Confiança

Foto de doxinho...

Aprendi....................

Aprendi...

Que os defeitos dos outros não devem nos incomodar, mas sim nos ensinar.

Que a coisa mais difícil do mundo é dizer pensando o que os outros dizem sem pensar.

Que para tentar acertar é necessário arriscar-se a errar.

Que para compreender as pessoas devo tentar escutar o que elas não estão dizendo e o que, talvez, elas nunca venham a dizer.

Que depois de algum tempo você aprende a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma.

Que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.

Que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
Autor desconhecido......
Que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la.

Que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Que o que importa não é o que você tem, mas quem você tem na vida.

Que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Que não importa aonde já chegou, mas onde está indo.

Que se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Que paciência requer muita prática.

Que maturidade tem mais a ver com aprendizado do que com aniversários.

Que o fato de alguém não te amar do jeito que você quer não significa que esse alguém não te ame verdadeiramente.

Que nem sempre é suficiente ser perdoado, mas sim aprender a perdoar a si mesmo.

E que um dia você será vítima do seu próprio julgamento.

Que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Que é muito mais fácil reagir do que pensar.

Que duas pessoas podem olhar exatamente a mesma coisa e podem ver algo totalmente diferente.

Que não poso exigir o amor de ninguém, mas sim ar motivos para que goste de mim.

Foto de Mentiroso Compulsivo

FELICIDADE (Carta a Pessoa Amiga)

Custa muito dizer sim, quando tudo em nós grita “não”. Mas, mesmo com custo, a nossa vida tem que ser um sim. Há duas atitudes que temos que evitar; a ignorância ou a ilusão dos problemas que surgem todos os dias a nós e aos outros, convencidos de que tudo corre bem… e o desânimo e a tentação de desespero, convencidos que não há nada a fazer, de que tudo está perdido….

Não procures ser aquilo que não podes ser. O jardineiro não transforma um cravo numa rosa. Enquanto ser livre, és responsável por ti, terás que te assumir como és, ou antes, terás que ser o melhor de ti mesmo, com tudo de bom e de mau que faça parte de ti.

O Homem aspira à “felicidade”. Mas, infelizmente, não sabe ao certo no que ela consiste, nem quais são os meios que lhe permitiriam alcançar de modo infalível esta condição de bem-estar “total”, de que tem uma vaga intuição, mas não uma ideia precisa. O Homem parece condenado a sonhar com ela, sem ser capaz de a definir claramente.

Saint-Exupéry em Citadelle dizia:

“Há pessoas que desejam a solidão, onde se exaltam, outras necessitam da balbúrdia das festas para se exaltar, outras ainda devem as suas alegrias à meditação das ciências (…), assim como as há que encontram a sua alegria em Deus (…). Se eu quisesse parafrasear a felicidade, talvez dissesse que para o ferreiro é forjar, para o marinheiro, navegar, para o rico enriquecer, e deste modo nada diria que te ensinasse alguma coisa. E, aliás, algumas vezes a felicidade seria para o rico navegar, para o ferreiro enriquecer e para o marinheiro não fazer nada. Assim foge esse fantasma sem entranhas que debalde tu pretendias captar.”

A felicidade, como vez, não é, exactamente, um “objecto” perceptível que se possa conquistar.

Talvez mais importante que aspirar a felicidade, com significado pouco claro, será a serenidade, a descontracção, um estado de alma caracterizado, se não sempre pelo contentamento, pelo menos por uma grande calma interior. Tu inspiraste-me ter essa calma interior, então, faz-me o favor de não a perderes.

Pascal disse:

“O único futuro é o nosso fim. Assim jamais vivemos, mas esperamos viver, e, dispondo-nos sempre a ser feliz, é inevitável que nunca o seremos”

Quase todos nós esperamos por grandes momentos no futuro, procuramos e investimos na tentativa de encontrarmos, um dia, o que nos irá fazer feliz, investimos na nossa felicidade de vermos realizados os nossos sonhos amanhã. E, enquanto ficamos à espera de ser feliz amanhã, estaremos ainda mais longe de o ser. Alguém, um dia, disse algo assim parecido: O homem torna-se velho demasiadamente cedo e sábio demasiadamente tarde, precisamente já quando não há tempo.

É uma questão de inverter o sentido da corrente do pensamento, em vez de pensarmos no futuro, de sonhar com ele ou de o recear, construímo-lo no presente.

Não basta tão-somente não situar a nossa felicidade na realização futura de algo, de sonhos, o que adia incessantemente o momento em que se poderá ser feliz. Também não é por nem sempre certos obstáculos, tidos como irremediáveis ou definitivos, obstruírem o nosso amanhã e nos impedirem de tomar consciência de que a serenidade ainda está, apesar de tudo, ao nosso alcance. É necessário, acima de tudo, algo que não captamos nitidamente, em virtude do próprio quadro social que nos é imposto pela sociedade na nossa vida quotidiana em todos os níveis, desde o profissional ao familiar: é a perda de relações directas com a natureza, com as pequenas coisas da vida.

Quase sempre esquecemos os pequenos momentos, as pequenas coisas do presente que passam por nós, que olhamos, que sentimos, mas que, por serem pequenas, simplesmente as ignoramos.

Sabes que pequenas coisas são estas? Que esperas? Tu tens estas pequenas coisas. Tu tens alma de poeta, ter alma de poeta é um dos segredos da felicidade. Tu tens um sorriso e um sentido de humor que modifica qualquer alma triste.

Basta um olhar, nunca desperdices um olhar, deixa fitar teus olhos por um olhar penetrante (especialmente de for de um rapaz de 1m80, simpático e bonito) que te transmita confiança e sensualidade, nem que dure breves instantes, vive esse olhar intensamente. Vive o olhar de uma criança que te olha com admiração, querendo explorar os mistérios das tuas expressões, como brinquedos nas suas mãos se tratassem.

Não deixes de sentir um perfume, uma flor, olha o mar, perde-te no horizonte, admira a lua, as estrelas. Sente a chuva, o sol a sombra e o luar… Vais ver que esse teu olhar vai além do horizonte que limita geralmente a nossa vista. Deixa o pensamento viajar e contempla tudo o que gostes e queres e verás que o teu corpo e a tua mente se sentirão bem. Admiráveis surpresas surgirão…

Admira um filme com os amigos, um jantar e sorri como sabes sorrir…

Devemos olhar os nossos desejos, os nossos sentimentos, não como fontes de ilusões, nem como impulsos que instigam a fugir ao presente para sonhar com um futuro melhor, visto haver risco de que ele nos faça esquecer de vivermos verdadeiramente, ou seja trocando, um pequeno momento uma pequena coisa do presente, sempre ao nosso alcance, por belos sonhos, que nunca chegaremos a saber se um dia os alcançaremos. Vive as aventuras, não importa quais, com quem ou com quê, nem como, apenas vive-as, se elas te aparecerem no presente.

Estas coisas que nos pertencem ao nosso meio habitual, aparecerem sob um novo aspecto, como lavadas da sua monotonia, que até objectos, pessoas ou coisas, renascerão sob uma nova forma de vida, como uma natureza-morta, como a cadeira ou os sapatos, pintados por Van Gohg, que parecem transparecer vida.

No fundo é só e simplesmente dar uma outra dimensão à vida. Toda a realidade pode adquirir uma profundidade que a une, pouco a pouco, o verdadeiro sentido de viver, ao conjunto das coisas da natureza, do universo.

Tu já tens o que é de mais importante na vida, uma filha. Vou-te contar o meu segredo. Não interessa o que temos materialmente, quanto tempo vamos aqui estar e a onde estamos, apenas interessa saber aquilo que são os sinais da vida, a lua, as estrelas, a chuva, a criança, o mar, o céu e o sol, uma flor, etc… Um dia em que a tua filha perceba tudo isto, e os filhos da tua filha e assim sucessivamente, ficarás eterna para sempre, porque eles irão olhar sempre a lua e as estrelas como tu um dia olhaste, vão sentir a chuva como sentiste, o céu e o mar como admiraste, cheirar o perfume da flor como cheiraste. Percebes agora porque as pequenas coisas são importantes e porque o pequeno nem sempre é necessariamente pequeno.

Elas podem ser vividas por ti só ou em conjunto com outras pessoas (não interessa quem, pode ser a tua filha, o teu marido, um admirador, um amigo, etc), desde de que tu sintas que está a viver o momento (seja ele qual for - até pode ser uma “queca”- smile), nem que seja por breves momentos que podem durar segundos, minutos dias, anos…e o resto, o resto é treta.

Eu até concordei com o António Variações*, que dizia: - Só estou bem a onde eu não estou e eu só quero ir a onde eu não vou. Mas agora nem pensar, temos que sentir que a onde estamos é a onde queremos estar e a onde vamos é a onde queremos ir, só assim poderemos acreditar que não estamos aqui para nada e que não procuramos a felicidade, porque estamos serenos com a vida, não queremos nada diferente, apenas e simplesmente aqueles pequenos sinais da vida. Se eles duram breves instantes ou anos, que importa, a vida vista assim, não faz parte do tempo, é vivida sempre eternamente.

Com Amizade
Jorge

*Cantor português, muito conhecido, cujo vida artística foi muito curta devido ao facto de ter falecido novo.

Foto de Sandra Ferreira

Encanta me..

A tua sabedoria
Encanta me
Teu olhar
Pede me confiança
Sabor da tua boca
Carinho das tuas
Poderosas mãos
Transportam me
Para um mundo
Só nosso
Onde nada é errado
Sinto me
Princesa
Num conto encantado
Teu coração
Batidas descompensadas
Fazem o meu ser
Te querer
Absorver
A tempestade
Que habita na tua alma
De leão
Não tenho medo
Meu querido
Já não tenho medo
De te perder
Mesmo que te vás
Permanecerá
Parte de ti
Em mim.

RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
Obra registada na
SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES

Foto de Henrique Fernandes

ORQUESTRA DA VIDA

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Ao longe um som de violino acompanha o meu olhar
Pousando leve como uma pluma no horizonte
Suspiro confiança como quem tecla um piano no escuro
Produzindo sons afinados para que rimem com a vida
Um violão tocado lentamente por de trás de uma nuvem
Traduz a falta solar que compõe a minha tristeza
Censurando a limpidez dos meus sentimentos escondidos
Entre um rufar de tambores num longo silêncio quebrado
A vida é orquestra de dias fonéticos em tempo maestro
Um musical por avenidas reféns do passado
Iluminadas por esperança ao toque alegre de um clarinete
Fazendo os reflexos da alma saltarem em notas soltas
Num sorriso que sopra timidamente o saxofone da certeza
E uma harpa cantante faz-me deslizar atento até amanhã
Em sinfonias relaxantes de rosas que bailam no meu peito
Perfumado de amor lembrando de como é bom estar vivo
Paixão é jovem cantora que interpreta o meu personagem
Encenado por um elenco de emoções aplaudidas pela alma
Um rock and roll suave misturado num clássico estrondoso
O tempo maestro não se cansa de ser director musical
E a orquestra da vida passeia de mão dada com o destino
Saído do Sol nascente que iluminou as grutas sombrias
Com sintonias de amor e narrativas verdadeiras
Recrutando novas melodias para a minha dança de gente

Foto de Henrique Fernandes

OLHAR DE POETA

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Paro o meu olhar pensativo e sério
Sobre uma árvore sozinha na paisagem
Despenteada pelos ventos de Outono
Assim como eu desfolho as minhas folhas
Numa escrivaninha que sabe os meus sonhos
Tal como aquela árvore estou em mudança
Ela pelo vento e eu pelo fogo da vontade
Reduzindo a cinzas os males de ontem
Sobrevivi a tristes acontecimentos
Libertado do sofrer por família e amigos
Preenchendo a minha paisagem de todas as cores
Desenhando traços sorridentes na minha tela
Pendurada ao nível das minhas mãos
Agradecidas pelo talento da minha vocação
Renascendo para a vida com minhas vivências
Acompanhado por uma qualquer fantasia de tantas
Mas acima de tudo como aquela árvore
As minhas raízes enterram-se profundas
Alimentando-se nas veias da confiança
Nessa terra que reclamará sem benevolência
A si a podridão da nossa carne mortal
Mas a razão bela da primavera sugará
Nossa alma inocentemente imortalizada
Na eternidade que o tempo expõe infinito
Comigo, aquela árvore ali despenteada
Deixaremos ambos de ser, seres solitários
Diante dela escrevo verbos de encorajar
Sobre o conforto da minha fiel escrivaninha
Escrevendo o meu faz de conta tão real
Como as folhas que regressarão aquela árvore

Foto de Henrique Fernandes

ALMA EXCITADA POR BEIJOS FEITICEIROS

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Tens nas minhas mãos um caminho de algodão
E no olhar a confiança onde podes adormecer
Sente os meus arrepios que te fazem estremecer
Iluminando o céu da noite com o meu resplandecer
O brilho do teu olhar é o dicionário da sedução
Que usas chamando-me a ti como homem
Transpondo-me de sensível a animal selvagem
Um monstro domesticado na beleza do teu toque
Fazendo-me correr pelos quatro cantos do mundo
De alma excitada pelos teus beijos feiticeiros
Homenageando a uniformidade do prazer
Que partilhamos e concebemos magneticamente
Numa química de paixão que nos deixa á deriva
Ao largo de um oceano de sensações pecadoras
Ao beber tua beleza numa fonte de água cristalina
Saciando a sede dos meus desejos que provocas
Laureando pela passadeira que te estendo de amor
A pureza do teu ser em fusão com tua sensualidade
Impulsionam forças de temperaturas elevadas
Clareando as noites de fantasias cintilantes
Que devoramos em luxúrias inventadas por nós
Em volúpias que nos levam borbulhantes
Á descoberta do pecado dos nossos corpos
Numa chegada ao paraíso de emoções virgens
Que nos alimentam a pele com um soro quente
Aquecido na sensação de entrar dentro de ti

Foto de Henrique Fernandes

TER UM AMIGO É TER AMOR

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Descobrir um amigo especial é uma aparição
Vestida de transparente e indiferente ao corpo
É sermos gente bonita nas maravilhas que sentimos
Uma vida boa de sentimentos que nos fazem viver bem
Um amigo sempre sincero é um comentador gentleman
De assuntos do coração e ajuda na mudança
Reconhecendo nossos defeitos sem hesitar expô-los
E com sorrisos sérios aplaude o melhor de nós
Não é por se ser mais bonito ou mais feio
Ou mais rico ou mais pobre que temos mais valor
Para um amigo importa sermos um amigo também
Contagiando boa disposição nas horas fardadas de tristeza
Dando asas a uma veia sentimental entre ambos
Um amigo é padrinho de alegrias no dia a dia
Ele revela-se um pai, uma mãe e um irmão nas reacções
Em todas as combinações possíveis de uma amizade
No plano pessoal, o amigo é discreto mas presente
Descobrir um amigo especial e verdadeiro
Também é encontrar o amor, um bom amor
É viver na elegância com jóias de felicidade
Por valiosos sentimentos em atitudes de ouro
Bem guardadas num cofre com código de respeito
E só a confiança pura é a chave que nos abre o peito
Para darmos e recebermos o melhor do mundo, um amigo
Um amigo é um eterno namorado sem ciúme
E no grande aquário da vida somos almas seguras

Foto de Registros do Site

Assessoria Administrativa de Poemas de amor

O motivo da criação deste Blog,o qual pertence a seção e gestão da administração, se dá ao fato de manter em registro On Line, fatos que surgem em Blog’s que uma vez extintos, não mais terá a visualização dos mesmos.
O Site prisma pela lei de proteção ao poeta, conjuntamente com os direitos que lhes são atribuídos por lei.

A seriedade de nosso trabalho é a resposta que devemos á todos os poetas que aqui postam seus trabalhos, com confiança no discernimento do mesmo.

Salientamos também que todo e qualquer assunto que vir a acontecer, será tratado com diplomacia e não demagogia.

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Agradecemos a participação e unificação dos poetas

Assessória Administrativa

Foto de Marceloi9

Mesmo depois de Tudo.

Eles se tornaram enamorados a muito tempo.

O destino os testou, maltratou.
Queriam amar, mas não sabiam como, queriam falar mas não sabiam o que.
Queriam curar, mas não achavam remédio,
Poderiam até morrer para que o outro pudesse viver.

Algum tempo se passou,
e o coração guardava,
o que nem mesmo eles sabiam que ainda poderia existir.

A Saudade...
noites mau dormidas, sonhos inacabados...
e todo aquele amor guardado.

A Coragem...
A vontade de saber, mas o medo de tentar...
algum tempo se passou.

O Contato...

Apenas naquele momento,
mesmo depois de tudo,
novamente escutaram-se.
O idioma do coração é universal, eles sabiam disso;
basta sensibilidade para ouvi-lo e deixá-lo falar,
mas é preciso querer resgata-lo

O amor lançou, no mesmo instante
em que se viram novamente,
mesmo depois de tudo
Uma flecha ardente aos seus corações
e um raio de luz ao seu espírito.

Os dois novamente, após terem-se ouvido
procuravam ver-se para se ouvirem melhor,
havia ali muita experiência, muita expectativa mascarada.
A curiosidade é o resultado dos primeiros conhecimentos.

Eles aproximaram-se; procuraram-se;
afastam os galhos; vêem-se depois de tanto tempo.
Deuses, que êxtase!
Nunca esperavam ter aquilo novamente.

É preciso ter o ardor de seus desejos,
o tumulto de suas idéias,
o fogo que anima seus sentidos,
para compreender a situação dos 2 naquele momento.

Durante algum tempo, permanecem imóveis;
são tomados por um tremor,
mesmo depois de tudo,
parece uma novidade do prazer para os seus sentidos.

Tocam-se; mantêm silêncio;
deixam no entanto escapar
algumas palavras mal articuladas.
Ela lhe diz: Deixa assim!
Ele sorri.

Mil perguntas um ao outro lhe sondam a cabeça
mas nada respondem com precisão;
Todavia, estão satisfeitos
com o que dizem um ao outro,
mesmo depois de tudo,
acham-se até esclarecidos.

Compreendem,
pelo menos, que se desejam,
E que encontraram o que procuravam,
o que estava esquecido.
o que só podiam encontrar um no outro
e isso é o que importava.

Eles tiveram um desses encontros
que o amor e o prazer transformam em delícias;
Desses encontros
que basta se ter tido um único na vida
para ser feliz e poder dizer,
valeu a pena.

Seja apenas pelo encanto de recordá-lo.
Quando o amor nasce,
tudo é mistério:
à medida que ele cresce,
tudo é confiança.

O local preferido deles é o lindo jardim,
onde em homenagem ao mistério do amor,
o dia só aparecia através das folhagens mais espessas,
onde sempre que quisessem,
fugiam do mundo para ir ali se encontrarem.
Mesmo depois de tudo.

Lá, a árvore amorosa inclinava seus galhos
com mais docilidade do que em qualquer outro lugar;
o tico-tico articulava, de cem maneiras diferentes, os nomes ternura e felicidade.
Noite e dia, o rouxinol lá cantava os seus prazeres; e sem cessar o pardal a eles se entregava.

É fácil fazer uma descrição romântica
dos lugares consagrados ao amor;
Mas como é possível lembrar o que dois enamorados
dizem um ao outro nos momentos de paixão?

Eu prometi guardar segredo
E, se traio a promessa,
é porque quero que os românticos
saibam de todos esses detalhes.

Porque valeu a pena!
O amor prevaleceu,
assim como nas histórias
do bem contra o mau
Não poderia ser diferente.
Tudo estava guardado.

O jardim secreto se mostrou ao mundo
Deu frutos que causavam inveja a própia felicidade.
Tudo estava consagrado, protegido.

E quem prova essa história....
o amor
Assim como fé, basta acreditar...

Os enamorados
nuncapoderiam ser mais felizes.

Mesmo depois de tudo

Foto de all_nites

qual o sentido de tudo isto???

Qual o sentido de tudo isto?
Acordei esta manhã com este estranho pensamento. Abri os olhos a pensar em algo que torturava a minha cabeça ao longo dos tempos. Essa pergunta impertinente não me largava e tudo o que eu queria fazer, era despachar-me para ir para escola. Tanto ela me chateava que decidi, por fim, sentar-me na cama desarrumada e pensar sobre o assunto.
Tudo o que estava a pensar tinha a ver com o sonho que tinha tido. As imagens e os filmes do meu subconsciente passavam rapidamente na minha cabeça e sem problemas, consegui finalmente, perceber a base de tudo isto. Como é que tudo se formou?
É claro que segundo a ciência, a vida formou-se na Terra, devido a condições favoráveis, ou seja, os quatro elementos criaram uma situação estável de forma a permitir a formação de aglomerados moleculares, células e por fim seres vivos.
Mas a minha pergunta não ia para tão perto, ela ia ainda mais para longe. Os animais formaram-se através das células, as células formaram-se a partir de moléculas, as moléculas provêm dos átomos e então, “DE ONDE VÊM OS ÁTOMOS?”.
Finalmente! Tinha conseguido achar a pergunta. Mas faltava o mais importante, a resposta. Ninguém sabia a resposta. Desde daquele tipo de pessoas fúteis, que não se interessam por nada e só querem viver as suas vidas segundo o padrão social, até aqueles grandes cientistas e filósofos, mentes brilhantes que atravessam a vida pelos caminhos mais difíceis e mais sabedores, como Platão, Newton ou Da Vinci, não têm uma resposta certa quanto a essa resposta.
Bem, o certo é que, depois de tudo isto, tive que me despachar a vestir e a comer para não chegar tarde à escola.
O dia foi interessante. Era uma Quarta-feira e por isso as únicas disciplinas que tinha eram Educação Física, Filosofia e Matemática.
Em Educação Física, a minha turma teve a jogar Softbol (parecido com o basebol mas com uma bola de ginásio) e consegui fazer um Home-run.
Em Filosofia, teve-se a falar da ciência, um tema porreiro quanto a mim, e o professor deu-nos um trabalho para fazer ao longo do terceiro periodo. O que nós tinhamos de fazer era criar um texto em que se falasse dos limites da ciência, segundo a nossa opinião e não com ideias retiradas de outros lugares.
Eu já tinha um tema acerca do trabalho.
Durante as férias da Páscoa, eu surgi com uma teoria acerca da viagem inter-espacial. Falei com os meus amigos, João Jalé e Rui Gamboa e todos concordámos em realizar essa experiência. Essa ideia consistia em comparar a massa e a carga de um átomo de modo a construir um modelo semelhante a essa partícula, mas em tamanho real.
Toda a experiência foi projectada. O modelo foi desenhado e os objectos eram de fácil acesso mas, o pior foi os cálculos. Segundo um átomo de hidrogénio (que é o mais leve de todos os elementos), para construir um sistema de massa 5g a energia necessária para fazer a carica viajar no espaço, não era nem mais nem menos, do que 2 x 1013 volts. Bem isso era um bocado díficil de atingir e por isso esquecemos essa ideia.
Mas agora podia falar dela no trabalho.
Cheguei a casa, coloquei-me em frente ao monitor e fui buscar toda a informação que possuia da experiência. Retirei os textos que explicavam a actividade, os gráficos e esboços do projecto e comecei a escrever um texto, a expôr a minha ideia.
Demorei pouco tempo a fazer o trabalho pois já tinha muita informação.

O período passou num instante. Faltava poucas semanas para terminar as aulas e o prazo de entregas dos trabalhos para Filosofia era hoje. Apesar de ter uma semana para entregar, só me tinha lembrado de trazer o trabalho para a escola no último dia.
Entreguei o trabalho ao professor assim como os outros alunos e expliquei ao Jalé e ao Rui o que tinha escrito. Eles disseram que segui um bom exemplo para o trabalho e que era boa propaganda da ideia.
Tocou para saída, arrumei o material e juntamente com os meus colegas saímos da sala em direcção ao átrio da escola. Encontrei a Diana, a minha namorada e cumprimentei-a com um beijo doce.
O intervalo era de quinze minutos e por isso não valeu a pena sair da escola. Quando estava quase a tocar para a entrada, um certo indivíduo colocou-se à minha frente era o meu professor de Filosofia.
- Podes vir comigo ali fora para eu te apresentar uma pessoa? – perguntou-me ele apontando para a saída.
- Claro, tudo bem. Diana, já vai tocar, podias ir já para a aula.
- Está bem. – respondeu ela dirigindo-se para as escadas que levavam às salas de aula.
Acompanhei o professor até à saída da escola e junto ao passeio, estava a estacionar, um Mercedes SLK 600. Um senhor de fato saiu do carro e dirigiu-se a nós.
- Bom tarde, doutor.
Apertaram as mãos após o senhor também cumprimentar o professor.
- Doutor, este é o Bruno. – começou ele. – Tiago, este é o Doutor José Cunha, ele é o responsável por um laboratório situado perto daqui.
- Olá. – disse eu apertando a mão ao Dr. José.
- Olá. Então és tu o génio que deu asas a esta ideia? – perguntou ele.
- Qual ideia?
- Teoria Atómica da Mudança de Espaço.
- Hã... Sim fui eu. – disse eu embaraçado.
- Estou espantado! Onde arranjaste tal ideia?
- O meu pai tem um livro antigo e nesse livro está a falar de um experiência Top Secret, que não se sabe se existiu ou não, chamada Philadelphia Experiment, a Experiência do Filadélfia.
Então eu lá falei durante minutos sobre a tal experiência que a marinha norte-americana tinha feito durante a segunda guerra mundial, eles tinham conseguido, sem se saber como, fazer desaparecer um navio em alto-mar e fazê-lo aparecer numa baía. A marinha negou tudo mas houve muitas testemunhas. Após ler aquilo fiquei curioso e pus-me a pensar sobre o assunto. Tanto pensei que, por fim, veio-me à cabeça uma ideia: qual é uma das únicas coisas instantâneas no mundo? A passagem de nível electrónico dos electrões para a camada seguinte. Segundo a química, quando um átomo recebe demasiada energia, os electrões ficam excitados e por isso passam instantaneamente para uma camada electrónica superior. Fiquei com esta ideia na cabeça mas foi logo substituída por outra, e se desse para criar um modelo com as semelhanças de um átomo mas numa escala real. Pensei mesmo muito nisso, fiz textos sobre isso, desenhei projectos, fiz tudo, inclusive os cálculos que estragaram tudo, pois era preciso uma carga de 2 x 1013 volts para o objecto de 5 g passar para o nível seguinte e viajar no espaço, e por isso desisti do projecto porque com uma energia dessas, mesmo que fosse possível criar, poderia fazer estragos com tamanha carga, como no caso dos trovões.
Acabei de explicar tudo e reparei que ambos olhavam para mim fixamente.
- Espectáculo! – disse o doutor. – Há anos que tento arranjar alguma forma de viajar no espaço e tu conseguiste primeiro que eu. Queres juntar- -te à minha equipa?
- Uau! Seria um prazer. Quando?
- Sei lá, talvez nas férias.

Falámos por mais uns momentos, mas já eram três e meia e tinha que apanhar o autocarro. Dei o meu contacto ao Dr. Cunha e despedi-me.
Ia a caminho de casa, no passeio junto à estrada e uma criança ia à minha frente a andar também, mas mais devagar. Acelerei o passo para a passar ao lado da menina e quando passei por ela, uma voz fina dirigiu-se a mim.
- Não o faças! – disse a menina com um ar triste. – Por favor, não estragues o mundo!
- Não faço o quê? – disse eu espantado pela reacção da criança.
- Teoria Atómica da Mudança de Espaço. – disse a menina levantando a cabeça e mostrando os seus olhos azuis brilhantes.
Fiquei paralizado, como é que ela podia saber? Não contei a ninguém, a não ser ao Jalé, ao Rui, à Diana, ao professor e ao doutor. Eles não iam espalhar isso por aí e mesmo assim, como é que uma miudinha conseguia perceber isso?
A criança virou-se e começou a caminhar para o lado contrário.
- Espera aí! Como te chamas? – perguntei eu acompanhando, por momentos, a menina.
- Gabriela do Paço Castanheira Esguedelhado. – disse ela olhando de relance para mim. – E não me sigas. Adeus pa....
- Adeus quê? – disse eu gritando para ela já ao longe.
Ela não respondeu. Começou a correu e virou para uma rua escondida. Durante minutos fiquei ali parado espantado pela situação.
Cheguei a casa lentamente a pensar sobre este estranho episódio. Entrei em casa, abri a porta para os cães irem à rua, abri os estores da sala e deitei-me no sofá. Estava muito cansado e custava manter os olhos abertos. Tudo se escureceu e por fim adormeci.

Acordei agitadamente, saltando do sofá violentamente e caindo para o chão. Olhei para o telemóvel, eram seis e vinte e tinha uma chamada da minha mãe.
Sentei-me no sofá e levei as mãos à cabeça, tinha tido um sonho horrível, o fim do mundo. Tinha sonhado que a terceira guerra mundial tinha rebentado devido a uma associação criminosa que usava a minha teoria para tudo o que era mau. Roubar, infiltrar e até matar. Parecia tudo tão real.
Finalmente tinha compreendido o que queria dizer a rapariga sobre o estragar do mundo. Finalmente tinha percebido que, se calhar a minha teoria não era assim tão boa como tinha pensado. Possivelmente era mais negativa do que positiva. Era boa como transporte rápido de pessoas e mercadorias mas era mau devido aos assaltantes e associações criminosas que eram facilitados no seu trabalho devido a esse transporte.
Estava decidido! Ia esquecer tudo. Era difícil mas era o melhor. Tinha que pôr tudo nas costas. Tinha que dizer ao Rui e ao Jalé o que se tinha passado e explicar ao meu professor e ao doutor a minha opinião.

Na sexta-feira, dirigi-me ao professor de filosofia que estava na sala dos professores e expliquei-lhe tudo certinho e o mais directo possível. Após acabar a explicação, o professor com uma cara de desânimo virou-se para mim.
- Tens razão. – disse ele. – Também já tinha pensado nisso.
- Então quer dizer que o professor me apoia nessa escolha.
- Claro que te apoio. Foste tu que criaste isto e és tu que tens a escolha de desistir do projecto. – disse ele pondo o braço a minha volta. – O Dr José é que vai ficar muito desiludido.

O professor voltou a chamar o doutor e eu expliquei a situação toda outra vez.
- Tens a certeza que queres fazer isso? – perguntou o doutor.
- Tenho, muita certeza.
- Que pena! Era uma grande oportunidade para seres famoso. Pelos vistos afinal vou ser só eu o famoso.
- O que quer dizer com isso? – perguntou o professor.
- Bem, já que ele não quer levar o projecto avante e como já tenho conhecimento acerca da teoria, levo eu isto para a frente.
- Não pode fazer isso! A ideia é minha e para além disso você vai provocar muita alteração no mundo. – gritei irritado com a atitude.
- Está bem! Quando me mostrares o Pai Natal, eu acredito no teu sonho.
Ele dirigiu-se para o carro e foi-se embora em grande velocidade.
- O que se pode fazer para evitar? – perguntei ao professor.
- Nada! Tu não patentiaste a ideia logo ele pode usá-la à vontade.
- Onde fica o laboratório dele?
- Fica no Bombarral. – disse o professor.
- O professor tem carro? – perguntei insistindo numa hipótese.
- Tenho.
- Então vamos fazer-lhe uma visitinha. – disse olhando para ele à espera de resposta.
O professor pensou durante momentos, até que por fim concordou comigo. Entrámos dentro do carro dele e fomos rapidamente até ao Bombarral.

Quando chegámos ao laboratório, este não era nem mais nem menos do que uma fábrica velha de tijolo.
- É aqui? – perguntei.
- É. – disse o professor. – Ele usa o laboratório debaixo da fábrica.
Entrámos dentro da fábrica e fomos dar a uma porta que necessitava de uma palavra-chave. O professor digitou uma combinação de números, a porta abriu-se e um elevador levou-nos para baixo.
Descemos poucos metros e quando a porta se abriu fiquei paralizado de novo. Já estava tudo pronto para a experiência. Os meus projectos já estavam todos construidos à minha frente e uma contagem decrescente de três minutos tinha-se iniciado.
O laboratório tinha aproximadamente três andares e no último estava, dentro de uma sala apenas com uma janela, o Dr Cunha. Ele viu-nos e rapidamente começou a descer as escadas. Ouvia-se da sua boca as palavras “Continuem a contagem”. Após descer os três andares e aproximou-se de nós com um passo rápido.
- Então gostam da minha experiência? – disse ele ironicamente.
- Pára já com isto! – disse eu directamente olhando bem para os olhos dele.
- Não sabes o que estás a fazer! – disse o professor.
- Claro que sei!
“Um minuto e meio para actividade.”
- Com essa potência, toda a população desta vila vai morrer electrocutada. – disse eu.
- Não vai não! Estão a ver estas paredes todas à volta. – disse o doutor apontando para elas. – São feitas de um material que isola grandes cargas eléctricas.
- Cala-se! – disse eu. – Voçê vai provocar muitos estragos mundiais e eu vou evitar.
- Como? A fazer birra? – deu uma gargalhada seca.
“Trinta segundos”
Comecei a correr em direcção ao projecto. Poderia fazer qualquer coisa para evitar. Estragar a experiência, rouba o objecto, qualquer coisa.
O doutor seguiu-me e quando cheguei perto do projecto, ele agarrou-me fortemente.
- Não me vais estragar tudo! – disse ele com um tom de voz irritado. – A experiência é minha.
- Não! É dele! – olhei para trás e vi o professor a dar com uma cadeira no Dr. Cunha deixando-o inconciente sobre o projecto.
- Obrigado. – disse eu.
“Dez...nove...”
- Temos que sair daqui! – disse ele.
- Mas e o doutor?
- Não dá tempo! – disse o professor agarrando-me na mão e puxando-me até ao compartimento, de onde saiu o doutor, atrás das paredes isolantes.
Um forte clarão se deu durante segundos e após ouvir-se um estalo intenso tudo se normalizou. Esperámos uns segundos e por fim volt´mos à sala. Tinha desaparecido! O doutor e o objecto tinham desaparecido totalmente. Não havia sinal deles.

Com toda esta confusão, após fechar-se o laboratório e isolar-se os acontecimentos, eu quis voltar para casa. Não podia contar isto a ninguém, não convinha. Poderia acontecer tudo novamente.
Sentia a mente aliviada enquanto ia no carro com o professor. Eu e ele não tinhamos falado mais sobre o assunto. Simplesmente agradeci-lhe por tudo.
Cheguei a casa. Já o carro se tinha ido embora e ia eu abrir a porta quando um “Obrigado” surgiu de uma voz fina. Olhei para trás e vi a menina do outro dia. Agora ela já estava feliz e despreocupada. Eu tinha tantas perguntas para fazer mas limitei-me a dizer:
- Gabriela do Paço Castanheira Eguedelhado né? Não me vou esquecer desse nome. Obrigado eu por tudo.
- Não vai ser preciso lembraste. – disse ela sorrindo e voltando a correr, afastando-se de mim.

Era Sábado e por isso estava com a Diana. Contei-lhe a situação do laboratório, ela era de confiança apesar de ter sido difícil fazê-la acreditar.
Falei-lhe da rapariga mas não sei porquê, não me lembrava do nome dela.
- Diana, se tu tivesses uma filha, que nome lhe davas? – disse eu tentando-me lembrar do nome dela.
- O meu nome favorito é Gabriela e, se neste caso, tu fosses o pai ela chamava-se Gabriela do Paço Castanheira Esguedelhado.
Voltei a paralizar. Será possível? Será que aquela rapariga era de facto, minha filha?

Fim

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