Chão

Foto de Dileno

MINHA CLARA NOITE ESCURA...

Estava Eu Olhando O Céu Limpo A Noite
Pensando Em Você, Que Me Fizera Tão Feliz
Ele Estava Limpo (Tão Escuro)
Procurando Nele Você,
De Repente Vi As Estrelas
Comecei A Suar, A Delirar,
Lembrei-me De Nosso Perfume, Da Flor- De-Liz
Dois Corpos Tão Próximos Como As Estrelas
Dois Lábios Que Se Tocam Lá No Fundo
Olhei De Novo. Senti Meu Corpo Flutuar
Lembrei-Me De Nós Outra Vez
Quando Vi A Luz Do Luar
Um Brilho Tão Grande E Intenso
Me Fez Ao Chão Voltar, Depois Meu Mundo Virar
Tudo Então Ficou Tão Claro
Claro Como Aquele Céu
Tremendamente Escuro, Mas Ainda Assim Tão Límpido
Percebi, Minha Flor-De-Liz
Que És A Estrela De Minha Vida
O Luar Que Me Ilumina
E, Ao Amanhecer, Minha Querida
Com O Canto Do Roxinol,
Terei De Volta Teus Lábios
Seras Para Mim A Luz Do Sól.

De: Odileno Lima Ribeiro

Foto de josecarreiro

RAPTO

RAPTO

Conheço a viagem absoluta ao festim soado,
as lousas, as eras que fizeste comportar,
a fiança ateada com que absorvias.

Sou as vezes que disseste que me amavas,
os passeios de mãos dadas. Os beijos.
Os abraços apertados de que gostavas.
Sou as omissões pressentidas, as dúvidas instaladas,
a observância das atitudes.
Sou o diálogo requerido, a incapacidade de te fazer falar.

Por vezes incido o olhar sobre a tua ausência.
Por vezes regressas dela.
E eu fundo-me na linha irreflectida
no suposto ardor da romã.

Por vezes, atravessas-me como um corte, um traço na garganta.
E eu sou o despojo de mim
trapo no chão do amor.

(Fui soro e carne para tua terapia
lama para te besuntar
poesia.)

A vida por um gesto
um rapto, um beijo.

José Maria de Aguiar Carreiro, CHUVA DE ÉPOCA (Ponta Delgada, 2005)
http://folhadepoesia.com.sapo.pt/

Foto de va di taviani

A dor das canções

Parado diante de ti...sofro sentindo sua dor ao cantar tanto amor !!
E ao mesmo tempo...essa dor me rasga a alma lentamente....
como se fosse um frágil papel apenas!
Percebo sua dor através de seu
canto e de suas lágrimas que teimam em cair...
Rolando pelo seu rosto iluminado pelas luzes de um palco...chegam ao chão...morte final !
E eu,já sem forças pra lutar
contra a dor que tbm me maltrata...sem que nada eu possa fazer...sofro com vc!
Se pudesse tiraria te ti a dor e
deixaria apenas o amor! Mas sou apenas
um simples mortal que tbm sofre pela mesma
dor que teima em te ferir a alma. Transbordando de seu ser...em forma de canção de amor !

(va di taviani )

Foto de Fernando Inazumi

Minha Vida

Entro pela porta da frente do seu coração, uma amizade pra recomeçar. Dizendo querer ser o seu mundo, só para bagunçar o meu. Eu sei. Sou apenas eu a dizer.
Amo-te e digo. Quero ser seu dono, aquele que te ama.
Eu sou aquele que sofre por você em todos os momentos, uma flor, vivendo despedaçado com as pétalas ao chão.
Despedaçado como uma flor, meu néctar é você.
Envolvo-te com palavras discretas, nossos corações a mil.
Talvez eu não seja o cara mais certo pra você, lembro-me dos meus fracassos.
Te atento com minhas palavras pra tudo que sou, tudo o que você representa para mim.
Mas você não liga para os meus versos, desfazem em palavras, letras de uma música mal cantada.
Tira do meu pensamento esse sofrimento, de ter fragmentos de você em mim.
Basta dizer que me ama. Vem me fazer feliz.
A rima do meu nome com o seu, tem igual valor.
Mundos pequenos para dois que se amam, acreditar no amor. Que tudo mudará.
Vem dar a resposta pra mim, diz que sim, diz que me ama.
E eu não te negarei um pedacinho de mim. Que está guardado no peito, o meu coração.
Você apareceu na minha vida, deixando pra trás todo o seu olhar.
E seu perfume não deixa enganar, é você que eu amo.
Amo-te e não vejo razões pra desistir, pois sei que meu mundo ideal é ter você perto de mim. Minha deusa. Meu coração.

Fernando Inazumi
domingo, 17 de dezembro de 2006.

Foto de Shiva sem Shakti é Shava

HAVAIANAS

revelar-me assusta,
ocultar-me me contraria
sou nua e crua.
Minha última máscara
usei no carnaval de 82.
Uma colombina,
Era uma menina.
Agora me visto de mulher.
Imperfeita, cabeça feita...
Na minha mente vagueiam mil pensamentos...
Inclusive você.
É onde mora o perigo.
Gosto de viver perigosamente!
É como andar de sandálias havaianas no chão molhado
É gostoso...
Mesmo sabendo que há o risco de...
espatifar-me no chão...

Foto de estrelafeminina

TUDO QUE EU PRECISO AGORA

Tudo que eu preciso agora,
e sem demora, é largar a sua mão,
assim, meia sem direção, encontrar meu prumo.
A balança pendeu, eu estou em baixo,
desse jeito eu não me acho;
e não queria falar de desamor,
nem sei como, e o que seria oportuno.
Construí castelos na areia,
e na hora da ceia, as ondas puseram tudo no chão.
Muita presunção. Sonhei demais.
Tudo que eu preciso agora,
antes de ir embora, é falar do meu amor,
sem temor, eu só quis te fazer feliz,
e sei que fiz, acredito que voce não percebeu.
Satisfiz sua carência de momento,
e que tormento, voce se perdeu do amor...
Passou como vapor, sem interesse desfez-se no ar,
e sem ter o que festejar, paro aqui....
Tudo que era lindo, em voce, morreu...
Lamento...

Foto de rdjodas

Toma-me a Escuridão

Olho para o mar
Admiro tal imensidão
Mas sem você ao meu lado estar
Toma-me a escuridão

Onde é Tão difícil de ver
Tão difícil de enxergar
Tão difícil de ser
Tão difícil de estar

Perco o chão
Perco a razão
Perco a atenção
Assim me perco então.

Sinto algo a me puxar
Tento correr
Mas deixo-os me levar
Não sei se vou sofrer
Mas quero tentar.

Vejo uma pequena luz
Até ela quero chegar
Ela esta envolta de uma cruz
Penso é Jesus a me levar

A ela me agarro
Com muita Esperança
Mas ouço um sarro
É de uma criança!

Estou de volta à realidade
De um pesadelo acordei
Para outro começar
Um pesadelo pior que já sonhei
Um pesadelo que a minha vida faz mudar

Foto de Graça-da-Praia-das-Flechas

in dog position...

...de ti não me canso
me fazes criança
ao subir em teu colo
em teu rijo me atolo
cravas teus dentes
em minhas carnes frementes
teu talo eu sinto
em tesão infindo
quando ao chão me derrubas
me mordes na nuca
para em dog eu ficar
sinto-me então
tua movie star
vejo teu grosso
ficando guloso
no atrás me engolindo
meu grito vem vindo
bebas do próprio veneno
escorrendo entre minhas coxas
quando por fim te cansas
de bailar minhas danças
soltas impropérios
que queres meus orifícios vadios
sou tua cachorra no cio
em ti provoco arrepios
quando com tua língua de dragão
desejas penetrar em todos os meus vãos
introduzas teu gostoso
vai sem pressa
escorrega
me sintas
sou aveludada
em óleos perfumada
por ti estou aberta
na posição que tu mais gostas
vem, meu alazão
me cubras de novo pelas costas...

direitos autorais reservados ®
*** campanha pelos direitos autorais
na internet ***
niterói-rj

Foto de Jorgejb

E de um poema nasceu 2

Deixou um poema em cima da mesa e saiu. Sabia que ela, ao sentir o frio do outro lado da cama, saltaria pronta, procurando onde tinham feito amor, a mesa nua e fria, ainda quente do seu corpo, sulcos de si própria espalhados nela, e assim, perceberia a folha cheia, acolhendo palavras para si.
Não, não era um recado, nem uma justificação, nem concerteza razões expressas de forma polida e omnisciente, desculpando-se. Era um poema, zurzido da consciência do impossível, dos pedaços dos dois, que ainda ontem pareciam não conseguir se despegar, iluminados da loucura que os prazeres quando libertados, emprestam aos corpos e lhes dão aquele brilho, que só os amantes sabem contar e explicar dentro dos seus corações.
Uma dolorosa e delicada expressão de amargura, empalideceu seu rosto, sentindo a solidão dos amantes traídos; olhou de lado a sua cama, desarrumada, os lençóis descaídos e soltos, as roupas espalhadas pelo chão, como um mapa, com pontos demarcados e uma história apensa a cada um.
Já sentada na beira da cama, contida no seu próprio corpo, escondendo seus seios em seus braços, as pernas geladas, vermelhas, unidas na estupefacção do seu próprio ruído interior, procuraram nas palavras uma nova força, um destino, uma alma.
Encontrou-o mais uma vez. Como sempre, arquitecto de palavras, demasiadamente doce para a sua manhã, o rosto dele na sua memória - definhando, e foi lendo, e lendo, sem compreender onde chegava.
Era a carta de um homem com medo do amor, como se não lhe tivesses deixado os seus portões abertos para entrar, era a carta de um homem preso ao espaço e à resignação do mundo que trouxera atrás de si, como se ela alguma vez tivesse ousado tocar em seus haveres, ou pronunciado a palavra passado. Era ele e seu mundo, e a irrazoável forma de dizer adeus cobardemente, como se num último rebate, abandonasse a prancha mais alta e recusasse o salto para um mar maior e mais azul.
Ela sorriu, arrumou o quarto, tremeu de frio, e percebeu o quanto tinha estado nua, agasalhou-se sentindo o conforto do seu xaile de seda, onde tantas vezes repousara o seu amante, e sorrindo mais uma vez, abriu a janela que dava para o meio da rua, o rio entrando pelas suas narinas, extasiado do fresco ar húmido e salgado que a abraçava, e convidando o Sol a entrar, escutou no seu rádio a sua música favorita, trauteando um novo canto, sem saudade, sem rancor. O amor, o seu amor haveria de chegar outra vez.
Ele, parado no meio da rua, queria perceber o que tinha escrito, a impulsividade que o dominava, o medo de magoar, de prolongar sonhos sem esperança. Doía-lhe o peito e a saudade dos lábios dela. A manhã não lhe dava tréguas, de ter sido acordada tão cedo, enregelou-lhe os ossos, como querendo que ele voltasse ao leito que tinha deixado. Sentia o perfume dela, abraçando-o, mas soube que a outra história devia estar destinado. Final de história, os passos levavam-no em frente. Sorriu na compreensão, do quanto ela ficaria no seu peito, na sua memória, e amou esse momento na plenitude de um grande final e do quanto os momentos são diferentes na medição do tempo e dos seus segundos. Veio-lhe à memória a mesma canção, que tocava em todas as janelas abertas, a sua canção, espalhada por todos os rádios, esperando que ela também o tivesse ligado, trauteou baixinho para ela, que o amor nunca irá partir, um dia o amor, o seu amor haveria de chegar outra vez.

Foto de Danoninho

Hoje

Hoje quero sentar-me no alto de um penhasco, sentir o vento me tocar silenciosamente, olhar o horizonte e pensar em você.
Quero hoje imaginar que tenho você comigo.
Quero entrelaçar os braços a minha volta e pensar que são os seus que me envolvem.
Quero tocar minha pele e passear as mãos entre meus cabelos e sentir como se fosse você.
Quero deitar-me ali...mesmo ao chão...
E sentir ou pensar que estou a sentir seu corpo sobre o meu...
Queria ficar assim pra sempre...
É, hoje resolvi que ficarei assim...
Ficarei assim, mesmo que também o penhasco seja só ilusão.
Ficarei assim enquanto sentir você e sua presença for tão real.
Ficarei sempre assim, seja onde for.
E ficarei aqui então, a espera que esse mesmo vento me traga você!

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