Clemência

Foto de Anandini

Falar com você...

Falar com você...
Falar com você é poder ser livre
é poder sentir
a força ,os caminhos
onde se pode chegar
quando se ama alguém

é poder ousar, é não ter medo
de se entregar

é expor a alma...
limpa,verdadeira
como uma flor aberta
que se rende a entrada do sol

quente e ardente
Simplesmente sente

Falar com você é
abrir os braços para a poesia
é criar sem forças um caminho
que só a gente sabe onde vai dar...

Falar com você é
ter liberdade para subir num vagão
ir de encontro ao infinito
em um trem que partiu em silêncio,sem grito

Falar com você
É sentir na pele
o tamanho
dos seus medos e tédios

pedir clemência a morte
pedir a Deus a vida.
é tentar fechar a ferida

com lagrimas de sangue
que anestesiam a dor
e devolvem a alegria

São palavras ,letras que ora surgem
que ora se escondem
que não se despem como devem
Que se medem, não se entregam

Uma agonia,misturada com poesia
linhas fortes,sentidos confusos
rabiscando o desejo e matando o prazer

Falar com você
é criar asas,é se deixar levar
é viver a realidade de palavras
que não se concretizam

pois a alma aflita
não sabe pra onde partir
se confunde se perde
entre a morte e a vida.

falar com você é
transportar-se para um mundo distante
onde só cabe nós dois

e tudo o mais,deixar pra trás
e distantes de tudo
só há espaço pro amor

e o depois?

O depois vamos ver
analisar,entender

se sonhamos demais
ou se as palavras
impregnadas,de ´Sim
são apenas um nada

são apenas palavras
que se forem apagadas
rabiscadas ou rasgadas
continuam a valer

e se impõe e se firmam
entre ter ou não ter

a coragem,de buscar
a realidade em seu ser

e fundir-se, doar-se
assim

eu
e você.

Falar com você...
é não falar
é ouvir
é amar
é sorrir
é ficar
é partir
é estar sozinha

tu sem mim
e eu sem tí.

Cadê você?

Foto de Zedio Alvarez

A esperança de outrora

Quem vive da saudade é porque não tem esperança
Um dia choraremos nos pés da natureza
Pedindo clemência para a volta da pureza
Antes que o mundo se vista de tristeza

A amplitude da minha maré de versos é definida
Até o deserto do mar que nunca será morto
Levarei comigo todo sonho azul da minha vida
E junto com minha esperança aportarei naquele porto

Foto de iDinho

Uma nova estação


Fim!
Só, o pedestal que outrora elevava teu orgulho,
Agora chora pedindo clemência a um amor
Que já não tens mais, pois já não mais também me quer.

Mas te quis. Fostes tu quem me despertou carinho,
E agora, com um ar de despedida, envolto no teu rosto,
Dizes-me ao telefone que na Sexta o desliga
Esperando não mais nem me encontrar.

Mas o destino foi bom, paciente ele foi.
Sentimentos sinceros foram os nossos antes, durante...
Espero que após nossa estadia, possa da mesma forma continuar,
Já que neste Novembro vais, anunciando o findar da até então nova e juvenil primavera.

Quando em becos, ruas e vielas nos escondíamos temendo,
Que o amor a nós concedido, contudo, proibido viesse à tona,
Chegando aos ouvidos dos leigos que não o entendiam,
Nossa face verdadeira revela-se então, mostrando o quanto tal momento único nos era.

Tua chance, minha chance, tua boca, teu sabor,
Pele, olhos, teu calor... Tudo ainda se faz presente embora
Os mesmos sonhos de antigamente já não venham se apresentar
Excitando o corpo que antes era frio, e que agora deixa de ser quente.

O pai dos tempos, filho dos ventos mesmos que te trouxeram para mim,
Agora com a graça retirada que por fim já não reconheço,
Leva-te novamente para outra terra, aquela cuja qual percebo,
Que tal como começou, uma nova estação, saudade deixará.

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À minha amiga Mariana, esposo e filhos.

Foto de Mitchell Pinheiro

Amiga distante

Por trás da tela do monitor uma rosa me sorriu
Trouxe carinho e carência
Trouxe clamor e clemência
A ocupação de um vazio
Ó destino! não sei se agradeço-te por ter me enviado tamanha graciosidade ou repilo-te por tê-la colocado tão distante do meu lado
O saboroso carinho de suas palavras degusto incansavelmente
O gosto de seu abraço é desesperadamente estimado em minha mente
Sintonizou-me a alma e conectou-se ao meu peito
Tão distante mas sempre presente
Tão longe do meu olhar
Tão revista em meu sonhar
Tão ausente na visão
Tão presente em meu coração.

Foto de Paulo Gondim

Sentir-se só

Sentir-se só
Paulo Gondim
19.06.2006

Viver só? não vivo.
Como ninguém vive só
Se é que isto é viver
Em simples companhia
De amigos, de família
Como filosofia
Porque assim foi
Porque assim é
Nessa atrofia

Viver só? Não vivo
Porém, o caso é bem pior
Não vivo, me sinto só
Eis a pior solidão
Sentir-se só, isolado
No meio da multidão

E vejo o vai-e-vem constante
Das pessoas andantes
Umas pra lá, outras pra cá
Como fantasmas errantes
Macilentas, obscuras
Fugindo se suas amarguras
Fingindo vida, fingindo viver

E os dias se repetem
Um a um, de forma constante
Na frieza do tempo, que passa
Implacável, como devassa
Do que fomos e não fizemos
Sem direito a defesa
Sem qualquer clemência
Sem a complacência
De uma nova chance

O hoje é agora. Não resta demora
Agora é a vez, não há outra vez
Nem nova partida
O tempo não volta
Passou, nunca mais...
Viveu, muito bem!
Não viveu? Diga amem!
Porque esse tempo se foi de uma vez
Não volta jamais, não tem outra vez
Por isso essa angústia me faz bem pior
Não sei quem eu sou, um vulto talvez
E nesse conflito, me sinto mais só

Foto de TrabisDeMentia

Onde estás, minha dor?

Não sei se por clemência
Se por magia ou coincidência
Eu não te encontro onde devia.

Fecho os olhos de contente
e por mais, por mais que tente
Não te vejo, que alegria!

Eu te conheço, és traiçoira
Vais querer arranjar maneira
de voltares á minha vida

Mas eu te espero abrindo o peito
Só pra veres que deste leito
Outro alguém fez moradia

(Só para veres que pra tormento,
para dor e sofrimento
Não tem lugar nem alimento)

Foto de Renato Câmara

Medo

Perder-te é meu temor,
Quem sabe por te desejar demais amor,
Viver sem ti hoje em impossível,
Pois te amar, se quer que o diga, é indescritível.

Tentei não me afogar em teus afagos,
Não me perder em teus beijos,
Mas o que posso fazer se o sangue é fraco,
E o coração não segue eixos?

Perder-te é meu temor,
Quem sabe por carência,
Por não desejar a dor,
Mas mesmo com toda minha sapiência,
Perdi-me em teu amor.

Por isso eu te peço,
Não fuja ou desapareça,
Nem, por clemência, me peça,
Pra que eu não te ame, te esqueça.

Foto de Thyelly

CIO

Quando sangro
Para ele estou no cio.

É bem verdade mais me sacio.
Ele excitado fica tarado

Me toma com violência
Não tem clemência
Eu gosto assim.

Quando no cio
É que mais quero
Junto a mim.

Quando grito
Mais excitado ele fica

Gosto de arranhar
Morder, gritar.

Excitado, começa a xingar.
Eu sou a puta, a vagabunda
A saciar...

Mais excitados
Vamos ficando
O êxtase chegando.

´É dor , é prazer.
É muito bom fuder.

Ele me pega por trás
Eu grito, ele quer mais.

Eu égua no cio.
Só com ele me sacio.

Cada estocada que da
É para lembrar:
Foda como a dele jamais
Irei encontrar.

Ele é meu corcel,
Negro cruel.

Seu pênis longo,
Extremamente grosso
Nunca me deixou sem gozo.

No inicio me machucou.
Gritei, chorei, gostei, gozei .casei

Foto de Rafael pereira de souza

Meu grande amor nunca esquecido!!!

Sempre soube terminar os poemas que falam de saudade, de amores finitos, mas nunca começá-los, pois o início  tem gosto de ausência, tem cheiro de perda, tem peso de outrora. Amores passados, perdidos, partidos, apenas convidam ao silêncio, e a confissão, e a solidão, florescem implacáveis na ponta da língua, como brados, como adagas, e então, ao pretender o afago, apenas desenho um lamento profundo, e ao tentar esquecer o inesquecível implanto as lembranças na retina da memória, que dói como se fosse o dia da partida e não a hora das reminiscências.
Mas, sim: aprendi a dizer que não te esqueço; que o eco dos teus pés - que já foram o meu chão - retumba a cada passo que caminho nesta doce amargura escandinava, escondido entre ruivissímos cabelos e branquíssimas mentiras.
Revejo os instantes e vejo que o tempo, a destempo, ensina a dizer que te amo, que te lembro quando é tarde, quando a noite do tempo deitou-se para sempre entre nós, como  água sem barco, como  margens sem rio como um dia sem horas.
Difícil começar a dizer da saudade que sofro, da angústia que vivo, da dor que me ataca, da culpa que sinto, que não é vã, mas justa: mea culpa, mea máxima culpa.
E os minutos, esses que teimam em ficar horas a lembrar-te; e as horas, que ficam dias teimando em reviver os instantes que não voltam, apenas desamarram as palavras que impunes e sem medo se escrevem letra a letra lapidando um pedido de socorro, rabiscando um retorno ao passado, esculpindo um desejo de futuro, conquistando uma chance de ventura.
Sim, não nego: quis construir uma ponte de amor, um dizer de saudade, um grito de esperança, um pedido de clemência.
Nem mais, nem menos, nem muito ou pouco, nem tarde ou nunca: um tudo ou nada.
Sim, um poema de amor manchado de saudade, pintado em cor remorso, é o que tento iniciar e não consigo,
pois dizendo que sim, que te amo e não te esqueço, não começo, mas termino.
E isso faço, começo terminando com um resto de esperança, que é o fim de todos os princípios, e repito, como um disco, que te amo, que te amo, e que deixar-te foi tão duro como te saber distante. E termino começando, pronunciando o teu nome, o que até agora apenas me atrevia: vivendo de amor, e não morrendo, suando de ternura e não de angústia gritando de esperança e não de raiva, é como digo que te amo, minha Kleice nunca esquecida!

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