Choro

Foto de amor23

pedaços

estou caindo...
caindo aos pedaços
estou morrendo de tanta dor
estou moribunda, mal amada
meu maldito coração entregou-se sem compaixão de mim
estou caindo,
caindo no abismo
no abismo da vida, da morte
da ida sem volta
estou morrendo,
derramando sangue,
sangue de lágrimas, lágrimas de sangue.

me ajude...
me ajude a te esquecer,
pois tu não me amas
tu me elidiste, me enganaste
fizeste-me promessas, apenas promessas
hoje me maltratas, me abandonas
hoje me vês a morrer e simplesmente não te importas!

poquê?
porque me fazes sofrer assim
porquê coração?
porque não tiveste pena de mim,
eu choro sofro,
porque te abriste pra quem não te quer?
hoje sangras dentro do meu peito
coração malandro, idiota,
olha onde te foste meter
agora não tens como sair,
levas minha alma nas tuas loucuras
obscuras,
porquê não ganhas juízo?

porquê me enganas?
porque me fazes sofrer assim
sem pão
sem água
sem vinho
sem leite
sem colo
sem ombro
sem vida
sem morte
porquê coração?
ao menos deixa-me morrer
eu não aguento tanta dor
amar sem ser amada é pior que viver ou morrer...

Foto de amor23

pedaços

estou caindo...
caindo aos pedaços
estou morrendo de tanta dor
estou moribunda, mal amada
meu maldito coração entregou-se sem compaixão de mim
estou caindo,
caindo no abismo
no abismo da vida, da morte
da ida sem volta
estou morrendo,
derramando sangue,
sangue de lágrimas, lágrimas de sangue.

me ajude...
me ajude a te esquecer zé,
pois tu não me amas
tu me elidiste, me enganaste
fizeste-me promessas, apenas promessas
hoje me maltratas, me abandonas
hoje me vês a morrer e simplesmente não te importas!

poquê zé?
porque me fazes sofrer assim
porquê coração?
porque não tiveste pena de mim,
eu choro sofro,
porque te abriste pra quem não te quer?
hoje sangras dentro do meu peito
coração malandro, idiota,
olha onde te foste meter
agora não tens como sair,
levas minha alma nas tuas loucuras
obscuras, porquê não ganhas juízo?

porquê me enganas?
porque me fazes sofrer assim
sem pão
sem água
sem vinho
sem leite
sem colo
sem ombro
sem vida
sem morte
porquê coração?
ao menos deixa-me morrer
eu não aguento tanta dor
amar sem ser amada é pior que viver ou morrer...

Foto de raziasantos

Foi Assim!

O dia estava lindo eu arrumava os últimos detalhes do quarto do meu primeiro bebê.
Abri a janelas deixando que a luz do sol iluminasse e aquecesse o quarto.
Tudo lindo o berço de madeira maciça, era decorado com lindo protetor, bordado á mão: Cortinado com rendas finas trazia pendurado pequeno anjinhos.
Minha barriga esta enorme, minhas pernas pesadas e inchadas, mas eu me sentia uma rainha.
A felicidade de ser mãe me irradiava e me enchia de orgulho.
Meu marido entra sorrindo com um boque de flores me abraça, acaricia minha barriga olha dentro dos meus olhos e fala te amo!
Como resposta ao nosso amor nosso bebê da um salto dentro do meu ventre...
A bolsa estoura e vamos para o hospital, atravessamos a pequena cidade que exibia uma beleza nunca observada por mim antes.
Ate o azul do céu estava mais azul, o brilho do som refletia sob as calmas, águas do rio que parecia nos acompanhar até o hospital.
Ao chegarmos fui levada imediatamente para sala de parto.
Era uma sala toda branca, com aparelhos de oxigênio, suportes para soros, e medicamentos, no meio do teto onde tinha uma roda enorme toda iluminada.
A mesa de cirurgia ficava em baixo dessa luz.
As enfermeiras me deitaram nesta mesa, pediram para eu ficar calma que tudo daria certo.
Eu sorri e disse estou calma e muito feliz.
Logo entram na sala quatro médicos, eles vieram conversar comigo se apresentaram, um era anestesista, outro obstetra, um pediatra, e um cardiologista:
Eu perguntei por que tanto medico, eles me explicaram que era normal, pois eu não tinha dilatação e seria necessária uma cesariana, mas estava tudo bem.
Logo começaram os procedimentos eu fiquei com muito sono, mas queria muito ver logo o rostinho do meu filho, então lutava fortemente contra o sono.
Um cansaço começou a tomar conta de mim, um médico ficou todo o tempo na minha cabeceira, ele falava comigo me encorajava dizia esta tudo bem logo estará com seu filho nos braços.
Eu sabia que estava tudo bem tive uma gravidez tranqüila.
Cada minuto que passava aumentava minha ansiedade para ver meu filho.
Der repente! Sou tomada por uma súbita surpresa, ouço um choro de bebê meu filho nasceu!
Os médicos sorriem e me parabenizam...
Uma enfermeira se aproxima de mim com uma coisinha branca, meio ensangüentada, mexendo as mãozinhas, é indescritível o que senti naquele momento, eu era mãe!
Ela o colocou sob meu peito eu o acariciava sentir seu calor foi o maior presente.
O cansaço e sono aumentavam eu lutavam para meus olhos ficarem aberto queria curtir, mais aquele momento, mas a enfermeira veio o tirou do meus braço:
Eu não queira que o levassem, fui tomada por uma sensação de perda, ela afastou-se lentamente dizendo vamos meu amor deixe a mamãe descansar, eu tentei gritar tentei pedir para deixá-lo mais um pouco, mas estava muito fraca e cansada, minha voz não saiu o sono me venceu.
Não sei por quanto tempo permaneci naquela sala:
Eu acordei e não estava mais lá estava em outra sala, deitada em uma maca só tinha eu ali, tudo era muito branco, e o silencio era profundo, abri os lhos e olhei ao redor estava mesmo sozinha, então pensei aqui é a sala de recuperação da anestesia.
Eu não via à hora de ter meu filho nos braço queria amamentá-lo, queira abraçar meu marido compartilhar com ele minha felicidade.
As horas pareciam não passar, cada minuto parecia uma eternidade.
Para meu alivio a porta se abre, entram umas enfermeiras com outra maca.
Vamos levá-la a família esta esperando...
Eu estava tão emocionada que nem conversei com elas.
Logo chegamos à outra sala e me passa para uma cama, me ajeitam, e me cobrem, minhas pernas estão tão pesadas, não consigo meche-las...
Eu não agüentava mais tudo aquilo parecia um ritual, então eu pergunto onde esta meu marido, onde esta meu bebê?
Uma delas responde o marido acaba de chegar esta entrando.
Ele entra esta visivelmente emocionado tem em suas mãos uma bolsa onde estava meus pertence que usaria ali:
Ele me braça fortemente sorri, e chora ao mesmo tempo.
Diz repetidamente estou sonhando!
Deus! Como te amo minha querida, logo a porta abre-se novamente então vejo minhas cunhadas, minha sogra, minhas irmãs, onde esta meu filho?
Eu entro em desespero, sinto que tem algo errado, pergunto por meu filho, mas no lugar de resposta, tenho um monte de conversas, desencontradas.
Eu tento me levantar, quero sair daquela cama, quero procurar meu filho.
As enfermeiras pedem para todos saírem, para mim foi um alivio, assim posso conversar com ela e saber do meu bebê.
Eu tento de tudo para que o tragam, mas nada de respostas...
Ela me ajuda com minha assepsia, me veste uma linda camisola, branca, bordada com pequenas flores coloridas, por cima um roupão.
Eu finjo dormir até que ela sai da sala.
Minhas pernas ainda estão pesadas, mas faço um esforço sob natural, para levantar da cama.
Quero ir ao berçário, ver meu filho.
Eu não sei onde está minha família tudo muito quieto, isso só aumenta meu terror, sei que algo esta errado acontecendo me pergunto onde esta meu filho?
Estou fraca, então respiro fundo e começo a andar determinada a encontrar meu bebê.
Logo me sinto tão leve como uma pena o desejo de ver meu filho me faz quase flutuar pelos corredores do hospital.
Passo por todos os quartos sempre me esquivando dos seguranças, e das enfermeiras:
Uma angustia, e medo, toma conta de mim, meu filho o que aconteceu com meu filho?
Desesperada procura os berçários, chego à frente umas enfermarias, e ali tem muitas mães, umas amamentam seu filho, outras dormem, mas ao lado de sua cama tem um berço com sues bebes.
Olho para cada um procurando o meu, mas também não esta ali.
Eu começo correr em pânico, um dor tão profunda toma conta de mim eu me sinto enganada, traída por meu marido, não consigo acreditar,devo estar sonhando,acho que estou tendo um pesadelo, estou sob efeito de medicamentos, isso não esta acontecendo!
Eu não consigo encontrar o berçário, chego a uma porta que da para os fundos do hospital, lá fora tem um lindo jardim com arvores e bancos, o tempo mudou agora este frio nublado e garoando, eu empurro a porta, meu sinto que agora vou encontrar meu filhinho:
Eu atravesso o jardim e chego à outra parte do hospital as portas estão abertas e muitas pessoas circulam pelos corredores, agora eu não me importo, mais em me esconder, nada nem ninguém ira me impedir de encontrar meu filho!
Entro em uma sala enorme, nos fundos um aglomerado de pessoas, meu coração dispara, minhas pernas tremem, e um frio intenso toma conta de mim.
Continuo andando em direção aquelas pessoas, não demoro eu reconheço meu marido e minha família, está chorando, meu marido esta amparado nos ombros de meu sogro e chora copiosamente!
As doces lembranças dos dias mais belos de minha vida me vieram á memória.
Eu não entendia o porquê, mas sabia que tinha um motivo para tanta dor.
Aproximei-me lentamente era como se minha alma estivesse ali, um medo terrível, misturado com ressentimento por ter me sido negado à verdade toma conta de mim.
Agora estou diante da verdade, não é um sonho é realidade.
As lágrimas banham meu rosto, tenho que tocá-lo pela última vez...
Penso comigo se sou tão amada por que querem negar-me o direito de me despedir, de um pedaço de mim.
Eu empurrei á todos, furando o cerco fechei os olhos, com medo da verdade, mas era inevitável, eu tinha que enfrentar a verdade...
Então olhando para o céu eu me aproximo, abro os olhos...
Não acredito no que vejo, solto um grito de terror diante da imagem que vejo.
Não era meu filho que estava morto era eu!

Foto de raziasantos

A cabana.

O outono esta terminando as folhas amareladas no chão, sentada a beira do pequeno rio com os pés na água o olhar perdido no nada: Não sei por quanto tempo permaneci ali.
O vento espalhava as folhas secas que batiam em meu rosto, a água fria do pequeno rio estava cristalina, era um lugar ermo distante de tudo... Um lugar lindo e solitário a pequena cabana cercada por um lindo jardim, na sala um lareira que permanecia sempre acessa, pois fora construída entre duas montanhas, por isso era fria mesmo no verão.
Estava casada há três anos meu marido era diplomata e vivia viajando por vezes me levava com ele, mas a maior parte dos dias eu ficava em casa.
A montanha era meu refúgio, os pássaros me faziam companhia.
Todos os dias eu acordava cedo, o nevoeiro era intenso, na parte da manhã para não me sentir tão solitária eu ocupava meu tempo pintando era um lugar ideal para inspirações pintava lindas paisagens flores, e pássaros.
Meu marido chegava há ficar um mês fora ou mais, quando voltava das viagens ia direto para montanha, mas logo voltava, nos amávamos ele era carinhoso, não sei se eu não me importava com sua ausência dele ou se estava resignada.
Eu sempre quis ter filhos, mas ele achava que devíamos esperar um pouco mais então...
O inverno estava chegando e a montanha era muito fria eu resolvi ir a cidade fazer umas compras de cobertores, e suprimento para resistir o inverno, eu tentei ligar o carro, mas o carro não pegou então tentei o radio, mas nunca aprendi usá-lo então eu desisti: Resolvi esperar meu marido voltar de viagem, ele traria o suprimento necessário: os dias estavam ficando longos e com a chegada do inverno o nevoeiro aumentava tornado o lugar triste minha solidão aumentava cada dia.
Eu esperava ansiosa a volta do meu esposo então enquanto ele não vinha eu pintava, e em cada quadro que pintava procurava colocar um pouco de vida assim as cores, fortes o brilho da luz retratado em meus quadros me alegrava um pouco.
Embora estas cores e luz fossem imaginaria, pois o lugar era sem vida e cinzento.
Em uma tarde eu estava passeando ao redor da cabana as flores estava cobertas por gelo, mal dava para ver as árvores devido o forte nevoeiro, o sol era tão tímido que só se via uma pequena fresta de luz que vinha do alto da montanha.
De repente eu ouço risos vindos da direção do rio era a voz de uma criança eu corri em direção ao som da risada, o nevoeiro me impede de ver, eu sigo em frente e pergunto quem esta ai?
Oi! Responda quem esta ai?
Chamei por varias vezes e nada de resposta logo o riso parou então eu pensei deve ser o som de algum pássaro fiquei curiosa, mas como o barulho parou, eu voltei para cabana estava tão frio que sentei ao lado da lareira peguei um livro e fiquei ali até adormecer.
Dormi direto até o dia amanhecer.
Quando acordei o frio estavam mais intenso os vidros das janelas estavam tão embaçados que não se via nada.
Levantei abri a porta e a cabana foi invadida pelo nevoeiro que entrava casa adentro cheguei até me assustar:
No meio daquela fumaça cinza e fria surge uma pequena luz vinda em direção à cabana eu tento ver quem esta chegando até que surge um rosto era meu marido que voltava para casa eu corro ao seu encontro e o abraço fortemente ele esta gelado seu casaco esta úmido então de mãos dadas entramos em casa ele senta em uma poltrona em frente à lareira flexiona as mãos, acende um cigarro, e com um sorriso tímido diz te amo meu amor.
Ele levanta vai abre a porta, e vai até o carro, pega um lindo buque de flores entra novamente pega o nosso retrato de casamento em cima da lareira e coloca as flores ao lado, e diz flores para meu jardim.
Ele toma um chocolate quente e vamos nos deitar ele esta calado seu olhar distante me acaricia olha em meus olhos e diz estou tão cansado preciso descansar então vira para o lado, em seus olhos a lagrimas ele chora eu fico sem entender, afinal já faz tanto tempo que não nos vemos e ele volta assim...
Penso comigo mesma amanhã conversaremos, ele vai estar melhor ai vou querer saber tudo que esta acontecendo.
O dia amanhece e quando abro os olhos ele já esta acordado sentado ao lado da cama me observando, tem em seus lindos lábios um sorriso maroto e um olhar doce me olha de um jeito tão lindo que me emociona:
Posso ver em seu olhar muita ternura e muito amor, então eu o abraço ele se deita lentamente e ficamos ali abraçados nos aquecendo, o coração dele bate forte nossos corpos se encaixam com tanta perfeição como uma forma sob medida.
Sem dizer nada ele levanta pega a chave do carro e sai, eu penso que ele vai pegar algo no carro, mas ele liga o carro e vai embora eu saio correndo em meio ao nevoeiro gritando por ele, mas ele não ouve, segue em frente até desaparecer na cinzenta fumaça: Me desespero caio de joelho entra as folhas molhadas pelo orvalho e choro copiosamente, naquele estande eu me vejo tão só sinto uma angustia tão grande que nunca sentira antes, em um lugar tão deserto em meio o forte inverno até os pássaros sumiram para se aquecer deixando-me na mais profunda solidão.
Neste instante eu ouço novamente o riso da criança agora esta perto de mim... Abro os olhos em meio o nevoeiro surge uma linda menina de cabelos loiro tão branca como a neve, ela esta na minha frente eu me surpreendo não tínhamos vizinhos então pergunto de onde você vem?
Quem é você, onde você mora? Ela sorrir e diz moro aqui, venha ver eu moro aqui!
Ela segura minha mão e me ajuda a levantar ela me puxa rápido sempre sorrindo diz vem, vem logo!
De repente para em frente um monte de folhas secas, então eu pergunto onde mora? Ela responde aqui com você, eu fico confusa e penso-a deve ser filha de alguém que mora perto da montanha tenho que encontrar sua família.
Eu olho para o rostinho dela e passo a mãos em seu rosto gelado, pergunto novamente, vamos meu anjo diga-me onde você mora? Entenda, está muito frio, seus pais devem estar preocupados com você, então ela me olha e diz não estão não, minha casa é aqui, a sua também: Neste instante eu sinto um frio subir na minha costa, ela começa a remover o monte de folhas, e vai surgindo algo branco ela olha par mim e diz vamos mamãe! Vamos para casa, logo surge um tumulo branco em cima um lapide escrito aqui descansa minha querida esposa e nossa filha que partiram em um terrível acidente de carro.

Foto de Osmar Fernandes

D E S P R E Z O

O choro chora envergonhadamente.
A lágrima lamenta a ponte sem ter onde cair.
O coro se faz como numa Igreja crente...
A solidão a sós não tem para aonde ir.
É grito engasgado no peito sem alma.
Sem destino, como um homem sem o seu Éden...
Com um pé sem planta e uma mão sem palma.
Os arrogantes fedem!
Não há maior castigo que o desprezo.
Feri de morte... é pior que apodrecer no asilo.
É morrer sem ter morrido...
É ser condenado para sempre neste aterro.
O choro chora lastimavelmente.
Sem ter o direito de lacrimejar as pestanas.
É lágrima sem olho, sem corpo, infinitamente.
É solidão soberana!
Se quer matar verdadeiramente, atire o desprezo.
Não tem nada pior que esse sentimento.
É suportar essa pressão em hectopiezo...
É maldição, feitiço, praga, sem poder inventariar.
É carregar pra sempre este sofrimento.
É ser crucificado sem ter o direito de ressuscitar.

Osmar Soares Fernandes

Foto de Cecília Santos

DELICADA TRANSPARÊNCIA

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Por um instante, meus olhos fechei.
Nesse doce instante revivi uma eternidade.
Afável segundo que em ti pensei.
Uma colônia de borboletas alvoroçadas,
em meu estomago senti novamente.
Instante esse que chega, quando a saudade
é maior que os meus pensamentos.
Que ocupam todos os espaços existentes ao meu redor.
Não sei se rio ou se choro, só sei que meu coração
está em total descompasso.
E por mais que eu queira não consigo alcançar o seu compasso.
São instantes de pura magia, onde te vejo feliz.
Onde o tempo parou feito um doce feitiço.
Onde estendo as mãos e toco seu coração.
Instantes felizes, mas tão rápidos, são como bolhas
de sabão, com as cores emprestadas do arco-íris.
Girando e dançando no ar, delicada transparência
que estoura no ar, deixando suave perfume no lugar
da imaginação.

Cecília(Ceci) SP/01/2009*

Foto de JORMAR

Saudade

Seu amor me inspira a lhe dedicar carinho, e provoca a mais profunda emoção ao toque da sua pele. O seu cheiro posso lembrar qdo sinto o seu perfume, sua imagem posso guardar quando vejo a sua foto, e o sentimento posso recordar qdo penso nos momentos mas o abraço vai me faltar, só estão no pensamento. Quero lhe tocar e não posso esse é o meu maior tormeto. Sinto demais sua ausência mas o amor esta presente esse é o maior consolo que procuro, para abafar o choro.
(Marisa Cruz)

Foto de Bira Melo

BICHO ACUADO

*
*.*
@

Quando a saudade aperta
E não tenho mais forças pra lutar
Contra a dor que me corrói
Vou pro meu cantinho e fico acuado
E isso é exatamente o que me dói!
Acuado: sou um bicho ilhado,
Nem sei se corro pros lados,
Ou mesmo, é bem melhor ficar parado,
Pois sem ter você ao meu lado,
Deixo de ser um macho
E choro baixinho, calado...
Um homem quando chora,
É como um ser que ignora
A felicidade a que está fadado
E espera pelo abate,
Não sabe como escapar do fim.
Quando se está num canto só,
Somente só, sozinho...
Se é puramente um bicho acuado.

Foto de eupoeta

Sinto sua falta

Acordo,tomo meu banho quente,vejo-me no espelho,nele está presente o teu reflexo.
O seu jeito menino de ser,seu jeito moleque que me deixa maluca.Começo a delirar e a ouvir vozes.
Na escuridão da noite,vago pela luz da lua,que me guia até sua casa.Me arrependo de ter te deixado partir,não foi possível mante-lo depois de segurar.
Você esqueceu de mim,mas eu eu ainda me lembrava da nossa troca de olhares,dos nossos segredos mais secretos...
Deixei você ir embora,agora choro a noite,te revejo em meus sonhos,namoramos à beira-mar.

Foto de Zaruquita

Manuel

Manuel

Quantas vezes eu sufoco o choro
Ao ler o que escreves sem valor
Teu amor por mim eu não imploro
E sofro em silêncio a minha dor
Por saber que as outras podem ter
Palavras ternas escritas por ti
E eu fingindo nada disso saber
Leio e faço de conta que não vi.
Elas dizem que te amam sem saber
Que o que tu escreves é em vão
São mulheres solitárias a querer
Apenas um pouco de atenção.
Mas...sabes Manuel o que te digo?
Eu também sou uma mulher carente
E nem por isso faço coisas dessas
De dar confiança a toda a gente.
O que elas te dizem em mensagens
Dizem aos outros que aqui andam
São pessoas à procura de miragens
E é por isso que essas coisas mandam.

De Arlete Anjos
5/8/09

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