Choro

Foto de Ednaschneider

Por que choro

Às vezes começo a chorar,
Vou te explicar:
Eu choro por que fico emocionada.
Choro por que sei que sou amada.

Não são lágrimas de tristeza,
Nem lágrimas de decepção.
Pois do nosso amor tenho certeza
E vem a emoção.

Tal como dois corpos que se fundem
Quando estão se amando
Que às vezes até confundem
E o êxtase derramando...

Mas o nosso amor
É mais que carnal
Temos calor, ardor
Mas vai além, é espiritual.

No auge dos sentimentos
No êxtase da paixão
Surge por alguns momentos
Lágrimas de emoção.

Sinto-me então uma nova mulher
Por que amo e sou amada
E as lágrimas vêem mesmo sem querer
Por que já estou emocionada.
Apaixonada, encantada.

Joana Darc Brasil *
setembro/07
*Direitos autorais reservados à mesma.

Foto de Ezequiel-Mano

HERANÇA DE UM PAI

HERANÇA DE UM PAI

É filha! O conhecimento que quero lhe dar, está além da sua compreensão.
Hoje meu não é severo e duro…mas também meu amor, sincero e puro.
Como posso apoiar o errado e injusto?
Por isto, para abrir seus olhos, meu safanão é brusco.
Diante da minha oposição e da aprovação da sua mãe, fica a questão:
Porque ouvir meu pai?
Coisa clara minha filha. Eu a amo demais!
Tendo em vista que sempre voce tem visto;
De um lado sua mãe, do outro seu pai e, no meio o abismo
Ouvindo que resolvemos oficializar a separação
Seu choro foi intenso mas não houve decepção.
Ouço voce rindo...
Ninguém percebe o que sinto!!
Agora a simples possibilidade de voltar à Bahia, sua “ terra natal”,
Deixa-a com tamanha alegria, e sem enxergar o fatal “__ Seu dia - a - dia jamais será igual! ”
Voce foi acostumada com seu pai ausente.
Quando pude estar perto, deram-lhe de presente viagens distantes e por longo tempo…
Porém seu pai guarda na lembrança lindos momentos:
*Seu nascimento; sua gargalhada gostosa; sua corrida impetuosa; os passeios na praça; seu vestir cheio de graça; seu jeitinho vaidoso; seu dengo manhoso; a forma de entrar em cena…
__Pai…sabe…queria ver um filme…no cinema!
Fui bem duro vez por outra
Preparando seu futuro
Deixei-a nervosa e aflita
Reclamei da sua escrita
Sua leitura forcei
Nos trabalhos ajudei
Fui membro no conselho da sua escola
Tudo para que houvesse melhora
Vi que surtiu efeito
Voce foi mudando seu jeito
Tornou-se mais aplicada
Menos namoradeira
Bem mais educada
Minha companheira
Ia a igreja comigo
Tornamo-nos amigos
E há esperança que um dia voce me chame:
“__Pai socorro! Preciso quem me ame!”
Então direi a voce:
“__Filha escrevi no passado o que havia reservado.
Hoje deixe a ingenua criança e se aposse da verdadeira herança.
Para que a porta se destrave, seu beijo e abraço são chaves…
Abra e se apodere do que é seu por direito
O amor que um dia tranquei na fortaleza do meu peito!”
“Não se prenda mais…eis aqui: a herança de seu pai!”
Ezequiel "Mano"- 12/02/2002

Foto de Lorenzo Petillo

Quem Sou Eu

Sou parte do tudo
O pedaço feito de nada
Sou aquilo que mais temes
Por ser o que mais te agrada
Sou uma sombra sólida
Um caminho que não tem rumo
E quando pensares que me encontrou
É então que, de repente, sumo
Sou as lágrimas de tempestade
Com o choro de trovão
Sou aquele que nega um olhar
Mas te entrega o coração
Sou mais do que pensas
Mas menos do que realmente sou
Sou quem mais acerta
Por ser quem mais errou
Sou só, rodeado de amigos
Acompanhado sempre de solidão
Sou o que existe de mais real
Mas que é feito de ilusão
Sou uma peça nesse jogo da vida
Um leigo que sabe de tudo
Sou mais uma cara perdida
Em busca de paz nesse mundo.

Foto de Edilson Alves

UM CONTO

Quando conto um conto
Chego a ficar tonto.
Quanto vale um conto?
Sei, não vale tanto.

Meu conto é assim...

Fui ao sapateiro
Sem ganhar dinheiro
Não paguei o salto
Voltei de chinela
Fiquei sem sapato.

Quanto vale um conto?
Vale o quanto pagam.
Pague quem quiser.
Volto a contear.

Meu conto é assim...

Homens que trabalham
Sem poder voltar
Sem poder sorrir,
Chuvas, céu aberto.
Fogão sem comida
Menino a chorar,
Homens que trabalha
Sem ter onde morar.

Quanto vale um conto?
Não sei responder,
Pague o que puder
O que merecer.

Meu conto é assim...

Uma légua e meia
Caminhando a pé,
Mochila na mão
Enxada nas costas
Sem tomar café.

Quanto vale um conto?
Um tostão rasgado
Um chegue sem fundo
Um real passado.

Vale o choro triste
Uma lenda antiga
Um povo sem casa
Uma bela briga.

Foto de Ednaschneider

Sou...

Sou uma nuvem negra no céu
Prestes a chover
Sou a letra triste no papel
Que o poeta começou a escrever.

Sou a mulher branca, negra, mulata,
Sou a loura, a morena e a parda.
Sou a mulher magra e a alta.
Sou a mulher pequena e a gorda.

Sou enfermeira
E psicóloga
Sou professora
Sou sexóloga.

Sou a dona de casa e chefe também.
Sou doméstica no meu lar.
Sou guia espiritual que diz amém
Sou eu mesma quem guia meu caminhar.

Sou do Norte e do Nordeste
Represento a mulher brasileira
Sou do Sul, Sudeste, Centro-Oeste;
Sou do Brasil, mas não discrimino a estrangeira.

Sou a tristeza e a alegria
Sou o riso, o choro, a amizade.
Sou a melancolia e a euforia
Sou o abraço da saudade.

Sou a mulher labareda
Onde o fogo foi meu algoz
Sou a vitória e sou a perda
Sou a nascente de um rio e sou a foz.

Sou Joana Darc não tenho medo
Sou a chegada e sou a saída
Sou o calor dos ágeis dedos
Da poetisa que me deu a vida.

JOANA DARC BRASIL

Foto de Menina do Rio

Caminhos

Perco-me
enquanto busco o teu olhar
onde as estrelas apontam
E me abandono na tua lembrança
que é a minha herança
como a cantiga da lua
em versos prateados
E te amo tanto!
que meu amor de tão intenso
busca o fim do mundo
em passos profundos
na madrugada
E, na tua ausência construi meus versos
com as letras do teu nome
E me atirei ao mar
na direção do teu olhar
Mas das ondas restaram apenas
ilusões agitadas
que se esqueceram de mim
Choro o teu adeus em minha saudade
e da tua partida na madrugada
faço o atalho pra tua chegada
sorrindo no cair da tarde...

Foto de Marta Peres

Saudades de Lisboa

Bela vivenda onde vivi,
Adornada de belo jardim
e caramanchões cobertos de flores.
Belas árvores seculares!
Pelas alamedas donde passeava
me vejo inda de mãos dadas,
tomava os ares da manhã
e o suave frescor da noite
e junto de ti trocava juras de amor.

Mais adiante podíamos ver o Tejo,
Exuberante cortando toda cidade
E o sol brilhava dentro das águas.
Suavemente barcos navegavam,
Nosso olhar extasiado a contemplar
Permaneciam parados...fixos nas águas
E em nós mesmos...

E quando era brisa era suave o perfume
E nos inebriava, pequenas lantejoulas
Acariciavam a noite, eram a luzes
Da terrinha...saudades que doem no peito
E rasgam meu ser, inda ouço teu riso,
Teu canto, tuas rezas, inda choro por ti!

Marta Peres

Foto de Marta Peres

O Telefone

E o aparelho cor de chumbo
Colocado em cima da mesa insiste
Em tocar, apela num desesperado choro
Parecendo entender seu chamado...

A noite cai parecendo pesar sobre os ombros,
Tapo os ouvidos tentando não ouvir os gemidos
Que mais parecem de dor e me levando a loucura,
Não consigo suportar a tortura.

Não quero ouvir, já sofri o bastante
E minha tendência ao vício me sufoca,
Preciso fugir dali...
não quero retornar ao fundo do poço
e com você sei, tudo será assim...

Marta Peres

Foto de Marta Peres

Me Fazes Falta

Nada é maior ante a falta que me fazes
Nem a tempestade, nem o pior dos furacões
São maiores.
Sinto uma saudade que faz doer o peito
E queria tua volta, teu carinho e aconchego.

Já nem me importa o cantar dos passarinhos
Pela manhã e nem me alegra o abrir das rosas,
Não ouço mais o cantar das águas em sua
Sinfonia magistral.

Quero que voltes,
Sinto a falta do teu calor e dos teus lábios,
Sinto a ausência de tuas mãos acariciando
Meus cabelos, minhas faces,
Esqueça o passado, volta!

Meu coração se encontra pálido pela saudade
E a angústia toma conta de mim,
Á noite choro e meu travesseiro
Já não tem mais palavras de consolo.

Nunca mais vi manhã primaveril
E nem o sol brilhar ante meus olhos
Quero que voltes, que venhas para mim
Que me devolva a vida...
Marta Peres

Foto de Marta Peres

Confidências

A ti posso dizer o que existe em mim
Digo em teu ouvido
pois ninguém há de saber
sei que tu me ouvirás.

Não ouso dizer aos outros,
Este tormento que invade minha alma
E rasga meu coração está escondido
Guardado no obscuro da minha visão.

Noite! Fria e escura
Em tuas mãos geladas deixo minhas dores
E lágrimas, meus gemidos e minha tortura.

Sofro por amor e choro,
Amei, este amor escravizou minha vida
Tornando-se meu tirano.

Não quero amor egoísta e nem servil
Amor hipócrita e torturante.
Prefiro viver só, com a noite...
Marta Peres

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