Como posso afirmar que é só minha a minha poesia, e quem sabe se é poesia?
Nada surge assim a esmo neste mundo se não for alguma cópia ou matéria transformada.
A natureza, o objeto, a situação ou a pessoa como intento da poesia já é a própria poesia, que numa parca parolice faço apenas denegri-la.
Não seria então mais fácil em vez de tentar descrevê-la fantasiosa e friamente tão logo surja à minha mente apenas parar e contemplar para saber o que se sente?
16/02/00