Chaves

Foto de Drica Chaves

Amor,simplesmente

O amor é um espetáculo:
radiante,oscilante
Arma o circo,convida,diverte.
Desarma;o reverso.
O amor é luta e sabor
É mel,é a fina flor
Que perfuma e enfeita a vida.
É rio que corre,
Que encolhe,
Que enche,
Que encontra,
Que,às vezes,transborda.
O amor é a energia que rege o mundo
É o vento que sopra dos horizontes
Fazendo da vida a arte dum eterno encontro.

Drica Chaves.

Direitos autorais reservados.

Foto de Drica Chaves

Preto no branco

Verde,azul,dourado...cores.
Invenções de megatons,
brincadeiras de arte,
espécies de emoção.
Que força impõem,
alegria transmitem,
desejos traduzem,
arrepios causam,
Que tamanha confusão!
Rosa,amarelo,vermelho...cores.
Quantas são?
Sonhos velados,
caprichos denunciados,
prazeres despertados,
Que perigosa situação!
Que cor darei a este poema?
É melhor não deixar dúvidas...
Que tudo leve ao preto no branco.
Ah! Sem sombras chega-se ao fim.

Drica Chaves.

Direitos autorais reservados.

Foto de Carmen Lúcia

Logo eu?

Eu que havia jurado
A Deus e a mim mesmo
Não mais me apaixonar a esmo!
Trazer o coração trancado,
Jogar as chaves do outro lado
Eu, que o havia esvaziado,
Deixei-me de novo enganar...

Volto a chorar, lamentar...
As velhas lamúrias do amor,
Que “Quando se vai, deixa a dor,”
Antigo bordão dos apaixonados,
Que exultam por serem logrados,
Masoquistas e conformados,
Que de sadismo velado,
Do desamor ultrapassado
Fazem seu itinerário...

Dissabor, dor, abandono,
Injúria e desengano,
Velhos clichês desgastados,
Deveriam ser superados,
Afogados no mar de lágrimas
Dos inocentes acerbados!

Logo eu?

(Carmen Lúcia)

Foto de Darsham

Amor à escrita

Se há coisa que eu gosto e tenho um enorme prazer a fazer, é escrever, poemas, histórias, tudo o que me faça imaginar e voar para outras realidades…assim como ler, que me proporciona verdadeiros momentos de deleite vivendo outras vidas que não a minha. Mas escrever, é o que mais me preenche, sendo que aí posso ser eu a inventar, a criar, a sentir como meu…ao escrever é como se desse vida a coisas inanimadas, é como vestir o vento com um xaile e vê-lo esvoaçar, porque ganhou vida… é modelar algo, como se de barro se tratasse, é exprimir o que mais fundo mora em mim e que muitas vezes não sei, ou não quero, ou não tento saber. Consciente ou inconscientemente, tesouros bem guardados a sete chaves, para que não perturbem o nosso equilíbrio. Todos eles acabam por sair, devagar e gradualmente, ainda que implicitamente, e reflectem-se em cada sílaba e cada frase que nos faça transportar para um terreno que nos transmite desconfiança, mas que não nos é tão desconhecido assim. Mas não só de medos, e de receios, e sentimentos recalcados que o amor à escrita se caracteriza. Ele é também sonhador, e menino, criança, ingénuo e impulsivo, que constrói sonhos em cima de castelos de areia, querendo acreditar que nunca se irão desmoronar. A vida, a nossa vida, seja como a vivemos presentemente, ou como gostaríamos de a viver, é o que se transporta invisivelmente para a escrita, neste caso a minha. E a minha vida, como todas as outras, não sendo perfeita, nem perto disso, tem dualidade extremamente grande, a felicidade e a tristeza, o amor e a solidão, o sorriso e a lágrima, o abraço e o virar de costas, o sucesso e o fracasso, a sorte e o azar, os que gostam e os que não nos gostam… e poderia continuar numa lista infindável, porque tudo o que de bom temos, tem sempre o inverso, é disso que é feita a nossa vivência, sentir e aprender com o mau, para conquistar e manter o bom…

Vânia Santos

Foto de Daemon Moanir

E a manhã seguinte

E na chuva estou eu,
Na chuva sou eu
Posso com a chuva misturar a minha
Guardada por tantas chaves,
Tantos códigos, tantas letras,
Palavras, frases e poemas.
Cada gota do céu parece lágrima de deuses
Caída por mim.
Posso então chorar,
Porque todos estão molhados.
Libertar-me da vida
E gritar alto, ninguém me ouvirá
Só eu, só eu saberei...
Quanta é a dor
Que as lágrimas do alto me atenuam
E quanto o pecado
Que a mim já não perturba
Por isso adoro a noite chuvosa,
O cheiro a terra molhada
E a manhã seguinte.

Foto de Paulo Marcelo Braga

CANÇÃO DO AMOR PERFEITO

  Juca Chaves - A Cúmplice

CANÇÃO DO AMOR PERFEITO

Eu quero uma mulher que seja diferente
de todas que eu já tive, todas tão iguais...”
.
(Juca Chaves).

Catinga de mulata,
erva doce, cravo, alecrim,
feitiços da mata,
eu quero um amor sem fim...
Quero um amor verdadeiro
que faça tudo direito,
que me ame por inteiro,
perdoando o meu defeito,
e não reclame de tormento,
por eu não ter nenhuma riqueza...
Quero o amor sem fingimento
de quem me ame com certeza...
Quero o amor que ninguém tem;
eu sei: ele está por aí...
A qualquer hora ele vem
viver só comigo aqui...
Aqui neste meu barraco
de sambista pobrezinho,
vou afinar meu cavaco
e esperar meu amorzinho...
Catinga de mulata,
erva doce, cravo, alecrim,
feitiços da mata,
eu quero um amor sem fim...

Paulo Marcelo Braga
Belém, 07/07/1995
(01 hora).

Foto de Fatima Cristina

Ao meu amor...

Ao meu amor brindei saudade e chorei esquecimento.
Nao me lembro como comecou, sei que acordei e ao ver te do meu lado, percebi do que falavam, quando falavam de amor, chegou nesse dia, foi crescendo e se tornando forte, e, tu foste o seu unico alimento.
E tudo em si me fazia rir, como crianca que tem brinquedo novo, porem um dia me tiraram esse brinquedo, assim sem autorizacao, sem aviso, sem explicacao...Entao eu chorei durante muito tempo, cresci e tornei me numa mulher um pouco que fria, revoltada com a vida, com um amor trancado no peito.
A chave eras tu, tu que no passado me abriste o coracao, partiste e o trancaste a 7 chaves.
Odeio saber que te amo, que nao existe nada que possa fazer para mudar isso.
Tu me olhas, me fazes sentir fraca e vulneravel, beijas me os labios e partes de novo.
Sabes o poder que tens sobre mim, como algo que nao tenho controle e nao sei justificar.
E queria perguntar te,pensas em mim?
Eu sei que aquilo que tivemos esta morto e enterrado.
Gostaria de falar te em pessoa,mas compreendo que nao seja possivel.
E duvido ate que estejas interessado no que tenho a dizer, mas ouve:
"Eu so te queria perto num lugar que fosse so nosso e estivesse segura que jamais fosses partir.
As pessoas podem dizer o que quiserem, o que elas querem `e apenas impedir me de te amar , mas eu nao me importo com nada disso, porque te amo ainda mais.
Ninguem podera nunca roubar aquilo que tivemos porque foi contigo que passei os melhores momentos da minha vida.Tu e eu para sempre juntos no nosso cantinho era o plano, agora nao me preocupo mais porque sei que estas seguro e feliz nesse teu mundo.
E as lagrimas que choro sao de amor, sao do teu amor.
Mas sorri meu amor, sorri, porque somente o teu sorriso me abafa a dor de nao ter o teu amor."
Cristina Costa

Foto de Dileno

A Vida Como Ela É...

Hoje, parei pra pensar um pouco em mim,
Cheguei a uma conclusão estonteante!
Ja passei por várias coisas, e num rompante...
È como se não fosse nada ter fim!

Espere, me deixe explicar melhor!
Isto tudo, foi antes de perceber,
Antes de ver você... Menina linda!
Passando ao meu redor.

Percebi o quanto de tempo perdi!
Quantas e quantas vezes me iludi!
Sem dar valor a nada em especial,
Todo o amor que sentia era irreal.

Mas, agora descobri o quanto vale a pena viver...
Descobri em um gesto, um sorriso seu,
Ver você acordando nos braços meu.
Pena que não aprendi, tenho que crescer!

Por isso hoje, lhe peço:
Me ajude a recuperar o tempo perdido,
Para que eu não seja mais um desiludido;
Me ajude, por enquanto me estendendo a mão!

Depois que eu aprender a andar,
Vou meu próprio caminho trilhar,
Na esperança de um dia encontrrar,
As chaves que abrem o seu coração!!

Enquanto isso não acontece, não desejo nada!
Pois só eu sei que não estou pronto (ainda), para te amar!
É culpa minha, que só fazia julgar,
Só queria saber de "ficar"
Era levado sempre pela paixão!

Mas, um amor cativo que brotou!
Agora eu sei o que é amar!
Pena, que desses anos todos nada sobrou,
Algo que pudesse me ensinar!!!
A Te amar!!!!

De: Odileno Lima Ribeiro

Foto de Sonia Delsin

USINA

USINA

Sou uma usina de força.
Não sou uma boneca de louça.
De Deus eu sou filha.
Não sou uma ilha.

No meu peito tenho um tesouro guardado.
Tenho as chaves para um reino encantado.

Sou uma usina.
Sou menina.

O mundo que sempre me encantou não chega a me assustar.
Aprendi com tudo lidar.
Até com as pessoas que não sabem amar.

Foto de Cecília Santos

AL_GE_MA

AL_GE_MA
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Alma ferida pelo penetrar da navalha.
Angústia, e agonia são abafados.
Gritos de dor, mal disfarçados.
Alma em conflito, quer liberdade
Fingir alegria, já não dá mais
Sentir emoção, é só ilusão.
Algema fechada, chave jogada fora.
Nada é real, tudo é miragem.
Minha alma é um fantoche,
Que a saudade manipula à toda hora.
Minha alegria, virou nostalgia.
Já não canto, meu canto silenciou.
Alma ferida, maltratada, maltrapilha.
Que triste fim reservastes pra nós
Quero ajudá-la à desfazer as amarras.
Encontrar as chaves te dar liberdade!
Mas pra isso preciso ainda me encontrar.
Se não me acho, como posso achar
sua salvação!.
Alma ferida, machucada, entristecida.
Peço-te clemência, peço-te perdão.
Não quero te ver tão triste, magoada
Amordaçada, amarrada, pela minha
tristonha indecisão.

Direitos reservados*
Cecília-SP/10/2007*

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