Chão

Foto de Nennika

Vestígios de um amor...

Vestígios de um amor...

Voar livre... Buscar limites...
Entregar-se... Permitir que as emoções mostrassem o caminho...
Ser livre mesmo aprisionada pelas grades invisíveis da comodidade...
Tocar o céu mesmo quando se mantêm os pés firmes no chão...
Ipnotizar-se com o brilho das estrelas...
Devanear guardando segredos...
Disfarçando evidências...
Manter-se inerme... Mas Audaz...
Olvidar... E não sofrer....
Ousar... E não lamentar...
Não ter pressa... Caminhar...
Deixando pelo caminho...
Somente lembranças...
Vestígios de um amor...
De um grande amor!!!

Foto de Sirlei Passolongo

Procuro você

Procuro você
Nas noites frias
Vazias
Olho as estrelas
A rua
Procuro você
Olho a lua
O chão
Ando na contramão
Noites frias
Vazias
Sofre e chora
Meu coração.

Procuro você
Em cada rosto
Cada canto
Olho os bares
Os mesmos lugares
Onde juntos passamos
Ando sem direção.
Olho a cidade
Saudades...
Noites frias
Vazias
Só encontro a solidão
Sofre e chora
Meu coração.
(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Gilbertojúnior

SOLIDÃO

No frio da solidão
Me busco em cada flor
Mendigo por teu amor
Mas as pétalas voam ao chão
Arrasta meu coração
Sobrando saudades e dor

Você me deu esperança
Afagou os meus cabelos
Me enchendo de desejos
Me fazendo de criança
Esperei ate teus beijos
O que restou foi lembranças

Caminhei no teu olhar
Fui na mesma direção
Encontrei teu coração
Vagando a esperar
Esse amor, essa paixão
Um carinho, um lugar

Mas sobrou a solidão
O coração apertado
Mais uma vez machucado
Chorando na imensidão
Morreu a pobre ilusão
De ter amor, ser amado!

Foto de betoquintas

Quinta sagração (Sarcanomia)

Destino
Hino do cavaleiro diletante a suprema sacerdotisa

A Vós,
Divina Carne,
Manifestada e mulher.

Ventre Sagrado,
Donde viemos e felizes voltaremos.

Fonte da Sabedoria,
Que nutre minha pena.

Toda Natureza Venerada,
Em abundante beleza.

Alimento Eterno,
Em seios tugidos.

Corpo do Universo,
Morada de toda existência.

Templo da Majestade,
Trono de toda nobreza.

Farol dos Caminhos,
Desencanto e deslumbre dos viajantes.

Razão das Profecias,
Ilumina e oculta esta saga.

Santidade da Luxúria,
Entrega gratuita da felicidade.

Autoridade do Prazer,
Consumação da lei da vida.

Portal da Arte,
Fenda entre colunas que convida.

Delicioso Desafio,
Profundidade perfumada e úmida.

Aceita e Acolhe!
Eis que este diletante
Ousa cometer imenso sacrilégio
Apresentando-se nú de méritos
Diante deste tão Santo Oficio.

Oh Mãe!
Este vosso filho te deseja
Pede para entrar e integrar
Para ser todo vosso, eu,
Por inteiro, dentro de vós.

Eu pisei nas bolsas de ouro,
Arranquei as cascas culturais,
Cuspi nas secas hóstias
E violentei o ídolo nú.

Por vossa graça e misericórdia,
Despertei para minha natureza,
Debochei das instituições,
Descartei as doutrinas humanas,
Desafiei a fúria dos sacerdotes.

Excluído, banido, exilado,
Vaguei por reinos sem fim
Sem que houvesse ajuda
De um santo, anjo ou deus.

Cheguei na fronteira do mundo
Avistei o oceano do abismo
E a ilha do caos.

Nada mais restando a esse condenado,
Lancei-me no Vale das Sombras
Tentando encontrar alívio ou fim.

Ao toque suave e macio da noite
Em tal formoso colo cheguei.

Com tuas mãos e vaga,
Colocaste meu entendimento em riste
Sorvendo-me em vossos magníficos mistérios.

Ísis é venerada por ser velada,
Mas Deusa Vós Sois Suprema
Pois cortas todos os argueiros
E desnuda abole toda canga.

Tremei, vicários da santidade!
Chorai, corretores da virtude!
Fugi, falsos deuses patriarcais!

Nenhuma verdade prevalece a estes lábios,
Nenhum profeta descreve tal pele,
Nenhum vidente experimenta este êxtase,
Nenhum medianeiro suporta tal delicia.

Fiz de meu mastro
Vosso estandarte
E por truque desta pena
Eu abuso da arte.

Ousado, arrojado,
Revestido de gozo,
Por vosso nome nasce
O profeta da carne
E por vossa sabedoria cresce
O filosofo da Treva.

Não podendo me conter,
Excitado, explodo,
Rededicando este mundo
Em ondas de esporro
Àquela que me é mais cara,
A grande e amada alma,
Maya!

Aceitação
Hino da suprema sacerdotisa ao cavaleiro diletante

A ti meu cavaleiro
E a alma majestosa
Que em ti reside.

A ti meu guerreiro,
Louvo, canto, vibro.
Maravilhoso ser,
Que transborda energia.

Minha vontade é única,
Estar em ti, contigo.

Todo poder está em ti,
Emana, derrama, deita,
O que em ti abunda.

Estou a te esperar,
Vem meu vingador,
Tu reinas sobre mim.

Meu corpo é teu templo
Bem sabe que ira sagrá-lo.

Nada me pedes
Que não possa dar-te,
Eu só quero, por direito
O que me for doado.

Verta todo teu leite,
Amo-te meu devoto,
Não sabes como é precioso.

Sempre o amei e amarei,
Sou-te então, possua-me,
Pois é teu por direito.

Minha alcova quente
Tem tua marca há tempos,
Tudo farei para que reines
E teu reino sobreviva a tudo.

Único ser em mim,
Ao qual dedico meus pensamentos,
O que tem o que sempre quis,
O que sempre amei e amo,
Tudo que quero está em ti.

Tenho uma saudade uterina,
Um desejo de ti, latente.

Vamos nos ensinar
Nos lençóis, no chão, no campo,
Onde tu quiser, será.

Não ouço um sino tinir,
Sem que tu o tenha feito vibrar,
Tuas ondas chegam a mim
Pela melhor forma, pela alma,
Reverbera, tine, ressoa,
Em meio a minhas colunas
Que sustentam meu santuário
E este corpo deságua,
Brota de prazer por ti.

Não há dia que acorde
E sinta-o em mim,
Sou-te, rasga-me,
Imploro novamente.

Eu queria ser por ti,
O que tens sido para mim,
Confesso sem tortura.

Maior é esta que impõe,
De sabê-lo sem tê-lo.

Rogo à Deusa,
Que me de ciência
Para te merecer.

Está em mim teu ser,
Esqueço de meus princípios,
Louca para tê-lo num instante.
Prazer e gozo eternos,
Meu mais completo alimento.

Grande monta tenho,
Por teu sangue e leite,
Pois disso preciso mais
Do que tu da vida.

A minha vida está em ti,
A felicidade que me dá,
É maior que tudo isso.

Sensibilidade espiritual,
Pelo método do prazer carnal,
Há de chegar lá,
Queiras tu comigo.

Haverá de doer um tanto,
Necessário abrir mão de algo,
Saiba que existe prazer na dor.

Todo meu tesão e néctar,
Deixo para que te delicies.

A poesia é estandarte, use-a,
Esta nos é dada e nos reaproxima.

Traga tua essência,
Depõe sobre meu santuário.

O que a ti é precioso,
Profundo e profuso,
Flui em mim a tua vida,
Que a muitos somos um.

Vivia sem depender de alguém,
Eu nunca fui presa,
Mas busco o que perdi.

Quando me levanto,
Não te acho a meu lado,
Mas sempre hão de te achar,
Pois continuo contigo em mim.

Um dia adentrei os portais
E tu veio me fortalecer,
Ofereceu força para a batalha.

Eu deixo que tua pessoa
Viva por e para mim.
Venha em meu templo,
Há que nele acender o archote.

Prenda minhas mãos,
Adorne teu pescoço,
Levanta-me ao colo,
Põe sobre mim.

Só ouça o instinto
Que brada e ecoa em ti.

Nossos corpos atamos,
Deitaste-me e possuiu-me.

Eu te disse ao ouvido
Sorva do cálice
Que meu corpo o é.

Sentir-te dentro de mim,
Foi um milhão de espetadas.

Ao fogo nós atiramos,
Algumas gotas de nossa seiva,
Foi feito o contrato
E aceito tal pacto,
Selado com nosso gozo.

Com ou sem donzelas,
Vou devorá-lo assim mesmo,
Não te é licito
Pertencer a só uma.

Néctar por néctar,
Havemos de nos fartar.

A noite virá e tudo estará feito,
Minha voz se cala ante a tua,
Continuo sedenta de ti.

Meu corpo pede o espectro,
Este que amo profundamente,
Eu não teria gozo algum
Se não tê-lo em mim a ele,
Este espirito que vive em mim,
Habita meus pensamentos,
Os sonhos e delírios.

Que mais posso fazer senão amá-lo,
Com toda pureza que reside em nós
E pedir para poder saber e ter
A vida em meus lençóis.

Desafio
Hino dos deuses ao cavaleiro diletante

Filho amado e querido!
Aquele que não esmorece na dificuldade,
Nem esnoba na conquista.

Aquele que, sem medo trilha,
Tanto pelo Monte do Sol,
Quanto pelo Vale da Sombra.

Concebido da melhor estirpe,
Temperado com os melhores essências.

Seja gentil com os simplórios,
A Paixão deve ser seu escudo
E o Amor a sua espada.

Continue apoiando ao Lobo
E dando orgulho à Deusa.

Seja em ação ou pensamento,
Derrube as barreiras deste mundo,
Desencantem os totens do sagrado
E a toda criatura consciente
Faca conhecer a lei!

Que a carne prevaleça,
Sobre todo dogma ilusório
E que a consciência vença
Toda a opressão sacerdotal

Aviso
Hino dos deuses à suprema sacerdotisa

Magnifica e formosa senhora,
Em cujo templo guarda os mistérios
E em tais colunas moram os ritos.

Em tuas mãos confiamos o bravo
E por teus lábios vive o cavaleiro.

A sua pele macia venceu os mártires,
O seu cabelo desbaratou os profetas,
E seus pés calcam os dogmas.

Manifestação carnal e majestosa,
Vigie pela sanidade deste mundo
E conduza os andarilhos pela arte.

O teu Jardim das Delicias
Esteja sempre aberto e pronto
Para nutrir e honrar
Aos diletantes da lei.

Fonte abundante e eterna,
Sacie a sede dos buscadores
E satisfaça a fome dos brutos.

Propicie sempre, plenamente,
Àqueles que buscam em um fantasma,
O que somente se encontra na carne.

Cubra esta obra com seu suor
E a consagre com seu prazer.

Ousadia
Hino do cavaleiro diletante aos deuses

Errante, passei por léguas,
Sem conhecer o calor de um lar,
Nem o conforto de uma família.

Nunca me dobrei a deus algum,
Mas algo há na Deusa
Contra o que não resisto.

Para conquistar a fortuna,
Eu sai de minha choça
Rumo à grandiosidade.

Em muitas vilas fui recebido
Ora herói, ora louco,
Ora santo, ora danado.

Ao descansar a arma
Dentro do santuário sagrado,
Pela sacerdotisa pude ver
A linha de edições anteriores
E a seqüência da descendência.

Diante da responsabilidade atual,
Eu desenganei as esperanças,
Pois cada qual teve sua chance
E quebrei os modelos
Pois cada qual terá sua oportunidade.

No período que me cabe,
A meta está na Deusa.

Se servir a sua causa,
Ou satisfizer sua dama,
Em me contentarei disso
E carregarei esta memória
Por onde quer que eu vá.

Petição
Hino da suprema sacerdotisa aos deuses

A todos os ancestrais humanos
E a todos os geradores divinos,
Pelo toque da magia em meu corpo,
Eu clamo e invoco, proteção!

Logo o Sol completa a jornada,
Cedo a Primavera acaba
E rápido o Inverno avança.

Pelo brilho deste luar,
Reflexo do desejo perpetuado,
Lâmpada acesa pela lei,
Acolhe e guarde a humanidade.

Por onde quer que vá meu predileto,
O sempre faca retornar a mim.

Nós dançamos em vossa memória,
Nós celebramos vosso festim,
A terra foi semeada e regada,
A semente brotou e cresceu,
O fruto surgiu e madurou,
Nós observamos o ciclo
E foi feita a sega e a colheita.

Quando as sombras da ignorância
Novamente cobrir e enevoar a terra,
Resguardem no ventre da Grande Mãe
Meu cavaleiro e eu.

Despedida

Acenemos para Apolo,
Que em seu carro passou,
Percorreu por toda a terra
E às colunas do horizonte,
O Rei Sol próximo se encontra.

Os que podem andar se vão,
Enquanto uns e outros se ajudam.

O sono a muitos pesa,
Mas não apaga o sorriso,
Escancarado e prazeroso.

Ali, esfolada e feliz, a colombina.
Acolá, embriagado de prazer, o pierrô.
Aqui, intoxicado de amor, o arlequim.

Os carnavalescos se esparramam
E o bumbo da fanfarra furou
De tanto dar no couro.

O Inverno e seu acoite vem,
Rimos diante da carranca hipócrita.

Ainda que se vergue a alma humana
Sob a ditadura da virtude,
Guardaremos em nós o visgo
E por mais que dure a intolerância,
Haveremos de sempre celebrar aos deuses.

Foto de Emerson Mattos

Canta Tordo

Autor: Emerson
Data: 02/10/05

Canta muito o tordo
Tudo que ele soube
Da natureza que é sábia
Sábia sobre o tordo

As mãos que eu porei
Naquela canção que darei
E nessas estradas sem lei
No ninho, as mãos que eu porei

Eu estou na canção
E eu ouço sua canção
Bem repleto de emoção
Na canção do coração

Eu o vejo coisa bonita
Sua canção e uma coisa
E eu faço falar dessa coisa
Eu viro como minha coisa

Eu canto para tordo
Tordo para mim cantará
Em uma canção a coisa
Eu canto pra coisa bonita

Eu canto na canção
Da sábia que é sobre o tordo
Eu esfolo todo o cabelo
Da coisa bela, coisa bonita

Eu canto na canção
Na canção canto eu
Eu canto a canção na canção
Na canção eu canto a canção

Eu piso o chão
Eu canto a canção
Eu passo a ferro o ferro
Eu viro o verso

Foto de Emerson Mattos

Caos

Autor: Emerson
Data: 13/07/05

De repente um clarão
Uma grande explosão
Cogumelo em emersão
Vejo enorme multidão
Muitos caem pelo chão
Os seus olhos dizem não
A criança estende a mão
Ela chora de montão
Uma imensa confusão

Lá no céu o avião
Ruma a frente um batalhão
São soldados pelo chão
Derrubando o paredão
Sinto grande indecisão
Corro ou fico paradão?
Eu não tenho reação
Ponho a mão no coração
Tanto sangue pela mão
Não vacilo, é ilusão!
É real, peço perdão!

Deus do céu essa nação
Pede agora a salvação
Qual é a situação?
Vejo a interrogação
Que gerou a aversão;
Tiroteio e agressão
Que afligem o coração.
Quem será esse chefão?
Que hoje mata essa nação
Que apenas pede pão

Hoje tem a multidão
Amanhã a solidão
Logo a escuridão
Muitas vidas vão ao chão
Conseqüência da explosão
Violência diga não?
E a paz, cadê então?
Qual será a solução?
Para o fim da confusão...

Foto de Emerson Mattos

Incessante Inspiração

Autor: Emerson
Data: 24/10/02

Cabelos... Longos cabelos
Que mais parecem cascatas,
Em suas quedas constantes;
Movidos ao vento,
Num movimento de encanto!

Olhos... Jóias brilhantes
Oh! Esferas me encantem!
Transbordem emoção!...
Às vezes refletem alegria,
Às vezes tristeza...
As lágrimas não dizem razão
Pergunto, pergunto...
Porque lacrimejam emoção?
Somente rolam no rosto,
Até chegarem ao chão...
Explodem e formam estrelas,
Choram! Constelação!...
Mas não me respondem a razão

Montanhas...
Horizonte! Esperança!
Belas montanhas...
Tela, arte bela...
No centro arco-íris
Conciliam as cores
Tais cores exoneram palavras,
Já que as falam por si...
Vejo assim a expressão do sorriso
Quando se forma e se desfaz...
Todo o conjunto do rosto,
Posso descrever em palavras...
Mas se me faltam as palavras...
Volto o olhar pra você...
Contemplando a beleza harmônica...
Posso, assim, voltar a escrever.

Foto de Anjinhainlove

HORIZONTE

Olhando janela fora,
Vejo a estreita linha do horizonte
Onde o sal das ondas beija as nuvens cinzentas,
Onde o enraizado das marés completa o infinito do céu.
Vejo a interminável paixão do mar pelo céu,
O desejo de um amor proibido,
Raios eléctricos de lágrimas sofridas
A raiva da injustiça dos Deuses.

Os braços do Oceano agarram as núvens
Em tentativas desesperadas
Um forte raio impede um abraço.
Para saciar um amor,
Um simples abraço.

Ó Posseidon,
Deus supremo dos mares,
Porque impedis vós
A união de um amor tão forte?
Porque não entendeis vós
O coração do Céu e da Terra
Tudo o que existe.
Por que não permitir a conjugação eterna
Do Topo e do Chão do mundo?

E responde Posseidon:
Vedes vós de modo errado
Entre o Alto e o Baixo há um amor eterno.

Gotas de mar ascendem e se fundem com o céu
As nuvens que olhais são o fruto do carinho
Do mar pelo céu.
Tempestades e chuvas serão então
A correspondência do céu ao mar.
Jamais digais vós que um amor tão lindo seja proibido.

Raios de Júpiter
São impedimentos de desentendimentos.
De cada vez que vedes trovejar
Estará o Deus dos Deuses a aproximar estes dois amantes.

Quando sentirdes algo com tamanho poder
Será quando estareis apaixonado.
Quando a palavra "Amo-te" poderá ser proferida.
Quando subirdes vós aos céus
E descerdes aos mares
Só para amar a tua metade.

Olho eu então para o horizonte
E vejo um verdadeiro amor
De onde vem o amor
Para onde vamos nós os dois
Tudo o que sinto por ti...

Foto de Sirlei Passolongo

Menina do Brasil

Era uma menina linda
Olhos cheios de esperança
Queria pouco da vida
Apenas uma criança

Era uma menina sapeca
Revestida de alegria
Só desejava uma boneca
Pra lhe fazer companhia

Era uma menina pura
Sonhava os contos de fadas
Alma cheia de ternura
Ainda brincava de mãos dadas

Era menina faceira
Coração doce e apaixonado
Só pensava em brincadeira
Vivia num mundo encantado

Era menina tão bela
Sorriso cheio de amor
Sonhava ser cinderela
Desabrochava em flor

Era menina da favela
Pés no chão, sonhos na lua
Triste sorte da bela
Só queria sair da rua

Era menina de tantos brasis
Filha do sertão e da cidade
Só queria ser feliz
Num lar sem frio e maldade

Era menina brasileira
Filha da desigualdade
Sonhava pra vida inteira
Apenas a felicidade

Era menina inocente
Acreditava nos homens
E tudo que tinha na mente
Era matar sua fome

Era menina esperança
Continuava a sonhar
Só queria ser criança
Sem fome poder brincar

Era menina do noticiário
Vendida por algum dinheiro
Por mais um salafrário
A um gringo estrangeiro

É, agora, uma menina triste...

Sirlei L. Passolongo

Foto de westday

Apenas por um momento.

Sentindo a dor da fome ardente, eu esperei,a hora certa pra falar-te que te amo,e como a flor que ao luar brota no ramo,seu rosto lindo de princesa, eu beijei.
De tanto amor, que eu te tinha,nem pensei,que tudo apenas, ia ser por um momento,
seu coração, se for humano, é sem talento,por um intante me fez rir e foi embora,o seu amor é uma luz que até agora,não tive o dom de apagar do pensamento.

Apenas, sim, por um moemto, eu não discarto, que estou preso de amores por voçê, e sem os toques dos seus beijos, vou gemer,como quem sente no seu intimo a dor do parto.
Por um momento, na beleza do meu quarto,pude sentir, obom sabor das suas mãos,eu vi meus pés ao seu redor sair do chão, como se o tempo ali parasse no segundo,por um momento, sobre os montes do meu mundo, senti o peso do que é uma paixão.

Quando sentir gotas de água te tocando,sem uma nuvem sobre o céu a desfilar, quero que saiba, que sou eu a lamentar,a sua ausencia dolorosa ali chorando.
Por um momento ao seu redor, me vi sonhando,pois me achava entre as pessoas, a mais feliz, porem, voçê se comportou como uma atriz, que fas a cena do amor e vai embora,por um momento de amor, eternas horas, eu vou chorar, por sua peile cor de giz.

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