Colheita

Foto de Rute Mesquita

Nos balancés do equilíbrio

Baloiço suavemente…
sinto-me a pairar.
Acordo de repente,
e questiono este lugar.
Nuvens? E mais quatro balancés,
dois em cada lado.
Sinto-me sem pés…
Provo, o meu medo mais flamejado.
Eles bailam,
ao suar uma melodia assustadora.
Temo que eles caiam,
pois ira sentir-me comprometedora.

Sinto uma grande pressão,
em saber o que faço ali,
será uma ostentação?
De algo que escrevi ou li?
E se eu me acalmar
e tentar perceber o que me diz esta imagem?
Talvez, o clarear,
não seja apenas uma miragem.
Quatro bailados,
divididos por igual,
contudo, desequilibrados,
num bailar desigual.
Eu encontro-me precisamente no meio,
como se eu fosse a palavra ‘equilíbrio’.
Quando esta palavra nomeio,
os bailados entram em declínio.
Os meus pés perfuram aquele manto de algodão,
e o ar fica menos denso.
Serei eu a desejar o chão?
Ou será meu imagino?
Penso…
Vou nomear outra e outra vez,
aquela palavra,
agora é a minha vez,
de a fazer minha escrava.

Equilíbrio,
diz-nos estabilidade,
diz-nos moderação.
É tão grande este meu fascínio,
que desta irrealidade,
faço uma canção.
Grito ‘Harmonia!’
e inclino-me para a direita,
tentando equilibrar.
‘Nostalgia’,
leio numa vistosa colheita,
que parece me chamar.

Ficou tudo escuro,
passou uma ventosa.
Será que ainda aqui perduro,
ou estarei venenosa?
Abro os olhos,
e encontro-me num jardim,
baloiçando…
E sorri,
por ter afastado os medonhos,
racionando.

Se terei medo de bailar novamente?
Se serei perseguida por este pesadelo?
Apressasse e responde a minha mente:
‘Numa próxima será belo’.

Foto de Hanilto josé Da Silva

CANTEIROS DE SONHOS

A magia da poesia
nas veias dos versos,
parindo frases de vários
universos,sobre vários
aspectos.

O amor é nobre
ele cobre multidões,
desoladoras e tiranas
segue a canção,no limiar
do pomar no coração,feitiço
atrativo do amor,daquela
mimosa flor.

É laço que prende
nós em nós,que acende
fogo em fúria suave,entre
o espaço e a ave,que
geme a essência guia
do teu leme.

É a pureza dos teus
olhos,
na colheita festiva
de sentimentos,o murmurar
no afagar de um tempo.

A mimosa flor
bailando nos canteiros
de sonhos,o paladar
de abraços,desfolhando
nos passos,doces risos atados
a prazeres de afagos.

São as carícias
dos teus suspiros
que treme ternura de delírios
que acalanta e viceja a semente
parida do brilho.

Hanilto 03 08 2011

Foto de Hanilto josé Da Silva

CANTEIROS DE SONHOS

A magia da poesia
nas veias dos versos,
parindo frases de vários
universos,sobre vários
aspectos.

O amor é nobre
ele cobre multidões,
desoladoras e tiranas
segue a canção,no limiar
do pomar no coração,feitiço
atrativo do amor,daquela
mimosa flor.

É laço que prende
nós em nós,que acende
fogo em fúria suave,entre
o espaço e a ave,que
geme a essência guia
do teu leme.

É a pureza dos teus
olhos,
na colheita festiva
de sentimentos,o murmurar
no afagar de um tempo.

A mimosa flor
bailando nos canteiros
de sonhos,o paladar
de abraços,desfolhando
nos passos,doces risos atados
a prazeres de afagos.

São as carícias
dos teus suspiros
que treme ternura de delírios
que acalanta e viceja a semente
parida do brilho.

Hanilto 03 08 2011

Foto de Edigar Da Cruz

Vinho Velho De Safra Boa

Vinho Velho De Safra Boa

Que nem um bom vinho sendo produzido
E guardado para uma boa safra..
Um vinho velho de uma boa safra..
De uma safra boa de um bom vinho velho,..
Que faz momentos eternos serem eles lindos e eternos,...
De lembranças e momentos em fins...
Vinhos sabores do sabor tinto da noite...
Ao adocicado de paixão..;
Ao vinho suave seco gostoso envolvente
Feito toque de pele de paixão.;;
Apreciado de desejos e vontades!..
Do cultivo a colheita,..
Ao cheiro bom do refino,...
Um vinho bom....
Sentidos de amor, e paixão
Produzido das mais lindas uvas brilhantes,..
Exalando o cheiro bom da bebida da alma
Do pecado dos deuses da paixão..
Vou saciar-me dessa pele de vinho..
Dessa doce bebida do momento de paixão!
TIM TIM TIM..

Autor:D.Cruz

Foto de Rute Mesquita

Minha ninfa inspiradora

Que faço
acordada
a esta hora?
Traço o perfil de uma fada
até a aurora.
És tu minha perfeita,
mulher sem receita
querer,
sem colheita!
És grandiosa
de alma.
Pura,
de coração.
Bate palma
a esta gravura
de exactidão!!
És ninfa inspiradora.
Tens modelo de ideal!
De toda lutadora,
ser angelical!
És Deusa Afrodite,
Vénus,
não és de elite
mas, teu dogma é internuns!!
És linda,
és real,
és cor,
és querida,
divinal,
és flor!!
Que nasce só uma vez,
e está sempre a flurir!!
Hey, sorri outra vez!!
Quero-te ver sempre a sorrir!!

Foto de betimartins

As Pedras do meu caminho.

As Pedras do meu caminho.

Na vida tudo acontece e nada é ao caso, nada fica de lado, nada é esquecido, apenas pode ficar adormecido e esperando pela hora certa. A minha vida não foram flores, mas plantei muitos jardins, semeei arvores, colhi da terra, a terra também cobrou, resmungou e sabe lá que mais ela aprontou, ali.
Como uma buscadora de respostas, aprendi que não adianta as buscar, apenas aprender sobre a vida e a vida é sagaz na sua sabedoria, ela não dá tempo para aprenderes, ela te cobra de forma cruel na lei da colheita.
Claro que tive alegrias, recebi muito da vida, mas no meu caminhar a vida não foi nada meiga, nada fácil, vivenciei muita dor, caminhei sobre pedregulhos, alguns calhaus também, pedras e em muita areia. Quando eu falo de areia, fui levada no colo de meu irmão mais amado do mundo, pegou-me no colo, levou-me, confortando-me, me vendo chorar, aliviou a minha dor e me carregou para eu descansar e voltar ao meu caminho, ainda com muitas pedras para eu superar.
Existiu uma determinada parte de minha vida que ela retirou um a um aqueles que eu mais amava, deixando-me sozinha, confusa e revoltada. Como eu estava confusa que Deus era este que me abandonava aqui sozinha, apenas caminhando como um bebê com medo de cair do precipício?
Curiosamente, eu cresci como eu cresci e entendi que era hora de partida dos meus entes tão amados, que eles apenas tinham feito o seu papel, diria que na peça teatral da vida eles acabaram sua apresentação e eu seguia com a minha ainda. O medo deixou de assolar-me, aprendi que existe algo, poderoso, profundo, maravilhoso que nos protege nos conduz, O Deus do meu coração.
Este maravilhoso pai, que nunca abandona seus filhos, por vezes se julga que ele é cruel, porque exatamente ele coloca estas pedras no nosso caminho, para ver como aprendemos a caminhar e superar o mesmo. Este nosso Pai, confesso que ele esta triste, chorando, até, porque ele não vê melhoras dos meus irmãos aqui na terra.
A ganância, a guerra, a fome, a morte, a podridão parece governar, a escuridão parece estar cobrindo a terra no desamor, isso entristece meu pai, entristece a mim e a nossa futura geração se é que irá existir essa geração ainda..
Hoje aprendi a ter desprendimento, nada me pertence, nada é meu nem o corpo que uso é meu, apenas está emprestado e tenho que o conservar e dignificar, ainda bate aqui dentro alguns sentimentos que não consigo controlar, mas sei que irei os aperfeiçoar aos poucos e superar as pedras que ainda estão no meu caminho.
Engraçado, nas bordas do meu caminhar, deixei plantado flores, belas flores de amizade, que hoje florescem lindas e perfumadas. Outras secaram, por falta de entendimento, inveja e malvadez, mas eu as lembro e agradeço pela sua passagem em meu caminho. Elas foram importantes a mim, ajudaram-me a crescer e ser o que hoje eu sou e isso eu devo a elas e que Deus as cobra de benções e amor.
Deus meu pai, deu a oportunidade de poder agradecer aqui de forma clara as pedras que eu tive que calcar, fazendo sangrar meus pés na dor, mas também na caminhada ele facultou as ervas da cura para as pedras do meu caminho.

Betimartins www.betimartins.prosaeverso.net

Foto de Elias Akhenaton

MINHA CIGANA FACEIRA

Minha cigana faceira,
És minha feiticeira,
Àquela que encanta meu coração.
Com vestes vermelhas,
Saia rodada a rodopiar
Faz-me amar.

Sabes ler os meus pensamentos
Conheces meus sentimentos,
Minhas emoções,
Meus intentos
Minha paixão.

À noite em nossa tsara
Sob o luar,
Cantamos o mais belo canto
Ritmado pelo toque do
Amor e da paixão.

Assim, nesse perfeito dueto
Sou teu amado gitano a explorar
Tua silhueta como se estivesse
Ponteando uma guitarra
Me fazendo enloquecer.

Não viveria sem você,
Minha faceira,
Feiticeira gitana,
És minha força, minha gana
Àquela que me incentiva
Na colheita da vida,
És meu sol, minha estrela da manhã
E minha lua,
Minha amada, minha querida,
És minha vida.

Elias Akhenaton
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com/

Foto de Carmen Vervloet

NOSSO TEMPO

O tempo pressentido precipita-se sobre nós.
Tempo antecipado pela nossa assassina mão,
costurado pelas linhas do mesmo retrós...
Pecado, cometido pelo homem, sem absolvição.

Outrora o tempo era de paz, sabedoria e harmonia!
Tempo de águas limpas, de nascentes cristalinas...
Hoje o coração pulsa no ritmo de sentida agonia,
vendo a vida se acabar entre motos-serras e toxinas.

Lixo, agrotóxicos, dióxido de carbono poluem o planeta.
Aterros, desmatamentos, pedreiras explodidas sangram a natureza!
A esperança esconde-se entre densa fumaça preta,
sinal de tantos medos e de plúmbeas incertezas.

Ontem, tsunami era coisa apenas do oriente,
do outro lado do mundo, tão distante da gente!
Hoje todo o planeta reage com intensa valentia
à agressão do mais egoísta ser vivo que o fere e asfixia..

Por que agredir quem sustenta tão fartamente
as bocas que sugam da terra frutas, verduras, sementes?
Por que matar lentamente quem gratuitamente nos dá a vida?
Por que contaminar e exterminar a nossa própria comida?

Nenhum governo deveria autorizar tão ignóbeis atos!
Lesões irreversíveis que vão afetar a saúde das espécies e do planeta...
Mas a avidez não dispensa luxos e seus respectivos aparatos,
só mesmo Deus para nos livrar das mãos que empunham tão pesada marreta!

Hoje é tempo de efeito estufa aumentando a temperatura do planeta,
é tempo de chuvas ácidas que matam e destroem...
É tempo de mudanças climáticas, é tempo de pouca colheita,
é tempo de alagamentos, maremotos e tufões,
mas, sobretudo é tempo de muita reflexão e orações!

Carmen Vervloet

Foto de betimartins

Paz!

Paz!

Onde, estás tu? Oh Paz!
Procuro-te e não encontro
Os meus sonhos foram roubados
As aves encarceradas na caverna
Os mares foram poluídos, sujos
Gaivotas choram a liberdade perdida
A terra sacudiu como ela, tremeu na dor
O mar revoltou-se, engoliu e desbastou
Tudo que estava a sua frente, feroz
Matou como ele matou e cobrou
O pobre mortal, nada é teu, nada!
Foste tu. Que plantaste aqui a destruição
Colheita é certa e desmedida, mas só tua
Não esperes a piedade, colo e afagos
Como uma criança que errou, tu sabes!
Pois Deus é justo, na hora dos acertos
Tratem de caminhar junto da paz
Renovarem o vosso coração
Em sentimentos nobres e amor
Despirem a maldade, ganância e a inveja
Pois somos todos exatamente iguais
Corre o mesmo sangue nas veias
Temos os mesmos órgãos
Dentro de nós, saudáveis ou não!
Entre olhos coloridos, as lágrimas
Correm transparentes e salgadas
As gargalhadas são variadas
Os corações batem igualmente
È urgente despertar a paz, a real paz
Dentro de ti e de mim, rápido e agora
Soltar as amarras da escuridão
Trazer a luz dentro de cada um de nós
Para juntos, unidos, em massa
Poder mudar a vibração do mundo
Que esta agonizando, morrendo
Por Seres sem amor, sem dó
Que não se importam...
Nem da criança, nem do velho
Sequer do doente e do desprotegido
Apenas importa seus interesses
Mas eu te suplico... Oh Paz! Volta...

Betimartins
www.betimartins.prosaverso.net

17 de Março de 2011

Foto de Marilene Anacleto

Meu Outono - Círculos III

Sementes de épocas passadas
Em outras estações plantadas
Confirmam sua existência
Com natural exuberância.

No outono de minha vida
A árvore está carregada
Experiências deram frutos
Já estão todos maduros

No silêncio e quietude
Do entardecer, juventude
Da disputa, a energia
Ao silêncio e alegria

Na segunda adolescência
Serenidade é a aparência
Liberdade, tal porta aberta,
De medos sobrecarrega.

Transmutei os valores do ter
Para os valores do ser
A essência das sementes
São os frutos da experiência.

Foi necessário viver
As perdas do parecer
Empreender solitária viagem
Produzir uma nova ramagem.

Na argila do coração
Cada experiênciemoção
Ocorrida no passado
Tornou-me mais iluminada

Ora folha, ora flor,
Ora branco ou varicor
Ora tronco bem plantado
Ora amigo abençoado,

A colheita dá-me vida
Ritmo, luz e energia.
No outono amarronzado,
Abençôo o meu passado.

Mais um ciclo se encerra
Nesta exuberante Terra.

Marilene Anacleto

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm,
Publicado no Jornal Folha do Povo – Itajaí – SC

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