Cópia

Foto de Miguel Duarte

Encerramento do Site em Outubro 2014

Olá a todos,

Escrevo este texto com alguma tristeza, pois foram muitos os anos em que estive envolvido neste projeto. Acompanhei o seu crescimento, mas também nos últimos tempos, com a nova realidade das redes sociais, a sua perda de utilizadores regulares.

Tinha planeado há algum tempo fazer um upgrade ao site, pois a versão anterior tinha já grandes problemas de manutenção, e estava desatualizada face às novas realidades. Contudo, após análise das circunstâncias, cheguei à conclusão que os investimentos de tempo e dinheiro necessários para colocar o site novamente num patamar competitivo, dificilmente compensariam, dado que o site, com o descréscimo de visitantes e alterações ao nível do investimento publicitário, é já desde há algum tempo, deficitário (as receitas não compensam o servidor que é necessário para manter o site).

É por isso que com muita tristeza, a decisão não foi fácil, anuncio que irei encerrar o site após o término de Outubro de 2014. Até lá, solicito a todos os poetas que guardem todos os textos que desejem manter e para os quais não tenham eventualmente cópia nos seus computadores.

Publicamente, agradeço a todos os poetas que contribuíram para este site ao longo dos anos, com a sua mestria e dedicação. Espero que guardem lembrança de todas as amizades e laços que se criaram no site. Deixo também um especial obrigado à Fernanda Queiroz, que quase desde o início me apoiou como formalmente coordenadora, mas que foi na realidade uma das almas do site!

Dado o anunciado encerramento do site, não irão até Outubro de 2014 ser aceites mais registos no mesmo.

Miguel Duarte
Webmaster do poemas-de-amor.net

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo 3

Ficção é ficção. Arte é arte. Coincidências são coincidências. Na nossa realidade, chegava enfim o mês de setembro, a primavera dos campos e das pessoas, o dia mais claro, a aura que sopra possibilidades inéditas. Os parvos, de sangue quente e mente fraca, suspiravam por uma chance de perverterem a ordem quase natural onde estavam brutamente inseridos e sufocados. Seu fracasso era óbvio e evidente.
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A troca de peles é um ritual intrínseco aos seres de sangue frio. A cada três meses, ou seja, a cada ano em nossa realidade, isso ocorria uma vez. Trocar de pele, como quem troca de nome ou identidade, é tão repulsivo, tão nojento que nem mesmo os que o fazem suportam a manutenção dessa necessidade. Cabem em tarefas, aos engolidores, os maiores submetidos da sociedade vigente instaurada, dar cabo de sumir com os restos dessa sujeira, cabe aos engolidores auxiliarem e obliterarem quaisquer problemas que aflijam seus patrões e superiores, e cabe aos engolidores viver na miséria para não morrer a míngua, cabe aos engolidores sustentar o lucro e o luxo ao custo da própria dignidade ofuscada pela rapidez das coisas, a cópia de novidades, os valores em bolsas. Cabe aos pobres sustentar aos ricos, por motivos desconhecidos talvez justificados apenas pela ganância e pela sede de poder daqueles que mais podem, numa hipocrisia em tom que de tão cômico chega a ser trágico, um retrato de tantas realidades, inclusive as mais familiares. Política? Filosofia? A resposta é negativa. Trato de humanidade mesmo, de sentimentos, de coisas concretas na sua energia que teimam que colocar como abstratas. Trato de paixão, de suor, de um grito que irrompe da alma e que se afirma acima das expectativas conformistas dos ditos vitoriosos. Trato de algo que não se explica com palavras, do viver com simplicidade, de modo leve e até ingênuo. Trato do amor pelo amor, pelo sentir bem, pelo querer, pelo conciliar. É uma pena não haver o triunfo da paz sobre a guerra, da tranqüilidade sobre o conflito. É uma pena que a evolução carregue essa destruição, dita como inevitável.

É uma pena não encontrarmos o que tanto procuramos, tanto os frágeis como privilegiados.
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- Somos seguros. Temos tudo o que queremos. Pois então qual a causa de achar-nos tristes?

- Olha dona Clarisse...

- Dona? Dona, não. Somos amigos.

- Pois bem, Clarisse... Isso não sou eu quem tem que saber. Não tenho que saber e pronto! Mas que vocês me parecem tristes, me parecem.

- Você está certo... Mas precisamos dessa infelicidade... A vida é assim, o Luís me falou... Ele tem razão...

- Isso é você quem está dizendo.

- Ah, mas é verdade...

Meu coração batia como nunca antes apesar de eu não estar apaixonado.
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Desabafar por vezes faz bem.

- Clarisse, eu te trato tão bem, te dou tudo... Eu te compreendo... Mas você tem que entender que os meus atos são apenas vendo o seu melhor... Não fique assim tão pra baixo, eu te amo...
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Desabafar por vezes faz bem.

- Escuta aqui seu miserável, se eu ficar sabendo que você falou uma só palavra com a minha mulher eu vou te quebrar no meio, mato você, e ela nem vai ficar sabendo, e se você ou ela der qualquer sinal de que estão me passando pra trás eu arranco suas tripas e piso em cima delas, eu taco fogo em você, está me escutando?

Achei justa e aceitável a forma como o patrão me advertiu.
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- Dimas, você é muito resignado. Dimas, não é assim que se vive! Tenha vontade! Eu me preocupo contigo. É verdade. Você é uma das poucas pessoas em que eu confio de verdade. Eu sei que você não tem o melhor, mas o que você tem é muito bom. Você é uma boa pessoa, Dimas! Eu acredito que você pode ser feliz!

Continue calado, e agora com raiva.

- Dimas... Que mal eu te fiz...?

Senti ódio. Continue firme.

- Dimas... Fala alguma coisa...!

Jurei por dentro que nunca iria abrir a boca.

- Dimas... Por favor...!

- Meu problema é que eu te amo e nunca vou ter você.

Agora não tem mais volta. Vou morrer.
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No escuro do silêncio, chorando em um canto, esperei até que meu patrão surgisse e enfim me matasse da forma que eu merecia ou ele pensava, eu tremia o medo dos impotentes, o medo mais humano possível que se sente em vida, que é o medo da morte, o medo de ter existido em vão, ou melhor, ou pior, o medo de não ter existido de fato, o pânico dos julgamentos divinos contrários e da falta de um paraíso, o medo da verdade, mostrada por seres falsos e oportunistas.

Mas quando se abriu a porta não era o Luís Maurício.

Uma mulher linda e negra se confundia com a quase escuridão do quarto.

Foto de Lefurias

Quando será?

Agradeço cada a dia a Deus
Por eu ser eu
E não ter nenhuma cópia de mim
Espalhada por aí,
E aí, quer saber, mais o quê?
Da minha vida cuido eu
E você não tem porquese meter.

Se você me permitir,
Meu irmão, vem com fé,
Deus nunca vai te trair.

Seu mané,
Vê se cresce de uma vez,
Para de falar besteira,
Deus ama todos vocês
E eu não tô pra brincadeira...

Quando será?
Que o povão vai acordar,
Perdem o tempo de ajudar,
Só pensando em reclamar...

Quando será?
Que esse mundo vai mudar.
A Terra já virou um caos,
Por causa desses homens maus...
Sacou?

Foto de Allan Dayvidson

UM ÔNIBUS E UM POEMA QUALQUER

"Há um tempo atrás, num momento de crise, escrevi um poema sobre coisas não tão legais que persistiam em minha vida. Sem dúvida, esse poema foi o primeiro passo para uma mudança. Recentemente, e o reencontrei em meio outros poemas meus. Não poderia ser em ocasião melhor..."

UM ÔNIBUS E UM POEMA QUALQUER
- Allan Dayvidson-

Mais um poema sobre essas coisas
que não mudaram junto com meus planos.
Vocês não precisam me ouvir, tão pouco se divertir,
só não tomem minhas palavras por enganos.

Falando de novo sobre o que não aconteceu.
Mas enquanto faço as malas também.
Eu até poderia dizer que vou ficar bem,
mas só estou cansado de receber poemas que já são meus.

Sentado aqui neste ônibus,
rezando para chegar no próximo ponto.
Só mais um passageiro no ônibus,
deixando uma vida para trás
com alguns descontos.

Alguns versos são os mesmos.
E vocês já conhecem algumas rimas.
Dizem que mudei para nada além de uma cópia.
Perdoem-me por repetir os versos acima.

Sentado aqui neste ônibus,
rezando para chegar no próximo ponto.
Só mais um passageiro no ônibus,
Olhando pensativo através da janela
paisagens sem desconto.

Mais um poema sobre essas coisas
que ninguém entende muito bem.
Este poema pertence ao ônibus,
Mas próximo ponto é meu...
e de mais ninguém.

Foto de Carlos Henrique Costa

Eclético

Tanta inópia em cópia vil agrura,
Lucidez voraz de rouca e alta voz,
Em eco, na imensidão assalta atroz,
Um cívico na calada noite escura.

Sem chão, sente penumbra figura,
Um ser esquelético eclético feroz,
Nem parece homem! Corre veloz...
Com os trocados roubados da feitura.

Para ele não existe sexo, raça ou cor,
Mas apenas o momento da espreita!
Que em outra noite se concretizou.

Não basta agir nem falar desta feita!
A fome fala mais alto na hora da dor,
É preciso fazer! Nos diz esta receita.

Foto de Oliveira Santos

Poesia?

Como posso afirmar que é só minha a minha poesia, e quem sabe se é poesia?
Nada surge assim a esmo neste mundo se não for alguma cópia ou matéria transformada.
A natureza, o objeto, a situação ou a pessoa como intento da poesia já é a própria poesia, que numa parca parolice faço apenas denegri-la.
Não seria então mais fácil em vez de tentar descrevê-la fantasiosa e friamente tão logo surja à minha mente apenas parar e contemplar para saber o que se sente?

16/02/00

Foto de THOMASOBNETO

Anjo Caido

Como o suspiro de uma leve brisa
Acariciando os madrigais, do nascente,
Que inda persiste em minha alma, invadir...
Tua lembrança em mim desperta saudade!

Meus pensamentos tal quais veludas brumas,
Invade o meu ser, escravo perpétuo de tua falta.
Enquanto a procura insana em meu âmago...
Tornam-se verdadeiros vendavais de desesperos!

Miro as enfáticas estrelas cujo brilho é cópia,
Da luz refletida de teus vívidos olhos...
Que abrigam o encanto da mulher...
Das flores as felinas tu és eterna rainha.

Amar-te é respirar o divino perfume
Da razão e da loucura, onde vida e morte...
No grandioso espetáculo do palco universo,
São perdidos quadjuvantes que se atropelam.

Teus lábios carmim invejam uvas!
Enquanto um é o suco do prazer...
O outro é o néctar do amor proibido.
Que na epopéia vida, faz-me, anjo caído!

Baroneto.

Foto de Rosinéri

VOCE É DIFERENTE

A tempos te procurava...
Procurei por todos os lugares da terra
Tanto fiz, para te encontrar
Fiz cópias de um sonho que nunca foi autentico
Já me contentava com a cópia
Quando te encontrei finalmente
Meus olhos brilharam
Meu coração disparou
Nada ameaçava esse amor
Mas acabamos por ameaçá-lo
Das conquistas vieram as rotinas
O belo se transformou em algo feio
As diferenças antes interessantes,
Começaram a incomodar
Começamos a nos distanciar
O que podemos fazer agora
Procurar diferenças melhores
Para que podemos nos reconciliar

Foto de CarmenCecilia

PLAGIO VÍDEO POEMAS

Vejam que tristeza...Estão tendo até a mão de obra de fazerem vídeos pra copiar nossos poemas...Onde isso vai parar???Entre outras coisas é o que desanima...

CARTA PARA MEU NAMORADO:

POEMA E VÍDEO ORIGINAL

CARTA PARA MEU NAMORADO: CÓPIA E SEM OS CRÉDITOS DO POEMA

Foto de Marsoalex

Xerox

Registrei-me em você, sou sua cópia,
Seu retrato, sua xérox,
Sou você, seu outro eu.
Aquele que você não mostra,
Aquele que você esquece
Ou finge não ver.

Mas não adianta me ignorar,
Eu vou estar sempre aqui.
E quando você se sentir sozinho,
Eu lhe farei companhia,
É só procurar e me encontrará...

Eu conheço tudo de você:
Sua alegria forçada;
Sua tristeza escondida;
Sua emoção sufocada;
Sua amargura vivida.

Tente enganar a si mesmo,
Enganando o mundo,
Mas a mim, você não engana.
Fingir é a sua arma,
Conhecê-lo é a minha.

Não me negue
Porque é negar a si mesmo.
Evitar-me ou evitar me ouvir,
Não adianta nada,
Eu sou a sua voz.

Abre o teu coração para ser livre!
E vive em mim,
Como eu vivo em você,
E sua vida terá um novo sentido.
O sentido do amor...
Marsoalex

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