Concupiscência

Foto de Paulo Master

Aurora

Em sápido gozo, o júbilo transe matutino reluta em esvair-se, dominante desde minha alma. A bruma evanescente acaricia suavemente meu corpo, penetrando em meus poros com prazerosa sensação de alívio emocional. Em utopia, o volátil por do sol cria obra fantasiosa sob o tom matiz vermelho e laranja em lirismo erótico e inebriante incitando maliciosa conjunção paradoxal. Ah! Aurora, hemisfério meu, se me toma assim com gana é porque sou teu. Sou matéria, tu és deidade matinal, tu te renovas, és imortal, no entanto, sou de carne, sou mísero carnal. O voyeurismo estreita a ilusão do contato, a visão do subconsciente te faz insinuante e tão bela, o anseio ao toque concebe-me teu corpo em deliciosa concupiscência. O majestoso fenômeno matinal eleva-me às nuvens todos os dias em arrebatamento divino, clichê dos deuses em déjà vu. Dádiva oferecida pela própria natureza concebendo-nos ainda ao limiar do dia a magia da felicidade. Anunciando tua chegada. Aurora, a deusa romana do amanhecer.

Foto de Lou Poulit

Poema do Poeta Passarinho

A ÁRVORE NOVA E O LAGO

A árvore nova, em seu instante mais florido,
é a dona do silêncio do lago soturno.
Pequenas flores descalças dela vêm pousar no leito do espelho,
senhoras da emoção latente, e bailando possuem astros.
Não há vento que se veja.
Mas a brisa, discreta, se não viesse do poeta que verseja,
viria eflúvio da seiva dela, compor o seu olhar apocalíptico,
como um dilúvio de concupiscência,
vertente sulcada pela inútil iminência,
loucura das palmas distante, bastante para não caber.

A árvore nova, desconhece o portador da sua semente.
E se amanhece, a prece e a gratidão do lago desconhece.
Não há verso que o poeta verse
que faça com que completa ela se veja.

Mas se curva ao próprio reflexo, indefesa no abraço infindo,
multicôncavo e pluriconvexo, em que sem vileza o lago deseja.

E que desejo.
Que imenso e tão antigo, tão intenso e tão amigo desejo,
capaz de querê-la com um querer lacustre,
sem que lhe custe o absurdo de tê-la, imagem refletida.
Mas o velho poeta, muito mais que um profundo lago,
mais que um monge, é um mago.
As suas areias têm a febre terçã da manhã que o habita.

E não há em toda a orla, árvore nova tão bonita!

O doce poeta, muito mais que um mago,
mais que um abrigo, é um artista.
O seu amor isento é lúcido, mesmo a cada manhã que parte...
Ah, o cerne da arte é uma aventura,
mais que viver sem cura, mais que morrer sem ferida!...

E não há em seu contorno, árvore nova tão florida.

Foto de Dirceu Marcelino

FONTE DE PAIXÃO E DESEJO - DUETO ( Ainda não resolvido, pois é feito por "machos tche..." )

*
* Homenagem ao amigo Jorge Oliveira
*

"PURO DESEJO

Ninguém fica indiferente a um olhar intenso
Ao desejo consumido nos subúrbios da paixão
Às rosas negras que prostituem os sentidos,
Às arrepiantes metamorfoses fecundas do corpo
Às mutantes vibrações dos lábios, seios e púbis
À forma fálica emergindo da concupiscência encoberta
À luxúria da carne que não domina a ardência febril
Ao ofuscar de um aperto lascivo de sensualidade
Aos remorsos da secreta respiração ofegante
Aos sussurros e gritos de um ser em estado ávido
Ao veneno de saliva deixado pela carícia da língua...
Ninguém pode amar o que o coração desmente,
Tudo o que vem e acontece na razão é só puro desejo". (© Jorge Oliveira)

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FONTE DA PAIXÃO E DO DESEJO

A cada dia que passa, acredito amigo,
Ser os olhos o espelho da alma, neste sentido.
Já aconteceu isso comigo e agora consigo,
Embora, muitas vezes passe despercebido.

A paixão é um sentimento que fica retido
No nosso inconsciente – ID – Quando preciso,
Aflora-se em rompantes de nossa libido.
Misturado até aos complexos, tipo Narcísico.

Daí a importância do ser esclarecido,
Daqueles que como eu que agora te sigo
Distinguir conscientemente o sucedido

E com razão diferenciar todo o sobredito,
Reconhecendo no teu EGO a paixão e redigo,
O amor é algo mais sublime. Tenho dito! ( Dirceu Marcelino )

Foto de Mentiroso Compulsivo

PURO DESEJO

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.
.

Ninguém fica indiferente a um olhar intenso
Ao desejo consumido nos subúrbios da paixão
Às rosas negras que prostituem os sentidos,
Às arrepiantes metamorfoses fecundas do corpo
Às mutantes vibrações dos lábios, seios e púbis
À forma fálica emergindo da concupiscência encoberta
À luxúria da carne que não domina a ardência febril
Ao ofuscar de um aperto lascivo de sensualidade
Aos remorsos da secreta respiração ofegante
Aos sussurros e gritos de um ser em estado ávido
Ao veneno de saliva deixado pela carícia da língua...
Ninguém pode amar o que o coração desmente,
Tudo o que vem e acontece na razão é só puro desejo.

© Jorge Oliveira

Foto de Carlos Donizeti

Ondas da noite

Ondas da noite

Esta noite beijei com escândalo uma boca estranha,
daquelas que acaloram como as sidras as entranhas.
Também toquei seu corpo quente com o sabor do licor,
e embebedado pelo álcool senti devaneios em amor.

Pele morena negra, cabelos ondulados como as negras,
ondas das noites de horas afetuosas.
Corpo turbulento como as corredeiras tempestuosas,
esqueci da vida e dancei um bailado sem regras.

Corpo feito de concupiscência macia e quente,
Boca arranjada para beijos dilatados e corpo,
feito para seduzir os loucos ao dar amor ardente.

Loucas paixões senti ao me embaraçar naquelas ondas,
senti coisas que os sonhos encobrem ao acordar,
para fazer sofrer os tolos sem saber o que é amar.

Foto de Dennel

Brincando com o pecado

Senhor, livrai-me das tentações desta mulher, olhai para mim com Vossos olhos de misericórdia. Perdoai-me, se olho para estes seios palpitantes que me atiçam, estas coxas roliças que me fazem perder o juízo, estes cabelos sedosos que me alucinam. Senhor, evitai que eu me atire em seus braços em uma profusão de amor, com doces palavras sussurradas. Impedi que eu aceite o convite que me é dirigido tão docemente.

Que meus pensamentos profanos sejam perdoados; que sejam contidos os desejos mortais que percorrem meu corpo, em eletrizantes ondas de prazer, frente a esta imagem provocante.

Tenho o olhar preso da mais terrível loucura, que me entorpece os sentidos. As mãos suadas querem estender-se e percorrer com as pontas dos dedos a escura mata, explorando, por fim, a gruta dos prazeres infinitos.

Sejam refreados meus pés, que me fazem avançar para esta escultura de deusa, que de tão perfeita, torna-se imperfeita, pela proibição a mim exposta. Os suaves e provocantes aromas de femme fatalle adentram as minhas narinas, fundindo-se com o suor do desejo, exalado por minhas glândulas sexuais, que contra a minha vontade se multiplicam, deixando clara a minha concupiscência, que me lança antecipadamente nas ardentes chamas do Sheol.

Senhor, caso não alcance a Vossa benevolência, deixai-me perdido nos braços desta mulher, deixai que desfrute dos seus beijos, como se estivesse saboreando a fruta proibida. Permiti-nos que encontremos conjuntamente o mel que corre da dura pederneira, o maná produzido no Templo dos prazeres. E, caso morramos, que seja de amor e paixão.

Juraci Rocha Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de paulobocaslobito

Velida

Velida que na vida te dê mais charme,
Ou que todavia
Se deus me perdoar
Por tão dita, a cotovia
Que do cimo irá cantar,
Cancões para te embalar.

Ai dona que deus me deu,
E, que por seres velida
A minha chama desce, à vida,
Ao paraíso.

A minha chama a mim me tomou
Que em tão gran coração legou,
Pero... com duas copas
De caminhada
Nas gentes, que a teu comando
Mais se asperam.

E tu que dama és
Senhora ou por outra julgada,
Esforçado serei o teu aio
Que nos caminhos sozinho
Busco encontrar-te.

Partiremos ao amanhecer
Assim que claro houver,
E, ansioso daquele, que se opuser
Com tal ardir,
Com vil e lixosas calúnias,
Ai... não se me duravam as iras
Desse afã que me provir
... Pois que tal cavalheiro
De mim terá que ouvir:
Se, não zurrar... ladrarei,
Até que o fidalgo
De mau agravo mo consentir,
Tua mão.

Prez vossa excelência
A concupiscência,
Da minha mal criação
Mas, fala mais alto o coração
Que de vós é gravo e amargurado...
Amargurado.

Sinto
De vosco pruido,
E vós mulher
Que soias em prol
"Is" dizer aos patriotas
E a tal marido,
Que a esclarecer
E, a amadurecer,
Por mim que vedes partir,
Com as lágrimas em sofrimento
A destro e a sestro
Onde nada mais há,
Que não seja
Mui gravemente a hora de partir
... Lágrimas para mim.

Partirei na hora prima
Onde não haja senão provir,
E, aqueles que se arreigarem
Comigo irão soturnos
E mesmo que esmagados,
Nenhum deles voltará...
Santa Maria vale!
Ah amor!
Que em boa hora teso me fiz solteiro
Manipulado pelo estio
Em guisa que me pariu
Nesta vida de romances
Fala mais alto o coração,
Que a nossa perdição.

Partirei...

Paulo Martins

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