Cidade

Foto de Bruno Silvano

Um conto em New York

Quero ser realista
ter minha própria vida
poder amar.. Tudo isso na cidade que se contradiz
quero ir pra new York
Eu quero ser feliz.

Quero tempo, felicidade e alegria
poder descansar no agito
onde tudo acontece, onde tudo se move
quero ter paz na cidade que nunca dorme.

Quero meus desejos todos juntos
quero meus desejos misturados com os anseios de um sonho bem profundo

Por lá tudo surpreende, tudo comove,
É pra lá que eu quero ir
Quero ir para New York

Quero realizar meus sonhos
Conseguir meus discos de platina
Fazer meus ideais
Cuidar da minha própria vida

Quero aproveitar a beleza
Quero viver o frio em uma cidade praiana
Quero dormir acordado
Quero acordar dormindo nessa cidade cosmopolitana

Quero novas ironias
Novos caminhos
Aconchego em pura adrenalina

Me apaixonar nesse lugar cosmológico
Viver uma história de amor
Experimentar dessa magia
Na capital dos namorados.

Quero ver por outros ângulos a linha do horizonte
Quero cruzar o hemisfério, viajar pra bem distante
Quero ir pra bem longe daqui, quero algo que realmente me toque
Quero acordar na cidade que nunca dorme

Bruno Silvano

Foto de Bruno Silvano

Uma noite na Califórnia

Não era uma noite qualquer, as estrelas pareciam se aproximar da terra, seu brilho era de uma magnitude esplendida, era calor a temperatura passava dos 30º em pleno luar, era noite de lua cheia, e aquela lua estava espetacular, diferente de todas as que já havia visto em Criciúma. Estava em San Diego, segunda maior cidade do estado da Califórnia.
A noite mal tinha começado, não imaginava o que poderia encontrar por lá, era a minha primeira noite naquela enorme cidade a qual tinha ido por engano, teria vindo eu de um lugar significativamente menor tanto em tamanho quanto em população. O agito não era intenso, mas estava sozinho naquela praia, não dominava muito bem a língua inglesa, nunca me senti tão só, tudo parecia maior que o normal. Estava com minhas malas perdido com a camiseta do Criciúma em uma praia.
Os minutos passavam rápido, ao mesmo tempo que me sentia sozinho, sentia um sentimento de liberdade, de indiferença com as pessoas do lugar, de estar realizando um sonho, sim seria um desafio achar algo por lá, mas era um sonho.
Estava como sempre admirando a praia, as estrelas, o vento começava a suar suavemente, as estrelas me hipnotizavam, não sei se estava sonhando ou se a ficha não tinha caído ainda, a vista era de admirar, mas acabei adormecendo em um banquinho da praça por ali mesmo.
Acordei não eram nem meia noite ao som de gritos e homens encapuzados a o meu redor, não entendia o que diziam mas logo botaram uma arma na minha cabeça e saquei do que se tratava. Levaram tudo que tinha, meu dinheiro, meus documentos, meu passaporte, e agora sim, era um carvoeiro desconhecido perdido em plena Califórnia.
Fui acudido por alguns cidadões que estavam passando pelo local que por sua vez também tinham sido vitimas dos assaltantes, e chamaram a policia para fazer o BO. Não esperava pelo pior, não conseguia me comunicar com os militares, que por muitas vezes ficaram estressados comigo, e me deteram, na hora não entendi o porque, mais tarde descobri que tinha xingado a mãe de um deles.
Sim a viagem tinha começado mal, mas poderia estar pior. Não fiquei nem dez minutos preso até que uma desconhecida pagou a minha fiança e eu pude sair, ela não havia se identificado, nem dado referencias, apenas pagou e foi embora, queria encontra-la pra agradecer, mas ela sumiu na escuridão.
Novamente havia ficado perdido , sem rumo, na escuridão. Tentava desesperadamente voltar para aquela praia, mas não tinha a mínima noção para onde ir, resolvi seguir os meus instintos, continuei caminhando em frente.. Passava em frente a uma boate gay, quando me lembrei que ainda estava sem meus documentos, para a piorar a situação a viatura da policia federal estava passando por ali, ou eu entrava na boate ou era preso novamente. Sim eu entrei na boate, fui confundido com um dançarino e fui obrigada a dançar, passei por maus momentos, nunca havia sido tão bulinado em toda minha vida, mas ao menos havia me livrado de ser preso, até que os policias invadem a boate e prende todo mundo que estava lá, sim era uma casa noturna clandestina, tava la eu denovo, por engano, preso mais uma vez.

Passei a noite na cadeia até ser solto, já tinha perdido as esperanças, e já havia me decepcionado o suficiente com aquele lugar. Estava com fome mas todo o dinheiro que eu tinha havia ficado com os assaltantes. Eis que de algum lugar surge uma criança ao manda de uma moça misteriosa, me trazer um coquetel de frutas.
Procurei desesperadamente pela moça, corri atrás dela, segurei-a pelo braço fortemente, mas a única coisa que consegui foi ficar com aqueles lindos olhares gravado em minha mente, fui facilmente vencido por seu sorriso, larguei-a e ela se foi meio a multidão. Um pedaço do meu coração havia ido junto. Voltei ao banquinho pra comer o coquetel de frutas, mas um cachorro já tinha devorado ele. De qualquer forma a fome já tinha passado.
Passei o resto do dia tentando encontrar informações sobre aquela moça, não encontrei muita coisa. Por onde eu passava chamava a atenção, o sol radiante batia na camisa do Criciúma e ela brilhava radiantemente, encantando a todos que olhavam.
O Dia passou rápido, mas não havia sido nada produtivo, não encontrei nada a mais sobre a dona daqueles sorrisos, parei pra descansar naquela mesma praia, escureceu, e fiquei vidrado naquelas estrelas, nessa noite pareciam estar ainda mais brilhante, e alguma coisa me prendiam a aquela vista, não piscava. Não tinha me dado conta ainda, mas estava vendo toda a imensidão por meio de um olhar fascinante de uma mulher, cabelos preto, mais ou menos 1,60m de altura, dona do mais belo sorriso que já vi na vida.
Ela se aproximou não lembro se lenta ou rapidamente, havia me fixado no seu olhar, me beijou, senti o gosto doce da sua boa, o calor do seu corpo, deitamos na areia, ela em meu colo, jamais senti tamanha alegria. Logo depois ela me acolheu em seus braços, cuidou de alguns ferimentos, fez-me adormecer.
Quando acordei estava em avião, voltando pra casa, ela havia me entregado aos policias para me deportarem, sobre ela não descobri mais muitas coisas, apenas que era um intercambista carvoeira. Até hoje cada vez que vou no estádio sinto meu corpo colado no dela, nossos corações no mesmo compasse.

Foto de Allan Dayvidson

"SAYONARÁ"

"Mais um poema empoeirado que encontrei por aqui... O passado é o tema dele, uma despedida deste passado, ou melhor, há contidas nele três despedidas importantes. Este poema foi (e ainda é) o último de uma fase, e, logo, o primeiro de uma nova fase..."

“SAYONARA”
= Allan Dayvidson=

Pela janela, a paisagem fica para trás
e os respingos no vidro não são apenas os da chuva.
Momentos como aqueles, insubstituíveis
e minhas cicatrizes, um souvenir...

Debaixo do meu guarda-chuva vermelho,
escondi um sorriso encabulado,
mas você já deve ter encontrado uns cacos do meu coração
varridos para debaixo do tapete do seu quarto.

Não dá para negar, ter uma queda por você foi divertido,
apesar dos arranhões nos joelhos
E agora, daqui de dentro do ônibus
o vidro da janela também serve de espelho.

E pela janela, vejo você correndo
pedindo para eu jamais esquecer
aqueles momentos em que nenhum de nós estava no controle
e ainda assim sabíamos o que fazer.
Pela janela, digo “Sayonará!”.
Não se preocupe, ficarei legal.
Momentos como aqueles me concedem razões
para escrever novas histórias no próximo cartão-postal.

Bem agora, estou com os fones de ouvido
ouvindo algumas de suas faixas,
enquanto reviro minha mochila bagunçada
atrás dos resquícios de você que irão para minha caixa.

Incalculáveis lições aprendidas
e seu número na agenda do meu celular.
Queria poder te ligar qualquer hora dessas
e dizer o quanto aquelas equações me fazem falta.

Pela janela, vi em seu rosto
aquilo que você jamais conseguiu dizer.
Momentos como aqueles parecem não caber em palavras.
Mas saiba que eu sei...
Pela janela, digo “Bye bye!”
e espero que consiga entender,
pois momentos como aqueles não exigem muitas explicações.
Resuma-os apenas a mim e você...

Esta cidade não será a mesma coisa sem nossa bagunça,
sem momentos como aqueles,
sem seu jeito de me deixar vermelho,
mas fui até onde essas ruas me permitiram.

Pela janela, observei seu ato final
E aproveitei meus últimos momentos como um grande fã
expectante diante da possibilidade de me sentir...especial.
E pela janela, a paisagem ficou para trás
Enquanto eu escrevia meus agradecimentos no embaçado do vidro
Momentos como aqueles ficaram resignados a uma única palavra:
“Adeus”

Adeus...

Foto de Maria silvania dos santos

Depois de uma boa birita

Depois de uma boa birita

_ Olá! Meu nome é Arielle, sou ruiva tenho 1,55 e 52Kg, linda aos olhos de quase todos.
Hoje já me encontro com 25 anos de idade e sempre gostei fazer novas amizades, ou melhor, para mim nunca teve ninguém que eu considerasse estranho, para mim todos serião meus amigos, des de que não viesse me aconselhar.
Antes, a uns anos atraz, se as pessoas aproximasse de mim, ótimo, eu daria continuidade, se não, eu mesma chegava junto, isto para mim não faria diferença.
Desde os quatorze anos de idade, sempre gostei de sair as noites para as baladas com os amigos, e tudo para mim era perfeito, bastava aparecer e eu estaria dentro, pena que com isto não tive um final feliz.
O fato que vou contar é para arrepiar, mas agora não tenho como atraz voltar.
È um fato que aconteceu comigo aos meus 24 anos quase 25, quando eu pensava está curtindo o que era meu direito, quando tudo parecia perfeito.
Um fato que me arrependo muito, um fato que se eu pudesse voltar a traz e prever o futuro eu jamais faria, pois é triste lembrar aqueles dias.
Sempre tive amizade com pessoas da classe média para alta, claro era os de minha preferência, pois teria o que me oferecer, mês de outubro, que já é quase final de ano, è um mes que dá muita festa aqui na minha cidade e nas redondeza, e por isto era a época que eu mais me divertia, e se não era nesta época nós daria um jeito, ficar em casa as tarde é que não daria.
Também não posso negar que depois dos meus desoito anos, por ser maior de idade eu me sentia a super herói, aceitar conselhos nem pensar, sou maior de idade e sei me cuidar.
Eu , a Jaque, a Emanuela, o Leandro, o vinicio e o kaka, é uns colegas da minha rua mesmo. Estes já fazia parte do nosso grupo, estes em primeiro lugar, um grupinho de seis, nós faria a vez.
Sempre que possível juntávamos a nossa turma e íamos para algum lugar, sei-lá, alguma balada, uma cachoeira, um piquenique em alguma fazenda de algum amigo nosso, ou mesmo algum amigo que surgiu dirrepente, pois sempre parecia mas alguns novos amigos, ou os quais diziam amigos né.
E claro que os namoricos, as trocas de parceiros isto não era dispensável, o que não podia era ficar chupando dedo segurando vela.
Mas como não era nada serio, não teria problema.
Depois de uma boa birita, uma farinhasinha, tudo era normal, até mesmo troca de casal.
Em nosso grupinho as vezes até menor de idade surgia, doze anos acima se fosse esperto, secreto e topasse de tudo, podia fazer parte do grupo, já era, pois a idade era nós quem faria,.
Pois na verdade quanto mais gente no grupo, seria mais divertido, quando saiamos para algum lugar, se ficasse alguém sem par, agente daria um jeito, ia observando o mato que entravamos claro, e arrumávamos mais alguns amigos que devagar faria parte do nosso grupo.
E claro que a preferência era para mocinha entre treze a dezesseis anos de idade, e que fosse rebelde, pois alem de estar com tudo em cima, era chama para nosso grupo e sabia que estas conseguiria disfarça com seus pais.
Para conquista-las, faríamos de amigos, pouco a pouco iamos conquistando, a primeira dose dos nossos produtos nós daríamos, diziam que era para melhorar o clima, que era só para experimentar.
Mas, claro que se preciso daríamos a segunda e ate a terceira no máximo.
E assim a coisa ia esquentando, sexo então, rolava sem dó, se estivesse em nosso grupo teria que topar de tudo, roubar, o que fosse preciso!
Agente estaria sempre mudando de lugar, era para não marca ponto.
Lembrando também que cada um teria uma missão.
Me lembro que, na ultima balada que fomos, conhecemos a bete, uma menina de quatorze anos, que dizia que fugir de casa por estar apaixonada, hum! Esta foi a faca e o queijo na mão, não deu muito trabalho para nos fazer companhia.
Mas nós não sabíamos que esta foi a nossa armadilha, pois no próximo final de semana, alugamos um sitio e fomos a turminha toda incluindo a bete, hum, esta era linda, perfeita, todos queriam ficar com ela.
E esta topava tudo, na hora do sexo se force preciso até a colega ela aceitava.
E nesta noite noite, um de nossos parceiros sugeriu que, quem ficasse com mais parceiro e tivesse mais transa dentro de três horas, ficaria livre da sua missão por um mes, aceito na hora! E claro que cada um iria lutar pra ser o vencedor(a)
Só pedimos o tempo para a higiene e assim pegaríamos o primeiro disponível sem temo de escolha.
Valendo, relógio rodando.
Começamos nossa ação.
E não é que a Bete ganhou, foi ela quem ficou com mais parceiro.
Mas pouco tempo depois vimos o resultado.
A Bete passou apresentar palidez, desanimo, desmaio, e passou afastar lentamente do grupo, se queríamos saber o estava acontecendo ,ela dizia não estar bem de saúde.
Três meses depois ,quando estávamos na maior curtição, quando vimos a policia invadindo o casarão.
A Bete, a Bete tinha ingravidado, para seus pais ela tinha nos entregado.
Antes nela nos não tivéssemos confiado, pois hoje estamos em uma cadeia publica esperando o julgamento, e temos certeza que seremos condenados.
Da minha parte eu sei que mereço, pois meus pais tentaram o que pode par me ajudar e eu não os quis escutar.
Meus pais estiveram aqui onde estou, com dor e lagrimas no olhar, eu ouvi minha mãe falar que, já que eu não ouvi os concelhos que eles quis me dar, que ela prefere ver eu aqui, do que na vida que vivi.
Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Maria silvania dos santos

Passeio ao lado de Jesus.

Passeio ao lado de Jesus.

_ Em uma cidade pequena e bem humilde, véspera de natal, de temporada havia uma criança aproximada nove pra dez anos de idade, de passeio, veio conhecer sua avó materna que nunca tinha a visto.
A menina, era a mais rica que passava por aquela cidade.
O mais curioso, é que aquela criança, assim que chegou naquela cidade, seus olhos ganharam seus brilho, coisas que nunca teve antes.
Mas o que será que faltava para sorri?
Pois tudo que pensasse ela tinha, mas em seu olhar podia percebe, que sua tristeza ela não podia esconde.
Véspera de natal, os pisca, pisca da cidade em perfeita iluminação, a ansiedade tomando conta dos corações, pisca, pisca clareando toda a cidade, o movimento, aquele vai e vem, quanta alegria para mocidade!
Nem mesmo a pobreza tirava o brilho do olhar daquelas criançadas suja e rasgadas.
Todos muito feliz reunidos em familia, preocupado com os preparativos da santa ceia, pois juntos iriam ceiar, quem o verse, acreditaria num banquete.
A menina rica observando tudo aquilo, ficou pensando, onde estas a alegria destas pessoa? Não as tem nada, fala tudo errado, simplesmente este monte de gente.
Curiosa e ao mesmo tempo triste por aquela cituação, dirigiu se a sua mãe com as mão no coração, sua mãe muito granfina, parecia uma pequena menina, um pedido urgente e estranho a menina a quis fazer.
_ A menina, mãe, quero um presente muito especial neste natal, sei que já está muito em cima da hora, mas este posso ganhar, em seguida se pos a chorar.
Sua mãe, claro ficou sem a entender, pois ela tinha tudo que queria ter.
Afinal, suas veste todas novinha, a compra do ano, já estavão preparadas para atravessar o natal tão esperado.
_ Sua mãe, o que foi filha?
Estamos reunido em familia e vai ser um natal dos mais diferente, você tem tudo para estar contente.
_ A menina, sim mamãe, diferente sim, mas não o mais contente.
_ A mãe, porque filha, faça seu pedido.
_A menina , sim mamãe, irei fazer o meu pedido, um deles é que gostaria de doar tudo que me pertence por direito, não só hoje mas todos os anos, inclusive a minha roupa escolhida ainda para este natal, gostaria que esta fosse ainda hoje para a criança mais carente.
O outro pedido, eu quero passar o natal apenas usando uma sandalha velha de havaiana e ganhar de presente uma veste de uma criança carente e junto com elas quero seiar, quero sentir como elas se sente.
Isto me fará feliz, pode ter certeza, e este será meu ultimo pedido.
Sua mãe, surpresa com sua decisão, mas quis a respeitar para não magoar seu coração.
Na hora da ceia, assim fez a menina, reuniu com uma familia grande e bem humilde, na mesa que parecia ser um banquete pela animação daquelas pessoas, avia apenas água e muito amor, e a noite assim passou.
No outro dia, sua familia ainda sem entender porque aquilo ela quis fazer, da menina aproximou e a perguntou, como se sentiu filha, com esta noite tão simples?
A menina sorridente como nunca, respondeu, foi a noite mais feliz que pude ter, e a mais rica. Descobri que dinheiro não é nada, dinheiro compra tudo menos amor, e esta noite conheci o amor, esta noite descobri que aquelas pessoas são as mais ricas que já conheci, eles não precisa de mais nada, mas para seu sustento, quero doar tudo que me pertence.
Sem dar tempo para mais perguntas, foi dormi dizendo estar cansada.
No outro dia, sua mãe foi a chama-la, mas para tristeza sua filha estava morta.
Sua mãe desesperada, sobre seu rosto ainda debruçada, entre soluços e gritos, acabou se desmaiando, durante o desmaio, como em um sonho veio sua filha, a mais linda e sorridente, dizendo, mãe, não chore, minha missão ai acabou, esta noite foi a noite que eu tinha para descobrir a verdadeira felicidade, a verdadeira riqueza.
Descobri que a maior riqueza é o amor e fé em Deus, o resto é apenas complemento, e bens materiais, devemos viver em compartilhas, nota-se que parte e nada pude trazer.
Mamãe, sei que toda mãe é feliz vendo seus filhos feliz, então irei secar suas lágrimas e peço que seja feliz, assim que suas lágrimas vier, seca-as, e sorrias, não chore, suas lágrimas está molhando meu caminha e o deixando escorregadio, impedindo meus passeio ao lado de Jesus. Mãe, não se preocupe, estou muito feliz.
Obrigada por tudo!

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Avenida Ultramarino

Tomara que não seja verdade o que vi ontem à noite.
Tomara que aquela luz na mão do mendigo não seja a de um cachimbo de crack.
Tomara que ele não esteja revirando o lixo em busca de comida.
Tomara que aquilo que ele coloca na boca não seja restos com chorume.
Tomara que a sujeira realmente não lhe cause as doenças que me passam pela mente.
Tomara que essa miséria toda seja apenas por vagabundagem.
Tomara que não seja assassinato e sim um mero descarte.
Tomara que aquela chama seja para o esquentar.
Tomara que não seja o seu corpo morto após a cobrança de uma dívida ridícula.
Tomara que o sapato jogado não contenha ainda o que foi o seu pé.
Tomara que aquele pedaço de manta não embalasse seu dono.
Tomara que o transeunte que jogou algo no fogo não tenha percebido mesmo o mesmo que eu.
Tomara que o pedaço de carvão que parece uma canela não seja uma canela.
Tomara que a minha impressão do fogo alto e sem fumaça tenha sido apenas uma impressão minha.
Tomara que não haja a cumplicidade para um crime cometido na frente de todos, que não pode ser sequer denunciado, que levanta a questão nunca citada pelas pessoas pertinentes de que a cidade é um palco para o desespero, a fome e o vício desenfreado, placebo dos desenganados.
Tomara que a vida seja uma coisa boa.
Tomara que Deus exista.
Pois se o que eu vi o que se repetiu na Avenida Ultramarino ontem foi realmente o que vi, então nós mostramos finalmente do que é feita a matéria humana.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Independência

Eu sou feliz pois eu tenho liberdade.
Eu tenho a liberdade de obedecer a polícia, a milícia e o tráfico.
Eu tenho a liberdade de beber e fumar compulsivamente.
Eu tenho a liberdade de comprar o remédio genérico que me venderam para amenizar a dor do rombo da previdência e a falta de algum médico.
Eu tenho a liberdade de ir para todo canto, pagando pedágio.
Eu tenho a liberdade de ser favelado, morar mal e cheirar pior.
Eu tenho a liberdade de ver a novela em baixa definição.
Eu tenho a liberdade de ser ignorante e deixar meu dinheiro para um estrangeiro.
Eu tenho a liberdade de sentir catarse ao ver a cidade alerta.
Eu tenho a liberdade do toque de recolher das oito da noite.
Eu tenho a liberdade das águas que cercam minha casa.
Eu tenho a liberdade de ter que ter um celular com Bluetooth para ser respeitado.
Eu tenho a liberdade de ser sociável a todo custo.
Eu tenho a liberdade de ter o ensino médio e seis meses de experiência na carteira.
Eu tenho a liberdade do voto e do serviço militar obrigatório.
Eu tenho a liberdade de ficar atrás das cercas.
Eu tenho a liberdade de ouvir os Racionais dizerem o quanto é melhor ser negro do que brasileiro.
Eu tenho a liberdade de ser o individualista, de morrer jogado num canto, depois de esperar a visão dos tantos olhos que vigiam a minha felicidade.

Foto de Bruno Silvano

Amor de Primavera

Primavera, ahhh a primavera... Era meados do mês de setembro, a estação ainda era o inverno, mas os dias passavam de pressa e se aproximava da primavera, as temperaturas eram bastante altas para a época, soava um vento típico da estação, não um vento qualquer, mas daqueles que sopram sem rumo, que são abafado, que nos prendem e trazem uma serie de pensamentos, reflexões. Estava sentado ali em uma rede improvisada em meio a natureza na fazenda de meus pais, tentando a todo custo ler um livro sobre astronomia, mas aquele vento não deixava, foliava as paginas, e me sacudiam na rede, provocando um nó no estomago.
Era apenas um garoto de 15 anos, sonhador, pouco sociável, possuía vários amigos, mas muitas vezes me alta excluía, me sentia diferente por nunca ter “ficado”, com uma garota, não por falta de vontade, sim por muitas vezes ter sido rejeitado, ou talvez não ter feito nada certo, como geralmente acontece.
O vento varria as folhas das arvores, carregava os pássaros mesmo contra sua vontade para o norte, que mesmo sem saber seria o melhor lugar para eles, e o vento me fez refletir sobre todos os meus quinze anos de vida, sobre o que faria de errado de errado, sobre o vazio que sentia dentro de mim, me deixava ainda mais cabisbaixo, não sei de onde tirava forças de passar uma aparência de uma pessoa forte e feliz para os outros. O vento se intensificou e me recolhi para dentro de casa. Estava bastante cansado, o dia seguinte seria bastante corrido, logo fui dormir.
Acordei cedo, com o barulho do carro de som que anunciava sobre um festival de balonismo que aconteceria próximo a cidade na semana seguinte, para marcar o inicio da primavera, fiquei surpreso ao saber que o grupo de voluntários da ONG do hospital poderia entrar de graça. Meus pais já haviam saído para o trabalho, e meu café estava pronto no microondas, comi rápido e parti para o hospital, onde vestido de palhaço faria uma espécie de Standart Comedy em prol de ver ao menos um sorriso de esperança e felicidade e o brilho nos olhos, daquelas pequenas crianças, que faziam tratamento contra o câncer, essa satisfação não tem preço e com certeza era o que me fazia dormir em paz e dava força para continuar sorrindo.
Nunca esperei ser recompensado com meu trabalho, sim eu era sozinho, sentia falta de alguém para abraçar, beijar, mas mesmo assim mesmo entre trancos e barrancos conseguia ser feliz. Muitas vezes ainda chegava em casa e tinha que arranjar ainda mais forças, pois meus pais brigavam constantemente. Pouco sobrava tempo para conversar com meus amigos.
Os dias passavam muito rapidamente e comecei a sofrer com a mesmice da rotina, estava um pouco quanto animado para assistir ao festival, que aconteceria no dia seguinte, mas meus pais não concordaram muito com a idéia, meu pai chegou bêbado em casa e pela primeira vez bateu em minha mãe, fiquei completamente sem saber o que fazer, corri para pedir socorro, mas fui atropelado por uma moto, cai com tudo no chão, meus pais não reparam, apenas se entreolharam quando me viram chegar em casa com a perna quebrada. Nunca me senti tão mal quanto nesse dia..
O dia do festival havia chegado, havia me desanimado um pouco, mas fui convencido por uma amiga a ir.
Era o primeiro dia de primavera e as flores já haviam todos brotadas, eram um espetáculo de cor, perfume e harmonia, é a estação da magia havia chegado e eu ainda não tinha encontrado um par ideal pra mim, uma garota que me quisesse, me amargurei mas logo esqueci com os show que estavam por começar.
Não era muito bom em detectar cheiros, parecia uma rosa misturada com uma dama da noite, era um perfume irresistível, não percebi que vinha de um garota que estava atrás de mim, até esbarra-la. Estava vestindo a camisa do Criciúma, o maior time de SC, as cores davam ainda mais ênfase a sua beleza, não consegui falar nada, tinha medo de fazer tudo errado como de todas as outras vezes e deixar aquela guria espantada, o silencio foi quebrado por minha amiga, que nos apresentou.
Seu nome era Júlia, para mim a mais formosa flor do campo, tinha cabelos pretos, media perto de 1,60m, não era da cidade, mas também se fascinava por espetáculos. Seus olhos brilhantes me hipnotizavam, me chamavam a atenção. Não era perfeita, mas era a Garota ideal para qualquer garoto, esperta, cheirosa, linda, e ainda acima de tudo torcia para o Criciúma.
O dia foi passando e ficava cada vez mais encantado, não consegui para-la de olhar, de conversar, o papo se estendeu até o fim da tarde. Já temia me despedir e nunca mais vê-la.
O sol estava se pondo e deixava o céu cada vez mais tricolor, que se entrelaçavam com Júlia, o sol com seu sorriso, seu olhar, e o amarelo e preto com sua camiseta. Me considerei o cara de mais sorte do mundo, por ter passado ao menos um pôr-do-sol com ela, fiquemos bem agarradinhos, fiquei com medo de beija-la.. Não sei se terei outra oportunidade, mas rezo para que ano quer vem ela apareça nesse festival novamente.

Foto de Bruno Silvano

O olhar de uma estrela

“Estrelas, para muitos apenas mais uma grande esfera luminosa sem vida e sem importância. Ao olhar da astronomia um grande astro celeste, de incomparáveis magnitudes, altitudes, diversidades. Muito valorizada pelos astrônomos, podem simbólica e afetivamente representar algo muito importante, bonito e necessário em nossa vida” Foi isso que me chamou atenção no livro.
Para mim não era diferente, era um garoto sonhador, no apogeu da adolescência, minhas expectativas para o futuro eram todas voltadas aos céus, sonhava em ser astrônomo, não importava a que patamar de fama, ou até onde eu seria reconhecido, mas tudo que queria era poder estar dentro daquele mundo de astros, que mesmo sendo apenas um sonho me sentia fazendo parte disso. Vinha de uma família de classe media baixa, uma grande parte da minha infância foi marcada pelas dificuldades, que apesar de serem imensas, nunca tiravam o sorriso do meu rosto.
Era uma noite, não como outra qualquer, era fria, caia aquela chuva fina que passavam pelas gretas do telhado e encharcavam tudo minha cama, a casa só tinha 2 quartos e o jeito era me refugiar no quarto de meus pais. Estava sozinho em casa meu pai havia ido trabalhar como de costume, ele era mineiro e seu turno era na madrugada, minha mãe havia saído as pressas para algum lugar, sem me especificar para onde.
O vento gelado começou a soar ainda mais forte, formando um barulho amedrontador que dava a impressão de arrancar a casa do lugar, o clima ao meu redor começou a ficar pesado, escutei gritos e tiros na parte de fora da casa, corri e me escondi em baixo da cama. A energia havia caído e fiquei iluminado somente pela luz das estrelas e da lua. Passei a observa-las com intensidade, nunca havia me encantado tanto com uma estrela, talvez o medo dos tiros e o nervosismo me fizeram ver coisas, era acostumado a ter observações noturnas no céu, mas nunca havia me deparado com aquela constelação, era muito diferente das outras, era formada por estrelas de grandes magnitudes e parecia formar um diamante e dentro dele parecia estar escrito “Júlia”. Meus olhares se prenderam a aquele lugar, cada vez ia ficando mais lindo e aquilo me acalmou. Continuei por ali e acabei pegando no sono.
Estava encantado com o que acabará de ver, era uma visão perfeita e aquilo me induziu a ter um belo sonho. Era metade da madrugada continuava ali intacto observando-a, não tinha certeza se fazia parte do sonho ou se era realidade, mas nem queria saber, apenas não fiz movimentos bruscos para que aquilo não acabasse. A estrela parecia estar cada vez mais perto, era como um pingo de luz com vida propria, soltava perfume de flor, parecia muito com o de uma dama da noite, era muito cheirosa, dali foi se criando uma mulher, não era muita alta, não emitia nenhum som, mas sua presença deixava um ar de suavidade no lugar, parecia uma deusa. Não permaneceu ali por muito tempo, logo foi embora.
Não tinha certeza se havia sido um sonho, mas no outro dia quando amanheceu brotou ali 3 lindas flores e a guria havia perdido ali um colar de diamantes que por coincidência estava escrito “Julia”.
Mais tarde havia recebido a noticia de que minha mãe havia sido assassinada durante a madrugada, mal pude permanecer em pé. Foi a ultima das quedas que tive. Eu e meu pai tivemos que ir para outra cidade, longe daquele que trazia fortes lembranças de minha mãe. Depois desse dia nunca mais fui o mesmo, jamais havia aberto um sorriso.
A partir daí nunca mais vi aquela misteriosa garota dos meus sonhos, e muito menos visto a constelação de “Júlia”.
Os dias foram passando, passará horas e horas estudando para a faculdade, em qualquer livro ou explicações de professores, não era relatado não sobre aquela constelação, me pergunta se havia aparecido para a outras pessoas e me sentia honrado por até o momento ter aparecido exclusivamente para mim.
A base de muito estudo, ingressei em uma universidade de astronomia, em porto alegre. Havia guardado comigo aquele colar de diamantes que ela esqueceu em meu quarto, todas as noites me perguntara quem era ela, o porque deixará aquele colar comigo, e porque apenas eu avistei aquela constelação. A cada indagação surgia ainda mais duvidas. Desde o falecimento de minha mãe passará a pensar sozinho em voz baixa, até que o barulho da campainha me tirou da transe de meus pensamentos, era uma colega de faculdade, nunca a havia visto, mas logo a reconheci, pensei estar sonhando novamente, mais o colar de diamantes começaram a brilhar em sua presença, não sei se seu nome era Júlia, mas como no sonho estava linda, ela havia vindo atrás de seu colar, também não sei como sabia que ele estaria ali, mas fui recompensado por ter cuidado daquilo com um dos melhores abraços que já tive ganhado. Mas como no sonho foi embora rapidamente, sem se quer dizer o seu nome.
Fiquei ainda mais confuso, mas a noite passará rapidamente e já era hora de ir para a faculdade, era o primeiro dia, cheguei ainda com olheiras na sala de aula. Era palestra com um astrônomo renomeado, um dos meus maiores ídolos. Peguei a caneta para assinar presença, logo surgiu uma mão apreçada que a pegou antes que eu, assinou em “Júlia” e saiu rapidamente, olhei para trás e vi em seu olhar o brilho de uma estrela, não demorei pra perceber que deveria correr atrás, antes que ela desaparecesse novamente.

Bruno Silvano

Foto de Bruno Silvano

A mais bela da tricolores

A estação era o inverno, um dos invernos mais quentes dos últimos anos, aquele típico “veranico” de agosto com aquele vento forte sem direção, sem rumo. Era um garoto de classe media, morava afastado da centro da cidade, e talvez por esse motivo um pouco tímido, acostumado a falar mais com a plantação de milho, do que com as pessoas.

Passara uma grande parte do meu tempo dedicado a ações sociais, em uma ONG de animais. Muitas vezes ficava horas e horas recolhendo animais feridos, por toda a cidade. Assim eram minhas tardes, e como as outras, essa não poderia ser diferente havia passado rapidamente, minha mão estava toda calejada, pelo duro trabalho realizado. Fiquei cansado, mas não tanto o suficiente para planejar minha vida pessoal, estava ali sozinho no canto da fazenda de quase 2 hectares observando as estrelas, sonhando acordado talvez com o jogo do dia seguinte, que era de suma importância para o Criciúma. Havia achado no meio da tarde uma linda flor, junto a uma gata que havia sido maltratada, a replantei naquele mesmo local. Pensara comigo mesmo, de quantas vez escutara que se fizermos algo de bom a natureza, ela nos retribuiria de tal maneira. Imaginava, se comigo a mãe natureza fizesse a mesma coisa, talvez com mais uma vitória do Criciúma, o meu time de coração. Observava a flor era linda assim como uma daquelas “perolas” torcedoras do tigre,a cada segundo parecia ganhar mais e mais vida. Era uma “Dama da Noite” possuía um perfume doce adorável. Adormeci por ali mesmo.
No dia seguinte teria que me acordar cedo para a aula, mas nada me tiraria de perto daquela flor. Durante o sono como sempre tudo passou rápido e terça feira já havia amanhecido. A flor se adaptou rapidamente a aquele solo fértil, arenoso e decorado com aquele gramado verde, era um verdadeiro espetáculo, principalmente ao orvalho da manhã que em contraste com o sol se formava as mais bonita das combinações de cores, preta, amarela e branca . Apesar de ser um exímio observador, jamais tinha visto tamanho magnitude e beleza em uma planta, seu caule formava um “J” que talvez representasse a juventude.
Por coincidência era dia de jogo do Criciúma, assim como a planta toda a cidade estava no esquenta do jogo. Era Criciúma e Avaí, o interior contra a toda poderosa capital do estado, era o duelo de predadores o tigre contra o leão. Estava tremulo em razão da empolgação, talvez até um pouco demais. Toda apoio do mundo seria bem vindo ao estádio, até pensei em levar aquela planta ao estádio, mas não poderia acabar com tamanha beleza. A escuridão da noite se aproximava, os nervos iam aumentando, a cidade desde cedo estava sutilmente pintada com as cores da camisa tricolor.
O espetáculo já estava todo armado, faltava apenas o time entrar em campo, contávamos com mais de 15000 apaixonados, que apoiaram do primeiro até ao ultimo segundo do jogo. Apesar do transito cheguei em tempo de ver o inicio dessa linda festa, junto a torcida mais amada e bonita desse pais. O resultado da partida foi surpreendente 5x1 para o Criciúma, foi uma chuva de golaços, muitas vezes confundido com o choro de alegria do torcedor, que torcia para o time que acabara de conquistar o simbólico titulo do 1º turno do Brasileirão da serie B.
A flor teria dado uma sorte e tanto, mas não contei que toda aquela chuva de gols poderia prejudicar aquela linda dama da noite, suas pétalas mucharam, nunca mais vi no orvalho da manhã as cores tricolores. Esperei pelas próximas noites atrás de seu perfume, tudo isso em vão, acabei me conformando que a mais linda das tricolores nunca mais abriria. Ainda era muito novo um adolescente e não entendia o porque ela se fechou. Confesso ter deixado algumas lagrimas caírem em suas folhas e suas raízes.
Continuei comparecendo a todos os jogos do Criciúma no estádio Heriberto Hulse mas o time nunca mais havia repetido uma atuação de gala, já não era mais o primeiro, mas era a final do campeonato e o tigre ainda poderia sagrar-se campeão. O jogo se encaminhava para a etapa final, quando depois de muito tempo senti aquele maravilhoso cheiro, daquela jovem plantinha, que tanto teria me deixado saudade, quase que a podia senti-la aos brilhos dos meus olhos novamente, a procurei suavemente, olhei para o lado e o brilho foi quase instantâneo, me encantei com aquela torcedora, Cujo possuía os olhos brilhantes, a pele serena, os cabelos lisos, tal iguais a aquela dama da noite que havia ficado em meu coração, seu nome era Julia, ela podia não ser uma planta mas com certeza era uma flor, das mais lindas, ainda mais realçada com as cores de sua camisa preta amarela e branca, minha euforia foi acalmada por um grito de “Gol”. O Criciúma sagrava-se campeão nacional daquela modalidade de futebol. Embora nunca mais pude ver Julia, na noite em que a vi minha flor havia brotado novamente, me fazendo recordar a cada instante as mais bonitas das tricolores.

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