo
não viva imerso
num mar de medos
afogando oportunidades
de felicidade!

Arrisque...
Crie coragem...
Fuja da tua própria arbitragem
e verás luz
na fagulha que te conduz
ao mais longínquo sonho...
E teus fantasmas já não serão viajantes
perderão a força de gigantes
dormirão calmos num raio de luar
enquanto tu descobrirás outro mundo
navegando neste novo olhar...

Foto de nuzy

Inexplicável sentimento

Não sei nada sei
Sinto apenas sinto
Um nó na garganta
Desejo quebrar o silencio
Silencio deste tormento
Que agoniza meu coração
Mas a dúvida, a insegurança, o receio...
Mobiliza meu desejo
Então vence mais uma vez o silencio sufocante
As palavras fogem, fica apenas esta sensação...
Tão estranha
Lagrimas então inundam meus olhos
Minha garganta arranha
Meu coração mergulha nas lagrimas
Da minha alma
Não sei nada sei...
Atualmente não sei se vivo ou apenas existo...
Ser feliz é viver sofrendo ou felicidade é apenas utopia?
Amor, sentimento prático ou teórico?
Expresso por atitudes ou apenas nas entrelinhas de uma bela poesia?
Não sei ou finjo que não...
Apenas para abrandar esta angústia irritante
Por te amar e não saber se sou amada...
Por não ter coragem de falar-te
Por medo de estragar nossa amizade

Foto de Cecília Santos

Diz pra mim

Diz pra mim, qual é a cor dos seus sonhos.
A cor do seu riso, a cor do seu pranto.
Diz pra mim, se o seu céu é mais azul.
Se sua alegria é como um arco-íris.
Se seus pés tocam o chão, deixando rastros macios.
Diz pra mim, se as suas estrelas são mais brilhantes.
Se o seu sol tem mais raios e fulgores.
Se o amor no seu coração é amor que o meu.
Diz pra mim, gostaria de saber...
Pois pra mim, tudo perdeu o sentido e a cor.
Não vejo mais o céu colorido.
Não sinto mais a mesma alegria, tudo é sem graça e vazio.
Diz pra mim, quem canta ao seu ouvido, quem te faz um carinho,
quem te diz eu te amo!
Permita-me ser uma alma viajante, alar meus os sonhos pra chegar
até o seu céu.
Deixa-me ser a paz de ser capaz, de te levar minha ternura.
Deixa-me ser o amor pra contigo ficar.
E pra sempre no seu céu, contigo morar.

SP/06/2011*

Foto de Allan Dayvidson

IMPERFEIÇÕES

"Não era para ser um poema sobre algo do presente. Gosto de escrever sobre experiências passadas como uma tentativa de elaborá-las melhor, sobretudo, aquelas sobre as quai eu não tinha condições de formular um raciocínio qualquer no momento em que ocorriam. Esse poema era um desses... Não era para ser sobre o presente..."

IMPERFEIÇÕES
Por Allan Dayvidson

Você faz vigília em minha mente
enquanto sou despedaçado pelo dia-a-dia.
Perco-me deliberadamente
agarrado à lembrança da sua companhia.

Não sei aonde isso vai me levar,
mas sei bem o que me manteve de pé
e não tenho intenção de me resignar
a viver de joelhos novamente

Sei que isso é só medo dos acasos
como uma semente que veio à vida em vasos
e agora é uma árvore fincada em campo aberto.
Estou despreparado e destinado a um futuro incerto.

Ensine o mundo a me tratar
como você trata.
Faço-o acreditar
que valho todo o esforço
e que mereço todas as chances
para mostrar tudo o que posso.
Ensine o mundo a me amar
como você ama.

O que deve estar passando em sua mente?
Queria tanto que houvesse espaço para mim em sua vida
e não ver você se perder desesperadamente
pensando em como me proteger da próxima ferida.

Precisa ser assim.
Viver está intimamente ligado a estar exposto.
Mas, não se preocupe,
pois entre seus braços sempre encontrarei meu posto.

Sei que isso é só medo do lado de fora,
sou só eu sendo trazido de volta para o agora.
E o agora traz tantas novas lições.
A ignorância só abastece minhas limitações.

Ensine o mundo a me olhar
como você olha.
Faço-o acreditar
que sou um evento raro,
que sou o único de minha espécie,
um breve e reluzente disparo.
Ensine o mundo a me amar
como você ama.

(Se, ao menos, o mundo aprendesse...)

Não é nada fácil carregar meu coração de novo.
Não é nada fácil seguir sem me perder.
Mas preciso lidar com imperfeições
e aceitar incompletudes.
Não dá para esperar o mundo aprender.
Preciso amar a vida como amo você.

Foto de betimartins

Poeta desconhecido.

Poema que estás por aqui escrito
Perdido entre grupos e páginas
Alguns te lêem e acham-te belo
Outros apenas mais um poema...

Nestes versos delicados e sentidos
A tua alma não está aqui, apenas
Para ser avaliada em um poema
Nem muito menos na sua rima...

Não crio palavras ilusórias, apenas
Para te agradar e receber elogio
Nem quero saber da qualidade
Mas sim no sentir do teu coração...

Lembrai-vos do Luis Vaz de Camões
Que apenas ficou imortal, depois de morto
Quanta dor abrasou o seu pobre coração
Nos seus versos de amor eterno, escritos...

Por isso eu amo ler um poema, adoro
Que não tenha leituras algumas, solitárias
Nem mesmo um simples comentário, nada
Eu o leio e fico arrepiada, tinha alma...

Vi o sentimento do poeta, desconhecido
Aquele que nunca é lido e nem lembrado
Nas delicadas páginas deste meu poema
Eu te aplaudo poeta pela tua bela obra.

Foto de betimartins

Se tu um dia, não me encontrares.

Se um dia tu não já me encontrares
Vejas que eu já parti para outra margem
Não vertas lágrimas algumas por mim
Apenas aplaudas a vida que eu vivi...

Mesmo os erros que eu tenha vivido
Aplaude não me critiques, por favor!
Foram eles que doeram até a alma
Mas que fizeram crescer e ser mulher...

Mesmo que este corpo já cansado
Outrora dono de pele macia, imaculada
De tons rosados e saudáveis, jovem
Recorda-me assim jovem e bonita...

Lembras da flor da açucena? Bela!
Imaculadamente pura jovem e viçosa
Que desabrochou do dia para a noite
Nos teus braços, repletos de beijos molhados...

Entre promessas de amor, provas e confidencias
Eu vou para a outra margem no barco sombrio
Onde a morte apenas é uma passagem da vida
E os meus pecados os remos do pesado barco...

Lembra-te amor, aquela ida ao cinema? Risos! Lembras?
Daqueles filmes de crianças, junto, com a nossa menina?
Recorda esse olhar que eu tive contigo, agradecendo-te
Por aqueles momentos mágicos, cheios de amor e partilha...

Lembra-te meu amor de meu cheiro, das minhas risadas
Lembra-te dos meus cozinhados, das piadas, das loucuras
Lembra-te dos meus poemas, das minhas cartas para ti
Pois é apenas isso que ficará aqui, as tuas memórias...

Não importa para onde eu vou, apenas que eu vivo em ti
Não importa que meu pó a terra volte é a lei da vida
Nem mesmo que meu corpo sirva de adubo aos campos
Onde os passarinhos irão encontrar a sua comida...

Apenas! Quando tu vires o sol se pôr e a noite vier
A brisa apenas resfriar o teu rosto. Sou eu, meu amor!
Que te venho dar, o meu beijo da despedida. Meu amor
Não me lamentes! Apenas guarda-me no teu coração...

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