Choro

Foto de CarmenCecilia

AMOR SEM FRONTEIRAS

AMOR SEM FRONTEIRAS

Dia 1

Amanhecia no aeroporto em Lisboa.

O tempo estava nublado e uma chuva fina e gelada aumentava a expectativa da espera.
A viagem havia sido longa...
Uma noite em claro aguardando os acontecimentos que viriam angustiava o coração de Clara
Tanto tempo havia se passado desde que tinham se conhecido no Rio...
Fazia uma retrospectiva enquanto aguardava o momento de encontrá-lo...
Tantos e-mails, horas de conversação no msn, telefonemas...
Quase seis meses pensava ela...
E praticamente diariamente se encontravam no mundo virtual que construíram.
Os corações se abriram revelando segredos, aspirações, devaneios...
Já se conheciam como a palma da mão.
Podiam prever o estado de espírito reciprocamente num simples olá que só o monitor era expectador...
Mas ali a poucos momentos do virtual se tornar real a boca secava, as mãos tremiam, o coração batia descompassado...
Desembarcou feito um zumbi...
De repente uma voz que ela já sabia:
_Claraaaaaaaaaaaa...
Ela se virou.
Nem acreditava...
Será?
Os olhos se encontraram e não havia dúvidas...
_Pedrooooooooooo...
De repente uma correria louca...
Abraços e beijos misturados com as lágrimas que corriam sem cessar...
Uma emoção ímpar, indescritível se adonava do coração de ambos...
Pois sabiam que a experiência era única. Sem parâmetros.
Nada podia dimensionar o que sentiam.
Como foi de viagem perguntava ele
_Só aguardando esse momento dizia com o semblante transtornado.
Saíram dali para o carro...
Ele dizia repetidamente...
Ainda não acredito que você esteja aqui.
_ Nem eu dizia Clara
E ambos começaram a rir...
As palavras saiam com dificuldade, tamanho era o misto de sensações que se sentiam embalados.
A manhã avançava. Decidiram ir para Cascais.
Ela se maravilhava com o caminho e com ele a seu lado...
Dizia para si mesmo “Estou sonhando”
Ele ao mesmo tempo pensava “Não é real”
Somos loucos disseram quase simultaneamente como lendo o pensamento um do outro e novamente riram...
Pois haviam dito isso continuamente antes dessa aventura.
Chegaram a Cascais...
Ele ia mostrando os lugares pitorescos, as belas ruas que adornavam o local...
Foram até a bela Bahia onde haviam varias navegações atracadas e depois até a Boca do Inferno onde as ondas batiam vertiginosamente.
Tiraram inúmeras fotos com a alegria estampada no rosto.
Após andarem bastante resolveram sentar para um pequeno almoço e conversar.
Clara disse:
Você pensou que algum dia isso fosse possível?
Pedro respondeu:
Era inverossímil demais, mas agora estamos aqui e estou muito feliz.
Está arrependida?
_Não. De forma nenhuma.
E os olhos confirmavam o sentimento que transcendia aquele momento.
Começaram então a trocar carinhos como se nada mais existisse além daquele encontro tantas vezes sonhado, planejado e que agora se tornava palpável.
Tudo parecia rodopiar e girar como um redemoinho numa série insaciável de beijos, chamegos, como se a cada contacto estivessem a certificar da presença do ser amado ali do lado.
Caminharam depois por Sintra, o casal enamorado...
Clara apreciava a beleza do lugar. As estórias contadas.
Passaram antes pelo Cabo da Roca onde recebeu um certificado da prefeitura do local, que dizia “onde a terra se acaba e o mar começa” e “onde palpita o espírito da Fé e da Aventura que levou as Caravelas de Portugal em busca de novos mundos para o mundo”, pois ali era o ponto mais ocidental da Europa.
Encantava-se com tudo que via e ele com ela mais paixão demonstrava.
Anoitecia...
E essa seria a primeira noite juntos...
_ Não tema Clara... Já nos conhecemos demais e nada acontecerá que você não queira.
_Realmente linda acho que temos ligações cármicas. Lembra quando te dizia isso?
_ Sim, temos com certeza ligações cármicas.
Lembro-me a todo o momento de cada pedaço de conversa que tivemos...
Tudo foi maravilhoso e está se concretizando aqui.

E a noite veio como um véu para os apaixonados...
Embriagados por tudo que acontecia e por um vinho tinto que aos poucos saboreavam, também iam conhecendo o que a mente já sabia os corpos que se entrelaçavam,as bocas que iam descobrindo prazeres mútuos e enternecidos beijavam-se em meio ao pranto de tanto encantamento...
Eram dois adolescentes... Portugal novamente descobrindo o Brasil...
Uma viagem em que os corpos navegavam e deslizavam suavemente por ondas maiores, arrebentações, faróis e desejos a deriva do que iam descobrindo...
Matizes de um mar azul calmo que lentamente ia se transformando em maremoto e levando-os a conhecer a rota de cada um que se tornara uma só.
E assim outro dia nasceu...

Dia 2:
Acordaram entrelaçados.
Estavam atrasados...
Iriam pra Roma, a Cidade Eterna,
Correram... E chegaram a tempo ainda do check in.
Nossa disse Pedro, pensei que não ia dar tempo.
No caminho conversaram mais um pouco sobre amenidades.
Era tanta coisa pra falar...
Ele contou sua vida que ela já sabia de cor...
Mas ouvia como um hino tudo que ele dizia.
Com isso o tempo transcorreu.
De repente...
Lá estava ela: Roma com 2700 anos de história.
Era emocionante demais.
No aeroporto um taxista com um bom inglês e lá foram ambos
Atravessando todas aquelas ruas estreitas em que cada canto um século, uma estória revelava e embevecidos a tudo contemplavam.
Chegaram ao hotel... Hotel Pátria, 800 metros do centro histórico.
Banharam-se cansados e novamente se perguntaram...
Isto está realmente acontecendo conosco?
Olharam-se intensamente...
_Vamos provar uma massa? Sei que você gosta e eu idem, disse Pedro.
Foram a um restaurante italiano divino e provaram um vinho toscano também divino.
Parecia que tudo conspirava.
Voltaram com ele cantando pra ela a mesma música da cantina italiana:
Io te amo solo te...
E agora em solo italiano mais uma vez o amor se fez...
Era tanta sincronia, como uma sinfonia em que todos os acordes vibravam naquele frenesi e êxtase de paixões.
Clara se sentia embriagada do vinho, do local e dele ali inacreditavelmente com ela...
Pedro pensava minha deusa está aqui, nesse lugar e junto de mim.
E assim se acaraciavam, ousavam, namoravam, pois ali também faziam descobertas
Tanto carinho que vinha suave e em instantes rompantes que latejavam continuamente num mesclar de fragancias, extravagancias, para culminar no êxtase total de corpos que se irmanam num só.
Claraaaaaaaaaaaaa!
Pedroooooooooooo!

Dia 3

Amanheceu em Roma!

Estavam no centro histórico perto de tudo...
E então, após o café foram caminhar...
Era deslumbrante.
Cada pedaçinho da cidade parecia um museu.
Algo a ser contemplado e admirado...
Saber a história. Era mágico.
Praça Veneza e depois rumo ao Coliseu
Ficaram embasbacados.
Dizem "Enquanto o Coliseu se mantiver de pé, Roma permanecerá; quando o Coliseu ruir, Roma cairá e acabará o mundo".
E permanece a mais de 27 séculos contando história.
Emoção pura!
Depois conheceram lugares como o Castelo Sant’Angelo de onde se avista boa parte da cidade.
E enfim O Vaticano com toda sua magnificência...
E assistiram a audiência do Papa sempre nas quartas feiras.

Dia 4

Voltaram para Lisboa...
E mesmo com toda ventania e chuva.
Pedro queria mostrar os encantos da cidade...
E lá foram conhecer o Mosteiro dos Jerônimos
Patrimonio mundial da Unesco desde de 1502
Beleza impar em sua arquitetura...
Provar os deliciosos pastéis de Belém...
Receita única diz, desde 1837 da Oficina do Segredo...
A Praça dos Touros fez questão que admirasse
Já que ela tinha sangue espanhol...
Pedro tinha de ir trabalhar...
Mas disse:
Clara vá conhecer as belezas daqui...
E lá foi ela a andar pela Avenida Liberdade
Pois com segurança não tinha que se preocupar...
Avistou Lisboa do Elevador Santa Justa...
Que lindeza!
Depois foi até o Castelo São Jorge
A admirar a cidade e já a chorar de saudade...

E ai Pedro voltou
E ambos foram a Praça do Comércio
Mais conhecida por Terreiro do Paço,
Na Baixa de Lisboa situada junto ao Rio Tejo.
E ainda foram a Praça das Nações...
E mesmo com todo mau tempo...
O Oceanario conhecer...

Clara ficava embevecida...
E ao mesmo tempo entristecida...
Logo desse mundo vai sair...
Essa terra irá deixar...
Juntamente com seu amor...

E agora os minutos voam...
A última noite juntos...
Amam-se como se não houvesse amanhã
Agonizam suas dores...
A despedida é ferida...
Cicatriz aberta e dolorida...

Está na hora de embarcar...
E voltar...
Pedro diz... ”Não quero despedida”
Ela “Eu também não”
Os olhos estão vermelhos...
Lacrimejantes de tanto choro...
Essa dor da partida.

Então ela diz...
Vou sozinha...
Não quero você no saguão.
Assim pensarei que você estará
Do outro lado de lá a me esperar...

Pedro concorda...
Com o coração corroído...
E diz logo estarei no Brasil também.
E Clara diz tudo bem...

No hotel refaz suas malas...
Não quer olhar para trás...
Pois sonhou demais...
Faz novamente o check in

Qual o destino?
São Salvador diz ela...
Mas logo ali junto dela
De novo ouve aquela voz...

Claraaaaaaaaaaaaaaa...
E ela petrificada...
Pedrooooooooooooo...
E tudo para de repente...

Clara diz ele...
Vc se lembra daquele filme que dissestes
Casablanca...
Sim claro que me lembro responde ela...
Pra eles sempre existirá Paris...
Pra nós sempre existirá Lisboa e Roma...
Nos nossos corações e lembranças...
Você é agora parte de mim...
E eu parte de você...
Sempre...Sempre...Sempre...

CarmenCecilia
20/02/08

Foto de Henrique Fernandes

MAR DE BOLSO

.
.
.

Sinto na pele a cólera dos vulcões
Forças que modificam a minha face
Dos sismos devastadores da alma
Até á incalculável força do olhar
Por campos abertos na autonomia de amar
E esse olhar dá voltas e voltas ao infinito
Dando frescura eterna ao meu intimo
Com sopros de ar puro ao meu profundo
Ditar o terror dos cumes montanhosos
No reino do meu vento de areia congelada
E estouro a ameaça da erupção da vida
No enigma do meu querer mais e mais e mais…
Tenho a idade do meu tempo deste tempo
Um errado calendário de pedra feita pó
Pó onde choro e faço o molde de lama seca
Do meu oásis invisível no deserto de solidão
Minhas lágrimas são um mar de bolso
Que me acompanha na pesquisa ao desconhecido
Não encontro o paraíso das nascentes quentes
Morada dos fantasmas que guardam tesouros
Nas areias de ouro das entranhas da terra
De onde me chega á pele a cólera dos vulcões
Prisioneiros na fonte da vida esquecida

Foto de Maria Goreti

RENASCIMENTO

A mágoa
Destrói a alma;
Danifica o corpo.

Choro, choro muito.
Deixo rolar a má água.
Purifico minh’alma.

Passem relâmpagos,
Passem trovões,
Brilhem raios de sol.

A luz do novo dia
Traz esperanças;
Volto a sorrir.

E assim sempre será...
Após cada tempestade,
Haverá um sol a brilhar!

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 19/02/08

Foto de Miraene

Solidão...

Sinto a tristeza bater em minha porta,
Hoje me sufocar a agonia de viver.
Se a cada dia eu adoeço, só de pensar e não te ter.
Vou morrer pedindo, mas sinto meu pedido jamais ser atendido.
Desce uma lágrima que sufoca a esperança,
A cada momento uma lembrança de que um dia fui feliz
E que a noite quando choro penso que esqueci
Esqueci de um dia te contar do meu amor
De falar que vc era o causador dessa dor
E hoje esqueço que em meu pensamento cheguei a existir.
Solidão, hoje morri procurando-te...

Foto de Paty Fraga

Quero ser para sempre uma ilusão.

Quero ser para sempre ilusão

Quero ser apenas o sonho de alguém.
Quero ser uma imagem desconhecida.
Um abrigo no relento.
Uma lembrança na solidão.
Quero despertar olhares curiosos,
Sentimentos inexplicáveis,
Emoções incontroláveis,
Mas não quero ser tocada, não quero ser possuída, não quero ser conquistada.
Quero ficar para sempre num pensamento alheio,
Num coração assolado...
Quero ser profunda nas palavras e tocar almas com os dedos do meu espírito,
Quero ser coroa de ceda no reino de espinhos.
Quero ser ponte para a travessia daqueles que precisam transitar para o alto.
Quero ser inesquecível aos olhos
Quero ter corpo desejável,
Quero ter lábios enfeitiçadores,
Mas nunca mais quero estar enfeitiçada.
Todos se viciam em emoções,
Sempre querem mais, suplicam veemente para seus corações palpitarem paralelamente a tremores e calafrios, sentem sede de feromônios, sentem fome de “carne humana”, mas são todos animais, por isso quero ser apenas uma arte, um quadro pintado na parede, uma ilusão, uma projeção psicológica.
Enquanto eu for apenas uma doce ilusão, serei perfeita, terei beijos de mel, terei perfume de bálsamo, terei pele de algodão, cabelos de veludo e sedução das flores,
Mas se eu deixar de ser ilusão e passar a ser verdade, descobrirão minhas fraquezas, saberão que sinto fome, que adoeço, que penso, que choro, que sinto dor, que amo e que odeio.
Quero viver para sempre escondida por trás do rosto de boneca, esculpido por mãos divinas,
Quero ser para sempre a menina dos olhos do pai,
A menina que corria pelos corredores com sorriso nos lábios, gritando “saiam da frente!”
Não quero que fujam de mim, por isso não lhes darei oportunidade, saberei fugir quando meu coração me avisar.
Não vou mais me enganar com as outras artes espalhadas por aí, um dia descobrirei que elas têm mal-hálito.
Então...
Deixe-me ficar, pois, quero ficar
Mas não da maneira que me queres,
Deixe-me no deserto
Lá eu sempre serei sua
Não me leve para casa, porque certamente morrerei ou tu me matarás
Deixe-me ao vento, ele sabe o que fazer comigo
Não me abrace,
Porque teu abraço me prende
E eu quero apenas ser livre!

Foto de Darsham

Eu sonho

Eu sonho…
Eu bem que sonho…
Mas tu não vens…
Eu bem que peço…
A deus e aos Céus
Às estrelas e aos astros…
Que chegues de mansinho
Me enlaces na escuridão
Me sussurres ao ouvido…
Eu grito…
Eu choro…
Eu desatino…
Mas de nada serve
Mais uma vez tu não vens
Continuo sozinha
No vão da solidão
Sem uma existência sem ti
E sem o toque da tua mão
Mas tenho-te
Ainda…
Para sempre…
Dentro de mim…
preso…
na bainha do meu ser…
junto com as lembranças…
com o cheiro
e aqui viverás
eternamente…
como se nunca tivesses partido
como se te amasse..
para sempre…

Vânia Santos

Foto de Dirceu Marcelino

O TREM DA VIDA - DUETO - "AS LOCOMOTIVAS, SEUS CARROS E VAGÕES...

O TREM DA VIDA - DUETO
Dirceu Marcelino & Osvania Souza

I
Acordei.
A máquina a vapor apitava,
Despertava minha atenção.
Eu olhava a nuvem de fumaça,
Que se formava
E sonhava,
Eu queria ser maquinista de trem.

O tempo passava
As máquinas se acabavam,
Elas se transformavam.

Algumas
Lançavam pouca fumaça,
Outras nem isso lançavam.

Mas meu sonho continuava.
Eu queria ser maquinista de trem.

O tempo passava
As máquinas se acabavam
E eu estudava
Estudava
E queria ser maquinista de trem

O tempo passava,
Minha graduação aumentava
E estudava,
Estudava.

Agora
Olho o tempo que passou.
Não poderei ser mais
Maquinista de trem.

Mas, não tenho tristeza
Meus livros aumentaram
E sinto sou maquinista de trem

Do trem da vida,
Vida de meus filhos.
Que puxo,
Puxo pelos trilhos da vida,
Sem sombras,
Sem nuvens de fumaça
Com que eu sonhava !
I I
“LOCOMOTIVA DA VIDA!
(Osvania de Souza)

Olha meu amigo!
Você conseguiu vencer
Ser não somente um maquinista,
Mas uma locomotiva na vida.
Dedicando todo seu tempo.
Carregando bagagens valiosas.

Bagagens estas que te deram alegrias
Que preencheram teu mundo
Tuas horas vazias:
De sabedorias e fantasias.

Pensando bem meu amigo
Teu mundo foi mais divertido
Que o de uma maquinista de trem.
Teve ação e reação,
Verdades e ficção.
Choro, alegria e emoção.

Você com seus quatro vagões
Souberam tomar direções
Sem parar em estações.

Você meu amigo
Soube dar a teus filhos lições
De respeitar os direitos dos outros
E amar sem distinções.

Parabéns as duas locomotivas
Que souberam tão bem
Conduzir nos trilhos da vida
Os filhos preciosos que tens.

Vide vídeo-poema com o mesmo enredo em You Tube, endereço:

http://www.youtube.com/watch?v=7fE5aNx-zQ4

Foto de Carmen Vervloet

POEMA DO ADEUS

Poema do Adeus

Esses são versos de adeus!
Esqueça dos beijos meus...
Cansei dos sonhos...
Esqueça meus lábios risonhos!

Vou partir por outras paragens!
Quem sabe encontro à felicidade?!
Na plumagem de uma flor...
Na variedade de tons da cor?!

Estou sedenta por delicadezas
Choro agora de tristeza
Por tanto engano!...

Desço o pano... Fecho a cortina...
Encerro a cena!
Arrependo-me como Madalena
Dos meus pecados
Tão bem decifrados por ti!
Perdi a lucidez
Numa total insensatez!

Quero que te ausentes
Desta minha louca vida!...
Desta alma dorida
Que chora o adeus...
Adeus... Aos lábios teus!

Adeus a esta louca paixão
Acendida entre ternuras e lassidão...
Em over dose de amor!...
Ipês em flor...
Tapetes de luar...
Verde azul oceano...
Águas profundas do mar!...

Não tente decifrar
Este louco coração
Que explodiu em paixão...

Encontre-me na minha poesia
Numa canção... Ou melodia...
Sinta esta minha nostalgia
Que me impulsiona
A um novo amanhecer!
Novo viver... Sem você!

Carmen Vervloet

Foto de Boemio

Estoria de amor às avessas

ESTÓRIA DE AMOR AS AVESSAS

Amei-a como se fosse a mim

mesmo
Cuidei dela como se cuida de um
anjo,
Abracei-a como se fosse minha
filha,
Reguei sentimentos como se fosse
flor,
Acreditei nela como se fosse
pai,
Dei forças como se fosse
braço,
Alimentei ego como se fosse
egoísta,
Quis o mundo pra ela como se fosse
ditador,
Engoli o choro como se não sentisse
dor,
Comprei a ela um carro como se fosse
rico,
Acreditei que me amava como se fosse
besta,
Fiquei com medo do escuro como se fosse
criança,
Sugou tudo de mim como se fosse
praga,
Saiu no meio da noite como se fosse
ladra.
Dormi na solidão como sempre
ultimo.
Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"EU QUERIA SER POETA"

“EU QUERIA SER POETA”

Procuro belas palavras...
Mas nada substitui o perfume da flor...
Preocupo-me com as rimas...
Mas perco longe para qualquer gesto de amor!!!

Falo sobre a lua...
Mas eu mesmo não acredito...
Olho para cima...
E sinto muito mais do que tudo que digito!!!

Acho que não sou bom nesta arte...
Acho graça no sorriso...
Quando eu transformo em letras, parece que não tenho sorte...
Conseguir me explicar é tudo que preciso!!!

A lagrima também me atrai...
Mas quando tento escrever o que sinto...
Parece que não sai...
Ate parece que eu minto!!!

O beijo é fácil...
Mas ao descrevê-lo...
Descubro que não sou hábil...
Não consigo decodificar o desejo!!!

Quem me dera resumir a saudade...
Dói tanto que até choro...
E falar então sobre a lealdade...
Ah, são tantas as palavras que ainda ignoro!!!

É melhor eu desistir de ser poeta...
Escolher outra diversão...
Quem sabe, até jogar peteca...
Mexe muito menos com a emoção!!!

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