Clareza

Foto de Oraculo

VAZIO

Aqui estou,
Tonto e embriagado de tristeza
Minha vista tão turva...
Não consigo enxergar com clareza.

Minha mente tão confusa
Me engana com facilidade.
Já não consigo distinguir os sonhos,
Desta minha cruel realidade!

Ao sonhar acordado...
Sentir-se triste, por,
Algo que não aconteceu realmente
Querer acordar, da inevitável dor!

Ao passar todos esses dias,
Esperando ficar inconsciente...
Nos sonhos, foi o que me restou
Ser guiado a uma ilusão permanente!

Isso foi tudo o que me restou...
Ficar sozinho, é tudo tão frio.
Aqui preso comigo mesmo,
Passando meus dias cheios de vazio!

Foto de Ana Botelho

VAIDADE

VAIDADE

Busco em seus braços calmaria, aconchego,
Como um frágil bichinho cativo sempre o faz
Quer um ninho, mas às vezes em grades cai .
Meu amor não se realiza... acho que descobri o porquê,
Jamais conseguiu acalantar, nem por poucos meses,
Os meus sonhos e, mesmo assim, eu amo você.

Se abre os seus braços e se põe a me abrigar,
É que quer eu me renda às celas do seu egoísmo
Pedindo que eu me segregue do que der e vier,
E em um orgulho sombrio, me leva dos meus,
Acorrentando-me em cárceres de ridículos apegos
Prendendo-me ali, pelo tempo que bem quiser.

Meu vício é o encantamento do seu exagerado amor,
Pois quando retornamos em novas tentativas,
Nesse vai e vem, entre brigas e afagos, me ilude
E se me aloja nessas horas, eu fecho os olhos e assim
Viajo, alçando vôos a paragens etéreas, benfazejas,
Aí, eu me torno rainha una do espaço sem fim.

Mas não demora nada... e a tarde se esmai,
Com ela, uma triste angústia vem e dói em mim,
Traz à tona noite nefasta em seus gritos loucos,
Que me amedrontam demais, tendo que me calar
Diante de tanta agressividade, então me detenho,
Tentando talvez, que você não consiga me abandonar.

Estou por hora, muito, enormemente cansada
Para retomar essa relação dorida e oscilante,
Quero ficar aqui quietinha no meu canto,
Porque eu sei que o verdadeiro amor não é cativo,
Ele é livre por excelência, alimenta as almas
E as torna felizes, tudo pode e dispensa lenitivos.

Não serei eu a marionete escolhida da sua vaidade,
Sinto dizer-lhe isto: aprendi a gostar de mim mesma
A valorizar tudo o que possuo em talentos e intuições
E, elas me dizem que você não vai e nem quer mudar
Esse seu modo doentio de tratar o meu coração frágil,
Que só deseja a clareza do sol a com ele caminhar...

Sair bem cedinho, dourar os campos em lindas flores,
Falar com todos os que no trajeto puder encontrar,
Energizar os sofridos lares com gotas de carinhos,
Beijar os cabelos encaracolados de tantas crianças
Que olham na curva da estrada, lá no horizonte,
Como se visualizassem a chegada da esperança.

Sabem do que eu preciso... de apenas um grão,
Só um grãozinho de amor, que seja ele capaz
De me tornar alegre. Não penso em grandezas,
Não. Necessito me sentir amada, simplesmente,
Em plenitude e sem cobranças materiais,
Apenas amada, para ter paz na minha mente.

Que preço, meu Deus! até quando irei pagar
Pela vaidade que você teima em alimentar...
Peço ao tempo, esse desconhecido mágico,
Que se lembre de nós e desse insano amor,
E que nos faça cúmplices, amantes, amigos,
Desde o adormecer, o raiar e até o sol se pôr.
.
Ana Botelho 02/09/07

Foto de celiamaria

blog da poesia na gaveta

Na gaveta,
escondi meus poemas.
E com firmeza,
fui criando muitos temas.

Mal encontrei este site,
quis logo sair da gaveta.
E com muito medo la publiquei,
todos os meus temas.

São poemas de amor,
é o que sinto ca dentro.
Gosto de escrever com calor,
e na cama tamem.

Agora que saí da gaveta,
eu digo a toda a gente.
Faço poemas concerteza,
e com muito gosto eu formo muitos temas.

Para aquela gente,
que nao sai da gaveta.
Fica aqui um apoio,
façam-no com muito amor e clareza.

Foto de Boemio

Bianca Del'Plagio

Bianca, mulher de cinco estrelas,
Com pérolas no pescoço, anéis de ouro,
Casaco listrado de zebra,
Bebe somente e tão unicamente vinho de porto,
Gosta de festa de glamour
E na torta não dispensa o glacê,
No dente aplica flúor,
Sai todo dia a meia noite pra ninguém perceber
Que também se interessa por samba de mesa,
Jazz e blues, seus lindos olhos azuis
Brilham ao ver com tal clareza
O samba que envolve seus delicados
Passos de realeza,
Quando ela menos nota
Já está com o suor da dança na veia,
Bianca, mulher de poucos homens
Tem um gosto sofisticado
Por seu pulso eletrizado
Prefere outras mulheres
Que a alma lhe revele,
Acredita ser assim
O único modo de ser feliz,
Bianca mulher trabalhadora
E que gosta muito de seu trabalho,
É dona de uma empresa prestadora
De serviços ao mais intimo labor
E mais tarde horário,
Atende as criancices dos velhos,
A meninice dos adultos,
A cafonice dos jovens de terno
Enfim atuam em todo mundo
Bianca mulher de muitas batalhas
Nasceu sob uma estrela desafortunada
Em sua casa pra comer não tinha nada,
Sua mãe morreu quando a ela deu a luz
Seu pai a pegou para criar sozinho
E por muitas vezes acusou Jesus
De tê-lo abandonado no caminho,
Aos 40 morreu de câncer no pulmão
Deixando Bianca só com as contas pra pagar
E com um partido coração
Por seu pai no quintal ter de enterrar,
Saiu bem cedo pra vida
Com 13 anos já se sentia sofrida
Caminhava na vastidão da praia
Quando um moço vistoso e pomposo
Puxou pra si sua saia
E lhe ensinou como se tornou vitorioso,
Bianca naquele dia perdeu a pouca pureza que lhe restava
Conheceu a dor e se aliou a quem lhe mostrou: o deputado,
Que logo lhe emprestou seu dinheiro roubado,
Para Bianca construir o seu tão suado
Hotel do consulado,
Bianca que depois matou de prazer
O deputado aposentado
Tentou ao mesmo cargo concorrer
Só que sem resultado,
Bianca mulher que resolveu olhar pra traz
E tentar ver seu pai lhe sorrindo
Sua mãe ao seu lado lhe fazendo carinho,
E Bianca se sentiu fraca e deprimida
Por que então sentiu sua vida
Assim sem ser vivida,
Viu os carros pela vitrine da suíte presidencial,
As rosas brancas na sacada da janela,
O lençol de cama rosa colossal
E sentiu o cheiro que exalava da vela
Que queimava no seu quarto,
Bianca chorou, minguou e no seu luxo
Despediu-se do mundo aos 33
Mas antes da escuridão se apossar de sua alma
Gritou um grito que foi por todo o tempo abafado
“_Eu sou: Bianca Del’plagio...” E continuou a sorrir...

Foto de pstella

Noite Sem jeito

Desculpe o mal jeito
Mas nem sempre sai com efeito
Olhando esses seus traços bem feitos
Nessa noite calorosa
diria com certeza
que ao luar que me traz clareza
A noite pede para te embalar
O som dos pássaros ao fundo
espero que tenhas
o sono mais profundo
Que nos sinos que tocarei
vou conseguir te acalmar.
O Azul do ceu se mistura
em seu olhar
No mais infinito melhor
seria apenas sonhar.
Que os sonhos sejam fortes,
e leves ao mesmo tempo
Que o som seja tranquilo,
como o leve dançar do vento.

Ao Homenagiado dessas palavras. Meu Anjinho Michael.
Beijinhos

Foto de Fernando Poeta

Sereia

O navio naufragou,
Fui lançado na imensidão azul do mar.
Não havia salvação, percebi o inexorabilidade da morte,
Nos poucos segundos que achava que ainda restavam.

Poupei meu fôlego,
Para conseguir, ante o fim iminente,
Guardar em minha mente,
A última impressão deste mundo.

A beleza descortinava-se à minha frente,
Com muita clareza conseguia ver,
O fim chegando,
Adornado pela beleza do oceano...

Não havia mais o medo,
Nem o desespero,
Apenas o extasiante estupor,
Ante o que contemplava.

Com o corpo dormente, a alma liberta,
A vegetação marinha a minha volta,
Cardumes coloridos de peixes, passando ao largo,
Observavam minha queda.

Ao fundo cheguei,
E aguardei o fim,
Então tão próximo dele,
Achei estar em um sonho, e percebi que delirava...

A minha frente rapidamente,
Algo se aproximava,
Com movimentos ondulantes e rápidos,
Conseguia perceber apenas a forma, e então meus sentidos foram embora...

O tempo, não sei dizer,
Vivo! Eu estava vivo,
Como isso aconteceu?
Qual a explicação para minha salvação?

Em meio a meus devaneios,
Ouvi um canto, belo, suave e atraente,
Atraiu meu olhar,
Para arrecifes formados ao longo da praia.

Avistei então uma lenda,
Avistei o que só poderia ser,
O que os antigos denominavam,
Sereia...

Cachos de cabelo negros como ébano,
Corpo sinuoso até o quadril,
E longa cauda escamada, verde como as águas claras,
Terminando em enorme nadadeira...

Olhava em minha direção,
Continuando seu canto,
Acariciando seus cabelos,
Mantendo nos lábios um sorriso cintilante...

Cantava minha salvação...

Encontra-me no seio de sua morada,
Chegou a mim,
Percebeu que morria,
Colou seus lábios as meus.

Arrastou-me assim,
através das águas frias,
Até deixar-me na praia,
Até deixar-me salvo.

Aguardara-me ver acordar,
Para dar-me adeus,
E então ao seu lar,
Poder retornar...

Lançou-se às águas,
Levando consigo,
O que então deixara,
Meu coração partido...

Foto de Gilbertojúnior

INCERTEZA

É a incerteza da vida
Que minha ilusão oferece
Que se fecha e que esquece
Do coração que padece
E só me deixa ferida

É do sentimento deixado
Num passado tão distante
Feito navalha cortante
Na alma de um gigante,
Gigante amor acabado

Tece-se aqui a canção
Se choro não tenho culpa
Pois amor também machuca
Por isso não há desculpa
Vou mudar de oração

É da incerteza da flor
Que foi criado o espinho
Pra proteger com carinho
Não vou mais chorar sozinho
Vou procurar um amor

Um amor que com clareza
Me tenha com liberdade
Que eu possa sentir saudade
Sem angustia, sem maldade
Sem me deixar incertezas!

Foto de Daniela Franco

Apenas por um momento

Poderia eu, sentir-me viva
se todos meus sentimentos, não estivessem dispersos,
e como se eu encontrasse o profundo abstrato
e nele, todas as sua formas.
Poderia eu, mergulhar em meus pensamentos,
de tal sentido complexo onde não pudesses sair
Recaída - em versos sem rimas,
sem sáida exata para seguir.
De todos juramentos e tormentos,
só permaneceram aqueles aos quais me distraia
Contraditórios espaços, todos no vácuo - da vida.
Ser um poema sem nexo
e no teu sexo enquanto eu dormia.
Recitar as palavras com certa clareza,
sem estar num profundo deleito, de agonia;
do eu nem sei se sentia.
E se tudo não passar de uma irrealidade inconstante
entre os minutos, os instantes
...apenas por um momento...
Qualquer de monotonia!

Foto de Snaide

Passar dos Anos

Quando por outra estrada tu seguires, não te esqueças do meu amor e que sofro por ti. E se tu pensares que nunca mais te quero, procure recordar dos meus versos tristes e apaixonados.
Quando as lágrimas te sufocarem o coração e não mais conseguir enxergar com clareza, procure-me, pois com um beijo apaixonado te secarei o pranto.
Porém meu amor, se com o passar dos anos tu me quizeres de volta, corra até a praia e abrace todas as ondas, pois é meu corpo ainda por te amar.

Foto de Andressa Nascimento

Odeio

Te odeio com toda a minha força
Por toda essa calma
Por todo esse calor
Pela forma com que me olha
Pela forma com que me beija
Te odeio com toda a certeza que me falta
Pela firmesa da tua voz
Pela falta de diferenças
Pela falta de clareza nos sentimentos
Por tudo isso te odeio
E se com todo esse ódio
Não consigo te esquecer
Acho que esse ódio
Na verdade se chama
AMOR...

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