Chão

Foto de Ana Botelho

SUBLIMAÇÃO

Ando em trilhas sinuosas´
O vento uiva, tenho medo!
Com a bruma, embaça-se
A esperança da chegada.
Apresso-me para buscar
O arrimo da manhã
Que não tarda estar,
Rompendo a escuridão.
Acelero, temerosa.
As copas das amendoeiras
Sacodem-se e as sombras,
Ao sopro do vento, no chão,
Desenham figuras horrendas
Que invadem e inundam
O meu espírito de lágrimas
De onde vêm, punhal obscuro,
Por que macera minha alma...
Ensina-me os atalhos de outrora,
Onde o teu clarão me norteie
E a tua chama retorne para mim
O tesouro que levaste embora.

Foto de Carlos Magno

Para dizer: EU TE AMO!

Deixa-me beijar-te como um colibri à uma flor,
para assim sentir tua essência alimentar meu desejo.
Deixa-me tocar-te como o orvalho toca ao chão,
para assim sentir o calor que germina de teus poros.
Deixa-me ouvir-te como ouço a chuva pela madrugada,
para assim entender o que dizem teus suspiros.
Deixa-me abraçar-te como faz uma serpente para dormir,
para assim sonhar com teu corpo descansando no meu.
Deixa-me ser teu, como tua é minha alma,
para que assim que estiver contigo, sentir-me no paraíso.
Deixa-me ser tua primavera,
para assim enfeitar o jardim aos teu pés.
Deixa-me ser o teu sol que brilha na manhã de domingo,
para assim dar-te por inteiro meu calor.
Deixa-me ser tua fantasia de um carnaval sem fim,
para assim viver tua folia para sempre.
Deixa-me ser teu banho num dia quente,
para assim contornar tua pele por completo.
Deixa-me ser teu céu de nuvens brancas,
para assim imaginar-te o anjo que nele habita.
Deixa-me ser tua lua numa noite serena,
para assim ver-te estrela em meu céu.
Deixa-me ser, por toda vida,teu par,
para assim estar contigo
em qualquer instante de tua música.

Por: Carlos Magno

Foto de LETICIA MARQUES

Título: Revele-se

Deixe transparecer o sentimento

Diga que nesse momento

Seremos servis ao lamento

Que brota desse amar...

Deixe o mundo lá fora

A razão jogada no chão

Amassada com as roupas

Que não vamos usar...

E faça do olhar a expressão

Mais pura da alma

A luz que trás a aurora

De um arfar

Doce e matreiro

Que suavemente

Invade o lugar

Toma pra si a rédea

De um corpo solto

Dos jogos despudorados

Que não podemos evitar...

Até transpor o tempo

Romper com o impedimento

De se revelar...

Foto de grandezeus

Gosto Quando Me Falas de Ti...

Gosto quando me falas de ti...
e vou te percorrendo
e vou descortinando a tua vida
na paisagem sem nuvens,
cenário de meus desejos tranquilos

Gosto quando me falas de ti...
e então percebo que antes mesmo de chegar,
me adivinhavas,
que ninguém te tocou, senão o vento
que não deixa vestígios,
e se vai desfeito em carícias vãs...

Gosto quando me falas de ti...
quando aos poucos a luz
vasculha todos os cantos de sombra,
e eu só te encontro
e te reencontro em teus lábios,
apenas pintados, maduros,
mas nunca mordidos antes da minha audácia.

Gosto quando me falas de ti...
e muito mais adianta
sem teus olhos descampados, sem emboscadas,
e acenas a tua alma, sem dobras, como um lençol distendido,
e descortino o teu destino,
como um caminho certo,
cuja primeira curva foi o nosso encontro.

Gosto quando me falas de ti...
porque percebo que te desnudas como uma criança,
sem maldade,
e que eu cheguei justamente para acordar tua vida
que se desenrola inútil
como um novelo que nos cai no chão...

Foto de augusto cedric

O AMOR NO CAÍS

Estou bem!
Porem sinto-me como u marinheiro de primeira viagem cujo ainda não sabe velejar...
Pela qual todo porto é um corpo onde devo te encontrar,
Ancorando-me a um olhor de espeança, em um noite tão bela quanto está que continuo a tua espera...
Que quando a dois passos vou-me,
Sinto que forçosamente a neblina rude me esconde o caís, onde apenas deixa transparecer um aceno para guiar-me outro segundo...
Assim, quando em teu horizonte olhares o que deixas-te partir,
Acenaras incansavelmente deixando harmonizar com o salgar da água do mar,a solidão e a saudade em fontes tão doces que pouco a pouco se esvairiam ao chão...!
E quando outrora já percebida, faria-nos recordar cada palavra que trocamos;
De que nunca estariamos sozinhos!
DE que nunca a deixaria sem a certeza pela qual voltaria!
Pois sei que juntinhos sempre estaremos, mesmo sem saber da distancia entre nós...,
Talvez um dia a gente vá se perdoar,
Pois ancioso penso como um pagão à DEUS!
Que estejas no proximo caís a me esperar,
Por que será sempre no teu corpo um seguro porto a me atracar...
Para nunca mais me deixares navegar em paz...
Cada vez que volto para te no caís.

Foto de brgigas

Queres dançar comigo...

No meio da multidão
Encontro o teu olhar
Sou escolhido pelo teu desejo
Dirijo-me a ti
Queres dançar comigo,
deslizar pela sala,
sentir-me flutuar
Ter-te nas minhas mãos
Sentir que me segues
Que me deixar conduzir-te
Flutuamos os dois
Bem juntos
Com um olhar apaixonado
Nem tocamos o chão
Juntos parecemos um
Conjunto belo e harmonioso
Segue suave e perfeito
Deslizando
Desfilando
Os teus olhos mostram o que sentes
O teu corpo junto do meu
Flutuamos os dois
Sentimos a musica
E o calor de uma Paixão...

Foto de Rodrigo obelar

Espantalho

As águas me obedecem,
Saem de meus olhos fumaças,
Quando a chama de meu crânio,
Queima o vazio de idéias,
Na cabeça do espantalho.

Bombas de chocolate,
Filtram o sangue,
Ao me deparar com o chão,
Saio da sola do sapato,
Comando a plantação de almas__
Resgato corações de prata.

Conto pulgas no felino,
Vejo Band
eiras que o vento balança, sem esperança,
Ouço vozes,
Gritos no silêncio,
Forças querem liderança__
Traga-me o ralo do mundo.

Apago luzes em meu caderno,
As linhas confundem-me
Ao dar nós em minhas palavras,
A borracha apaga de minha mente,
Lençóis d’água__
Me perco no mar de pessoas,
Moinhos de lobos uivam pra mim.

Carrego dentro de mim
invasões de gafanhotos,
tiro a paz da multidão.
Cato folhas em meu sonho,
Perco-me na frase torta da alma...
Ando com sombras,
Um chorar tristonho,
Lidero no mundo,
A eternidade do sonho.

Foto de souza vinicius

Gozo e volúpia

Não tornarei a repetir o amor, não aqui!
Não enquanto as virgens se guardarem,
pequenos medos que a lua afaga sem entender.

Virgem, verde, verdinha e novinha
seu invólucro vulvar me desperta espanto
pois tú és contemporânea da era no cio!
o corpo deveria estar em chamas,
mesmo no mais intenso frio!
Contudo prefere cruzar as pernas
e inocentar a face.

Ó virgem Maria, virgem Luzia e virgem alegria
sorria ao menos mordendo os dedos por entre os dentes,
desperte em si aquela energia que transborda libido!
...Há uma lira, uma lira de ouro,
que toca uma linda música medieval,
uma música surda aos ouvidos das puras
que com a proteção da pele inexplorada
da boca mau beijada, parece não escutar!

Não falarei do amor!Eu não!

Não enquanto teus lábios macios,teus lábios molhados,
lábios grandes e pequenos não forem beijados;
Tú és linda mulher,não esconda tal perfeição!
não se prive da sensação de ser dominada
quando uma chuva forte e grossa à deixa excitada,
caida no chão!Lambendo o asfalto!
Procurando compostura entre os postes, cilíndricos!

Liberte o teu sucubo!
Pois a mesma água que encharca
e contorna os teus seios
poderia ser um homem, qualquer homem
um alheio!

Foto de Rafael pereira de souza

Meu grande amor nunca esquecido!!!

Sempre soube terminar os poemas que falam de saudade, de amores finitos, mas nunca começá-los, pois o início  tem gosto de ausência, tem cheiro de perda, tem peso de outrora. Amores passados, perdidos, partidos, apenas convidam ao silêncio, e a confissão, e a solidão, florescem implacáveis na ponta da língua, como brados, como adagas, e então, ao pretender o afago, apenas desenho um lamento profundo, e ao tentar esquecer o inesquecível implanto as lembranças na retina da memória, que dói como se fosse o dia da partida e não a hora das reminiscências.
Mas, sim: aprendi a dizer que não te esqueço; que o eco dos teus pés - que já foram o meu chão - retumba a cada passo que caminho nesta doce amargura escandinava, escondido entre ruivissímos cabelos e branquíssimas mentiras.
Revejo os instantes e vejo que o tempo, a destempo, ensina a dizer que te amo, que te lembro quando é tarde, quando a noite do tempo deitou-se para sempre entre nós, como  água sem barco, como  margens sem rio como um dia sem horas.
Difícil começar a dizer da saudade que sofro, da angústia que vivo, da dor que me ataca, da culpa que sinto, que não é vã, mas justa: mea culpa, mea máxima culpa.
E os minutos, esses que teimam em ficar horas a lembrar-te; e as horas, que ficam dias teimando em reviver os instantes que não voltam, apenas desamarram as palavras que impunes e sem medo se escrevem letra a letra lapidando um pedido de socorro, rabiscando um retorno ao passado, esculpindo um desejo de futuro, conquistando uma chance de ventura.
Sim, não nego: quis construir uma ponte de amor, um dizer de saudade, um grito de esperança, um pedido de clemência.
Nem mais, nem menos, nem muito ou pouco, nem tarde ou nunca: um tudo ou nada.
Sim, um poema de amor manchado de saudade, pintado em cor remorso, é o que tento iniciar e não consigo,
pois dizendo que sim, que te amo e não te esqueço, não começo, mas termino.
E isso faço, começo terminando com um resto de esperança, que é o fim de todos os princípios, e repito, como um disco, que te amo, que te amo, e que deixar-te foi tão duro como te saber distante. E termino começando, pronunciando o teu nome, o que até agora apenas me atrevia: vivendo de amor, e não morrendo, suando de ternura e não de angústia gritando de esperança e não de raiva, é como digo que te amo, minha Kleice nunca esquecida!

Foto de Tom cruise

Será que sou imortal?

Foi sem querer
que eu pensei ser
capaz de atravessar
o céu em frases
que soubessem tudo
sobre mim.
Juro,
eu tentei não revolver
os olhos
e curar-me do vício
de querer
bem mais do que posso ver
quando
sei
que é muito mais
do que querer ter.
E é tão ruim pensar
que não há nada que eu possa fazer e
nada que me afaste de
ser assim e querer
provar tudo
e ter respostas
a todas as perguntas.
E porque não?
A vida me tem sido
tão complacente
que jamais
me negaria uma vez mais
só pra ter em mãos
e dizer adeus
e eu pensaria uma vez mais
ter o poder de enganar quem me faz casa e alimenta,
me abraça e orienta...
Será que eu nunca vou mudar?
Me parece tão regular
voltar para jantar
todos os dias
mesmo que eu sinta a mesa
se equilibrar entre os postes
nos fios de alta tensão.
E porque não?
É só fingir
que estamos firmes no chão
e nada vai acontecer...
E nada vai deixar de ser
como sempre foi
e eu vou olhar
pra baixo e te ver passar
e dizer uma vez mais:
você não gostaria de
subir pra tomar
uma xícara de chá
e falar dessas vidas
tão usuais quanto as nossas ?"

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