Clareza

Foto de poetisando

Alegria

Quando a noite se acaba
O romper de um novo dia
Traz a esperança de viver
Mais um dia com alegria

É mais um dia que agradeço
Á nossa mãe natureza
Por mais um dia que me dá
De viver com toda a clareza

Aos meus olhos o dia é lindo
Este sol que tanto brilha
Que me traz paz e alegria
Que dia de maravilha

Obrigado mãe natureza
Por me dares mais este dia
Vou cantar sorrir e brincar
Amar e viver com muita alegria

De: António Candeias

Foto de Maria silvania dos santos

Alguém que ninguém sabe quem.

Alguém que ninguém sabe quem.

_ Hoje nesta linda e estrelada madrugada, sem sono estou pensando em alguém.

Com este alguém sonho acordada, não sei se estou apaixonada.
Só sei que meu coração sofre calado, pois com este alguém não posso falar nada.
Sei que a ele, jamais poderei dizer algo.
Pois hoje sou proibida um novo amor em minha vida.
Na tristeza de uma solidão, às vezes me sinto embriagada.
Sonho com ele, um dia me trazendo uma linda melodia, no
pensamento de alegrar o meu dia, está é a minha fantasia.
Neste dia pode ter a certeza, de que com toda clareza, vou estar
pensando neste alguém que ninguém sabe quem!
Se eu pudesse um dia dizer, Mesmo que ele não pudesse perceber, faria questão de dizer o quanto por amor estou a sofrer!
Mesmo que você não tem a certeza de que é você que estou a dizer, mas terá uma nossão de que é com você que estou a dizer, então um pedido quero lhe fazer.

Todos os dias logo cedinho, quando o sol nascer, olhe para
raiar do sol, e imagine meus olhos olhando para você!
Pois neste momento, estarei pensando em você!
Todas as tardinhas, quando o sol se esconder, as estrelas
mesmo entre nuvens vão aparecer, e você pode crer que em cada uma delas,
Vou estar olhando para você, em cada canto que você
esconder.
De você não vou esquecer, mesmo que você nunca vai me
compreender.
No dia que sol não haver, chuva deve ter, entre ela, vou esta em cada
gota que banha seu rosto.
No pensamento de acariciar e lavar a tristeza do seu rosto,
para que você possa mostrar seu brilho e beleza de corpo e alma!

Autora; Maria silvania dos santos

Silvania1974@oi.com.br

Foto de Maria silvania dos santos

Eterno amor!

Eterno amor!

Para expressar o meu amor por você, eu não preciso escrever grande texto, até porque, mesmo que eu escrever inúmeras paginas, um caderno inteiro, talvez livros e livros, não irei conseguir expressar meus sentimentos.
Mas em poucas palavras quero que você saiba que, te amo com loucura, não sei se você será capaz de compreender, mas ainda sinto o seu cheiro, o seu suor, o seu perfume, ainda está em seu palitó que comigo ficou.
Quando ouço o teu nome, minhas pernas ficam trêmulas, parece que vou desmaiar, fico fora de controle.
A primeira carta que você me escreveu a vinte anos atraz, ainda está guardada, as letras já estão quase apagada, quase não se ver mais, a folha já se escureceu, e está quase rasgada, mas ela ainda está gurdada entre alguns bolso do teu palitó, que se encontra entre inúmeras peças de minhas roupas.
Lembra-se à quinze anos a traz, a noite em que você terminou com nosso namoro?
Lembra também que naquela noite era mês de junho e fazia muito frio?
Poise, Com muita clareza eu ainda me lembro que naquela noite você estava usando um palito branco, e eu trêmula de frio e bem longe de casa, você gentil-mente, tirou o seu palito e me deu para que me aquecesse.
Nele estava preguinado o seu perfume, o qual eu ainda consigo sentir, eu não deixo um só dia de sentir o seu cheiro.
Você também deve-se lembrar que naquela noite, eu usava um batom vermelho bem cremoso, pois sabia que você gostava.
Só não sabia que naquela noite tudo entre nós acabava, pois você diz por outra está apaixonado.
Lembra-se também que chorei muito né?,
Poise, e eu com aquele batom vermelho tentando secar minha lágrimas em seu palitó branco e ao mesmo tempo sentir o seu cheirinho, acabei marcando o seu palitó com o batom vermelho.
Mas eu o guardei, guardei o teu palitó, e o meu amor por você também, pois você foi o meu primeiro e único amor e sempre irá ser, ainda me guardo para você, pois você, é o meu primeiro e eterno amor.
Jamais irei te esquecer!
Autora; Maria silvania dos santos.
Silvania1974@oi.com.br

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro – Capítulo 7

Essa noite eu tive um sonho estranho. E esse sonho, por assim se dizer, foi muito complicado de se decifrar. Nele, os absurdos imperaram. Os seres, sem serem claramente separados como na nossa realidade, lutavam entre si. E os fracos subjugavam os fortes, os devoravam, sem que lhes sobrassem sequer os cadarços. Tremulavam estranhas bandeiras, de estranhas causas, e estranhos países. Crianças mandavam em adultos, que as obedeciam. Outros homens, rendidos, suicidavam-se, alegando merecer o falecimento. Hinos desconexos ecoavam nas paredes pelas ruas tumultuadas. Senti, se é que é possível sentir algo com um sonho, um desejo por uma inquieta tranqüilidade, uma tranqüilidade quase que inviável diante da necessidade das evoluções e modificações. Houve uma voz que conclamava, chamava os santos adormecidos para a fúria das incertezas e das discórdias. Carros aceleravam, carros indomáveis aceleravam com um sorriso irônico em sua parte dianteira. Ouviam-se sirenes, buzinas, caos. Não assimilei bem o que o sonho me passou. Também, não deve ser algo importante...
___________________________________________________________________________________________________

O tempo se seguiu.

- A dona Clarisse é boa! A dona Clarisse passou para o nosso lado!

O burburinho tinha razão de o ser. Comentava-se, à boca pequena, que o nosso líder estava mancomunado com os seres dominantes. E o nosso líder não deixava por menos. Ele estava bem mais contido nos discursos de contrariedade aos nossos inimigos. Diferentemente da dona Clarisse. Ela, segura de si apesar das provações que lhe ocorreram, se colocava cada vez mais como uma liderança para toda a comunidade, e com o ponto positivo de se impor de maneira pacífica na resolução dos problemas do gueto em geral. Sendo mais específico, ela era a ponte entre a comunidade e o nosso líder. E esse, cada vez mais distante das necessidades, vinha perdendo a sensibilidade que o levou a ascender à branda influência que exercia aos seres de sangue quente.

- A dona Clarisse é a nossa esperança de vitória!

Tomava corpo uma nova representante do existir do gueto.
___________________________________________________________________________________________________

A torta me olhava.

- Dimas...

Era a única que me chamava pelo nome.

- Dimas...

Novamente a ignorei.

- Dimas...

Eu me recolhi. Tinha nojo da torta. Engraçado sentir isso dela. O normal é os outros se enojarem comigo.

- Dimas, você pode até me ignorar, mas saiba que eu te amo e isso é uma verdade.

Senti muito medo de ela estar sempre comigo, em todos os momentos que eu precisasse.
___________________________________________________________________________________________________

Parece que tudo me é mais sofrido.

- Inúteis! Ou trabalham direito ou não vão poder comer!

Os mais fracos no gueto são os responsáveis pela produção e preparação dos alimentos, pela limpeza de vias e aposentos, pelos reparos gerais e pelos afazeres menos aceitáveis. Já os mais fortes, por sua vez, garantem a segurança e a fiscalização do cumprimento das regras na comunidade, sendo sustentados para tal, e mantendo o equilíbrio da nossa calma convivência comparada ao tormento horrível da subjugação aos seres de sangue frio.

- Trabalhem seus inúteis, trabalhem!

Até eu subir de vida, será assim.
___________________________________________________________________________________________________

- Justo, venha.

A voz de Clarisse era doce e acalentadora.

- Justo, beba.

Clarisse poderia seduzir qualquer homem que bem quisesse. Era uma bela mulher. Poderia seduzir apenas com o nome, que de tão belo fazia jus ao seu significado, de clareza, em meio à escuridão do nosso mundo, rochoso, opaco. E Clarisse, uma pessoa de bem, uma figura moldada para conseguir o melhor e sempre o melhor, não simplesmente seduzia ao homem que bem entendesse. Clarisse, ao invés disso, seduzia o homem do qual precisasse.

- Justo, dorme, dorme...

Ele obedeceu, como em poucas vezes em sua vida.

- Morre... Isto... Morre...!

E com presteza nosso líder foi a óbito.

Foto de Pedro Rodrigues1969

Sentimentos

Sentimentos

Abstractos momentos
Silenciosos sentimentos
Sinto-me morrendo
Na dor da saudade
Meu peito apoquenta

Mas tudo passa
A dor desaparece
Na visão do teu olhar
Na incensa do teu sorriso
Na sabedoria e clareza
Das tuas encantadas palavras

Momentos inesquecíveis
Desejo…amor…paixão
Caminhos para o infinito
Loucas e alucinantes fantasia
Surpreendentes e imaginários sonhos

Almas com inexplicáveis sentimentos
Metamorfose de momentos
Ao encontro de marcar seu destino
Se completarão no juntar de seus caminhos

Autor
Pedro Rodrigues

Foto de Vinny Alves

O Ser Fiel

" .. O ser fiel não está na perseverança de não trair, como costumamos afixar
Trai-se com o olhar, mãos, boca, pensamento, e com tudo que se possa remeter-nos a outra pessoa
O egoísta pensamento de que por não ter havido contato físico, permanecemos fiéis
Foi criado por um subconsciente predominantemente machista de não encarar os fatos
De se iludir e se convencer do tal, para que assim, possamos convencer ao nosso próximo

Numa análise pessoal e ínfimamente sábia
Acredito que o ser fiel, é aquele que distingue com clareza o que é seu e a quem ele pertence
O que sabe o que busca, sabe por quem continua a se apaixonar - ainda que não sempre com mais ímpeto - sempre, dia após dia.
Aquele que consegue perceber com encanto a importancia que os gestos de amor do seu parceiro têm
E retribui sem esperar nada em troca, desejando apenas manter o que é simples, mas simplesmente maravilhoso : O amor ! .. "

Foto de João Victor Tavares Sampaio

A Flor do Desespero

“Para dizer a verdade, não nasci nem do Caos, nem do Orco, nem de Saturno, nem de Japeto, nem de nenhum desses deuses rançosos e caducos. É Plutão, deus das riquezas, o meu pai. Sim, Plutão (sem que o leve a mal Hesíodo, Homero e o próprio Júpiter), pai dos deuses e dos homens; Plutão, que, no presente como no passado, a um simples gesto, cria, destrói, governa todas as coisas sagradas e profanas; Plutão, por cujo talento a guerra, a paz, os impérios, os conselhos, os juízes, os comícios, os matrimônios, os tratados, as confederações, as leis, as artes, o ridículo, o sério (ai! não posso mais! falta-me a respiração), concluamos, por cujo talento se regulam todos os negócios públicos e privados dos mortais; Plutão, sem cujo braço toda a turba das divindades poéticas, falemos com mais franqueza, os próprios deuses de primeira ordem não existiriam, ou pelo menos passariam muito mal; Plutão, finalmente, cujo desprezo é tão terrível que a própria Palas não seria capaz de proteger bastante os que o provocassem, mas cujo favor, ao contrário, é tão poderoso que quem o obtém pode rir-se de Júpiter e de suas setas. Pois bem, é justamente esse o meu pai, de quem tanto me orgulho, pois me gerou, não do cérebro, como fez Júpiter com a torva e feroz Minerva, mas de Neotetes, a mais bonita e alegre ninfa do mundo. Além disso, os meus progenitores não eram ligados pelo matrimônio, nem nasci como o defeituoso Vulcano, filho da fastidiosíssima ligação de Júpiter com Juno. Sou filha do prazer e o amor livre presidiu ao meu nascimento; para falar com nosso Homero, foi Plutão dominado por um transporte de ternura amorosa. Assim, para não incorrerdes em erro, declaro-vos que já não falo daquele decrépito Plutão que nos descreveu Aristófanes, agora caduco e cego, mas de Plutão ainda robusto, cheio de calor na flor da juventude, e não só moço, mas também exaltado como nunca pelo néctar, a ponto de, num jantar com os deuses, por extravagância, o ter bebido puro e aos grandes goles.”

- O Elogio da Loucura (Erasmo de Roterdã)

Louçã
A filha da morte
Mãe dos desencontrados
A Loucura, quente frieza
Tem a razão;
A Loucura assim em clareza
É pura escuridão

Esqueçam de cobra ou maçã
Pecados
De um raciocínio consorte
Falso cristão:
A simbiose, que é doce ilusão
O educar do prazer
A realidade do reproduzir
Não tem efeitos comprovados;
Se alguém tentar introduzir
O dever
Ou outra asneira em semelhança,
Se lembre de quando em criança
O mundo que nos parece acolher
Trai-nos em manso
Em lento avanço
De sermos adultos e suficientes
Sábios e clarividentes

Em ser injusto e imperfeito
O mundo que soa ideal
Passa longe de satisfeito;
Ou seja:
No final da vida é o final
Ao invés do que se almeja
Que se encontra ao natural;
Sem moral ou solução
Sem nexo de orientação;
Sendo a falha em seu ardor
A máquina em seu labor;
Eis o humano enfim descrito
Pequeno e frágil ao infinito;
Entregue
Ao destinar que lhe carregue;
Sendo insano por lutar
Por nadar em naufragar;
Pois isso explica a loucura
E o amor:
Nada mais que a abertura
O botão da semeadura
De um desespero em flor

Foto de Rute Mesquita

Vagueia silhueta vagueia...

Hoje sou uma silhueta,
que vagueia descalça…
Ainda não sei o que levar nesta proveta,
pois tudo me realça.
Sinto o mundo a meus pés,
sinto-me num andar desarticulado…
Sou uma alma perdida
que segue o cheiro a sal das marés
das marés onde um dia te havia deixado.
Sou um corpo,
onde o sangue congelou…
vivo ou morto?
alguém me perguntou.
Mas, não oiço,
não vejo,
não falo,
apenas me movo carregada
dos meus erros…
Destes pesos que baloiço
ao andar…
quanto mais desejo
ver-me livre deles mais tenho que carregar.
Procuro-te minha água cristalina,
tu que engoliste a minha luz,
só te quero encontrar minha divina
e em ti um brilho que me seduz.
Vagueio e vagueio…
o mundo continua a girar…
ninguém dá pela minha presença…
pergunto-me ‘porque veio
tudo agora abalar
contra esta minha crença?’
O cheiro!
O cheiro está cada vez mais intenso.
já te sinto, já te vejo e já te oiço
e só penso,
em voltar sem nada em baloiço.
Sinto os meus pés a provarem a tua sede,
sinto os meus cabelos em movimento,
ninfa, pede para em ti mergulhar, pede
eu sei o que tenho a fazer, prometo.
Toda a areia se desviou,
agora era apenas eu, as profundezas daquele mar
e a minha procura por quem de mim se separou,
de quem senti se afogar.
Recuperei-te minha luz,
nós que andámos ambos tão perdidos,
eu sou a tua escuridão e tu a minha claridade,
somos um só, somos este poema que compus,
somos nós tão concretos e tão indefinidos,
como a felicidade.
Agora que te tenho,
caminho com leveza…
todas as minhas feridas sararam,
E desta história retenho,
a tua clareza,
nas minhas pupilas que dilataram.
Agora posso descansar em paz,
eu e tu num só tumulo,
no qual de desespero as minhas unhas cravaram,
‘Nunca vás,
se fores a minha alma deste mundo,
de novo desaparece’.

Foto de Allan Dayvidson

SEUS ÓCULOS SOBRE A MESA

"Muitas vezes, colocamos o rancor entre nós e uma lembrança e, de repente, esquecemos a importância que uma experiência teve em nossas vida. Esquecemos, mas basta tirarmos este rancor da frente e voltamos a lembrar e, de alguma forma, nos libertamos..."

SEUS ÓCULOS SOBRE A MESA
Por Allan Dayvidson

Lembrei...
que éramos genuinamente inacreditáveis
e que seus atos eram simples e sensíveis.
Lembrei que inventei você num pedaço de papel
como um desabafo sobre desejos impossíveis.

Lembrei de nossa amizade
e de nossas conversas, brainstorms.
Lembrei de nossa eqüidade.

Odeio pensar em como perdemos tudo isso.
Entre nós: meus medos infantis
e seus compromissos.
Quando convidamos o mundo a entrar e dizer
que simplesmente era o fim?

Lembrei de nossas pequenas vitórias,
da sua gaita,
das lições de física;
de sua boa memória e seu amor pela música.

Lembrei de seus óculos sobre a mesa,
e seus olhos permaneciam em mim.
Poderia até jurar que me enxergava com total clareza.

Odeio pensar em quando deixou de me olhar,
quando eu não soube o que fazer,
como lutar;
quando não soube como me agarrar às palavras e dizer
que, para mim, não era o fim.

Nada se compara ao que fomos.
A lembrança de você é o que, de fato, amo.
Mas portas foram abertas
e acho que não mais voltarão
a
se
fechar.

Que eu encontre alguém como você...
como a parte que você decidiu apenas esquecer.
Mas não se esqueça de mim, por favor,
porque cometo o atrevimento de dizer
que apesar da água em meus olhos,
de alguma forma, ainda enxergo você.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Lamúria - Parte 2

Ah, paz no mundo que nunca chega...

Estou em um telecentro. Finjo esquecer os cheiros que a cidade e minha existência me obrigam a discernir. O município onde moro está repleto de drogados. Pessoas se dopam para demonstrar clareza nos pensamentos. Não há muita lógica nisso. Olho para a tela de um computador público, imagino quem havia de tê-lo tocado e ainda assim amo aquele porco. Sou cristão, por educação familiar. Acredito no que dizem na igreja que nunca vou, pela esperança de ser verdade, tudo parece tão bonito lá. Lembro-me: sou paulistano. O Rio de Janeiro não deveria ser meu foco de atenção. Ainda mais um lugar sem praias. Amo aquelas crianças que morreram, mesmo que elas me odiassem antes, sem saber da minha vida. Não me sinto um justiceiro. Não quero ser um.

Amai ao próximo como a ti mesmo, diria a Bíblia.

Ah, paz no mundo que não chega!

Páginas

Subscrever Clareza

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma