Cinzas

Foto de Luana Carla Ribeiro

FÊNIX

Viver
Algo de extremo cuidado
Saber viver
Algo de valor estimável e delicado
Saber viver bem
Algo que é mais, é uma arte.
Quando comecei a viver, achei que sabia de tudo, achei que sabia viver e, principalmente a viver bem.
Tola Mortal!
Caí na armadilha do tempo
Na escassez da rotina
No escurecer da ansiedade
No ludibriar da solidão.
Mas a vida é um mistério
E, como súbito florescer da primavera em meio solo sem vida, assim fui eu ao ter você
Renasci das cinzas ao poder do fogo forte
Do seu amor por mim
Do meu amor demorado por você
Mas às vezes é difícil acreditar que não morri em meio as cinzas da solidão, em meio a dor da ingratidão
E agora, ao florescer de um novo dia
Aqui estou
Vivendo com ardor
Lutando contra dor
Caminhando com a luz do tom do amor.

Foto de Thiers R

>Incólume

Incólume

Paredes e ouvidos
supostamente ocos
gritam à dedos desvalidos.
aquela noite
ardia vermelha taça
na boca de teus seios
o cigarro parado queimava
enquanto veias entumesciam
era o maldito desejo a dizer:
quero-te!
quero-te no lençol sangrento.
quero-te na noite infernal.
quero queimar sem cinzas
abocanhar tua voz
na renda desenhada
de teu pensamento
perfurando histórias in contadas
e extrovertidas
às gargalhadas.
quero-te na ausência
do cheiro forte que exalas.
quero-te mordendo
até que possas saborear
cerejas desfazendo-se
em roucas letras
ainda por se formar
somente porque
esvaziaste e consumiste
o gole fatal.
sem entender o porque
estou limpo
lavado e barbeado
a espera de que algo aconteça.

ThiersRimbaud
25/2007
__Julho__
>

Foto de Cecília Santos

CINZAS AO VENTO( VÍDEO POEMA)

CINZAS AO VENTO

Pedra Grande, a cidade inteira, à seus pés,
Vento cantando, e o sol intenso a brilhar.
E nesse recanto tranüilo, e mágico que a natureza criou.
Você se transformou, em milhões de pontos cintilantes.
Cada partícula de cinza, do que se transformou seu corpo,
Foi levado pelo vento, livre e solto pelo ar.
Nas asas transparentes, de um anjo lindo à voar.
E recebendo os raios do sol, ia se transformando.
Em milhares de borboletas coloridas, que voavam pelo céu.
Nesse lugar lindo, e imenso, que quase se mistura ao céu.
Com certeza você, vai continuar a voar,
por entre as nuvens brancas de algodão.
Por entre as pedras esculpidas, pelo força da chuva, e do vento,
Vai cantar e dançar, com a brisa leve, e perfumada.
Fará parte do dia, da noite, do sol, e será arco-íris colorido.
Depois que a chuva cair, como uma gigante gota transparente,
Flores nascerão, por entre as pedras.
E a vida vai permanecer, sobre esses rochedos.
Assim como as ervas daninhas, e as flores, você também viverá.
Pois o espírito não morre nunca, é eterno.
E no espaço, e no tempo, você se eternizou.
Reluzirá em cada raio do sol, todos os dias.
E cada estrela do céu, terá o seu brilho.
A brisa será leve, e perfumada como seu riso.
As chuvas que caírem, serão suas lágrimas,
que apagará o pó, e aliviará a alma sofrida!
Você será isso, e muito mais...!
Você será a própria existência...!

Direitos reservados*
Cecília *Poema feito p/minha filha Fernanda em 10/04/07*

Foto de JGMOREIRA

SOUTAMÉRICA

SOUTAMÉRICA

Na América do Diabo
brilha a lua,
inocente e bela
sem saber que a espreitam
espanhóis e portugueses
somente por brilhar amarela.

Para trazer Deus aos silvícolas
urgem espadas, algemas, arcabuzes
bestas de todos os tipos.
Cortez, Pizarro e outras delas,
com a empunhadura em cruz
das lâminas afiadas
esfolam ouro nas peles que, dígnas,
postaram-se contra a fidalguia esparolada
dos cristãos que movem cruzadas
ocultando ouro na fé, esmeralda e muita prata.

Em busca do Eldorado
devastaram Potosí, Montezuma
Ouro Preto.
Venceu os índios o deslumbro,
não a força ou medo.

A América do demo propiciou,
com sua riqueza,
o requinte das realezas,
que se reerguessem reinos falidos
às custas do negro e do índio.

Contraste que emociona o esteta:
a morenez do índio
o negrume do preto
as pepitas amarelas
que guardava o chão
florindo sobre a terra
riqueza de aluvião.

América, açúcar preparando
ouro.
Negro cativo, índio massacrado,
ouro.
Ouro abrindo as portas do céu expansionista
financiando grandes conquistas.
Acumulado na matriz
gera empresas, centros urbanos
Hércules de potentíssimos neurônios
restando a América do abandono.

A América do inferno
Édem terrestre de outrora
esburacada, vazia, destripada,
assesta seus milhões de famintos
contra a América do sonho
que, herdeira protestante da crueldade cristã espanhola,
Escraviza, dizima, espezinha
impera, destrói e desola.

A América, herdeira de Espanha e Portugal,
ensarilha suas baionetas úmidas
arma seus soldados comerciantes
com desprezo por quem não lhe é igual.

Da América do sacrifício
ouve-se a voz do índio:
‘Pai de todos os pobres, de todos
os miseráveis e desvalidos,
ajudai-me a fugir de Tinta!’

Clama a voz no fundo da mina.
O pai de Todos não escuta clamores,
adormecido no seio Inca.
Mastigando coca, ouvindo tambores,
esqueceu-se dos irmãos da Mita.

‘Pai de todos os tortos, entrevados
e opressados nessa liça,
ajudai-me a fugir da Mina’’
Clama outra voz no céu de Tinta

Túpac Amaru, para falar aos índios,
necessita de língua, perdida em Wacaypata
necessita de sua cabeça, em Tinta
do braço direito, em Tungasuca
do esquerdo, em Carabaya
da perna esquerda, em Santa Rosa
da direita, em Livitaca.
Túpac quer seu tronco
lançado em cinzas no Watanay,
quer ouvir seus filhos, enviados
para o lado direito do Pai.
Amaru quer regressar à vida
para tirar de dentro da Mita
seus irmãos que clamam ajuda
contra a força que os executa.

Túpac Amaru, sentado no chão batido
de uma tribo no olvido das batalhas
chora em Potosi, Zacatecas, Guanajanauto,
Outo Preto, Colque, Porto, Andacaba, Huanchaca.
Cura as feridas gangrenadas
de Atahualpa, do Caribe, dos Maias,
Tenochtitlán, Cajamarca,
Cuzco, Cuauhtémoc, Guatemala.

Observa, com olhos sulfurados,
Colombo, Fernão Cortez, Pedro de Alvarado
Fere, com mágoa, a lembrança de Pizarro.

’Ó Pai de todos os mendigos,
inimigo dos dueños de la tierra,
ajudai-me a fugir dessa América!’
Gane uma voz no sétimo inferno da Mita
com os pulmões endurecidos de sílica

Túpac Amaru, sem lágrimas ou ferocidade,
abre seus braços de morto que dão a única fuga
abrigando, em sua redoma, os irmãos da Mita
que rapidamente ascendem aos céus de Tinta.

Os índios centro-sul americanos
acolhem-se na morte aos braços da liberdade

Foto de NiKKo

Meu lamento

Escondida na penumbra de uma sala
Olho a noite fria e adormecida
Lá fora somente o vento se move,
Calando a minha voz e sangrando velha ferida.

Deixo que uma música suave ocupe o ar do ambiente
Na inútil tentativa de acalmar meu coração.
Inutilmente quero que os acordes da musica
Entorpeçam a minha mente, roubando me a razão.

Nas minhas mãos um copo de vinho
Quando levado aos lábios parecem tremer.
Pois é como um brinde feito a angustia
Marcando o presente por não lhe ter.

Em silencio lagrimas correm por meu rosto
e acaba misturando no vinho seu sabor
Tornando-o uma bebida de gosto diferenciada
“Uvas batizadas em minha dor”.

Eu me pergunto sem obter a resposta
Qual a razão para esse sofrimento atroz
Será que nessa noite fria, solitária e vazia.
Você seria capaz de ouvir minha voz?

Isso na verdade não importa agora
Pois meus sentidos estão todos em frangalhos
Meu coração nada mais é do que uma flor perfumada
Mas que jaz pendurada, morta em seu galho.

Se nesta hora se os deuses ouvissem meu lamento
Com certeza iriam de mim se apiedar
Talvez me roubassem as asas dos sonhos
E me fizessem na pira do esquecimento me aconchegar.

E ali envolta no fogo da solidão eterna
Encontrasse o abrigo distante da minha dor
Talvez um dia eu renascesse dessas cinzas
Banhadas em lagrimas de ouro derretidas no amor.

Foto de Carmen Lúcia

Marcas

No corpo, a marca da roupa da moda,
E os tênis de marca realçam os pés...
Cabelos marcados de nós desatados
Dos laços de fitas,em tons dégradé.
Nos lábios,as marcas de batom já vencido,
Roubadas de um beijo que muito marcou.
Na pele a marca do sol de verão...
Bronzeado de praia que não se apagou.
No peito,coração a pulsar,disparado...
Marcando o compasso do primeiro amor.

No rosto, as marcas cravadas do tempo,
Veloz redemoinho marcando o chão...
Cabelos marcados por lenço amarrado
Escondendo o grisalho e as marcas da dor.
Pegadas marcadas no peito desfeito,
Os rastros de amor que por ele passou...
Os olhos sem vida,sem cor,desbotados,
Demarcam as cinzas de grande paixão,
Os passos se arrastam,pesados, cansados...
Alastram as marcas que o tempo deixou.

Carmen Lúcia

Foto de Dennel

Nostalgia

Há muito tempo
Que não te vejo
No peito contido o desejo
De te abraçar
Olhar nos teus olhos
Admirar teu sorriso
Dizer no teu ouvido
Não deixei de te amar

Hoje eu te encontrei
Até chorei de emoção
Coração acelerado
Desejo alucinado
Gosto do mel
Sublime fragrância
Bateu forte o meu coração
Fez-me estar no céu

Até este momento
Cinzas, trevas, escuridão
Diante de meus olhos
Se apresentavam sem compaixão
Mas, como a luz do sol
Que desperta as flores
A tua doce presença
Iluminou meus olhos de cores

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Sonia Delsin

O MAIS DOCE DE TODOS OS BEIJOS

O MAIS DOCE DE TODOS OS BEIJOS

Me beijaste e o beijo foi o mais doce de todos os beijos.
Naquele dia eu nem imaginava que te encontraria.
Mas eu te buscava sem o saber.
Eu buscava um homem que pudesse me beijar daquela forma.
Um beijo que adentrasse minha alma.
Que me trouxesse de volta a fé no mundo.
Que me trouxesse a vida que se esvaia.
Senti uma onda de calor me invadindo como se um vulcão de repente entrasse em erupção.
Do nada.
Assim como o poder de uma varinha de condão.
Este beijo foi um marco em minha vida.
Senti que das cinzas fênix renascia.
E ela ansiava pelo que encontraria.
Foi sim o mais doce de todos os beijos.
O mais importante beijo de meu viver.
Ele me fez renascer.

Foto de Logan Apaixonado

Renovado sejas tu, Amor

Renovado sejas tu
Sentimento dourado
Atinge-me em cheio
Esperança surgida
Renasce das cinzas
Fenix tão bela
Vejo agora a aquarela
Vibrante da vida
Agora sentida
Tão claramente
O Sol tão bondoso
Aquece meu corpo
Pois meu espírito
Arde em fulgor
Pois tenho amor
Vivendo em mim

Foto de Cecília Santos

SEM MÁSCARA:

SEM MÁSCARA
*
*
*
Escancarei a porta da minh'alma.
Não quero mais sofrer.
Vasculhei todos os cantos.
Arrastei todos os sentimentos,
e coloquei-os do lado de fora.
Pesei os prós e os contras,
e pouca coisa sobrou.
Da vida tranqüila que eu tinha,
nada mais restou.
Ela se tornou um emaranhado de caminhos,
que todos me levam a um ponto em comum"você"
Mas de nada adianta chegar até você.
Pois simplesmente nada que houve entre nós,
teve importância você.
Você sempre foi tão evasivo com seus sentimentos.
Brincou de me amar, fui um joguete em suas mãos.
Quebrei tabus, me dei por inteira, saciei seus desejos,
te amei de verdade.
Mas de nada adiantou meu amor.
Você anavalhou meu coração
me aniquilou por completo.
Estou tentando renascer das cinzas,
realinhar meu amor-próprio, ser eu novamente.
Sem máscara, para me ocultar a face.

Direitos reservados*
Cecília-SP/04/2007*

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